
Artes/cultura
26/09/2013 às 05:00•1 min de leitura
Existem registros de diversos terremotos devastadores que acabaram entrando para a História graças ao rastro de destruição e morte que deixaram como resultado. No entanto, grande parte da atividade sísmica ocorre nas profundezas da Terra — e, por sorte, bem longe dos nossos olhos —, e foi apenas este ano que o sismo subterrâneo mais potente de todos os tempos foi identificado.
A descoberta foi realizada graças ao estudo conduzido por pesquisadores de duas universidades norte-americanas, a da Califórnia e a de Utah. Os trabalhos revelaram que o terremoto ocorrido em maio deste ano na Rússia — mais precisamente a 609 quilômetros de profundidade na região do mar de Okhotsk — foi o mais poderoso da História, batendo assustadores 8,3 graus na Escala de Richter.
Fonte da imagem: Reprodução/Science Daily
Os pesquisadores estimaram que a energia liberada durante o terremoto foi equivalente à explosão de 36 mil toneladas de dinamite, ou seja, três vezes superior à liberada em um sismo semelhante que ocorreu na Bolívia há quase 20 anos. Além disso, milhares de estações geológicas espalhadas pelo planeta registraram o enorme abalo, e os tremores inclusive foram sentidos em Moscou, que fica a mais de 7 mil quilômetros de distância do epicentro.
Contudo, apesar de todas essas descobertas, os pesquisadores ainda não sabem explicar o que pode ter desencadeado o evento. Conforme explicaram, ainda é um mistério como esse tipo de terremoto ocorre, pois como é possível que duas camadas de rocha deslizem uma contra a outra sob mais de 600 quilômetros de mais rocha exercendo pressão?
Os pesquisadores também explicaram que o terremoto da Rússia, além de ser mais intenso do que o registrado na Bolívia — alcançado uma velocidade de ruptura entre 4 e 4,5 quilômetros por segundo —, produziu a maior fenda já documentada, com incríveis 180 quilômetros de extensão. Já imaginou se esse chacoalhão tivesse ocorrido na superfície?