Novo tratamento genético curou 2 bebês que tinham leucemia

30/01/2017 às 11:342 min de leitura

Uma maneira inovadora de tratamento contra o câncer salvou, recentemente, a vida de dois bebês que tinham leucemia. As crianças, que haviam recebido diagnóstico de leucemia intratável, foram submetidas a aplicações de células imunológicas geneticamente modificadas e, após um ano de tratamento, receberam alta hospitalar e estão curadas.

Esse novo tratamento foi desenvolvido pela empresa francesa de biotecnologia Cellectis e colocado em prática pela primeira vez no Great Ormond Street Hospital, na Grã-Bretanha, em 2015.

Depois de os dois bebês receberem alta, médicos responsáveis pelo tratamento divulgaram informações a respeito. As duas crianças venceram a batalha contra a doença 18 e 12 meses após o início do tratamento, respectivamente, de acordo com informações divulgadas pela agência de notícias Reuters.

Segundo o imunologista Waseem Qasim, do Hospital de Londres, os dois casos dos bebês são evidências de que o método de modificação celular realmente funciona, ainda que os pacientes submetidos a ele precisem fazer monitoramento constante e de longo prazo após o tratamento.

“Embora os dois pacientes estejam agora em casa e passem bem, devemos tratar esses resultados com cautela, já que ainda não sabemos se a técnica será bem-sucedida no tratamento de um maior número de pacientes”, disse o especialista.

Esperança

A primeira etapa do tratamento é conhecida como UCART19 e já foi aplicada tanto em pacientes crianças como em adultos. O processo consiste em alterar geneticamente um grupo de células imunológicas para que elas possam combater o câncer de maneira efetivamente.

Além desse método, a intenção é de que, com o passar do tempo, essas células imunológicas modificadas possam ser extraídas de doadores saudáveis, o que tornaria esse tipo de terapia universalmente viável, inclusive por aspectos econômicos.

Essa técnica de doação só não é aplicada ainda porque traz o risco do surgimento da doença do enxerto contra o hospedeiro, que é quando o corpo do paciente rejeita as células doadas.

Isso aconteceu com uma das pacientes usadas como referência. Ela desenvolveu a doença do enxerto contra o hospedeiro, foi submetida a outros tratamentos e o problema se resolveu quando ela recebeu um transplante de medula óssea.

Ainda que os resultados não sejam totalmente conclusivos e que a técnica não possa ser aplicada em todo o mundo, esse tipo de avanço é bastante positivo em termos de descobertas científicas, uma vez que abre as portas para novas possibilidades de pesquisa e de tratamento.

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