Ciência
17/01/2019 às 11:00•2 min de leitura
Se você tem familiaridade com as “leis do mar”, deve ter ouvido falar a respeito do castigo mais comum dado aos marinheiros que não se comportam. Não sabe qual é? Ele consiste em deixar os marujos apenas a pão e água durante um período determinado.
Embora esse tipo de corretivo esteja caindo em desuso, alguns países ainda o usam para manter a tripulação na linha. Mas, no passado, a coisa era bem mais tensa, com castigos bem mais sinistros e dolorosos para quem não se comportasse em alto-mar. Confira cinco deles a seguir:
(Corpun)
Imagine a humilhação de receber umas belas pauladas no traseiro com um bastão, às vezes, diante de toda a tripulação. Esse tipo de castigo era destinado aos marinheiros mais jovens e que cometiam delitos leves, mas não deixava de ser doloroso, já que era normal que os marujos recebessem de 6 a 12 golpes – além de ser bastante vergonhoso.
(Wikimedia Commons/Domínio Público)
Aqueles que não aprendiam com o castigo descrito acima – e continuavam aprontando das suas – eram submetidos a uma sessão com um instrumento que consistia em uma porção de varinhas de bétula atadas juntas. O mais comum era que os marujos recebessem de 12 a 24 golpes, e as varinhas ficavam penduradas em contato com a água para que elas se mantivessem ligeiramente maleáveis e fosse possível incluir nós em sua extensão. Existem relatos de que as varas podiam inclusive ser mantidas em vinagre ou em água salgada para tornar o castigo ainda mais doloroso.
(Wikimedia Commons/Wellcome Collection Gallery)
Aplicado a marujos adultos que cometiam delitos mais graves, o açoitamento podia inclusive matar o sujeito. Esse castigo consistia em amarrar um marinheiro a um mastro e açoitá-lo diante de toda a tripulação. O corretivo era aplicado com uma ferramenta de tortura conhecida como “gato de nove caudas”, que consistia em um chicote com várias cordas que continham nós – e até pequenas garrinhas de metal – nas pontas capazes de cortar e arrancar a carne do marujo castigado.
(Wikimedia Commons/Bournville Village Trust)
Você notou que os castigos estão se tornando gradualmente mais tensos, certo? A passagem pela quilha consistia em amarrar o marujo a uma corda ou um cabo, jogá-lo ao mar e passá-lo por debaixo da quilha da embarcação. Para sair vivo do castigo, o sujeito tinha que suportar ficar sem respirar durante a travessia e passar pelos crustáceos presos ao casco do navio antes de surgir do outro lado, o que significa que o risco de morte era bastante alto. Geralmente, eram os acusados de negligência, covardia diante do inimigo, motim, inexperiência e comprometimento da segurança da tripulação que recebiam essa punição.
(History)
Para quem aprontava feio mesmo, o castigo era a morte por enforcamento. O que acontecia aqui era que os demais marinheiros amarravam as mãos e os pés do acusado, colocavam uma forca ao redor do pescoço e suspendiam o corpo até que ele morresse por asfixia.
(Wikimedia Commons/Howard Pyle)
Apesar de esse ser o castigo mais famoso associado aos marujos, a verdade é que não existem registros de que ele tenha realmente sido aplicado alguma vez. De qualquer forma, como você deve ter visto em filmes – ou talvez lido em algum livro –, a punição consistia em vendar o acusado e obrigá-lo a caminhar sobre uma tábua até cair no mar para morrer afogado.