Ciência
18/12/2013 às 09:48•1 min de leitura
Assim como você e quase todo mundo que utiliza computadores já sabem, a linguagem binária de 0 e 1 é essencial para que a tecnologia atual funcione — apesar disso, há projetos de computação que trabalham de forma diferente, mas eles não são predominantes. Acontece que a origem disso tudo pode não ser a que conhecemos.
Os números binários como são usados atualmente foram inventados pelo matemático alemão Gottfried Leibniz, no século 18. Acontece que pesquisadores da Universidade de Bergen, na Noruega, descobriram que a utilização deste sistema de números é bem mais antigo — para ser mais exato, cerca de 400 anos antes do que era afirmado.
De acordo com a análise histórica de diferentes registros encontrados pelos estudiosos, foi possível constatar que os polinésios da ilha de Mangareva já contavam com um sistema binário há praticamente 600 anos. O objetivo deles era o de simplificar a matemática usada na época, de maneira que não fosse necessário decorar vários números ou casas numéricas, por exemplo.
Em uma explicação simples, o povo de Magareva tinha palavras para números de 1 até 10. Depois disso, eles resumiam em uma palavra cada junção de duas dezenas — dessa maneira, takau significa 10, paua 20, tataua 40 e varu 80. Como essas palavras eram resumidas por letras, o número 20 era representado por 2 vezes K (de takau) e assim por diante, resultando no sistema binário.
Apesar de não ser algo realmente perfeito, havia muitas vantagens em utilizar os números dessa maneira naquela época. Há até mesmo pesquisadores que acreditam que essa utilização possa ser traçada até a milenar China antiga — ou seja, a prática binária talvez seja bem mais anterior. Contudo, ainda não há estudos confirmando esta última linha de raciocínio.
Por enquanto, especula-se como essa técnica influenciou outras culturas e qual delas realmente inventou esse raciocínio, já que ele é considerado muito complexo para ser utilizado e inventado por uma comunidade tão pequena quanto a de Magareva. Curioso, não é mesmo?
Via Tecmundo