Ciência
07/11/2014 às 12:14•4 min de leitura
Imagine que você se encontra em uma ilha de areia bem fina e branquinha banhada por águas cristalinas, com montanhas cobertas por vegetação exuberante às suas costas, e que uma brisa fresquinha está acariciando o seu rosto e os seus cabelos suavemente. Seria essa a descrição do paraíso? Mais ou menos... Esse é o panorama com o qual as pessoas se deparam quando vão para Seychelles — praticamente um paraíso na Terra.
Localizada no Oceano Índico, a República de Seychelles é formada por um arquipélago contando com aproximadamente 115 ilhas, somando uma área total de 455 quilômetros quadrados. A maior delas se chama Mahé, e estima-se que quase 90% da população total — de 91.650 habitantes — de Seychelles viva nessa ilha. É também em Mahé que fica a capital Victória, que conta com uma população de 25 mil habitantes. Vamos embarcar nessa viagem?
O arquipélago fica situado a noroeste de Madagascar, e as ilhas eram desabitadas até a Companhia Inglesa das Índias Orientais chegar por lá em 1609. Em 1756, os franceses conquistaram o território e o anexaram à colônia das Ilhas Maurício, e em 1814, os britânicos reconquistaram o controle das ilhas. E, enquanto ingleses e franceses brigavam, Seychelles se transformou em um idílico reduto de piratas.
Seychelles conquistou sua independência em 1977, e o mesmo partido permaneceu no poder até o ano de 2003, quando ocorreram as primeiras eleições da história do país. Atualmente a indústria é baseada principalmente na pesca, no cultivo e processamento do coco e da baunilha e, evidentemente, no turismo.
Aliás, o país valoriza o turismo sustentável, controlando a quantidade de turistas que visitam as ilhas e contando com várias áreas de preservação. O principal aeroporto fica localizado na Ilha de Mahé e, para chegar até Seychelles, as melhores opções para os brasileiros seriam ir até Doha ou Dubai e, então, seguir viagem ou ir até o Quênia ou África do Sul e, depois, embarcar com destino ao paraíso.
Conforme comentamos anteriormente, a República de Seychelles é composta por aproximadamente 115 ilhas, que são divididas em coralinas e graníticas. As coralinas — formadas a partir da sedimentação sobre um recife de coral ou seu levantamento tectônico — somam 74 e formam cinco grupos de atóis, Farquhar, Alpohonse, Amirantes, Southern Coral e o Aldabra. Elas ficam mais externas com respeito às demais ilhas, e muitas são desabitadas.
Já as 41 ilhas graníticas — que, basicamente, são montanhas e picos que se elevam do mar a partir do Planalto Oceânico das Mascarenhas —, em sua maioria internas, são as mais ocupadas pela população e estão situadas nos arredores das principais ilhas de Seychelles: La Digue, Praslin e Mahé.
Como se as águas cor de jade, as areias branquinhas e a vegetação exuberante não fossem o suficiente para compor a paisagem, La Digue ainda fica rodeada por outras pequenas ilhas belíssimas como a Île Cocos e a Félicité. Além disso, La Digue é menos desenvolvida — e menos invadida por turistas — do que Mahé e Praslin. Entre suas praias mais famosas estão as Anse (ou baia) de Cocos, Source d’Argent, Grande e Petite.
Praslin é a segunda maior ilha de Seychelles e fica a apenas 5 quilômetros de La Digue e 45 de Mahé. Com uma população de 5,5 mil habitantes, ela é considerada um “meio termo” entre La Digue e Mahé com respeito ao agito, e conta com florestas bem preservadas, montanhas verdinhas e praias paradisíacas — como a Anse Volbert e Anse Lazio.
Além disso, é em Praslin que se encontra a reserva natural Vallée de Mai, que figura na lista de patrimônios da humanidade da UNESCO. Esse local — que permaneceu intocado até a década de 30! — serve de lar para espécies endêmicas de plantas e animais, e conta com algumas trilhas pelas quais os visitantes podem passear. Se você é amante da natureza, este é um lugar que você não pode deixar de visitar. Por último, Mahé...
Apesar de Mahé ser a maior das ilhas do arquipélago, não pense que você vai encontrar por lá as praias urbanas com as quais estamos acostumados. Além de atrações como o mercado, jardim botânico e da catedral local, Mahé conta com várias baías banhadas por águas limpíssimas, e oferece a possibilidade de que os turistas possam mergulhar com tubarões-baleia ou se banhar em praias espetaculares como a Petit Anse, Police Bay, Grande Anse, Anse Intendance e Anse Louis.
Além de visitar praias e ilhas e de se aventurar por trilhas pouco exploradas, os turistas que visitam Seychelles também podem se dedicar ao mergulho e à prática de esportes aquáticos como o windsurfe e a vela, assim como curtir passeios de barco e outras opções focadas no ecoturismo. E o melhor: é possível encontrar acomodação para todos os gostos e bolsos, incluindo resorts superluxuosos, assim como hotéis familiares e pousadas simples.
A culinária, como você já deve ter deduzido, está baseada principalmente em peixes e frutos do mar, preparados com uma boa dose especiarias, vegetais e coco. Além disso, a cozinha de Seychelles consiste em uma fusão de sabores com toques da culinária indiana, inglesa, chinesa, francesa e africana.
Entre os pratos mais conhecidos, estão o chutney de tubarão — preparado com carne do peixe servido com lentilhas, papaia verde e arroz — e o Ladob, que pode ser doce ou salgado. A versão doce desse prato consiste em batatas doces e banana-da-terra verde cozidas com leite de coco, açúcar, baunilha e noz moscada. A opção salgada do Ladob é preparada sem o açúcar e a baunilha, e inclui peixe na receita.
Agora, se você não for muito aventureiro quando o assunto são as comidinhas, caso você se depare com Rousettes, fique esperto. A base desse prato é a carne de morcegos frugívoros — cujo sabor é parecido ao da carne de veado — preparada de várias maneiras. Mas, se você pedir Rousettes sem querer, você pode ajudar a comida descer com um pouco de Calou, uma bebida alcóolica preparada a partir da seiva de coco.
Além do Calou, você também pode experimentar uma bebida chamada Bacca, feita com licor de cana-de-açúcar ou, ainda, Coco d’Amour, preparada com licor de coco. No entanto, se você o seu negócio são as cervejinhas, entre as marcas locais você poderá encontrar a Seybrew e a Ekyu.