Skiplagging: o que é esse desconto em passagens e por que as companhias aéreas odeiam

07/07/2023 às 02:002 min de leitura

O preço das passagens de avião continua subindo. Desde o fim da pandemia, período que causou grandes prejuízos às companhias aéreas, o valor da tarifa média atingiu seu pico histórico, chegando a R$ 644,50 no ano passado, segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Sendo assim, muitas pessoas estão buscando maneiras de economizarem — e uma dessas maneiras tem sido o skiplagging. O termo em inglês não tem uma tradução exata para o português, mas ele consiste em comprar uma passagem para um destino com a intenção de desembarcar no meio do caminho.

Por exemplo: você quer ir de Porto Alegre para São Paulo. Em vez de comprar um voo direto, você compra uma passagem que tem como destino uma cidade mais longe, porém que fará escala na capital paulista.

Assim, ao chegar em São Paulo, você simplesmente pega a sua bagagem de mão e parte, deixando de esperar o voo para o destino que havia comprado junto à companhia aérea.

Skiplagging sempre funciona?

Fonte: Getty ImagesFonte: Getty Images

Essa técnica de comprar passagem para um destino com a intenção de ficar no meio do caminho nem sempre é vantajosa. Ela dependerá muito da cidade de origem, da cidade na qual você pretende desembarcar e da data de viagem.

Por exemplo: se você mora em Curitiba e a sua viagem não é para uma data próxima e tem como destino a capital paulista, provavelmente será muito mais barato comprar um voo direto — ainda que um voo para Recife, por exemplo, faça escala em São Paulo, já que o custo dessa viagem seria muito mais alto e não justificaria a prática.

Agora, se o seu objetivo é voar nos próximos dias, a pesquisa por voos com escala em São Paulo poderia fazer mais sentido, ainda que não exista garantia de que o voo com escala seja mais barato — porém, a prática poderia ser útil no caso do voo direto poderia estar lotado.  

Skiplagging faz sentido para todos os aeroportos?

Fonte: Getty ImagesFonte: Getty Images

Os aeroportos maiores funcionam de forma estratégica para as companhias aéreas, sendo que eles são usados para as escalas. No caso do Brasil, os aeroportos de Guarulhos e Congonhas concentram grande parte dos voos nacionais e internacionais.

Sendo assim, as chances de você precisar fazer escala em algum deles é alta, logo há muitos voos para eles — o que pode ser ótimo para quem precisa desembarcar nesses locais.

Por outro lado, a prática também faria sentido considerando que o viajante estivesse partindo de São Paulo para algum outro destino, como uma cidade fora do Brasil.

Nesse caso, uma pessoa poderia comprar uma passagem com destino a Londres, mas com a intenção de desembarcar em Madri, por exemplo. A grande movimentação desses aeroportos poderia criar um cenário vantajoso para o comprador.

Quais cuidados devem ser tomados no skiplagging?

Skiplagging não é uma prática ilegal e existe há anos. Com a digitalização das pesquisas de passagens e voos pela internet, ela se tornou mais simples de ser feita.

O primeiro ponto de atenção é que a compra da passagem só deve incluir a ida. Se você comprar ida e volta será obrigado a se deslocar para o destino correto da passagem para retornar, o que pode não ser vantajoso financeiramente.

Além disso, você não pode despachar as malas, já que elas irão para o destino.

Por fim, é importante esclarecer que essa prática não é certeza de economia, como prometem alguns influenciadores. Em muitos casos, dependendo das datas, ela não compensa. Então, se você está planejando as férias em família, é preciso avaliar se o skiplagging é mesmo vantajoso.

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