Christopher Wilder: o assassino de mulheres bonitas

10/03/2021 às 12:004 min de leitura

Embora não tivesse nada a ver com sua aparência, Christopher Bernard Wilder sentia uma atração por mulheres bonitas. Ele gostava de modelos, aquelas que inspiravam um tipo de símbolo inalcançável, arrastando os olhos de homens e mulheres de maneira incontrolável em campanhas publicitárias e capas de revista. O tipo de mulher que o excitava o fazia querer tê-las a qualquer custo, e essa posse foi algo que ele sempre carregou.

Nascido em 13 de março de 1945, em Sydney (Austrália), Wilder quase morreu durante o parto e quase se afogou em uma piscina quando tinha apenas 2 anos. De acordo com a médica e psicóloga Dra. Nicola Davies, pessoas que passaram por experiências de quase morte podem ser afetadas de diversas maneiras, incluindo o comum resultado de pegarem o que querem da vida e sentirem a necessidade de viver de acordo com os próprios desejos e vontades.

Em 4 de janeiro de 1963, aos 18 anos, o jovem participou de um estupro coletivo a uma garota de 13 anos em uma praia de Sydney. Após negar as acusações assim como o resto do grupo, ele foi julgado e colocado em liberdade condicional, sendo obrigado a comparecer a sessões de aconselhamento e receber terapia de eletrochoque.

No entanto, a natureza doentia do tratamento teve efeito rebote no cérebro de Wilder, enfurecendo-o ainda mais e talvez até aumentando seu apetite grotesco pela violência.

Diga "xis"

(Fonte: Pinterest/Reprodução)
(Fonte: Pinterest/Reprodução)

Em meados de 1968, aos 23 anos, Wilder se casou, mas acabou ficando solteiro depois de 1 semana, quando sua esposa encontrou roupas íntimas de outra mulher e fotos pornográficas em seu carro. No ano seguinte, ele se mudou para os Estados Unidos para morar em Boynton Beach, na Flórida, onde se envolveu com obras e construções de imóveis e se tornou um homem muito bem-sucedido, sendo capaz de comprar um apartamento de alto padrão, um Porsche 911 e até mesmo uma lancha.

Foi nesse ínterim que Wilder desenvolveu um interesse súbito por fotografia, que se tornou seu modus operandi para atrair mulheres. Entre 1971 e 1975, ele recebeu várias acusações de má conduta sexual devido à caça que fazia pelas praias do sul da Flórida em busca de potenciais presas. Depois que conseguiu estuprar uma jovem que atraiu para seu caminho com o pretexto de ser fotógrafo e a levar para assinar um contrato de modelo, ele nunca mais parou.

Em 1982, em visita ao pais na Austrália, ele sequestrou 2 garotas de 15 anos, Amanda e Christine, forçou-as a se despirem e posarem para que ele as fotografasse. Wilder foi preso e acusado de sequestro e agressão sexual, porém teve a fiança paga e foi autorizado a voltar para a Flórida.

Incontrolável

(Fonte: NY Daily News/Reprodução)
(Fonte: NY Daily News/Reprodução)

Wilder já havia adotado a posição de predador sexual e estuprador, consolidada com a falsa carreira como fotógrafo. Ele costumava operar de dia e em locais públicos, como praias e shoppings, procurando mulheres jovens e bonitas para oferecer uma sessão de fotos profissional sob a falsa premissa de que era um olheiro de modelos.

Por estar sempre bem arrumado, com relógio Rolex de ouro e dirigindo um Porsche, as vítimas acabavam acreditando em sua fachada e, por vezes, aceitando sua sugestão. Wilder passou a atuar em concursos de beleza e desfiles de moda, onde ostentava seu estilo caro e sua câmera importada que chamava atenção. Ele falava sobre entrar em contato com os pais das jovens para oferecer uma proposta de contrato e até deixava com elas cartões de supostos contatos do mundo da moda. Tudo isso para conseguir convencê-las de aceitar a proposta de fazer algumas fotos para seu falso catálogo.

(Fonte: Kym L Pasqualini/Reprodução)
(Fonte: Kym L Pasqualini/Reprodução)

Em 1984, quando Wilder já parecia acostumado demais com o título de predador sexual e estuprador, ele decidiu adquirir o de assassino. Em 26 de fevereiro daquele ano, há apenas algumas semanas depois de retornar da Austrália para se resolver com a lei, ele foi assistir ao Grande Prêmio de Miami, no qual avistou sua primeira vítima, Rosario Gonzales, uma bela jovem de 20 anos que trabalhava no evento.

A princípio, ele não a reconheceu, mas quando se aproximou para abordá-la lembrou que ela já havia recusado uma sessão de fotos no Concurso de Beleza Miss Florida. A paixão dela era ser modelo. Dessa vez, no entanto, Wilder conseguiu convencê-la. Depois de eles deixarem o evento juntos, Gonzales nunca mais foi vista.

A matança

(Fonte: Wikiwand/Reprodução)
(Fonte: Wikiwand/Reprodução)

Em 5 de março, foi a vez de Elizabeth Kenyon desaparecer. A ex-Miss Flórida era ex-namorada de Wilder e até foi pedida em casamento por ele, mas recusou. No dia 18 do mesmo mês, Wilder sequestrou Theresa Wait Ferguson, de 21 anos, e a assassinou. Seu corpo só foi encontrado 5 dias depois, largado no bairro Canaveral Groves.

Em 20 de março, Linda Grover, de 19 anos, também foi raptada de um shopping, o Governor's Square Mall, mas transportada até a cidade de Bainbridge, no estado da Geórgia, com as mãos amarradas e enrolada em um cobertor no porta-malas do carro de Wilder.

(Fonte: Listverse/Reprodução)
(Fonte: Listverse/Reprodução)

Grover foi levada até o Motel Glen Oaks, onde foi brutalmente estuprada e teve as pálpebras coladas com supercola. Em uma clara referência ao trauma que sofreu quando jovem nas sessões de eletrochoque, Wilder usou um secador e fios de cobre para eletrocutá-la. A jovem conseguiu se trancar no banheiro e pedir socorro, mas Wilder fugiu do local carregando tudo o que pudesse incriminá-lo.

Àquela altura, um investigador particular contratado pela família de Gonzales já havia estabelecido uma conexão com Wilder pelo envolvimento que ele teve com ela e Kenyon. Assim que Grover foi resgatada, ela conseguiu identificar o agressor em fotografias mostradas pela polícia.

Disparo único

(Fonte: Universo Paranormal/Reprodução)
(Fonte: Universo Paranormal/Reprodução)

Apelidado pela polícia de "Assassino das Rainhas da Beleza", Wilder já estava na lista dos 10 fugitivos mais procurados do Departamento Federal de Investigação (FBI) dos EUA, mas isso não o fez parar. Entre 21 de março e 4 de abril, ele fez mais 7 vítimas.

Terry Walden foi esfaqueada até a morte e lançada em um canal; Suzanne Logan foi levada para o Kansas e recebeu o mesmo fim; Sheryl Bonaventura foi baleada, apunhalada e jogada perto do Rio Kanab, em Utah; Michelle Korfman simplesmente desapareceu e seus restos mortais foram encontrados no canteiro de uma estrada na Califórnia; Tina Risico foi usada por Wilder como isca para que ele fizesse outras vítimas, e até hoje não se sabe por que ele a poupou da morte; Dawnette Wilt foi a única que sobreviveu após ser estuprada e esfaqueada em uma floresta; Beth Dodge não teve a mesma sorte, pois foi assassinada a tiros e jogada em um poço de cascalho em Boston. 

Após isso, Wilder fugiu para Los Angeles.

(Fonte: 7News/Reprodução)
(Fonte: 7News/Reprodução)

Em 13 de abril de 1984, Wilder foi reconhecido pelos policiais Leo Jellison e Wayne Fortier quando parou em um posto de conveniência de New Hampshire para pedir informação a um transeunte. Quando percebeu a aproximação das autoridades, ele voltou para o carro para apanhar sua pistola automática.

Wilder reagiu à abordagem, e eles entraram em luta corporal. Dois tiros foram disparados: o primeiro atravessou o peito de Wilder e atingiu Jellison, e o segundo parou no coração do criminoso.

Christopher Wilder morreu no local, depois de anos causando traumas em vítimas entre 16 e 33 anos e acabando com a vida de tantas outras.

Fonte
Imagem

NOSSOS SITES

  • TecMundo
  • TecMundo
  • TecMundo
  • TecMundo
  • Logo Mega Curioso
  • Logo Baixaki
  • Logo Click Jogos
  • Logo TecMundo

Pesquisas anteriores: