Artes/cultura
20/04/2020 às 06:00•1 min de leitura
A diretora do Zoológico Neumünster, em Schleswig-Holstein, Alemanha, disse que possivelmente será necessário sacrificar alguns animais para que outros possam continuar sobrevivendo. Para o mundo natural essa atitude é comum, sabido que lá fora a lei que prevalece é a da cadeia alimentar. Mas dentro de um ambiente controlado, a atitude é de uma crueldade enorme.
Em entrevista para o jornal Die Welt, Verena Caspari, diretora do zoológico, desabafou: “Se ficarmos sem dinheiro para comprar alimentos, ou se meu fornecedor de alimentos não puder mais entregar devido a novas restrições, eu mataria alguns animais para alimentar outros”.
Em comunicado, o presidente da Associação de Jardins Zoológicos da Alemanha Jörg Junhold relembrou sobre as variadas espécies em extinção que habitam o local: "Uma possível perda dessa valiosa população animal seria um revés amargo em nossa luta pela preservação da biodiversidade e, portanto, seria um desastre", enfatizou.
Este comunicado foi divulgado, especialmente, para pedir uma ajuda emergencial de 100 milhões de euros às autoridades. Sendo a quarentena uma das medidas necessárias contra a covid-19, a única solução para que os animais possam ser salvos sem terem que ser sacrificados é com o apoio do governo.
Nos Estados Unidos, a Associação de Zoológicos e Aquários fez um apelo parecido para toda a população. O pedido era que todos entrassem em contato com as autoridades americanas para expressar apoio ao fornecimento de pacotes financeiros para a manutenção de aquários, zoológicos e museus.
Apesar do momento ruim para diversos jardins zoológicos do mundo, todos estão tentando passar pela fase do coronavírus de forma positiva. Alguns estão até permitindo que animais menos perigosos passeiem livremente pelas áreas do estabelecimento enquanto as pessoas não podem visitá-los.