Financial Times faz críticas ao calendário de moda brasileiro

Fonte: Financial Times

Numa tentativa de depreciar os eventos de moda brasileira, o Financial Times, no último dia 3 de fevereiro, criticou a existência das duas semanas mais importantes no calendário fashion brasileiro: SPFW e Fashion Rio.

O título da matéria divulgada é: “Uma quantidade terrível de moda brasileira - Será que o país precisa mesmo de duas semanas de moda separadas?”.

Fazendo comparações com temporadas de moda de Paris e Milão, que possuem todos os desfiles condensados em uma semana, o jornal acha desnecessária a existência de duas semanas separadas no Brasil, declarando ainda que isso gera confusão e falta de tempo aos jornalistas para cobrir os dois eventos.

Vincent Bevins, o correspondente do jornal que esteve no Brasil, fez um balanço da temporada de inverno 2012 e deu uma alfinetada geral em todas as grifes, deixando espaço de elogios apenas às marcas de Pedro Lourenço, Alexandre Herchcovitch, Coven e Osklen: “Se a ideia é atrair atenção internacional e inserir as marcas brasileiras no espaço ocupado pelas europeias, a divisão entre os dois eventos é confusa e nenhum jornalista tem tempo de participar de ambos”, disse ele.

Paulo Borges, diretor criativo do SPFW e Fashion Rio, afirmou ao Financial Times que a intenção do calendário é fortalecer a fidelidade das marcas brasileiras contra a chegada de grifes internacionais, e ainda desenvolver uma cultura de moda no país. De acordo com o jornalista inglês, com essa declaração de Borges, a proposta de duas semanas faz mais sentido.

Entretanto, as críticas não pararam e ele finalizou, criticando os estilos de tecidos e estampas vistos nas temporadas e desdenhando mais um pouquinho da quantidade de desfiles. As coleções de inverno do Rio também foram alvo, sendo que Benvins afirmou que as roupas mostradas por lá não tem nada que se assemelhasse a uma coleção para a estação fria.

Sobraram críticas no artigo do Financial Times, mas por que será que isso incomodou tanto o jornalista britânico, não é verdade? Confira a matéria na íntegra neste link.