Artes/cultura
17/09/2022 às 09:00•2 min de leitura
Feita de ouro 18 quilates e oca por dentro, o troféu do campeonato mundial de futebol, a Copa do Mundo, tem 36,5 centímetros de altura, pesa 6,175 quilos e seu preço estimado, no ano de 2018, foi de US$ 161 mil. Esse número considera apenas o material. Seu valor, que inclui design e simbologia, é de US$ 17 milhões.
Desde que foi utilizada pela primeira vez em 1974, as seleções vitoriosas não levam a taça original para seus países, mas uma réplica feita de bronze e banhada a ouro, fornecida pela própria instituição máxima do futebol.
A atual taça da Copa do Mundo de seleções da FIFA foi produzida pelo artista italiano Silvio Gazzaniga, que atuava a serviço da Companhia Stabilimento Artístico Bertoni. Ela foi idealizada em 1971 e retrata a figura de dois atletas subindo uma espiral até a representação do globo terrestre.
(Fonte: Wikimedia Commons)
A taça é bastante emblemática. O primeiro troféu entregue aos vencedores da Copa do Mundo se chamava Jules Rimet, como homenagem ao ex-presidente da FIFA, responsável pela organização da primeira Copa do Mundo, em 1930.
Seu projeto foi concebido pelo escultor francês Abel Lafleur. A taça possuía 35 centímetros de altura e pesava 3,8 quilos. Ela era feita de prata banhada a ouro e sua base era produzida em pedra lápis-lazúli, enquanto a imagem representava Nike, deusa grega da vitória.
A proposta inicial da FIFA era que o troféu fosse de posse transitória, ficando em definitivo para o país que vencesse a Copa do Mundo por três vezes primeiro, feito conquistado pelo Brasil, em 1970. Infelizmente, ele foi roubado em 1983 da sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), no Rio de Janeiro.
Quatro homens foram condenados pelo crime, mas o troféu nunca foi recuperado. Acredita-se que tenha sido derretido para venda posterior. Desde 1984, uma réplica é guardada na sede da CBF.
Curiosamente, não foi o único roubo da Jules Rimet. Na década de 1960, foi roubada na Inglaterra, mas posteriormente encontrada por um cachorro chamado Pickles enrolada em jornais e jogada em arbustos no sul da cidade de Londres.
(Fonte: Anton Want/Getty Images)
Desde 1971, a taça da Copa do Mundo possui o desenho executado pelo artista italiano Silvio Gazzaniga. Seu projeto fez parte de um concurso mundial entre 53 artistas de sete países. Ao contrário da Jules Rimet, o novo troféu é de posse apenas transitória, sem que ninguém fique definitivamente com ela.
A cada edição do campeonato mundial, o nome do vencedor e o ano são gravados na base, sempre no idioma do país campeão. Seu valor estimado, pelas características da peça, é de US$ 161 mil, porém, o jornal USA Today solicitou uma avaliação que contemplasse, além dos materiais, seu design exclusivo e valor cultural. Então, a taça foi estimada em mais de US$ 17 milhões.
A estimativa é que ela seja aposentada após a Copa do Mundo da FIFA de 2038. A razão é que a base só comporta dezessete nomes e anos. Rumores apontam que a FIFA manterá o troféu em seu museu de modo permanente, mas não há informações sobre um novo projeto de taça.
Até hoje, 6 países já a levantaram: Alemanha (3 vezes), Argentina (2 vezes), Brasil (2 vezes), Espanha (1 vez), França (2 vezes) e Itália (2 vezes).