Ciência
30/09/2016 às 06:21•2 min de leitura
O título da matéria pode parecer clichê, mas isso é tudo que a banda Mama Feet, do Rio de Janeiro, não é. Através de um amigo da empresa (valeu, Sarda), eu fiquei sabendo de alguns projetos feitos pelo grupo e tive a oportunidade de conversar com um dos integrantes. Só para vocês terem noção, a minha “entrevista” com o Tynho começou despretensiosamente às 17h24 e acabou quase 1h da manhã.
Nesse meio tempo, eu saí do escritório e continuei conversando com ele até no ônibus enquanto voltava para casa – ou seja, eu tenho muita coisa para contar.
Hoje, dia 30 de setembro, último dia do mês, foi a data escolhida para o lançamento do disco “Brazilian Democracy” (ouça aqui). Para começar, você precisa saber que esse não é um trabalho comum: todas as faixas do álbum estão em duas línguas: inglês e português.
Segundo o Tynho, durante o processo de triagem eles ficaram na dúvida sobre a composição das músicas: “sempre tem aquele pessoal que reclama que estamos no Brasil e não deveríamos ‘pagar pau pra gringo’. Para acabar com o problema, tivemos a brilhante – e trabalhosa – ideia de gravar em duas línguas”.
Já não bastasse o trabalho duplicado, os caras ainda fizeram por conta própria as animações dos clipes:
Uma das coisas de que eu mais gostei assim que conheci o Mama Feet foi toda a ideia de divulgação. Não basta jogar um álbum na internet e esperar que a galera compre a ideia, é preciso atrair. Quer maneira mais incrível do que usar referências que estão na boca de todos?
Assim, surgiram alguns vídeos incríveis que remetem a séries de sucesso, como Mr. Robot e Stranger Things.
As imagens de divulgação da banda também foram inspiradas em vários clássicos – e outros nem tanto assim – e resultaram em cenas hilárias.
Galeria 1
É impossível contar a história de uma banda sem falar de sua formação: Fey Samp (vocal e guitarra) é irmão de Mylo Samp (vocal e guitarra). Tudo fácil até aqui. Ainda no colégio, eles conheceram Tommy Lee Dick (bateria) e, algum tempo depois, durante a adolescência, foi a vez de Tynho Campo Grande se unir a eles (baixo e vocal).
Esta formação já existe há uns 13 anos, mas foram nos últimos 36 meses que eles decidiram dar uma roupagem nova ao projeto. Além de mudarem o nome de Abstratus para Mama Feet, os caras decidiram montar um estúdio.
Aproveitaram o apoio da família Samp e usaram a garagem da casa para fazer tudo. Incrível, não? Mais legal ainda foi a ideia de gravar vídeos dando dicas para outros músicos que desejam se aventurar na difícil missão de fazer um som sem que os vizinhos chamem a polícia nos primeiros 15 minutos de ensaio.
Se você é do meio musical – assim como eu tento ser – ou simplesmente é apaixonado por música, é possível que toda essa história te deixe com aquela esperança de que não está tudo igual.