A felicidade tem um aroma próprio?

12/01/2017 às 07:002 min de leitura

Afora um sorriso ou qualquer outro traço físico associado ao contentamento, quaisquer associações de alegria com texturas, cores ou cheiros normalmente são tomadas como pura abstração poetizada, certo? Bem, pois fique sabendo que, pelo menos em relação aos odores, a representação pode ser mesmo literal. E, de fato, não se trata apenas da alegria, mas também de odores associados a várias outras emoções humanas, conforme indicou um estudo recente.

Conforme pesquisa publicada no site Phys.org, é possível identificar aromas associados à alegria, à raiva e à tristeza, perceptíveis por meio do suor. Para a experiência, foram convocados 12 homens jovens, todos colocados para assistir a vídeos projetados para induzir diferentes estados emocionais. Foram escolhidos participantes saudáveis, não fumantes ou usuários de quaisquer drogas, e todos foram orientados a não beber nem ingerir comidas de cheiro forte ou participar de atividades sexuais durante os testes.

O suor coletado dos participantes foi então submetido a 36 mulheres igualmente jovens e saudáveis, enquanto os pesquisadores monitoravam suas reações. A escolha de mulheres foi justificada pelo olfato mais apurado do gênero, algo já confirmado em estudos anteriores, de acordo com os responsáveis — embora nenhuma razão tenha sido dada para que as mulheres não tenham também cedido amostras de suor.

Alegria contagiante

Como resultado dos testes, os pesquisadores descobriram que o comportamento das mulheres após cheirar cada uma das amostras indicou correlação emocional com os estados apresentados pelos homens — de maneira que o suor emitido em estados de emoção positivos puderam produzir efeito semelhante nas mulheres.

“O suor humano produzido quando uma pessoa está feliz induz a um estado similar de felicidade em alguém que inala aquele odor”, disse o professor da Koc University of Istanbul (Turquia) e do Instituto Superior de Psicologia Aplicada (Lisboa) Gun Semin, um dos responsáveis pelo estudo.

O resultado, portanto, foi tomado como uma dupla surpresa. Não apenas há um odor associado à felicidade, mas esse odor ainda é capaz de transmitir um estado de ânimo semelhante às pessoas ao redor — embora algo parecido já houvesse sido provado em relação aos sentimentos negativos.

Os pesquisadores esperam agora poder isolar os componentes químicos que, em última análise, estão associados a esses estados. Perfumes de “felicidade”? Um passo considerável para terapias aromáticas, tornando-as mais focadas no tratamento de estados depressivos e de ansiedade? Pois é. É esperar para ver.

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