Conheça a história da mulher que ficou grávida por 46 anos

12/11/2013 às 10:282 min de leitura

Se passar nove meses carregando um bebê no ventre é tempo demais para muitas mulheres, só a ideia de ficar 46 anos grávida é algo que por si só já parece impossível, não é mesmo?

O fato é que, ao contrário do que você imagina, isso é improvável, mas pode acontecer, sim. A história que você vai conhecer a seguir é mais do que um bom exemplo disso. Tudo começou em 1955, quando uma mulher chamada Zahra Aboitalib foi levada ao hospital depois de sentir as dores do parto.

Lá, ela presenciou a morte de uma mulher que havia passado por uma cesariana. Com medo de que aquilo acontecesse com ela, a marroquina simplesmente fugiu e, depois de alguns dias de fortes dores, começou a se sentir melhor.

Dores

Fonte da imagem: YouTube

Sua irmã estava com ela e chegou a dizer, inclusive, que se ela perdesse o bebê poderia ficar com a sobrinha. Não demorou para que Zahra parasse de sentir os movimentos do bebê – ela sentia que ele tinha morrido, mas se esforçava para acreditar que ele estava dormindo. A criança nunca nasceu. Para suprir a necessidade de ter filhos e “esquecer” o bebê que vivia dentro dela, Zahra adotou três crianças, dedicou sua vida a cuidar delas e, futuramente, dos netos.

Algumas décadas depois, em 2011, Zahra começou a sentir dores abdominais fortes e um de seus filhos a levou a um hospital. O médico responsável por seu caso, Taibi Ouazzani, disse ter acreditado que a mulher tinha um tumor estomacal. A paciente foi levada a uma sala de ultrassom, mas tudo o que o médico viu foi uma massa identificável.

Exames

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Zahra foi levada a um especialista, que identificou uma massa branca calcificada. Uma ecografia mais detalhada revelou o que deixou todos os médicos chocados: a paciente carregava dentro de si um bebê calcificado e que estava ali há 46 anos.

Isso só aconteceu porque Zahra teve uma gestação bastante problemática, quando o óvulo fecundado não é acomodado no útero, mas na região abdominal: a gravidez ectópica. Geralmente, essas gestações são naturalmente interrompidas antes dos três meses, mas o caso de Zahra foi diferente: o bebê se desenvolveu por nove meses dentro da barriga da mãe até que, obviamente, não foi capaz de nascer por parto normal e acabou morrendo, mas permanecendo no corpo da mãe.

Procedimentos

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Os médicos sabiam que estavam diante de um evento completamente único e, por isso, a decisão a respeito do que deveria ser feito era igualmente delicada. Foram necessários cinco dias para que a equipe médica optasse pelo tratamento mais correto, afinal, o bebê calcificado estava conectado diretamente com os órgãos vitais da paciente, e o medo maior era o de que Zahra acabasse morrendo durante a cirurgia.

De qualquer forma, a cirurgia foi a opção escolhida. O procedimento permitiu que os médicos encontrassem o bebê dentro do estômago da mãe, completamente petrificado. Zahra e o feto estavam completamente ligados e a intervenção foi bastante complicada e longa.

Análise

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Zahra, aos 75 anos, sobreviveu ao procedimento e, mesmo depois de tanto tempo, seu filho finalmente nasceu, pesando pouco mais de 3 kg. Os médicos analisaram o material retirado do interior da mulher e concluíram que realmente era um bebê mumificado. Algumas estruturas ainda eram visivelmente as de um feto, como o braço direito e o formato da cabeça.

O corpo do bebê foi dissecado para que os médicos pudessem estudar melhor esses tipos de casos – há poucos conhecidos em todo o mundo. Ouazzani explicou que o fato de a mãe ter sobrevivido foi um verdadeiro milagre, já que normalmente o corpo humano costuma rejeitar qualquer corpo estranho e, no caso de uma gravidez ectópica, a definição de “corpo estranho” inclui o bebê.

***

As informações foram retiradas do documentário abaixo, que você também pode ver. O vídeo está sem legenda.

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