Plantas possuem uma espécie de cérebro que determina o momento de brotar

Uma nova descoberta pode acirrar a discussão entre vegetarianos e carnívoros: a evolução pode ter dado uma espécie de cérebro para as plantas! Ele não é igual ao cérebro dos animais, é claro: trata-se de uma rede de células que determinariam cada fase do crescimento das plantas.

Essa novidade foi proposta por pesquisadores da Universidade de Birmingham, na Inglaterra, que dizem ter encontrado esse tipo de célula em árvores ainda embrionárias. São elas que determinam quando a planta irá germinar, por exemplo, já que um erro de timing pode fazer com que ela nasça em períodos muito quentes ou muito gelados.

A pesquisa foi feita em plantas da espécie Arabidopsis thaliana, que é nativa da Europa e da Ásia. Ela possui dois tipos de células que determinam quando a planta deve permanecer dormente e quando ela deve germinar. Curiosamente, esse dois tipos de células se comunicam entre si, quase igual às células nervosas dos animais, e “escolhem” o momento mais propício para a germinação.

A Arabidopsis thaliana foi a primeira planta a ter o genoma totalmente mapeado

Como monitorar essa comunicação ainda nos estágios embrionários é difícil, os cientistas usaram modelos matemáticos para simular alguns cenários e ficaram surpreendidos. Supondo que as células conversam através das alterações hormonais – tal como os animais –, os pesquisadores conseguiram criar mutações que aceleraram ou atrasaram o brotamento da planta.

Isso não indica, é claro, que a planta seja capaz de pensar ou de ter algum sentimento. Porém, mostra que elas possuem células que se comportam de maneira semelhante à dos cérebros dos animais, mesmo que seja apenas durante uma fase da sua vida.

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