Artes/cultura
04/07/2018 às 08:30•2 min de leitura
A segurança no trânsito nem sempre foi levada tão a sério, mas atualmente diversas medidas são tomadas para tentar evitar que pessoas morram de formas que poderiam ser evitadas.
Quando consideramos o interior dos veículos, o avanço da tecnologia fez com que acessórios de segurança se tornassem acessíveis o suficiente para serem obrigatórios. Nas estradas, o mais importante é seu projeto e sua construção, algo que não existe até hoje na estrada da morte boliviana.
O nome oficial da estrada é “Camino a Los Yungas”, e ela liga a capital, La Paz, à pequena região de Los Yungas, no noroeste do país. Seu conhecido nome não foi dado à toa, pois quem percorre os seus 69 quilômetros de extensão pode se deparar com neblina, deslizamentos de terra, cachoeiras sobre a via e penhascos com até 600 metros de altura.
Todas essas condições nada favoráveis existem junto com uma pista de terra, que em poucos trechos possui mais do que 3 metros de largura (carros populares têm, em média, 1,7 metro). Até 1994, a cada ano 300 pessoas morriam nela; por isso, existem inúmeras cruzes ao longo do caminho, como lembrança das vítimas.
Ela foi aberta em 1930 por prisioneiros paraguaios, durante a Guerra do Chaco, como uma ligação entre a cidade de Coroico, que fica a uma altitude de 1.525 metros, até La Paz, localizada a 3,7 mil metros acima do nível do mar. Até pouco tempo atrás, essa era a única opção de ligação entre as duas cidades — e inclusive pequenos caminhões percorriam o trajeto transportando mercadorias.
No final de 2006, o governo boliviano inaugurou uma nova rodovia ligando as duas cidades, com duas pistas, sistema de drenagem, guardrails e asfalto, tornando a viagem muito mais segura e rápida.
Isso fez com que a estrada da morte se tornasse muito menos movimentada e uma opção visada por turistas aventureiros. Empresas organizam grupos para percorrer o trajeto de bicicleta; contudo, mesmo com todo o cuidado, mais de 12 pessoas morreram no local nos últimos 10 anos.
A estrada pode até manter a fama, inclusive pela não interrupção de mortes. A diferença é que, com opção de um caminho mais seguro, quem passa por todos os perigos dela sabe o que está fazendo e, provavelmente, vai lá em busca da adrenalina da situação.
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