Ciência
13/02/2020 às 14:00•2 min de leitura
Meio século após a descoberta do corpo de Jane Britton, estudante de antropologia da Universidade de Harvard, o caso de seu assassinato finalmente teve um desfecho. A investigação, pasta mais antiga do gabinete da procuradora Marian Ryan, do condado de Middlesex, foi encerrada após análises de materiais genéticos de possíveis suspeitos, que identificou o falecido Michael Sumpter, como o autor do bárbaro crime.
Jane foi encontrada já morta em seu apartamento em janeiro de 1969. Com evidentes sinais de abusos sexuais, a investigação tornou-se um dos maiores mistérios da época, especialmente pela identificação de uma espécie de pó vermelho no corpo, rementendo a possíveis rituais persas, objeto de estudo de sua pesquisa acadêmica. O corpo foi descoberto pelo seu namorado, após o rapaz perceber qua a jovem não havia estado presente em um teste que foi realizado no fatídico dia.
A polícia local relatou que, na noite anterior ao crime, Jane saiu com amigos para jantar, além de ter passado um tempo com seu namorado e, mais tarde, com seus vizinhos. Testes de ingestão alcóolica foram realizados por peritos, que registraram ainda haver toxinas não metabolizadas em seu corpo, sugerindo que o assassinato ocorreu pouco tempo depois da estudante retornar para casa, por volta de 00:30.
"O assassinato de Jane Britton levantou muitas questões e despertou o interesse de membros da comunidade nos últimos 50 anos. Várias equipes de investigadores trabalharam nesse caso, perseguindo pistas dadas pelo público e descartando diversos suspeitos", disse Ryan à imprensa local.
Foi apenas após 47 anos de investigações que as primeiras respostas começaram a surgir. Melhorias nas tecnologias de análise gênica permitiram uma nova observação do material genético encontrado na cena do crime que, por coincidência, estava relacionado ao fichado, e já falecido, Michael Sumpter, que contraiu um câncer em 2001 e estava relacionado a mais dois homicídios contra duas jovens.
A confirmação do material genético tornou-se oficial após uma comparação com o DNA do irmão de Sumpter, que foi descartado após a análise e oficializou Michael como autor do assassinato. "Acreditamos que Sumpter entrou no apartamento de Jane por uma janela, a violentou e assassinou em sua cama e fugiu do prédio", esclareceu Ryan.