Ciência
10/07/2018 às 08:30•1 min de leitura
Os vestígios arqueológicos de séculos de civilizações muitas vezes se mantêm preservados debaixo de camadas de terra colocadas em cima deles ao longo do tempo. E foi em uma escavação que preparava o terreno para uma grande construção imobiliária em Vienne que foi descoberta o que arqueólogos franceses estão chamando de “Pequena Pompeia”.
Mas por que Pequena Pompeia? Teriam sido encontrados ali mais uma série de corpos preservados por séculos após uma erupção vulcânica? Nada disso. Embora os vestígios indiquem que a cidade tenha sido abandonada (e eventualmente soterrada) após uma série de incêndios — o que não torna seu destino final tão diferente assim do de Pompeia —, ela leva esse nome por estar muito bem preservada e ser de uma época de domínio do Império Romano. Por conta disso, sua arquitetura é bastante similar à da famosa cidade que sucumbiu sob o Vesúvio.
O sítio arqueológico tem em torno de 7 mil metros quadrados, o que o faz ser considerado excepcionalmente grande. Além disso, o estado de preservação da cidade permite aos especialistas ter uma ideia muito boa de como era a vida por lá.
Uma das casas encontradas, chamada pelos arqueólogos de “Casa dos Bacanais”, se mostrou bastante luxuosa, contando com sistema hidráulico, amplos jardins, pisos em mármore e mosaicos que homenageavam o deus Baco e retratavam diversas criaturas mitológicas relevantes para a religião da época.
Além dessa casa, foram identificados vestígios de um mercado aparentemente abandonado por causa de fogo, pois foi deixado para trás com diversos produtos confeccionados por artesãos.
Os arqueólogos também encontraram evidências de que a cidade era bem desenvolvida, pois contava com ginásios, casas, oficinas e até uma escola de filosofia, onde havia uma estátua de Hércules.
Imagine quantas coisas fantásticas de civilizações antigas estão preservadas bem debaixo de nossos pés!
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