Artes/cultura
17/12/2019 às 08:00•2 min de leitura
As autoridades do estado de Maine, nos Estados Unidos, foram surpreendidas com uma tragédia inusitada no dia de Ação de Graças. Ronald Cyr, 65 anos, ligou para o setor de atendimento da polícia de Van Buren alertando ter sido baleado. Ao chegar no local, os policiais descobriram que o disparo tinha sido resultado de uma armadilha plantada pelo próprio morador na tentativa de evitar possíveis assaltos em seu domicílio.
Os paramédicos chegaram à casa de Ronald Cyr junto a polícia para prestar assistência médica. Entretanto, o homem não resistiu aos ferimentos causados pela bala e acabou falecendo. Ao vasculhar a cena do incidente, a polícia descobriu um dispositivo na porta de entrada criado pelo próprio Cyr, onde uma arma estava acoplada com o objetivo de efetuar um disparo em uma eventual tentativa de invasão domiciliar. Em outra busca mais aprofundada, os oficiais descobriram mais alguns dispositivos espalhados pelo imóvel e decidiram acionar o esquadrão antibombas de Maine para auxiliar na operação.
Após as investigações à casa de Ronald Cyr nas primeiras horas do dia 29 de Novembro, as autoridades decretaram a causa da morte como "resultado de um disparo não intencional de um de seus dispositivos caseiros".
Segundo os irmãos de Cyr, Mark e Lorraine, o homem já havia alertado há muito tempo sobre o desaparecimento de ferramentas e tintura para carro em meio aos seus pertences. Para eles, o irmão já tinha conversado com as autoridades a respeito do caso, mas a polícia "o tratou como se fosse seníl", disse Mark. A família entende que o falecido irmão tinha medo de possíveis invasões domiciliares e, como a polícia não teria tomado qualquer tipo de atitude sobre o caso, ele resolveu tomar conta da situação com as próprias mãos.
Ronald Cyr teria instalado cercas e câmeras de vigilância no objetivo de aumentar a proteção de sua casa durante os últimos anos. Porém, de tempos para cá, após não se sentir seguro o suficiente, o homem resolveu acrescentar armadilhas ao seu lar. "Nós não éramos a favor dele fazer esse tipo de coisa porque ele nunca esteve habituado com armas — sério, esse não era o forte dele — mas ele estava muito frustrado", completou Lorraine.