Bispo alemão é afastado da Igreja por gastar US$ 43 milhões em uma reforma

02/04/2014 às 12:192 min de leitura

Os mais de 40 milhões dólares – quantia que chega perto dos 100 milhões de reais – gastos na reforma de sua residência e as falsas justificativas sobre outros gastos abusivos custaram o cargo do bispo alemão Franz-Peter Tebartz-van Elst.

Em outubro de 2013, o Vaticano suspendeu as atividades do bispo sob a acusação de que ele já havia investido quantias inimagináveis no melhoramento de seus aposentos. Porém, na semana passada, o Papa Francisco aceitou a resignação do clérigo – também conhecido como bispo de Limburg – depois da apresentação de um relatório de 108 páginas que detalha os abusos de Elst.

Vista aérea da residência do bispo alemão após a reforma. Fonte da imagem: Reprodução/The Catholic Catalogue

O afastamento definitivo aconteceu justamente um dia após o encontro do Papa Francisco com o presidente Barack Obama para discutir a situações das pessoas pobres e marginalizadas e a crescente desigualdade. O Papa, por sua vez, dirige um Ford Focus e mora na humilde Casa de Santa Marta, em vez de viver no Palácio Apostólico, que foi designado exclusivamente para ele.

Em sua defesa, o clérigo afirma que prezou pela qualidade dos itens que escolheu e deixou a contabilidade para o vigário geral da paróquia, que seria então o responsável pelos gastos exorbitantes. Apesar de ter investido em materiais de primeira linha, algumas fontes afirmam que Elst dispensou funcionários durante a reforma. Confira alguns itens da absurda lista de benfeitorias que foram feitas na residência do bispo:

  • Criação de um jardim – 917 mil dólares
  • Instalação de uma Coroa do Advento – 25 mil dólares
  • Colocação de janelas com esquadrias de bronze – 2,38 milhões de dólares
  • Instalação de interruptores – 27 mil dólares
  • Troca das portas – 673 mil dólares
  • Compra de obras de arte – 1,6 milhões
  • Instalação de luzes de LED (no chão, nas paredes e nas janelas) – 894 mil dólares

O bispo alemão, que está com 54 anos, ainda precisa de 21 anos de serviço para se aposentar oficialmente da Igreja. Enquanto isso, o Vaticano anunciou que ele será colocado em algum cargo de menor prestígio em outro lugar. Agora, a Igreja estuda a possibilidade de transformar a residência em um abrigo para os carentes e os sem-teto.

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