Artes/cultura
24/06/2023 às 13:00•2 min de leitura
Você já pensou em viajar para longe de tudo e desfrutar de boas horas de paz sem muita gente por perto para te importunar? Se esse é um dos seus grandes sonhos de tranquilidade, talvez nós conheçamos seu destino perfeito: Tristão da Cunha, o arquipélago habitado mais remoto do mundo.
Localizado no sul do Oceano Atlântico, entre o sul da África e a América do Sul, o arquipélago faz parte do território ultramarino britânico de Santa Helena, Ascensão e Tristão da Cunha. Ao todo, ele é formado por seis pequenas ilhas administradas coletivamente, que estão a 2,1 mil km de distância de outra civilização mais próxima. Conheça mais sobre esse lugar!
(Fonte: Wikimedia Commons)
Com uma população de um pouco mais de 250 pessoas, de acordo com o Censo de 2018, a ilha principal de Tristão da Cunha é rodeada por penhascos com mais de 600 metros de altura. Sendo assim, esse é o lugar perfeito para quem quer fugir da zona das metrópoles e repousar na calmaria do oceano.
Os únicos locais habitados em Tristão da Cunha são o pequeno povoado de Edimburgo dos Sete Mares, que está no noroeste da ilha, e a estação meteorológica da Ilha de Gonçalo Álvares, que abriga um contingente de apenas seis funcionários mantidos pelo governo da África do Sul.
Para ter noção do quanto esse arquipélago é afastado do mundo, a Ilha de Santa Helena — a mais próxima dessa região — está localizada a exatos 2.420 km. Quando excluímos todas as ilhas ao redor, as distâncias ficam ainda maiores. A cidade localizada no continente mais próxima de Tristão da Cunha é a Cidade do Cabo, na África do Sul, que está a 2,8 mil km ao leste do arquipélago.
(Fonte: Getty Images)
Descoberto pelo navegador português Tristão da Cunha em 1506, o arquipélago virou colônia do Reino Unido em 1815 como medida para assegurar que os franceses não usassem o território como base para uma operação de resgate de Napoleão Bonaparte, que estava preso em Santa Helena naquela época.
Fora a importância estratégia do seu território, as ilhas de Tristão da Cunha não são conhecidas por muita coisa além de seu afastamento de outras civilizações. Em termos gerais, a região sobrevive quase que completamente da tradicional agricultura de subsistência e pesca.
Ao todo, cerca de 80 famílias vivem na ilha e partilham somente nove sobrenomes diferentes. Quem é nascido em Tristão da Cunha aprende a falar inglês e logo acaba se convertendo ao catolicismo. Em Edimburgo dos Sete Mares, a ilha mais habitada do arquipélago, existe uma escola, um hospital, um posto dos correios, um museu, um café, um bar, uma piscina e um único clube de futebol.
Logo, é de se pensar que você não terá uma grande variedade de lugares para ir caso acabe se desentendendo com alguém da região. Porém, se o seu único objetivo é fugir de tudo e encontrar paz de espírito, pode ter certeza que Tristão da Cunha será seu destino predileto no mundo todo.