Ciência
02/02/2019 às 13:00•1 min de leitura
Normalmente, a maioria das pessoas procura formas de curar uma doença, nunca de adquiri-la. Porém, uma empresa de Los Angeles pensou em um público específico: aquelas pessoas que querem se dar ao luxo de escolher quando ficarão doentes. Isto é, quem preferiria encarar um resfriado agora para evitar de ficar doente daqui a algumas semanas.
Isso parece meio insano, mas segundo a Vaev foram vendidos mais de mil lenços de papel contaminados! E o pior é que as pessoas teriam investido US$ 79,99 nisso – o equivalente a quase R$ 300! A Vaev se diz uma empresa que promove o bem-estar, visto que deixa o poder de escolha de quando ficar doente na mão das pessoas. É mole?
“Esse tipo de liberdade, esse tipo de luxo da escolha... quero dizer, nós já personalizamos nossas vidas de várias maneiras, então por que não fazer o mesmo com relação às doenças?”, diz Oliver Niesse, de 34 anos, fundador da Vaev. A ideia do cara é fazer com que você se previna de ficar doente nas férias ficando doente de propósito algumas semanas antes.
Lenço de papel usado e contaminado
Apesar de fazer sentido de uma maneira um tanto quanto surreal, o pessoal da Vaev não divulga que existem mais de 200 tipos de vírus que podem causar resfriados. Ficar doente antes irá imunizar a pessoa contra apenas uma cepa do vírus, não necessariamente a deixando livre de se contaminar novamente mais tarde.
Outro detalhe insano nessa história envolve a produção dos lenços contaminados: a “fazenda” da Vaev conta com 10 pessoas que constantemente ficam resfriadas para mandar o material para a venda. Quando, por acaso, nenhuma das 10 está resfriada, a produção é interrompida. Niesse garante que tudo é legítimo e não se trata de fake news. Até agora, porém, ninguém deu um relato empírico do consumo de seus produtos. É esperar para ver...