Artes/cultura
16/03/2018 às 13:00•1 min de leitura
Algumas atitudes de momento acabam gerando consequências insanas. Em 2010, o jogador australiano de rúgbi Sam Ballard, na época com 19 anos, estava na festa de um amigo quando aceitou engolir uma lesma viva como parte de um desafio. O bicho estava no jardim, mas contaminado com um Angiostrongylus costaricensis, um tipo de verme parasita bastante perigoso que costuma infectar roedores.
Nos ratinhos, eles costumam se alojar nos pulmões, forçando os animais a tossir e expelir secreções contaminadas. É aí que outros bichos, como a lesma, podem acabar sendo infectados. Só que o ciclo natural era acabar por aí, pois ninguém em sã consciência deveria engolir uma lesma.
Sam Ballard tinha um futuro promissor no rúgbi quando topou o desafio
No caso de Ballard, o parasita acabou se alojando em seu tecido nervoso e posteriormente no cérebro, causando uma meningite eosinofílica, um caso raríssimo mesmo para quem ingere esse tipo de parasita – a incidência é comum até mesmo no Brasil, mas na maioria dos casos ela só causa dores de cabeça, náuseas, febre e rigidez da nuca, podendo ser curados com antibióticos.
Ballard, entretanto, acabou ficando 420 dias em coma e acordou tetraplégico. Agora, 8 anos depois, sua família move um processo contra o governo da Austrália que cortou boa parte dos custos do tratamento vitalício do qual o rapaz, atualmente com 27 anos, necessita.
Sam Ballard com sua mãe: agora ele necessita de cuidados o tempo todo