Artes/cultura
25/06/2022 às 07:00•3 min de leitura
Lendas urbanas fazem parte de nossas vidas desde que somos pequenos, com histórias que nos deixam de cabelos arrepiados e sem dormir direito por dias. A "loira do banheiro", por exemplo, é uma amostra clara de como essas histórias se difundem e passam a amedrontar cada vez mais pessoas — e não invente de falar o nome dela três vezes em frente a um espelho!
Enquanto alguns desses folclores atingiram proporções nacionais, existem casos específicos que repercutirem em uma cidade inteira antes de chegar à grande mídia. Quer saber mais sobre essas histórias bizarras e aterrorizantes? Veja só a lista com seis casos que simplesmente chocaram cidades brasileiras!
(Fonte: Internet/Reprodução)
A história da "moça do táxi" é uma que continua amedrontando moradores de Belém, no Pará, embora seja uma lenda do século passado — principalmente os taxistas que costumam pegar passageiros nas proximidades do cemitério da capital. Segundo a lenda, dar carona para Josephina Conte é sempre uma péssima ideia.
A história diz que Josephina nasceu no dia 19 de abril de 1915, mas faleceu com apenas 16 anos. De qualquer maneira, seu espírito teria continuado a vagar por Belém, onde rotineiramente procurava um taxista disponível. Ao entrar no carro, a menina diria que a corrida seria paga pelo seu pai no local.
No entanto, ao chegar na casa, os familiares informariam ao condutor que ela já estava morta há anos. A lenda tornou-se tão popular que ganhou sua versão em livro na obra Visagens e Assombrações de Belém (1972), do escritor Walcyr Monteiro.
No início dos anos 2000, um grupo de amigos decidiu subir a Pedra do Cruzeiro de Liberdade, o maior pico do norte do Espírito Santo, para aproveitar o fim de tarde. Enquanto uma roda de violão acontecia e os jovens se divertiam cantando, a filmagem dos acontecimentos mostra algo bem estranho ao fundo.
Ao reassistir a fita VHS tempos depois do acontecido, os amigos notaram algo que passou desapercebido no dia da reunião: uma misteriosa mulher de vermelho aparece por alguns instantes no vídeo e depois desaparece sem que ninguém a notasse estando presente.
O caso viralizou por toda a cidade de Marilândia e muitas teorias passaram a ser criadas. Algumas versões dizem que uma moça teria caído do penhasco anos antes e seu espírito continuou perambulando por aí.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Todo pernambucano de verdade já ouviu falar na história da Comadre Fulozinha. A lenda conta a história de uma menina chamada Flor, que possuía longos e belos cabelos pretos, sem contar sua paixão única pela natureza e pelos animais. No entanto, um dia ela acabou se perdendo em uma floresta que estava sendo incendiada.
Sem conseguir escapar, a garota morreu no meio do fogo. O seu espírito, porém, permaneceu para proteger a mata e os animais, batendo em qualquer um e fazendo tranças complicadas nos cabelos de quem ousasse desafiá-la ou machucar a floresta — nesse caso é melhor ser careca.
Para se desculpar com a Comadre Fulozinha, como ficou conhecida, é preciso oferecer um prato de mingau e um fumo. De acordo com os populares, escutar um assobio fraco e distante costuma ser sinal de que ela está bem perto de você.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Segundo a lenda dos moradores locais, a praia do Itaguaçu, em Florianópolis, era um belíssimo cenário para o que seria uma linda festa das bruxas da região. Entre os convidados estariam lobisomens, vampiros e até mesmo as mulas-sem-cabeça. Ninguém ficaria de fora — exceto pelo diabo.
Em uma assembleia, as bruxas decidiram que o diabo tinha um enorme fedor de enxofre e era muito antissocial. Furioso por ter sido deixado de fora, o satanás surgiu entre raios e trovões na praia e decidiu castigá-las por o terem ignorado. Então, decidiu transformá-las em pedras grandes que flutuam nas águas verdes da região até hoje. É dessa história que surgiria o nome da praia, que em indígena significa "Pedra Grande".
Na década de 1990, a pequena cidade de Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, foi virar matéria no Fantástico por uma lenda popular que estava assustando os moradores da região. O conto ganhou até mesmo narração do ator Lima Duarte e fez bastante sucesso na mídia nacional.
De acordo com a lenda, um lobisomem estava invadindo a casa dos moradores e se alimentando de animais domésticos e de criação. Na matéria, diversos habitantes deram seus relatos sobre essa criatura fantástica que estaria causando terror com seus gritos agonizantes.
(Fonte: Internet/Reprodução)
De todas as criaturas exóticas e bizarras que aparecem em lendas urbanas, poucas são tão únicas quanto o Perna Cabeluda — que é basicamente o que o nome diz. Tudo começou em Recife na década de 1970, quando as pessoas passaram a falar sobre a existência de uma perna decepada com capacidades assassinas.
A Perna, que por sinal era cabeluda, tinha unhas grandes e podres, com capacidade de dar poderosos chutes, rasteiras e ferir quem andasse de madrugada na rua. A lenda logo tornou-se símbolo da cultura recifense e causou muito medo em crianças, que sempre procuravam por essa aberração debaixo da cama.
Entretanto, o autor dessa história é conhecido pelo público. Naquela época, o jornalista Raimundo Carrero foi quem passou a contá-la para todos. A famosa "Perna Cabeluda" também podia ser interpretada como uma referência ao governo autoritário da ditadura — época em que pessoas apareciam machucadas sem explicação.