Ciência
12/10/2024 às 16:00•2 min de leituraAtualizado em 12/10/2024 às 16:00
Quem diria que passar roupa poderia se transformar em um esporte radical? Pois é! O "Extreme Ironing", ou Passagem de Roupa Radical, é uma prática que desafia os limites da criatividade e da aventura. A ideia é simples: os participantes carregam seus tábuas de passar e ferros elétricos para locais extremos e inusitados, onde, depois de muito suor e emoção, colocam suas habilidades de passar em ação. Segundo o Extreme Ironing Bureau, essa é uma atividade cheia de adrenalina que culmina na satisfação de uma camisa bem passada, mesmo que isso signifique estar a milhares de metros acima do nível do mar ou em meio a um rio gelado.
Nos últimos tempos, a mídia tem se mostrado curiosa sobre esse fenômeno, levantando debates sobre a sua legitimidade como esporte. Mas, independentemente da opinião, o que realmente importa são as experiências malucas que os “ironistas” enfrentam. Os locais para realizar esse esporte incluem florestas densas, dentro de canoas, em montanhas nevadas, debaixo d'água e até em rodovias movimentadas. Quanto mais inóspito o ambiente, maior é a pontuação do atleta!
A magia do "Extreme Ironing" não está apenas em passar roupas em lugares impossíveis, mas também em como isso é feito. Os participantes podem competir sozinhos ou em grupos, e a competição é intensa. Executivos e juízes avaliam o evento, considerando a criatividade das técnicas de passar e a qualidade das roupas.
A cada local inusitado e a cada peça de roupa perfeitamente passada, os atletas acumulam pontos, e o que obter o maior escore é coroado como o campeão do dia. Além disso, prêmios especiais são oferecidos para as melhores roupas e tábuas de passar, tornando a competição ainda mais interessante.
A história desse esporte excêntrico começou nos anos 1980, quando Tony Hiam introduziu a prática no Parque Nacional de Yorkshire Dales, na Inglaterra. Embora alguns atribuam a criação do esporte a Phil Shaw em 1997, foi em 1999 que ele começou a promover a atividade com o apelido de "Steam". O termo rapidamente ganhou popularidade, e em 2002, ocorreu o primeiro Campeonato Mundial de Extreme Ironing, com 12 equipes de diferentes países competindo pelo título.
O sucesso do "Extreme Ironing" não parou por aí. Em 2003, Shaw lançou um livro sobre o tema, e os recordes começaram a ser quebrados. Entre as façanhas mais impressionantes, destacam-se os atletas que passaram a bandeira do Reino Unido a 5.440 metros de altitude, no acampamento base do Everest.
Outro marco foi estabelecido em 2008, quando 72 mergulhadores se uniram para passar roupas debaixo d'água, um feito que foi superado em 2009 por uma equipe de 86 mergulhadores. Em 2011, um recorde impressionante foi alcançado por um grupo de 173 mergulhadores que passaram roupas em uma piscina interna.
Em 2018, o mergulhador Roland Piccoli passou uma camiseta em uma piscina de 42 metros de profundidade, criando um novo recorde para a maior profundidade do mundo. Atualmente, o "Extreme Ironing" é uma paixão global, conquistando o coração de milhões de entusiastas do esporte e provando que, com um pouco de criatividade, qualquer atividade pode ser transformada em uma grande aventura!