Ciência
04/11/2018 às 07:00•3 min de leitura
Há mais de 50 anos, o Museu de História Natural de Londres promove um concurso de fotos da vida selvagem e recebe imagens de participantes do mundo todo. Sempre prezando pelo bem-estar dos animais em seu habitat natural, as diversas categorias enaltecem talentos, premiando os cliques por sua liberdade artística, excelência narrativa e habilidade técnica.
No site da instituição, é possível encontrar as fotos vencedoras e as de participantes que merecem uma chance pois, apesar de não terem levado o título, demonstram como a vida selvagem é impressionante. Abaixo estão algumas das mais interessantes, reunidas pelo MNN, para que você possa se sentir pelo menos um pouco mais conectado com a natureza.
Dois macacos-dourados, um adulto macho e uma fêmea filhote, observam o conflito entre outros dois machos nas montanhas Qinling, na China. O registro, feito pelo holandês Marsel van Oosten, ganhou o prêmio de melhor foto do ano e não aconteceu por coincidência. Ele passou um período vivendo nas montanhas e estudando os padrões de comportamento do bando para entender sua dinâmica. Assim, determinou os melhores momentos para que a foto campeã fosse capturada.
Apesar de permitir a participação de fotógrafos de todas as idades, o concurso possui classificação por faixa etária. Demonstrando muito talento desde cedo, Skye Meake ganhou o prêmio em sua categoria, para participantes entre 15 e 17 anos de idade. Como acontece na maioria dos casos, o garoto sul-africano aguardou o momento exato em que o manso leopardo decidiu descansar. Além do claro relaxamento, a paisagem de troncos e folhas torna o registro muito mais incrível.
Junto com fotos incríveis, o prêmio também começa a revelar novos talentos da fotografia de animais selvagens. As duas corujas abrigadas em um cano foram registradas pelo jovem Arshdeep Singh, que foi o campeão em sua categoria (abaixo de 10 anos). Equipamentos profissionais não são brinquedos, mas Singh tem a sorte de ser filho de um fotógrafo, que emprestou sua câmera e deu aquela mãozinha paterna na hora do clique.
Qual seria sua reação ao ver um urso-marsicano? Provavelmente se afastar o quanto antes. Já Marco Colombo fez exatamente o contrário quando percebeu o animal perambulando pelas ruas de uma pequena vila italiana. Vencedor do prêmio de foto de vida selvagem urbana, tudo conspirou a favor naquela noite em que ele precisou parar seu carro silenciosamente e se posicionar para que o registro fosse perfeito.
Nem tudo são flores no mundo dos fotógrafos da natureza, e em alguns casos é preciso rolar na lama, literalmente, para obter o melhor enquadramento. A australiana Georgina Steytler teve de se sujar um pouco para conseguir esse belo registro de vespas trabalhando. O resultado final só veio após diversas tentativas, quando conseguiu que todas as variáveis estivessem ao seu favor.
Com o uso de um drone silencioso, Cristobal Serrano conseguiu esse belo registro de focas-caranguejeiras descansando antes de procurar mais comida. O iceberg da foto possui 40 metros de comprimento e 14 metros de altura, com o ar quente que circula a região formando um coração no bloco de gelo.
Os insetos da família Membracidae são parentes próximos das cigarras e, dependendo do ambiente onde vivem, podem se manter em estado de alerta para proteger seus filhotes. Até se tornarem adultos independentes, os pequenos precisam de bastante alimento, como podemos ver na foto registrada por Javier Aznar González de Rueda, no Equador.
Fotos da natureza transmitem a realidade em que vivem os animais, e ela nem sempre é tranquila. David Herasimtschuk estava na hora e no local exatos para capturar o momento em que uma salamandra tentava transformar uma cobra em refeição. A hellbender é a maior salamandra aquática presente nos EUA, chegando a alcançar 75 centímetros de comprimento. A imagem foi a vencedora da categoria “Comportamento: anfíbios e répteis”. O fotógrafo informou que, após a tentativa, a cobra conseguiu se livrar da emboscada e viver por pelo menos mais um dia.
A demarcação de território é algo comum no reino animal, e esse jaguar mexicano faz isso da forma mais assustadora possível. O tronco da árvore escolhida é forte o suficiente para que o animal afie suas garras, mas também deixa as marcas da atividade visíveis para que todos saibam da presença dele. Junto com os avisos visuais, o odor característico indica bem claramente quem manda por ali. O registro foi feito por Alejandro Prieto, através de um equipamento que foi posicionado no local e registra imagens de forma remota.
Quando olhamos rapidamente, podemos achar que a foto é uma pintura abstrata, mas o impressionante registro é um peixe voador em diversos momentos de seu deslocamento noturno. Michael Patrick O’Neill foi o responsável pela imagem, feita na Flórida, ganhadora da categoria subaquática do prêmio.
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