Novas evidências sugerem que Adão e Eva teriam vivido na mesma época

02/08/2013 às 11:262 min de leitura

Estudos científicos mais recentes apontam para o fato de que, se voltarmos muitos e muitos anos no tempo, toda a vida na Terra estaria interligada por um ancestral comum. E a continuação desse tipo de análise mostra que todos os humanos que vivem no mundo atualmente seriam descendentes de um homem e uma mulher que andaram pelo planeta milhares de anos atrás.

Há muitas décadas, acontece uma discussão para saber se esses ancestrais – cientificamente chamados de Adão Cromossomo-Y e Eva Mitocondrial – realmente existiram. Dois estudos publicados recentemente sugerem que existem grandes chances de que Adão e Eva tenham existido ao mesmo tempo, evolucionariamente falando.

O método científico

Todo esse debate foi levantado a partir de duas sequências de DNA, sendo que uma delas equivale ao cromossomo Y e a outra corresponde a uma mitocôndria. Como esses trechos de DNA não se misturam, fica mais fácil identificar mutações que os afetem. Através deles também é possível buscar a ancestralidade de um indivíduo.

Retomando o que aprendemos nas aulas de biologia, a análise do cromossomo Y poderá nos indicar o ancestral masculino de um homem e a análise mitocondrial de uma criança nos indicará sua ancestralidade materna. Esse tipo de estudo científico, desenvolvido por Alan Wilson na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, também pode revelar a duração de uma sequência genética através da frequência da ocorrência de mutações. Assim é possível definir quando foi a última vez em que a população compartilhou uma mesma sequência de DNA.

Fonte da imagem: Reprodução/Shutterstock

Os nossos ancestrais

Em 1987, Wilson e sua equipe utilizaram esse raciocínio para analisar o DNA mitocondrial de 147 pessoas de diferentes países. Com isso, os pesquisadores descobriram que todos os indivíduos eram descendentes dessa mulher que teria vivido na África cerca de 200 mil anos atrás.

Já a análise do cromossomo Y resultou em números mais divergentes. Depois de verificar o DNA de homens de diversas partes do mundo, descobriu-se que o ancestral comum de todos eles deve ter vivido na Terra entre 60 mil e 580 mil anos atrás.

Os pesquisadores acreditam que essa grande diferença se deva ao fato de não existirem tantas análises cromossômicas quando comparadas com as mitocondriais e ainda pela chance de algumas antigas linhagens de cromossomo Y terem sobrevivido até hoje.

Adão e Eva

A partir de todos esses dados, o site The Conversation aponta que os pesquisadores Carlos Bustamante (da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos) e Paolo Francalacci (da Universidade de Sassari, na Itália) estão separadamente tentando descobrir se o Adão Cromossomo-Y realmente existiu.

Analisando 69 homens de sete países, Bustamante estima que o ancestral comum da humanidade tenha vivido entre 120 mil e 156 mil anos atrás. Já Francalacci coletou amostras de DNA de 1204 italianos e supõe que o ancestral comum tenha passado pela Terra entre 180 mil e 200 mil anos atrás.

Esses resultados sugerem que a existência do Adão Cromossomo-Y aconteceu na mesma época da Eva Mitocondrial, indicando a possibilidade de que eles tenham vivido na Terra na mesma época. Mesmo com a diferença de alguns milhares de anos, esta é a primeira vez em que os pesquisadores chegam a estimativas tão próximas.

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