Artes/cultura
28/08/2014 às 07:22•4 min de leitura
Uma das grandes verdades dessa vida é que não importa o quanto você saiba sobre qualquer assunto, você nunca vai saber tudo. Nunca. E, em alguns casos, a humanidade, de um modo geral, nunca vai ter certeza, até porque não adianta negar: alguns mistérios parecem ser mesmo impossíveis de se resolver. Duvida? Então confira a lista abaixo:
Se você pensa em pirâmides feitas com pedras gigantes, é normal que imagine que essas construções existem no Egito, certo? Certo, mas nem tanto. A Europa tem algumas pirâmides também. Só na Grécia pelo menos 16 desses monumentos já foram encontrados, sendo que a pirâmide grega mais famosa é a Hellenikon, na cidade de Argos.
O fato é que ninguém sabe ao certo como essa pirâmide foi construída. A primeira menção a ela foi feita pelo do geógrafo e viajante Pausânias, que se referiu a ela em sua obra “Descrição da Grécia” como uma construção muito semelhante a uma pirâmide egípcia. Segundo Pausânias, a pirâmide servia de tumba para as pessoas mortas em uma batalha ocorrida nos arredores.
Até mesmo a estimativa de construção do monumento tem diferentes versões: alguns historiadores defendem que a pirâmide foi erguida em 3000 a. C.; outros, que ela foi feita em 2720 a.C. – isso tudo com uma margem de erro de 720 anos. Se isso estiver correto, a pirâmide grega pode ser mais antiga do que as pirâmides egípcias.
A idade da construção é só mais um mistério sobre ela. O fato é que ninguém sabe quem a ergueu e com que finalidade.
Uma expedição para o Egito em 2004 fez com que alguns arqueólogos encontrassem um novo tesouro histórico. Dentro de uma jarra posicionada no meio de outras duas jarras e encostada em uma parede de tijolos de argila foram encontrados sete sapatos.
Desses, dois pares eram de criança e os outros, de um adulto possivelmente manco. De acordo com o arqueólogo Angelo Sesana, esses sapatos ficaram escondidos por mais de 2 mil anos!
O especialista em sapatos antigos, Andre Veldmeijer, chamou a descoberta de “extraordinária”, uma vez que os itens estão muito bem conservados. Depois de uma análise, conclui-se que os sapatos eram provavelmente caros e representavam status – viu só! Não é de hoje.
O mistério envolvido com a descoberta dos sapatos escondidos e sobre como ninguém aparentemente sabia a respeito do esconderijo – aliás, o que teria acontecido com o dono dos sapatos, que provavelmente morreu sem tirá-los do lugar? O mistério aqui é: o que será que fez com que alguém escondesse os sapatos e nunca mais voltasse para busca-los?
Uma descoberta acidental feita em 2003 ainda impressiona cientistas e pesquisadores em todo o mundo, tanto que a novidade em si só foi divulgada em 2013. Trata-se de uma estrutura gigantesca que está ao fundo do mar da Galileia.
Shmuel Marco, o geofísico que divulgou o achado, disse, em uma entrevista à CNN, que a estrutura antiga pode ter sido um berçário marinho, ainda que a maioria dos cientistas acredite que a estrutura estava situada na terra e, eventualmente, acabou submersa com o passar do tempo.
A tal pedra é feita de basalto e tem forma cônica, sendo que sua base mede 70 metros e sua altura é de 10 metros. O peso? Nada mais nada menos que 60 mil toneladas. Estima-se que a idade do material seja algo entre 2 mil e 12 mil anos. Essa idade foi estimada por meio do cálculo da quantidade de areia acumulada sobre a base da estrutura.
O arqueólogo Dani Nadel reparou que a pedra tem formas similares às de outras tumbas da região. Ele acredita, portanto, que a estrutura possa ter sido usada com a finalidade de sepultamento. Além disso, Nadel chama a atenção para o fato de que a pedra aparentemente foi construída com pedras de pelo menos 100 kg. Ainda assim, a idade do material encontrado e o propósito de sua existência continuam sendo informações desconhecidas.
É pelo nome acima que uma das descobertas arqueológicas mais curiosas de todos os tempos é conhecida. Acredita-se que o artefato seja de 2700 a.C., só para você ter ideia. O arqueólogo italiano Massimo Vidale chama a atenção para o aspecto moderno da escultura.
O artefato é, na verdade, um tipo de charrete que tem em sua ponta uma espécie de cabeça de touro. Dentro do veículo há 15 pessoas. Há traços das cores vermelha, amarela e preta. Algumas das figuras masculinas usam o mesmo tipo de adorno ao redor do pescoço e na cabeça. Além disso, eles usam uma espécie de toga em formato cônico.
Uma figura feminina é vista sentada no que é descrito como um “trono cravado”, o que deu origem ao nome do adorno. Estudos feitos pela equipe de Vidale concluíram que o objeto é uma herança da civilização hindu, mas não se sabe ao certo qual é o significado ou o propósito do objeto.
Também não há evidências de que os hindus usavam qualquer tipo de veículo de rodas e não há como saber também se o artefato foi usado para usar em algum tipo de ritual ou por qualquer outro propósito.
Encontrada em 1886, a múmia com essa expressão agonizante tem sido objeto de especulação desde então. O corpo mumificado, além de ter esse aspecto assustador, tem todos seus órgãos internos intactos, um acontecimento extremamente raro.
De acordo com o arqueólogo Bob Brier, há duas explicações possíveis para a expressão agoniante do rosto da múmia: a primeira é que ela tenha sido vítima de assassinato; a segunda tem a ver com a preservação perfeita do corpo, o que pode ter sido proporcionado por alguma pessoa próxima ao morto. Outros cientistas acreditam que a pessoa possa ter sido envenenada ou queimada viva.
Um documentário exibido pela National Geographic em 2008 investigou a possibilidade de a múmia ser o Príncipe Pentawere, filho do faraó Ramsés III, que era suspeito de planejar o assassinato do próprio pai. Documentos antigos do século XII apontam que uma das esposas do faraó fazia parte de uma conspiração para tentar mata-lo e, assim, ajudar Pentawere a conseguir o trono.
Acredita-se que quando o plano foi descoberto, Pentawere foi envenenado pela esposa do rei, como forma de punição. Em seguida, ela teria enrolado o corpo do enteado em lã de carneiro e feito o ritual de mumificação. Se essa é mesmo a história, o grito no rosto da múmia pode ter sido provocado pela dor do envenenamento. Ainda assim, não se pode ter certeza de nada, até mesmo porque nem se sabe se a múmia é mesmo o príncipe.
Algumas teorias afirmam que a boca da múmia está aberta apenas porque a cabeça do morto pode ter ficado posicionada para trás, ocasionando a abertura da mandíbula. E aí, você já tinha visto essa múmia bizarra antes?