6 fatos sobre a realeza britânica que The Crown te ensinou errado

10/12/2022 às 08:003 min de leitura

É comum que cinebiografias preencham algumas lacunas, deixando a vida dos biografados mais polêmicas para tornar a obra mais interessante. E com a série The Crown, da Netflix, isso também precisou acontecer.

Em vários momentos da história, os fatos sobre a família real são distorcidos, alterados ou inventados, para que a trama pudesse ser melhor trabalhada e não acabasse se tornando tão monótona. Quer conhecer seis desses momentos? Confira abaixo.

1. A Guerra das Malvinas não teve influência do filho da Margaret Thatcher

(Fonte: Netflix/Reprodução)(Fonte: Netflix/Reprodução)

Na série, Margaret Thatcher está fortemente abalada com o desaparecimento do seu filho durante uma corrida de carros. Mesmo após ele ser encontrado ileso, o estado mental e emocional de Thatcher a influenciam a se envolver em uma guerra com a Argentina pelas Ilhas Malvinas, apesar de todos os conselhos de seus ministros para não fazê-lo.

Na realidade, Mark Thatcher realmente ficou desaparecido no deserto do Saara por seis dias, em janeiro de 1982. Embora o sumiço tenha realmente preocupado a primeira-ministra e sua família, não há indício de que isso a tenha afetado a ponto de entrar em uma guerra de maneira irracional. A guerra pelas Malvinas só começou em abril, e Thatcher viu na guerra uma oportunidade de melhorar sua imagem e diminuir o descontentamento com o desemprego e os cortes devastadores nos programas sociais. 

2. Margaret não tentou impedir o casamento de Charles e Diana

(Fonte: Netflix/Reprodução)(Fonte: Netflix/Reprodução)

The Crown deixa bastante evidente o quanto a família real não gostava de Diana Spencer. Inclusive, na trama, a princesa Margaret pede ao resto da família que cancele o casamento dela com o príncipe Charles pouco antes da cerimônia acontecer.

Na realidade, se havia qualquer interesse de Margaret para que o casamento não acontecesse, ela guardou isso para si. Margaret e Diana chegaram a ter um relacionamento bastante amigável no começo, e o desentendimento entre as duas só aconteceu mais tarde. Na série, a ideia para essa tentativa de impedir a cerimônia veio da atriz Helena Bonham Carter.

3. A popularidade da rainha não foi tão ruim como a série sugere

(Fonte: Netflix/Reprodução)(Fonte: Netflix/Reprodução)

Na série, uma pesquisa divulgada pelo jornal The Sunday Times afirma que metade da população britânica gostaria que Elizabeth II renunciasse ao cargo. Por enorme preocupação da família real, é feito um grande esforço para que o jornal não chegue às mãos da monarca.

O que realmente aconteceu foi que a pesquisa realizada em janeiro de 1990 sobre a monarquia não foi tão negativa quanto a série tenta demonstrar. Na verdade, ela revelou que 47% da população apoiaria a renúncia da rainha "em algum momento", mas não imediatamente.

4. Venetia Scott nunca existiu

(Fonte: Netflix/Reprodução)(Fonte: Netflix/Reprodução)

Ainda na primeira temporada, a secretária do primeiro-ministro Winston Churchill, Venetia Scott, é atropelada por um ônibus envolto em uma névoa causada pela poluição. A série usa essa fatalidade para mostrar que Churchill fez pouco caso da névoa e a ameaça que ela representava para os londrinos.

Porém, Venetia é uma personagem criada para a série. Na realidade, o atraso do governo Churchill não teve nada a ver com o primeiro-ministro não se importar com a situação. Realmente aconteceram alguns incidentes, mas o transporte público foi interrompido, diferente do que a série mostra.

5. A invasão do Palácio de Buckingham não teve motivações políticas

(Fonte: Netflix/Reprodução)(Fonte: Netflix/Reprodução)

Um dos incidentes mais bizarros na história recente da família real é a invasão do Palácio de Buckingham. Na série, essa incrível falha de segurança teria sido motivada pela situação política da Inglaterra. Michael Fagan é apresentado como uma das vítimas do desemprego e culpa a primeira-ministra Margaret Thatcher, decidindo apelar diretamente à rainha Elizabeth II e informá-la sobre as consequências das políticas da primeira-ministra.

Mas o que aconteceu foi menos revolucionário e nada interessante. Fagan realmente conseguiu entrar no quarto da rainha em 1982, mas ela não ficou conversando com ele. Em vez disso, ela saiu para pedir socorro. Ele mesmo afirmou que não tinha nenhuma motivação política. Como lembrou, "não sei por que fiz isso, algo simplesmente entrou na minha cabeça."

6. Elizabeth II e Winston Churchill tiveram um bom relacionamento

(Fonte: Netflix/Reprodução)(Fonte: Netflix/Reprodução)

A série foca muito em problemas de relacionamento entre os personagens. Logo na primeira temporada, um dos principais conflitos é entre Elizabeth — que acaba de se tornar rainha — e o rude e insensível Winston Churchill.

Mas a relação dos dois não poderia estar mais distante disso. Além de Churchill ter sido o 1º primeiro-ministro de Elizabeth, ele também era o favorito dela. Churchill e a rainha tiveram um relacionamento caloroso e ela afirmou várias vezes que ele sempre foi muito divertido com ela.

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