Ciência
18/03/2013 às 05:59•1 min de leitura
A Agência Espacial Norte-Americana divulgou, recentemente, um mapa criado com base em dados coletados durante um ano pelo satélite argentino Aquarius, o primeiro construído com a finalidade específica de estudar a salinidade dos oceanos. Pela imagem acima, é possível ter uma ideia de quais regiões são menos (azul) ou mais (laranja e vermelho) salgadas do que outras.
As variações de salinidade estão diretamente relacionadas com o ciclo da água e podem, por exemplo, indicar mudanças climáticas que estejam ocorrendo globalmente. Os sensores presentes no satélite analisam a emissão de micro-ondas da superfície do oceano, uma propriedade física que muda de acordo com a temperatura e a quantidade de sal.
Os instrumentos são capazes de captar dados de uma área com até 386 quilômetros de extensão, e possuem órbita estipulada para que seja possível analisar todos os mares em um período de sete dias. A princípio, o que mais chama a atenção na imagem é a faixa de alta salinidade presente no Atlântico Norte, próximo aos Estados Unidos.
De acordo com a notícia divulgada pela NASA, essa região é como um grande deserto, onde quase não chove e a taxa de evaporação é alta. Essa área também já foi estudada presencialmente, com uma expedição financiada pela agência espacial que tentou identificar as causas para o alto teor de sal daquelas águas. Os dados levantados pelo satélite e pela expedição foram similares.
No vídeo acima, é possível conferir uma animação realizada com os dados coletados entre o período de dezembro de 2011 a dezembro de 2012. Vale a pena notar a atenção dada ao Rio Amazonas, que libera uma corrente de água doce em direção à África e ao Caribe.