As previsões de Isaac Asimov para 2019 foram concretizadas!

07/02/2019 às 10:023 min de leitura

Isaac Asimov é um dos mais célebres e influentes autores de ficção científica do último século, autor de vários livros que falam sobre robôs, galáxias distantes e tecnologias até então inexistentes para a época de lançamento de suas obras. Tudo bem se você não leu os livros de Asimov, pois você provavelmente já se deparou com algumas obras que se inspiraram em suas ideias e concepções do futuro.

Por falar em projeções do futuro, foi exatamente isso que Isaac Asimov fez em 1983, um pouco antes da data de outro famoso e icônico livro de ficção científica – “1984”, de George Orwell. Orwel publicou “1984” em 1949, imaginando aquele futuro fictício para 35 anos dali em diante, e foi exatamente o mesmo que Asimov fez em 1983: projetou 35 anos à frente de seu tempo, aterrissando com suas previsões em 2019. 

E quais foram essas previsões?

O salto de 35 anos foi considerado o suficiente, já que não é pouco tempo e tampouco um exagero, pois as previsões realizadas tinham mais chances de se concretizar. E não é que elas se realizaram mesmo? Entre as previsões mais interessantes, está o objeto móvel computadorizado, que, embora não tenha muitos detalhes de funcionamento, faz clara alusão aos smartphones, que são verdadeiros computadores de bolso.

Asimov disse, lá em 1983, que tais objetos móveis computadorizados penetrariam as casas de todo mundo e seriam de uso comum. O mais engraçado é que o próprio Asimov já tinha escrito sobre isso antes em um conto (Sensação de Poder, de 1957), em que um computador de bolso é mencionado com as mesmas palavras.

É preciso pontuar que, apesar das muitas questões conflitantes que eram abordadas em suas obras, Asimov tinha visões relativamente positivas da tecnologia – algo que entrou em contraste direto com o crescente universo cyberpunk dos anos 80, que trouxe características mais melancólicas aos avanços tecnológicos.

De acordo com Asimov, os computadores mudariam todo o formato de trabalho que conhecíamos até os anos 80, e é fácil perceber como isso é verdade (um escritório de hoje não poderia ser mais diferente do que era nos 80). 

Além disso, o autor também previu que alguns empregos desapareceriam em favor de determinadas tecnologias, principalmente em atividades repetitivas, o que também se provou realidade. Contudo, como contraponto, ele apontou que empregos novos e até então inimagináveis seriam criados graças às novas possibilidades de computação.

Uma sociedade dividida pela tecnologia

Entretanto, nem todas as previsões de Asimov foram positivas, já que ele pressagiou a profunda divisão digital e social que tais avanços tecnológicos trariam. De acordo com ele, de 2019 em diante as pessoas teriam que trabalhar mais para se manterem atualizadas com as tecnologias, visto que poderiam ter seus trabalhados defasados mais rapidamente do que antes.

Outro ponto interessante das previsões do autor é referente à educação. Para ele, os computadores iriam se tornar um elemento central na educação, ao passo que os professores ficariam como guias do ensino – as máquinas seriam as detentoras do saber. 

Não é exatamente isso que vemos atualmente, pois os smartphones funcionam mais para fins de entretenimento e comunicação do que educação, porém estamos no caminho. De acordo com Asimov, qualquer pessoa teria a oportunidade de aprender o que quiser, onde quiser e quando quiser com as novas ferramentas de educação, e o que seria isso se não uma das próprias definições da internet? 

E o Planeta Terra?

Infelizmente, as previsões para o planeta não foram positivas. Para ele, as consequências do desperdício e poluição iam se tornar mais e mais evidentes, sendo que as tentativas de reduzir tais questões se mostrariam caras, exaustivas e pouco eficazes. Por outro lado, Asimov disse que a solução já existe e está em nossas mãos, que dispomos de tecnologias suficientes para colocar a Terra em caminhos mais seguros.

De modo geral, as previsões de Asimov foram sim bem assertivas. Trazendo um olhar mais positivo para a tecnologia e o desenvolvimento, ele disse que tais avanços seriam apenas um barômetro para as reais modificações que viriam a ocorrer nas futuras décadas. E o que será do futuro? Essa é uma resposta que nós estamos mais aptos a responder, imaginar o futuro daqui 35 anos, e assim por diante... 

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