É fake que africano ficou milionário por soltar “pums mortais”

20/12/2019 às 09:092 min de leitura

Não foi dessa vez descobriu-se como eliminar moscas com o auxílio de flatulências humanas. Circula pelas redes sociais a notícia de que um homem na África foi contratado por empresas de repelente para desenvolver um novo produto a partir de seus pums. O caso porém não passa de uma notícia falsa criada por um site de humor para pregar peças em portais noticiosos de qualidade duvidosa e usuários  desatentos.

O texto passou por diversas modificações desde sua primeira aparição no site IhlayaNews, sendo publicado em jornais de, pelo menos, nove países após viralizar em redes sociais e grupos de mensagem.

A versão original divulgada pelo site de humor afirma que Joe Rwamirama, de 48 anos e natural de Uganda, é capaz de soltar flatulências capazes de matar mosquitos em um raio de até seis metros. Afirma que “Duas grandes produtoras de repelente pagam milhões a Joe para estudar seus peidos para que possam convertê-las em repelente”.

A farsa se aproveita de estereótipos ocidentais sobre países africanos para convencer leitores de que, desde a sua juventude, as pessoas que ficavam próximas ao ugandense nunca morreram de malária em sua pequena vila. Algumas versões do texto incluem até supostos conhecidos de Joe Rwamirama e explicações exageradas sobre sua dieta ou o porquê de seus gases serem mortais contra insetos e não humanos.

Fake News

Porém, uma rápida pesquisa revela a farsa do caso. Não consta na indexação de nenhum dos principais sites busca nenhuma notícia anterior ao post do IhlayaNews bem como as duas supostas empresas que “pagam milhões a Joe” nunca são nomeadas.

A notícia falsa foi reproduzida por diversos tablóides. (Fonte: The Sun/Reprodução)

De acordo com o portal de fact-check, Snopes, a mentira ganhou força após ser publicada nos portais nigerianos Newsbreak e Talk of the NAIJA como mais um caso “peculiar” ocorrido no país vizinho.

Até a foto que supostamente mostrava o ugandense era falsa. Segundo o tablóide britânico, The Mirror, um dos que compartilhou inicialmente a notícia falsa, a imagem atribuída a Joe Rwamirama mostra, na verdade, um homem da República Democrática do Congo sendo atendido por um médico em julho de 2019.

Repelentes

Enquanto o caso do repelente a base de flatulências não se concretiza vale a pena ficar alerta para fatores que podem atrair mosquitos e aumentar os riscos de contração de doenças. Vale a pena também ficar de olho nas soluções que a indústria tem proposto para garantir uma boa noite de sono livre de moscas.

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