Tabela periódica passa por atualização

De acordo com o site NewScientist, a tabela periódica que estamos acostumados a conferir nas aulas de química, criada no século 19 pelo químico russo Dmitri Ivanovich Mendeleiev, passou por uma atualização. Segundo a publicação, a mudança ocorreu devido ao peso atômico de alguns elementos que, ao contrário do que aprendemos na escola, não são “constantes imutáveis da natureza”.

Muito pelo contrário! Na verdade, o peso atômico de alguns elementos pode variar de acordo com o local no qual eles se encontram no nosso planeta. Grande parte da massa de um átomo se encontra dentro de seu núcleo, que é composto por nêutrons e prótons — exceto pelo hidrogênio, que conta com um único próton em seu núcleo. E é o número de prótons no núcleo que determina com qual átomo estamos trabalhando.

Contudo, o número de nêutrons pode variar de átomo para átomo de um mesmo elemento, e esses átomos de um mesmo elemento com diferentes números de nêutrons são chamados de isótopos. É aqui que a coisa começa a se complicar...

Peso variável

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Cada um dos elementos existentes conta com um número instável de isótopos, que vão se degradando devido ao processo de desintegração radiativa. Acontece que algumas dessas substâncias contam com mais isótopos instáveis do que outras, dificultando o trabalho dos químicos em determinar o peso atômico desses elementos.

Assim, o pessoal da União Internacional de Química Pura e Aplicada (IUPAC) decidiu que os pesos atômicos de alguns elementos seriam melhor representados por um intervalo do que por um único número. Então, o Bromo, por exemplo, que antes aparecia na tabela periódica com o peso atômico 79,904, agora passará a mostrar o intervalo 79,901 a 79,907. Outros elementos que passaram pela mesma revisão foram o Magnésio, Germânio, Mercúrio e Índio.

Esta não é a primeira vez que a tabela periódica passa por atualizações deste tipo, e é muito provável que novas alterações sejam realizadas no futuro. Há dois anos a IUPAC substituiu os pesos atômicos de outros dez elementos químicos por intervalos, incluindo alguns dos mais comuns da Terra, como o carbono e o hidrogênio. A comissão responsável pelas atualizações deve se reunir novamente em agosto, portanto, podemos esperar mais novidades vindo por aí.