Pianista que atormentou vizinha pode pegar mais de 7 anos de prisão

13/11/2013 às 07:242 min de leitura

Um caso na Espanha (na cidade de Puigcerda) chamou a atenção da imprensa mundial nessa semana: uma pianista poderá pegar mais de sete anos de prisão por incomodar a sua vizinha do apartamento de cima, que afirma que a prática constante da profissional da música lhe causou danos psicológicos.

A pianista Laia Martin também está enfrentando uma proibição em que poderá ficar quatro anos sem tocar qualquer tipo de instrumento musical e ainda pode ter que pagar uma multa de cerca de 13 mil dólares. Tudo isso é resultado de uma briga que se arrasta por dez anos entre as vizinhas devido à necessidade da prática exigente da pianista.

Música sem fim

Fonte da imagem: Reprodução/Today Online

Segundo Sonia Bosom, a vizinha incomodada, Laia tocava o seu piano durante oito horas por dia, cinco dias por semana, de 2003 a 2007. Ela afirmou que esta prática a atormentou profundamente nesse período, interrompendo seu sono e a levando a problemas de ansiedade graves. Tanto que ela e a sua família foram obrigados a mudar de casa para escapar do barulho em 2007.

O caso foi levado aos tribunais e, agora, um juiz na cidade espanhola de Girona está colocando a pianista — e os seus pais — na berlinda e ela poderá pegar sete anos e meio de prisão pelas acusações de sua vizinha. A promotoria estipulou uma sentença de seis anos por poluição acústica e um ano e meio por danos psicológicos.

Os advogados de defesa argumentam que a sentença proposta é completamente "fora de proporção" e que a pianista nunca praticou 40 horas por semana.

O outro lado

Laia, hoje com 27 anos, nega que tenha tocado todas essas horas e dizia que praticava em casa mais nos finais de semana.

Os seus pais também dizem que fizeram tudo que podiam para corrigir o problema do ruído, incluindo isolamento acústico da sala de prática e do próprio piano. Eles também afirmam que mandavam a sua filha praticar em outros lugares e até em outras cidades próximas.

O promotor disse que alguns testes revelaram que os níveis sonoros produzidos pelo piano foram repetidamente até 10 decibéis mais altos do que o limite de 30 decibéis estabelecidos para instrumentos musicais na cidade.

Nuria Blanes, uma cientista ambiental da Universidade de Barcelona, ​​disse que o ruído em torno de 40 decibéis "não é muito". Segundo ela, uma conversa normal entre duas pessoas produz de 55 a 60 decibéis.

No entanto, ela também observou que alguns estudos têm estabelecido ligações com problemas de saúde, como distúrbios do sono e doença cardiovascular, se alguém enfrenta um nível de ruído constante de mais de 40 decibéis durante a noite.

Danos psicológicos

Na segunda-feira, o primeiro dia do julgamento, o jornal El Pais relatou que Sonia disse ao tribunal que ela agora pegou tanto horror a pianos que não pode ao menos vê-los em um filme.

Laia e seus pais no primeiro dia de julgamento Fonte da imagem: Reprodução/Daily Mail

A acusação afirma que os anos de prática constante do piano por parte de Laia causou sérios danos psíquicos em Sonia. Os relatórios médicos apresentados no tribunal mostraram que ela sofreu de uma variedade de problemas, incluindo insônia, ansiedade, ataques de pânico e até problemas na gestação de seu segundo filho, que nasceu em 2006.

Apesar dos supostos esclarecimentos de Laia e sua família, Sonia Bosom disse ao tribunal: "Isso me causou uma grande dose de stress. Houve até um momento em que eu não podia mover meu braço por causa da ansiedade".

O julgamento começou na última segunda-feira e está previsto para terminar na sexta-feira (15/11). Logo saberemos os resultados e voltamos para anunciar o veredito. Façam as suas apostas, leitores. Quem ganha: a pianista ou a vizinha incomodada?

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