Ciência
19/01/2017 às 10:02•2 min de leitura
Se você adora documentos secretos, vai amar esta novidade. A CIA (Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos) acaba de tornar públicos pouco mais de 12 milhões de documentos que antes faziam parte dos arquivos mais sigilosos da instituição. E o melhor de tudo é que você pode conferir isso diretamente do seu aparelho.
O grande acervo conta com informações dos mais diversos tipos. Há documentos de investigações relacionadas a OVNIs, crise dos mísseis de Cuba, crimes de guerra dos nazistas na Segunda Guerra, supostos estudos sobre telepatia humana, aparições misteriosas e diversos outros temas que nem mesmo os maiores apaixonados por teorias conspiratórias imaginam — há até materiais sobre o Brasil.
Em 1995, o então presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, já havia ordenado que documentos com mais de 25 anos não poderiam mais ser sigilosos, mas era necessário ir até Washington para procurá-los. Em 2000, a CIA liberou uma ferramenta chamada "CREST" (CIA Records Search Tool) para facilitar a busca, mas ainda era necessário ir até lá para ter acesso.
Em 2014 uma instituição chamada MuckRock entrou com uma ação para obrigar a CIA a liberar os documentos online, mas a própria CIA disse que levaria seis anos para fazer a digitalização de tudo. Foi então que uma campanha no Kickstarter foi criada para levantar fundos para agilizar esse processo. Agora, tudo está online e pode ser conferido por qualquer pessoa neste link.
Infelizmente, é bem pouco provável que alguém consiga encontrar algo realmente bombástico nos documentos publicados pela CIA. Joseph Lambert (diretor de informações da instituição) disse que foi feita uma última análise antes da publicação de tudo e nada teve que ser colocado sob sigilo novamente. Também é importante notar que há muitos arquivos com partes bloqueadas.
Mesmo assim, vale muito a pena conferir o material para entender com a Agência vem lidando com documentos sigilosos desde o período da Segunda Guerra Mundial. Certamente, trata-se de uma grande lição de história. E vale lembrar que documentos com menos de 25 anos continuam secretos.