Mistérios
18/01/2021 às 08:00•2 min de leitura
O caso de hoje vem diretamente de Saint-Joseph, na França, e a nossa protagonista é Jeanne Pouchain, uma senhora de 58 anos declarada falecida pelo governo francês. O curioso é que ela, na realidade, não está morta e desde 2017 vem tentando atestar sua vida.
Quer saber como ela se meteu nessa situação? Confira abaixo!
Jeanne enfrentou uma ex-funcionária em uma disputa judicial em 2004 após supostamente demiti-la quando sua empresa perdeu um grande contrato. O tribunal industrial decretou que a companhia deveria indenizar a moça em cerca de 14 mil euros pelos danos. Como o processo era contra a organização e não contra Pouchain pessoalmente, o valor nunca foi pago. A ex-funcionária tentou levar novamente o caso à justiça em 2009, mas sem sucesso.
Em 2016, o tribunal, acreditando que a francesa estava morta, definiu que seus herdeiros deveriam pagar a dívida do processo. No ano seguinte, a ex-funcionária informou à justiça que as cartas que enviou para sua antiga patroa nunca foram respondidas e que ela tinha falecido, assim o juiz declarou o óbito de Jeanne.
Como o nome de Jeanne Pouchain foi riscado dos registros oficiais, os documentos necessários para comprovar sua existência foram invalidados, tais como seu documento de identificação, carta de condução, conta bancária e seguro de saúde.
“Falei com um advogado que me disse que isso seria rapidamente resolvido, depois de ter ido ao meu médico que certificou que eu estava viva. Mas como houve uma decisão [legal], isto não era suficiente”, disse a senhora à imprensa local.
Sylvian Cormier, advogado do caso, também ficou atônito com a situação. “É uma história louca. Eu não conseguia acreditar. Nunca pensei que um juiz declararia alguém morto sem uma certidão. Mas a queixosa afirmava que a Sra. Pouchain estava morta, sem apresentar qualquer prova, e todos acreditaram nela. Ninguém verificou”, afirmou à AFP, agência de notícias francesa.
O caso segue correndo na justiça com Jeanne afirmando que a ex-funcionária fez estas alegações para que pudesse receber a indenização de seus herdeiros . A outra parte alega que Pouchain fingiu estar morta para evitar pagar os dados previstos pelo processo, acusação que negada pela francesa.
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