O estudo pesquisou a origem da coloração brilhante existente em animais e plantas para entender o seu propósito dentro do processo evolutivo das espécies.

Para entender quando as cores brilhantes surgiram em animais e plantas e também o motivo dessa coloração, dois pesquisadores americanos analisaram a linha do tempo evolutiva da percepção de cores em animais. Publicado na revista&nbsp;Biological Reviews, o estudo tenta esclarecer o fenômeno que eles chamam de&nbsp;"explosão" de sinais de cores animais nos últimos 100 milhões de anos.Chamadas de cores conspícuas, ou seja, que chamam a atenção de forma imediata, essas tonalidades são amplamente utilizadas na comunicação dentro e entre espécies animais, e incluem padrões como vermelho, amarelo, laranja, azul e roxo, que se destacam na maioria dos fundos.&nbsp;<ul><li>Saiba mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127358-por-que-os-animais-sao-tao-coloridos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Por que os animais são tão coloridos?</a></li></ul>A questão da pesquisa foi saber o que surgiu primeiro. As plantas começaram a produzir frutas e flores vibrantes antes que qualquer pessoa da Terra conseguisse ver cores? Ou a visão das cores surgiu primeiro, com as cores vivas aparecendo em plantas e animais só depois que estes últimos conseguissem vê-las?<h2>A visão das cores</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/27/27222723018000.jpg" alt="x. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>As cores vibrantes surgiram depois que a percepção visual delas já existia. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Animais usam cores como adaptações evolutivas para aumentar as chances de sobrevivência e reprodução da espécie. Pode ser como camuflagem para se misturar com o ambiente e despistar predadores ou caçar sem ser detectado pelas presas. Outra aplicação é a regulação térmica, pois cores escuras absorvem mais calor, enquanto as claras refletem a radiação solar.Já os tons mais chamativos tendem a atrair parceiros e demonstrar saúde e qualidade genética. Mas as cores vivas podem também ser usadas para sinalizar aos predadores sobre suas defesas tóxicas e perigosas, no chamado aposematismo.&nbsp;Usando análise estatística de dados evolutivos, os autores descobriram que a percepção das cores evoluiu primeiro em animais cerca de 100 milhões de anos antes do surgimento de frutas e flores coloridas. Essa visão de cores pode ter surgido pela primeira vez, segundo o estudo, há cerca de 500 milhões de anos, em antigos artrópodes e vertebrados.<h2>A linha do tempo das cores</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/27/27225420227000.jpg" alt="x. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Frutas coloridas surgiram há 350 milhões de anos. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Os autores concluíram que, depois que a visão das cores evoluiu nos animais há 500 milhões de anos, as frutas coloridas apareceram há cerca de 350 milhões de anos, enquanto as flores coloridas surgiram há cerca de 200 milhões, explica o líder do estudo, John J. Wiens, professor da Universidade do Arizona, em Tucson nos EUA. &nbsp;Os sinais de cores de alerta começaram a se manifestar há cerca de 150 milhões de anos, enquanto os sinais de cores sexuais só apareceram há cerca de 100 milhões de anos. "Houve uma explosão dramática de sinais de cores de alerta e sexuais nos últimos 100 milhões de anos", afirmou Wiens.&nbsp;<ul><li>Descubra: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128697-como-os-animais-enxergam-o-mundo-segundo-novas-cameras-com-92-de-precisao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Como os animais enxergam o mundo, segundo novas câmeras com 92% de precisão</a></li></ul>Em um comunicado o biólogo explica que "Os sinais de alerta são pelo menos cinco vezes mais disseminados [do que os sinais sexuais]. Esse é o padrão geral". Isso porque o animal colorido não precisa ter visão de cores para sinalizar outros animais sobre o seu perigo. Já nos sinais de cores sexuais, machos e fêmeas precisam ter capacidade visual para interpretá-las como sinais importantes e distinguir nuances entre elas.

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Explosão de cores tornou a vida na Terra vibrante há 100 milhões de anos

No estudo, pesquisadores explicam que as plantas emitem uns sons parecidos com plástico bolha estourando, mas não somos capazes de escutá-los.

Ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, as plantas falam, ou, pelo menos, emitem sons. Mais do que isso: elas gritam quando estão estressadas, seja porque estão precisando de água ou por terem seus caules cortados. Esses sons se propagam pelo ar à distância, e podem ser registrados, segundo um estudo publicado no ano passado na revista Cell.Não ouvimos todas as queixas e alertas porque a frequência desses ruídos é ultrassônica e, portanto, alta demais para ser captada pelo ouvido humano. No entanto, esse vozerio vegetal pode ser ouvido por insetos, outros mamíferos e certamente outras plantas. Segundo os autores, é possível até que haja muita interação acústica entre essas espécies diferentes.<ul><li>Descubra como: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/cientistas-ja-conseguem-entender-o-que-as-plantas-conversam-veja-como" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Cientistas já conseguem entender o que as plantas "conversam"</a></li></ul>“Mesmo em um campo silencioso, há sons que não ouvimos, e esses sons carregam informações”, afirma a autora sênior da pesquisa, Lilach Hadany, bióloga evolucionista e teórica da Universidade de Tel Aviv, em Israel, em um comunicado de imprensa.<h2>Como são os sons emitidos pelas plantas</h2><iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/rAOOmhFMSok" title="Audio recording of plant sounds" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Para testar sua tese, os pesquisadores usaram microfones para gravar plantas de tomate e tabaco saudáveis. Primeiro, os vegetais foram gravados em um câmera acústica à prova de som e depois em uma estufa barulhenta. Depois, elas foram deixadas sem água por vários dias e, finalmente, tiveram seus caules cortados. &nbsp;Após gravarem muitos "choros e reclamações", eles treinaram um algoritmo de aprendizado de máquina para distinguir entre plantas não estressadas, sedentas e feridas (cortadas). A primeira descoberta foi que plantas estressadas fazem mais "barulho" do que as não estressadas. Uma planta estressada emite cerca de 30 a 50 estalos parecidos com plástico bolha sendo estourado, por hora, em intervalos regulares.Já as plantas não estressadas ficam mais "na delas", em silêncio, e cuidando apenas dos seus afazeres de planta. Os tomates, por exemplos, quando não estão sob estresse, explica Hadany, ficam quietinhos.<h2>Por que as plantas emitem sons?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/15/15104315942000.jpg" alt="x. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Depois de descobrir que as plantas falam, cientistas querem descobrir quem ouve. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Embora tenham comprovado que as plantas emitem sons intensos quando estressadas, inclusive outras espécies como milho, trigo, uva e cactos, os autores ainda não sabem como esses ruídos são produzidos, mas é possível que seja por meio de um processo conhecido como cavitação, no qual as plantas formam bolhas de ar (cavidades) em seu sistema vascular.Outra questão que o estudo ainda não conseguiu comprovar é se as plantas produzem esses sons para se comunicar com outros organismos. De qualquer forma, a simples emissão seletiva de ruídos já é um tremendo sinal de evolução, com implicações ecológicas.&nbsp;<ul><li>Leia também: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127995-como-as-plantas-lidam-com-dias-mais-curtos-e-a-perda-da-luz-do-dia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Como as plantas lidam com dias mais curtos e a perda da luz do dia</a></li></ul>Para Hadany, assim como as plantas, outros organismos podem também ter evoluído para participar desse "diálogo". E cita os exemplos de "uma mariposa que pretende pôr ovos em uma planta ou um animal que pretende comer uma planta". Uma "conversinha" prévia pode orientar essas decisões, diz a bióloga.

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Plantas não apenas emitem sons, mas também gritam quando estressadas

Descubra as maravilhas de uma tradição que une gerações e respeita o meio ambiente.

Imagine caminhar por uma floresta densa, onde os sons da natureza se entrelaçam com as risadas de crianças brincando nas margens de um rio. Em meio a esse cenário idílico, você se depara com uma impressionante ponte feita de raízes de árvores, que parece ter sido esculpida pela própria natureza.Essa é a realidade das pontes de raízes vivas de Meghalaya, um legado fascinante criado ao longo de séculos pelos povos Khasi e Jaintia.<h2>O que são as pontes de raízes vivas?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/28/28211038022007.jpg" alt="As pontes são formadas por raízes de ficus elastica. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>As pontes são formadas por raízes de Ficus elastica. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Criadas a partir das raízes entrelaçadas das árvores-de-borracha (Ficus elastica), as pontes são “cultivadas” ao longo de décadas, em uma espécie de projeto de jardinagem em grande escala.<ul><li>Conheça:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122542-5-pontes-incomuns-no-mundo-para-voce-precisa-conhecer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">5 pontes incomuns no mundo para você precisa conhecer</a></li></ul>O processo começa com o plantio de duas árvores em margens opostas de um rio. Com o tempo, as raízes aéreas dessas árvores são direcionadas por andaimes de bambu, que agem como guias. A mágica acontece ao longo de 20 a 30 anos, quando as raízes crescem e se entrelaçam, formando uma estrutura firme e autossustentável.Essas pontes podem chegar entre 15 e 30 metros de altura — e algumas, como a famosa ponte de Nongriat, alcançam impressionantes 53 metros de comprimento. Mais do que um mero meio de atravessar os rios durante as monções, elas são verdadeiras obras de bioengenharia que dependem do conhecimento e da colaboração de gerações.<ul><li>Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/36912-confira-algumas-das-florestas-mais-incriveis-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Confira algumas das florestas mais incríveis do mundo</a></li></ul><h2>Importância cultural e ecológica</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/28/28211513724011.jpg" alt="As pontes de raízes vivas de Meghalaya simbolizam a união cultural e a preservação da natureza. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>As pontes de raízes vivas de Meghalaya simbolizam a união cultural e a preservação da natureza. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>As pontes de raízes vivas de Meghalaya têm um significado cultural profundo para os povos Khasi e Jaintia. A construção e a manutenção delas são atividades comunitárias que promovem a união entre as aldeias e preservam o conhecimento local.<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124879-hally-war-o-fazendeiro-que-construiu-pontes-vivas-na-india.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Hally War: o fazendeiro que construiu 'pontes vivas' na Índia</a></li></ul>Construir uma ponte de raiz viva é como passar um bastão de sabedoria de geração em geração, envolvendo jovens e adultos. Isso fortalece a identidade cultural local e demonstra o compromisso da comunidade com o ambiente, mostrando como é possível transformar a natureza de forma sustentável e dedicada.Ecologicamente, as pontes de Meghalaya também desempenham um papel essencial. Elas oferecem abrigo para musgos, insetos polinizadores e até pássaros. E não para por aí! Os animais da floresta, como cervos e leopardos, também utilizam as pontes para atravessarem os rios em segurança, mantendo a conexão entre diferentes partes do ecossistema.Assim, essas maravilhas naturais facilitam a vida das pessoas e também ajudam a preservar o equilíbrio natural da região. É como se cada ponte contasse uma história de interconexão!

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Meghalaya: conheça as pontes indianas feitas com raízes vivas

Diferente do que você pensa, não é só a maconha que não pode ser plantada por aqui.

Nem todas as plantas podem ser plantadas aqui no nosso território. Não porque elas não vão "vingar" no nosso clima, e sim porque as autoridades não nos dão permissão para isso.O motivo dessa proibição é sempre o mesmo: dessas plantas são extraídas substâncias que causam efeitos psicotrópicos e podem usadas na formulação de drogas ilícitas. Só é possível cultivar as espécies abaixo aqui no país caso haja uma autorização especial concedida pela Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde.<h2>1. Maconha (Cannabis sativa)</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/02/02191403147001.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>A maconha é a mais conhecida entre as plantas proibidas no Brasil. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>A mais popular entre as "proibidonas", claro, é a maconha. Quem for pego cultivando a planta pode ser punido caso as autoridades policiais considerem que a pessoa pode ser enquadrada como traficante (na legislação atual, a quantidade máxima que um indivíduo pode portar e ainda ser considerado usuário é 40 gramas).<ul><li>Leia mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/o-que-o-uso-da-canabis-pode-fazer-com-nosso-dna" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o que o uso da canábis pode fazer com nosso DNA?</a></li></ul>Esse caminho, no entanto, pode mudar por conta dos estudos e dos movimentos que reivindicam o uso de canábis como um medicamento, e não apenas como uma substância psicoativa.<h2>2. Coca (Erythroxylum coca)</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/02/02191539726003.jpg" alt="x"><figcaption>Diferente de outros países latinos, o Brasil proíbe o cultivo da coca. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>O nome da planta não engana: a coca é utilizada para a fabricação da cocaína. Ainda assim, em alguns de nossos países vizinhos (como Peru, Bolívia e Colômbia) há a permissão para cultivá-la como parte das tradições dos povos andinos. Aqui, no entanto, ela é proibida.<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/111982-cocaina-faz-cerebro-associar-lugares-a-vontade-de-usar-a-droga.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cocaína faz cérebro associar lugares à vontade de usar a droga</a></li></ul>As folhas de coca são mascadas nesses países latinos para amenizar os efeitos da altitude, e o chá feito com a planta é considerado benéfico por conta de suas propriedades digestivas e antioxidantes. Já aqui no Brasil, cultivar o arbusto da coca pode dar cadeia.<h2>3. Trombeteira (Brugmansia suaveolens)</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/02/02191624408010.jpg" alt="x"><figcaption>A trombeteira pode causar efeitos colaterais terríveis. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>A trombeteira possui belas flores que enganam às vezes. Essa planta, que costuma ser encontrada na beira de rios, pode causar fortes efeitos colaterais caso seja consumida. Um chá feito com ela pode provocar até convulsões.<ul><li>Leia mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120168-extrato-de-planta-promete-acabar-com-vicio-em-opioides.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">extrato de planta promete acabar com vício em opioides</a></li></ul>Quando tomada em doses homeopáticas, a trombeteira poderia ser utilizada no controle de asma e convulsões, mas os possíveis efeitos são muito arriscados: ela pode provocar paralisia, confusão, taquicardia, boca seca, diarreia, dilatação das pupilas e até a morte.<h2>4. Papoula (Papaver somniferum L.)</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/02/02191710183012.jpg" alt="x"><figcaption>A papoula é usada na produção de várias drogas, como a heroína. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Com aspecto frondoso, a papoula é, na verdade, a planta usada para produzir opiáceos, como a heroína, que é uma das drogas mais devastadoras que existem. A papoula veio do Oriente, mas nunca teve uma grande produção no Brasil, e acabou sendo proibida por aqui por conta da imensa crise nos Estados Unidos causada por remédios que usam opioides.Mas caso alguém ofereça a você alguma comida que contém papoula, não se assuste: as sementes não são entorpecentes e podem ser usadas na culinária de maneira segura.&nbsp;

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Conheça 4 plantas que não podem ser cultivadas no Brasil

O primeiro panorama global sobre a situação das árvores revela um cenário alarmante para o futuro do planeta.

Um levantamento global inédito revelou um dado preocupante para a natureza e para o planeta como um todo: mais de 30% das espécies de árvores do mundo correm risco de extinção. O estudo, liderado pelo Global Tree Assessment, levou dez anos para ser concluído e contou com a colaboração de mais de mil especialistas. Ele analisou 47.282 espécies de árvores, das quais 16.425 estão oficialmente ameaçadas.<ul><li style="text-align:justify;">Leia mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128837-cuvier-s-rail-a-ave-que-escapou-da-extincao-evoluindo-duas-vezes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">'Cuvier's rail': a ave que escapou da extinção evoluindo duas vezes</a> &nbsp;</li></ul>O dado impressiona não apenas pelo número em si, mas também porque supera a quantidade de aves, mamíferos, répteis e anfíbios ameaçados de extinção juntos. O inventário, incluído na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), expõe a vulnerabilidade dos ecossistemas florestais e destaca o papel das árvores na preservação do equilíbrio ambiental e no combate à crise climática.<h2 style="text-align:justify;">As ilhas e a América do Sul no foco da crise</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/30/30190547378164.jpg" alt="O desmatamento acelerado ameaça biodiversidade e agrava o desequilíbrio dos ecossistemas tropicais. (Fonte: Getty Images)"><figcaption>O desmatamento acelerado ameaça biodiversidade e agrava o desequilíbrio dos ecossistemas tropicais. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Um dos pontos de alerta no estudo foi o alto índice de árvores ameaçadas em áreas insulares. Em ilhas, as espécies enfrentam desafios adicionais devido à invasão de espécies exóticas e às doenças, que se espalham mais rapidamente em ecossistemas menores e com menor diversidade.Mesmo na América do Sul, a região com a maior diversidade de espécies arbóreas, 25% das árvores analisadas estão ameaçadas. E esse número pode aumentar, pois muitas espécies da região ainda não foram descritas pela ciência. Segundo a doutora Eimear Nic Lughadha, do Royal Botanic Gardens, “muitas das novas espécies descobertas na América do Sul já chegam à ciência com alto risco de extinção”.Com o aquecimento global e a expansão da agricultura, o desmatamento avança em ritmo acelerado, afetando principalmente áreas tropicais. Para essas florestas, cada nova árvore ameaçada representa uma perda significativa de biodiversidade e contribui para o desequilíbrio dos ecossistemas locais.<ul><li style="text-align:justify;">Relacionado: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127931-o-milagre-da-ilha-redonda-o-modelo-de-restauracao-ecologica-no-caribe-mais-bem-sucedido-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O milagre da ilha Redonda, o modelo de restauração ecológica no Caribe mais bem-sucedido do mundo</a></li></ul><h2 style="text-align:justify;">A importância das árvores para o clima e a biodiversidade</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/30/30190830329165.jpg" alt="Essenciais para o clima e a biodiversidade, florestas saudáveis sustentam a vida e ajudam a mitigar mudanças climáticas. (Fonte: Getty Images)"><figcaption>Essenciais para o clima e a biodiversidade, florestas saudáveis sustentam a vida e ajudam a mitigar mudanças climáticas. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>As árvores desempenham um papel vital não só para a fauna e a flora, mas também para os seres humanos. Elas ajudam a regular o clima, capturam carbono e sustentam a vida de inúmeras espécies. Segundo Dave Hole, vice-presidente de Soluções Globais do Conservation International, “florestas diversas e saudáveis são essenciais para mitigar as mudanças climáticas e a perda de biodiversidade”.<ul><li style="text-align:justify;">Saiba também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128232-floresta-mais-antiga-do-mundo-com-385-milhoes-de-anos-e-descoberta-no-eua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Floresta mais antiga do mundo com 385 milhões de anos é descoberta no EUA</a> &nbsp;</li></ul>Assim, cada nova espécie de árvore ameaçada aumenta a urgência de ação. Para os cientistas e ambientalistas, o levantamento representa um avanço fundamental para entender as áreas mais críticas e agir com precisão na proteção das árvores. “Essa avaliação foi um trabalho imenso e precisa ser comemorada”, conta Jean-Christophe Vié, da Fondation Franklinia. Segundo ele, agora é possível direcionar esforços de maneira mais eficiente para combater a crise de extinção.Se existe um lado positivo no cenário alarmante, é que esses dados nos mostram onde concentrar as ações de preservação. Não há desculpa para não agirmos, não é mesmo?

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Mais de 30% das árvores do mundo estão em risco de desaparecer! Como isso afeta todos nós?

Descubra se o seu cão pode aproveitar essa fruta refrescante e quais cuidados tomar ao oferecer frutas para ele.

Imagine um dia de verão: o sol brilhando, aquela fatia de melancia fresquinha na mão e, claro, o seu cão com aquele olhar irresistível, pronto para saborear qualquer pedaço que você estiver disposto a compartilhar. Mas, será que a melancia é realmente segura para o seu amigo de quatro patas?<h2>Por que os cães adoram melancia?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/25/25163742991292.jpg" alt="Rica em água, a melancia é o petisco perfeito para os dias quentes. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Rica em água, a melancia é o petisco perfeito para os dias quentes. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Assim como nós, os cães adoram alimentos refrescantes em dias quentes, e a melancia é praticamente irresistível para eles. Além de doce e suculenta, ela tem uma textura crocante que atrai nossos amigos.<ul><li>Conheça também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/7-mitos-comuns-sobre-caes-em-que-voce-precisa-parar-de-acreditar" rel="noopener noreferrer" target="_blank">7 mitos comuns sobre cães</a></li></ul>Composta por 92% de água, a melancia também ajuda na hidratação — perfeita para um dia de brincadeiras sob o sol! No entanto, antes de sair cortando pedaços e distribuindo, vale lembrar de alguns cuidados. A polpa vermelha é ótima e segura para o seu pet, mas as sementes e a casca podem ser perigosas.As sementes podem causar problemas digestivos e, em alguns casos, até obstruções intestinais. Quanto à casca, há o risco de ela provocar bloqueios no sistema digestivo, principalmente se o cão engolir pedaços inteiros.<ul><li>Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123513-as-sementes-de-melancia-que-revelam-o-passado-da-humanidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">As sementes de melancia que revelam o passado da humanidade</a></li></ul>Então, qual a melhor maneira de servir? Em pequenos pedaços, sem casca e sem sementes, como se estivesse preparando um lanche para uma criança.<h2>Outras frutas seguras (e as que devem ser evitadas)</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/25/25165537988302.jpg" alt="As uvas são tóxicas para os cães. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Não ofereça uvas, pois são tóxicas para os cães. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Além da melancia, algumas outras frutas podem ser ótimas opções para dar ao seu cachorro, como banana, mamão, melão, pera e maçã. O ideal é oferecê-las em pequenas quantidades, como um agrado. Mas atenção: nem todas as frutas são bem-vindas!Algumas, como uvas, abacates e cerejas, podem fazer muito mal ao seu cãozinho. As uvas, por exemplo, contêm um composto que pode causar sérios problemas renais. O abacate, embora gostoso, possui a toxina persina, que causa dores de estômago em cachorros. E no caso das cerejas, os caroços podem provocar obstruções perigosas.<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/6-frutas-e-legumes-que-seu-cachorro-nao-deve-comer" rel="noopener noreferrer" target="_blank">6 frutas e legumes que seu cachorro não deve comer</a></li></ul>E antes de incluir qualquer fruta no cardápio do peludo, tenha em mente que a moderação é essencial. Mesmo frutas seguras, como a melancia, precisam ser dadas com cautela para não sobrecarregar o sistema digestivo do animal.É recomendável que as guloseimas não representem mais de 10% das calorias diárias do cachorro. Portanto, considere isso ao oferecer um pedacinho de fruta ao seu pet.E não custa lembrar: na dúvida sobre a segurança de qualquer alimento, é sempre uma boa ideia consultar o veterinário. Assim, você pode curtir o verão ao lado do seu amigo de quatro patas sem preocupações!

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Afinal, cães podem comer melancia?

Descubra as maravilhas da natureza que desafiam condições extremas e provam a impressionante adaptabilidade da vida em nosso planeta.

Ao longo dos bilhões de anos da Terra, a natureza criou organismos que parecem saídos de uma ficção científica. Eles sobreviveram e prosperaram nos ambientes mais desafiadores que se pode imaginar.Do fundo dos oceanos às alturas das montanhas, essas maravilhas são exemplos vivos de resistência e adaptação, provando que a vida encontra um jeito de continuar, não importa as circunstâncias. A seguir, conheça seis criações naturais incríveis do nosso planeta.<h2>1. Marimo</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/22/22210557996394.jpg" alt="Marimo. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Marimo. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>À primeira vista, o marimo parece uma bola verde fofinha. Mas, por trás de sua aparência delicada, essa alga esférica é um exemplo impressionante de resiliência. Vivendo nos lagos gelados do hemisfério norte, como os do Japão e Islândia, o marimo pode sobreviver por séculos, rolando pelas correntes e adaptando-se às mudanças da água.No Japão, ele é venerado como símbolo de paciência e resiliência, não à toa: sobrevive mesmo em águas poluídas e condições adversas. Esse pequeno ser verde nos ensina que a verdadeira força nem sempre está no tamanho.<h2>2. Olivina</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/22/22210809065396.jpg" alt="Olivina. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Olivina. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Você provavelmente já viu uma olivina e pensou: "Que bela pedra verde!". Mas essa beleza esconde um talento vital para o planeta. Esse mineral tem o incrível poder de “limpar” a atmosfera ao absorver dióxido de carbono (CO2) e transformá-lo em carbonatos estáveis, ajudando a combater o aquecimento global.Além de salvar o ar que respiramos, a olivina também purifica a água e melhora solos agrícolas. É como o zelador da natureza, trabalhando silenciosamente para manter o equilíbrio ambiental.<h2>3. Pluma-do-mar</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/22/22211009033397.jpg" alt="Pluma-do-mar. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Pluma-do-mar. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>As plumas-do-mar são colônias marinhas que lembram penas delicadas, mas não se deixe enganar por sua aparência frágil. Vivendo nos fundos oceânicos, onde a pressão esmagaria qualquer um de nós, essas “penas” bioluminescentes brilham no escuro, afastando predadores com seu espetáculo de luz.Adaptadas para diferentes profundidades, as plumas-do-mar mostram que a vida no fundo do oceano não apenas existe — ela brilha!<h2>4. Yareta</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/22/22211246888398.jpg" alt="Yareta. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Yareta. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>A yareta é uma planta que parece uma almofada verde gigante, crescendo nos Andes em altitudes que deixam a respiração difícil. Durante 3 mil anos, ela se adaptou à radiação intensa, ventos cortantes e temperaturas congelantes.<ul><li>Saiba mais?&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124924-conheca-a-yareta-uma-planta-que-tem-mais-de-3-mil-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Conheça a yareta, uma planta que tem mais de 3 mil anos</a></li></ul>Sua estratégia? Crescer devagar e desenvolver uma resina que a protege de predadores. Ela enfrenta qualquer tempestade sem perder o equilíbrio, nos ensinando o valor da paciência e resistência.<h2>5. Verme-de-pompeia</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/22/22211651472399.jpg" alt="Verme-de-pompeia. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)"><figcaption>Verme-de-pompeia. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)</figcaption></figure></figure>No fundo do oceano, perto de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/diretamente-das-profundezas-fontes-hidrotermais-sao-descobertas-no-artico" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fontes hidrotermais</a> onde a água atinge temperaturas de 100 °C, vive o verme-de-pompeia. Se nós precisássemos suportar esse calor, seríamos cozidos instantaneamente, mas esse pequeno verme é feito de outro material.<ul><li>Leia também: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/diretamente-das-profundezas-fontes-hidrotermais-sao-descobertas-no-artico" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Diretamente das profundezas: fontes hidrotermais são descobertas no Ártico</a></li></ul>Ele vive em tubos minerais e é coberto por bactérias que o protegem do calor extremo. Se existe um organismo que merece o título de "campeão da resistência", é esse!<h2>6. Lago Natron</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/22/22211841038400.jpg" alt="Lago Natron. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Lago Natron. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Nas margens do <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/a-lenda-das-aguas-do-lago-natron-que-supostamente-transforma-animais-em-pedra" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Lago Natron</a>, na Tanzânia, qualquer criatura que morre em suas águas alcalinas se transforma em uma estátua calcificada. No entanto, para o flamingo, esse lugar letal é o paraíso.<ul><li>Conheça mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/a-lenda-das-aguas-do-lago-natron-que-supostamente-transforma-animais-em-pedra" rel="noopener noreferrer" target="_blank">A lenda das águas do lago Natron, que supostamente transforma animais em pedra</a></li></ul>Ele usa as águas tranquilas e inóspitas como um santuário para reprodução, transformando o que parece um cenário de filme de terror em um refúgio para suas próximas gerações.

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6 das criações naturais mais surpreendentes do planeta Terra

Estudos revelam que plantas se comunicam por redes subterrâneas e sinais químicos.

Quando pensamos em comunicação, logo vem à mente a linguagem verbal — essencial para o sucesso da espécie humana. No entanto, a comunicação não é uma exclusividade dos seres humanos e dos animais. As <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128107-6-plantas-medicinais-que-voce-deve-ter-em-casa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">plantas</a>, que muitas vezes são vistas como passivas, também possuem suas próprias formas de interagir umas com as outras. E a ciência tem mostrado que esses sistemas de comunicação vegetal são mais complexos do que imaginávamos.Apesar de não emitirem sons ou palavras, as plantas utilizam redes sensíveis de comunicação para transmitir informações. Se pensarmos em como seria o caos se as nossas redes de comunicação, como a internet, falhassem, podemos ter uma ideia da importância dessa interação entre as plantas. Assim como os humanos desenvolveram sistemas não-verbais para se comunicar, como a leitura labial e a linguagem de sinais, as plantas criaram suas próprias formas de comunicação química e elétrica.<h2>O que acontece na vizinhança vegetal?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/18/18162338350309.jpg" alt="Assim como humanos, plantas dependem da comunicação entre si para sobreviver. (Fonte: Getty Images)"><figcaption>Assim como humanos, plantas dependem da comunicação entre si para sobreviver. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Quem nunca sentiu o cheiro de grama recém-cortada? Esse aroma familiar não é apenas uma fragrância agradável, mas uma forma de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/caes-realmente-compreendem-as-palavras-ao-usar-botoes-de-som" rel="noopener noreferrer" target="_blank">comunicação</a>. A grama libera substâncias químicas, chamadas voláteis, que alertam as plantas vizinhas de que há um "predador" — nesse caso, o cortador de grama. Esse mecanismo químico induz defesas nas outras plantas, ajudando-as a se preparar para o ataque. Porém, a comunicação vegetal não se resume aos voláteis.Cientistas descobriram que as plantas são extremamente bem conectadas e eficientes em enviar mensagens umas para as outras por meio de suas raízes e de sinais elétricos. Um exemplo dessa comunicação sofisticada é a "vizinhança planta fofoqueira", que funciona por meio de redes subterrâneas de fungos e micróbios do solo. Essa conexão permite que as plantas compartilhem informações essenciais sobre o ambiente ao seu redor, funcionando quase como um sistema de "vigilância" entre elas.Com o avanço da eletrofisiologia — o estudo dos sinais elétricos entre plantas — e da inteligência artificial, os cientistas estão cada vez mais próximos de traduzir esse "diálogo" vegetal. Já é possível monitorar os sinais elétricos das plantas para detectar necessidades de água ou deficiências nutricionais em estufas modernas, além de influenciar o comportamento delas, como fazer com que uma planta carnívora abra ou feche suas folhas.<h2>A internet das árvores</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/18/18162500632317.jpg" alt="Interrupção da "><figcaption>Interrupção da "conexão" entre as plantas pode atrapalhar a qualidade de vida das espécies. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Grande parte da comunicação entre as plantas ocorre debaixo do solo, por meio de uma extensa rede de fungos conhecida como "wood wide web". Essa rede conecta árvores e plantas, permitindo que compartilhem recursos, como água, nutrientes e informações. Assim como a internet nos permite trocar ideias e informações, essa rede subterrânea ajuda as plantas a se prepararem para mudanças no ambiente, funcionando como um dos sistemas de comunicação mais antigos do planeta.No entanto, a perturbação desse sistema — causada por desmatamento, uso de produtos químicos ou <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/mudancas-climaticas-podem-provocar-terremotos" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mudanças climáticas</a> — pode prejudicar a conectividade das plantas, tornando-as menos informadas e, portanto, mais vulneráveis. Embora ainda haja muito a ser descoberto sobre o impacto dessas interrupções,&nbsp;já se sabe que essa desconexão pode alterar o comportamento das plantas, afetando sua capacidade de se defender e sobreviver.Assim como ensinamos as crianças a ler para poderem compreender o mundo, é igualmente importante preservar as redes de comunicação das plantas. Afinal, nossa sobrevivência depende delas.

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Falando com plantas: ciência está cada vez mais perto de "entender" os vegetais

A superalface obtida na pesquisa produz mais betacaroteno e pode suprir a deficiência de vitamina A em crianças de países em desenvolvimento.

Uma equipe de pesquisadores da Universidade Politécnica de Valência (UPV), na Espanha, acaba de divulgar <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125611-cientistas-desenvolvem-superbanana-capaz-de-salvar-vidas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">um método inédito de biofortificação de folhas e tecidos vegetais verdes</a>, turbinando o conteúdo de substâncias saudáveis, principalmente do betacaroteno, devido ao seu valor nutricional como precursor (substância transformadora) da vitamina A na alimentação humana.Publicada na revista The Plant Journal, a pesquisa tem como objetivo produzir uma superalface para suprir a deficiência de micronutrientes, chamada de “fome oculta”, uma crise global que atinge vários países em desenvolvimento. A falta da vitamina A expõe cerca de 140 milhões de crianças a doenças graves, como perda auditiva, cegueira e até morte, diz o estudo.Testes realizados com técnicas biotecnológicas e tratamentos com alta intensidade de luz mostraram que os níveis de betacaroteno nas folhas podem ser amplificados em até 30 vezes. Esse acréscimo pode ser armazenado em novos locais do tecido vegetal, sem prejudicar a fotossíntese.&nbsp;<h2>A importância do betacaroteno</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/17/17160806622268.jpg" alt="x. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Betacaroteno se transforma em vitamina A no organismo. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>O betacaroteno é um dos mais importantes carotenoides, pigmentos naturais encontrados em plantas, algas, bactérias e alguns fungos. <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128544-cientistas-descobrem-evidencia-de-fotossintese-oxigenica-mais-antiga-ja-registrada.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Eles têm papel fundamental na fotossíntese</a>, e também protegem as células contra o estresse oxidativo, neutralizando os radicais livres que se formam pela superexposição à luz solar.Precursor da vitamina A, isso significa que o betacaroteno é transformado nesse importante retinoide, que desempenha no corpo humano funções essenciais para a saúde dos olhos, multiplicação e especialização de células, e fortalecimento do sistema imunológico.Para o coautor Manuel Rodríguez Concepción, da UPV, embora carotenoides como o betacaroteno sejam fundamentais nos complexos fotossintéticos dos cloroplastos, "quando muito ou pouco betacaroteno é produzido nos cloroplastos, eles param de funcionar, e as folhas eventualmente morrem", alerta o pesquisador em um release<h2>Obtendo 30 vezes mais betacaroteno</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/17/17153231143251.jpg" alt="As folhas ficam douradas de betacaroteno, mas continuam fazendo fotossíntese. (Foto: Universidade Politécnica de Valência/Divulgação)"><figcaption>As folhas ficam douradas de betacaroteno, mas continuam fazendo fotossíntese. (Foto: Universidade Politécnica de Valência/Divulgação)</figcaption></figure></figure>Para garantir o crescimento normal das folhas, os autores combinaram duas estratégias iniciais: uma produz betacaroteno no citosol das células foliares, e a outra converte cloroplastos (plastídeos que realizam fotossíntese) em cromoplastos não fotossintéticos superacumuladores de carotenoides em folhas agroinfiltradas.&nbsp;Em várias tentativas de melhorar o conteúdo foliar de betacaroteno via engenharia metabólica, tratamentos hormonais e exames genéticos, o betacaroteno aumentou no máximo cinco vezes. Elevando pequenos plastoglóbulos com tratamentos intensos de luz e enzimas de bactérias, a equipe obteve não só 30 vezes mais betacaroteno, mas aumentou também a bioacessibilidade. &nbsp;Em um comunicado, os autores destacam que produzir e armazenar betacaroteno em níveis altíssimos e de forma bioacessível, fora dos locais costumeiros nas folhas, "representa um avanço muito significativo para melhorar a nutrição por meio <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/119208-7-beneficios-da-alface-para-o-corpo-humano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">da biofortificação de vegetais como alface, acelga ou espinafre</a>, sem abrir mão de seu aroma e sabor característicos".

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Conheça a alface dourada, planta fortificada com 30 vezes mais betacaroteno

Artistas captaram sons misteriosos da gigantesca floresta de álamos, revelando segredos de um organismo milenar.

Imagine ouvir um dos maiores e mais antigos seres vivos do planeta. Um organismo gigante, com mais de 12 mil anos, finalmente "falando" através de suas folhas e raízes. Esse ser incrível é Pando, uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/108857-5-florestas-extraordinarias-ao-redor-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">floresta</a> feita de um único álamo-tremedor&nbsp;— uma espécie de árvore caducifólia do gênero Populus, pertencente à família Salicaceae —, com mais de 47 mil <a href="https://www.megacurioso.com.br/plantas-e-frutas/39949-baoba-por-que-essas-arvores-africanas-tem-troncos-tao-largos-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">troncos</a> idênticos e uma rede subterrânea de raízes que abrange 40 hectares em Utah, nos Estados Unidos.&nbsp;Recentemente, pesquisadores e artistas uniram forças para captar os sons desse gigante natural, revelando uma nova forma de compreendê-lo. O projeto, liderado pelo artista sonoro Jeff Rice, usou hidrofones para registrar o som dentro das raízes do Pando. Durante uma tempestade, as vibrações aumentaram, criando um som grave e misterioso. “O que você está ouvindo, são milhões de folhas vibrando na árvore, com o som descendo pelos galhos até chegar à terra”, explicou Rice.<h2 style="text-align:justify;">O mistério das raízes</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/12/12150518212232.jpg" alt="(Fonte: Reprodução/Friends of Pando)"><figcaption>Pando, a floresta de álamos, possui mais de 47 mil troncos idênticos. (Fonte: Reprodução/Friends of Pando)</figcaption></figure></figure>As obras gravadas pelo artista transcendem o conceito de arte — elas revelam um possível caminho para estudos científicos. Lance Oditt, fundador do projeto&nbsp;Friends of Pando, vê grande potencial no uso dos sons para investigar o funcionamento hidráulico do ser. A vibração do vento, convertida em som e transmitida pelo sistema de raízes, pode revelar segredos dessa rede subterrânea sem a necessidade de escavação. "Embora tenha começado como arte, vemos um potencial enorme para a ciência", conta Oditt.Um dos momentos mais interessantes do estudo aconteceu quando Rice captou o som de toques em um galho a 27 metros de distância, algo inaudível pelo ar. Isso reforça a ideia de que as raízes estão profundamente interligadas, característica comum entre colônias do álamo-tremedor. No entanto, o que torna esse organismo tão fascinante é a magnitude e a idade, fazendo com que essas descobertas sejam ainda mais valiosas.&nbsp;Essa interconexão das raízes é característica da espécie, que geralmente se reproduz de forma assexuada, criando clones de si mesmos em vez de usar sementes. No caso do Pando, esse sistema tem funcionado por milênios, tornando-o o maior organismo vivo do planeta em termos de massa, com aproximadamente 6 mil toneladas.<h2 style="text-align:justify;">O futuro do gigante tremedor</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/12/12150750228236.jpg" alt="(Fonte: Leah Hogsten/The Salt Lake Tribune)"><figcaption>Pesquisadores planejam usar dados obtidos para entender mais sobre o ecossistema. (Fonte: Leah Hogsten/The Salt Lake Tribune)</figcaption></figure></figure>Apesar de sua grandiosidade, Pando está em declínio. O desmatamento e a ação humana, como a caça de predadores naturais que controlam a população de herbívoros, têm ameaçado a saúde da floresta. Oditt e Rice esperam que as gravações dos sons ajudem a monitorar a saúde do organismo e do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127033-ecossistema-ate-entao-desconhecido-e-descoberto-no-fundo-do-mar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ecossistema</a> ao seu redor. "Os sons são um registro da biodiversidade local e fornecem uma linha de base que pode ser medida contra mudanças ambientais", explicou Rice.Além dos sons das raízes, Rice também captou as vibrações das folhas, da casca e do ambiente ao redor, trazendo novas possibilidades de estudo para a preservação do Pando. O plano é usar os dados para entender melhor o movimento da água, as colônias de insetos e até a profundidade das raízes, áreas ainda pouco exploradas.Enquanto os cientistas e artistas trabalham para desvendar os segredos do “Gigante Tremedor”, uma coisa é certa: ouvir o Pando é mais do que apenas um ato de curiosidade; é uma oportunidade de preservar sua existência e compreender melhor o papel crucial que esse gigante desempenha na natureza.

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