Ciência
29/06/2018 às 09:00•2 min de leitura
No século XIII, a expectativa de vida dos templários era de cerca de 60 anos. Se você está achando isso pouco, vai se surpreender em saber que eles viviam mais ou menos o dobro do restante da população. Isso mesmo: se você chegasse aos 20, naquela época, eram altas as chances de viver até os 30, mas não muito além disso.
Contudo, o que eles tinham de tão especial para passar tanto tempo vivos e com saúde? Embora se atribuísse isso muito a uma espécie de dom divino, o segredo da longevidade desses cavaleiros não tinha nada de sagrado: era pura ciência e nutrição.
Em um tempo em que a população em geral se alimentava muito mal, devido aos hábitos não muito preocupados com a higiene, à falta de alimentos de qualidade e aos grandes problemas financeiros, os membros dessa ordem possuíam uma dieta privilegiada, com equilíbrio de nutrientes.
Isso não significa que eles eram esbanjadores ou algo assim — muito pelo contrário. Em geral, os templários faziam votos de pobreza, castidade e obediência. Mas, apesar disso, eram instigados a seguir rotinas bastante regradas e organizadas, e a alimentação entrava na lista.
Comer era um verdadeiro ritual. Eles faziam as refeições em pares, para que pudessem se conhecer melhor e estudar uns aos outros — e, ao mesmo tempo, se vigiar mutuamente, para garantir que comessem a quantidade certa (nem menos nem mais do que o restante do grupo).
O pão quase sempre estava envolvido na refeição, e uma vez por semana eles comiam carne — às vezes, duas vezes por dia, se fossem de um escalão mais elevado. Bifes, presunto e bacon se revezavam entre as escolhas.
Isso normalmente acontecia aos domingos; nos demais dias, provavelmente segundas, quartas e sábados, a alimentação incluía vegetais com pão, leite, ovos e queijo. Sopas, caldos e mingau com aveia e vegetais ricos em fibras também estavam no cardápio.
Nas sextas-feiras, era um conhecido costume dos templários uma dieta como a que se faz na quaresma católica ou quase um tipo de dieta vegana: se evitavam ovos, leite e produtos animais em geral, e havia alternativas feitas com leite de amêndoas, por exemplo. Já sabendo das propriedades do ômega 3, eles também usavam o peixe com o objetivo claro de cuidar do coração.
Para beber, embora não encorajassem o consumo de álcool, havia vinho à disposição, mas sempre na mesma quantidade para todos e com moderação. Eles também se exercitavam muito, pois alguns possuíam atividades que envolviam lutas e, por isso, precisavam estar em forma.
Em outras palavras, o combo dieta e atividade física dos templários era bastante similar ao que é recomendado por nutricionistas e médicos na atualidade. Você acha que conseguiria seguir a rotina de um templário?
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