Sono em dia: abolir a função soneca e tirar um cochilo faz mais bem

12/10/2012 às 05:222 min de leitura

(Fonte da imagem: Reprodução/iStock)

Não é segredo para ninguém que ter boas noites de sono é fundamental para se alcançar uma melhor qualidade de vida. Uma noite bem dormida é revigorante, pode ”refrescar” a memória, estimula a criatividade, turbina a inteligência e proporciona uma vida mais longa e saudável.

Ao longo dos anos, diversos estudos têm sido desenvolvidos para que nós possamos entender melhor como o nosso cérebro funciona enquanto dormimos, quais os benefícios de se resguardar em períodos corretos de sono e os prejuízos da interrupção do descanso do corpo e da mente.

Dois assuntos que têm sido abordados com maior frequência nessas pesquisas é a presença cada vez maior da função “soneca” de celulares e alarmes em nossa rotina e as vantagens de alguns cochilos ao longo do dia.

Breve introdução ao assunto

Durante o ciclo do sono, o corpo transita basicamente entre o sono NREM (mais leve e presente durante o período em que você está dormindo) e o sono REM (mais pesado, intenso e é quando os sonhos acontecem). Existem vários estágios em meio a esse ciclo, mas que não cabem ser explicados aqui.

Cerca de uma hora antes de realmente acordarmos, o corpo já começa a “reiniciar” as suas atividades normais, saindo lentamente do sono pesado. O cérebro começa a enviar sinais para que hormônios como o cortisol e a adrenalina sejam liberados, fazendo com que a temperatura do corpo aumente e que o sono retorne ao ciclo mais leve.

A maldição do botão “soneca”

De acordo com o site Greatist, que buscou informações com os médicos Dra. Sarah Chellappa, do Centro de Cronobiologia do Hospital Psiquiátrico da Universidade de Basel, e Dr. Sue X. Ming, professor assistente de Neurociências da Universidade de Medicina e Odontologia de New Jersey, quando somos despertados antes que esse processo esteja finalizado, acabamos ficando com sonolência — muitas vezes pela manhã toda.

(Fonte da imagem: Reprodução/iStock)

Isso significa que ficar apertando o botão “soneca” a cada 5 ou 10 minutos por três ou quatro vezes não fará você descansar mais, pois você terá que começar o ciclo do sono do zero e não há tempo suficiente para que você atinja o sono REM — que é a fase em que nós realmente recuperamos nossas energias.

Por isso, em vez de programar o alarme para tocar meia hora antes, para que você possa acionar a função “soneca” algumas vezes, seria mais produtivo e revigorante que você permanecesse nesses 30 minutos de sono que já vinha sendo mantido pelo corpo ao longo da noite.

Cochilo necessário

A fórmula para se ter boas noites de sonho é conhecida: deitar-se cedo, evitar ambientes claros, tentar acordar sempre no mesmo horário e dormir em média 8 horas diariamente — esse período “ideal” varia de acordo com a idade e metabolismos de cada pessoa, por isso é estimado esse tempo médio.

(Fonte da imagem: Reprodução/iStock)

Contudo, colocar isso em prática é difícil. Com uma rotina de trabalho, estudo e exercícios físicos, muitas pessoas não conseguem cumprir com todo esse checklist do sono. A solução para a sonolência e o cansaço que pode atingi-lo por uma noite mal dormida é um cochilo ao longo do dia.

O site Lifehacker cita diversas pesquisas as quais apontam, por exemplo, que “tirar uma pestana” de 10 ou 15 minutos é mais efetivo que tomar café para despertar, aumenta a eficiência mental, o potencial criativo e a produtividade, aprimora a capacidade de aprendizado e estimula a memória.

Com tantos benefícios imediatos, muitas empresas estão criando espaços apropriados e incentivando que seus funcionários tenham sonecas durante o expediente de trabalho. Tal prática tem crescido entre as grandes empresas, como Google e Apple.

Fontes: Greatist, Lifehacker

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