8 mitos absurdos sobre dieta

31/05/2013 às 11:254 min de leitura

Praticamente qualquer indivíduo sobre a face da Terra — com ou sem problemas de peso — lhe dirá a sua receita particular para ter uma alimentação saudável caso você pergunte. Há, de fato, inúmeros “caminhos das pedras” por aí e parece ser incrivelmente difícil encontrar qualquer tipo de consenso entre os profissionais da área.

Mas há alguns mitos que são realmente absurdos, conforme listou o site Popsci. Confira abaixo:

Uma caloria é sempre uma caloria

Eis a famosa matemática da balança. Trata-se também de um dos erros mais comuns, mesmo entre profissionais de nutrição e outras áreas relacionadas à saúde. De fato, considerar calorias como um valor abstrato pode ser algo realmente perigoso.

Ao comparar-se os efeitos da frutose e de proteínas sobre o organismo, por exemplo, uma caloria pode fazer muita diferença — a primeira estimula o apetite, aumenta a resistência à insulina e também a obesidade abdominal. Por outro lado, ingerir proteínas acelera o metabolismo e reduz mais a fome, em comparação com gorduras e carboidratos.

Ingerir muitas proteínas faz mal à saúde

A opinião comum é um tanto quanto clara em relação aos males de ingerir muitas proteínas. As visões funestas vão desde a falha dos rins até osteoporose. Bem, no que se refere a esta última, embora seja fato que uma pessoa que ingere mais proteínas excrete mais cálcio, pesquisas apontam que a ingestão dessas mesmas proteínas estão associadas a ossos mais fortes.

Fonte da imagem: Reprodução/Popsci

Quanto aos males causados aos rins, ainda não existem estudos conclusivos. Na verdade, os dois fatores mais associados a riscos para os rins são a diabetes e a pressão alta — ingerir proteínas na verdade ajuda a reduzir os riscos de doenças nos rins em idades mais avançadas.

A melhor dieta é aquela com menos gordura

Conforme lembra o referido site, as dietas de baixas calorias viraram moda ao final da década de 1970 — não por acaso, no momento em que os problemas de obesidade se tornavam mais preocupantes em diversos países.

Entretanto, um estudo realizado com diversas mulheres — divididas entre as que se alimentavam normalmente e aquelas que conduziam dietas com redução de gorduras — revelou que dietas dessa natureza não previnem o ganho de peso. Também não há associações apreciáveis com prevenção de doenças cardiovasculares. Assim, reduzir gordura provou-se como algo bem pouco eficaz.

Todos deveriam diminuir o consumo de sódio

Eis aqui mais um “lugar-comum” típico quando se trata de dietas. O sódio é um eletrólito crucial para o funcionamento do corpo, já que mantém o equilíbrio celular — sem o qual nós simplesmente morremos. Por um longo período, demonizou-se o sódio como agente para o aumento da pressão arterial e também como potencializador para o aparecimento de doenças.

Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons

Bem, embora seja fato que o sódio faz elevar a pressão sanguínea no curto prazo, os estudos não dão suporte à ideia de que baixar o nível de sódio previne problemas do coração. Além disso, foi provado que a restrição de sódio faz aumentar o nível de triglicerídeos e de colesterol no organismo. Dessa forma, a menos que você possua problemas de pressão, é pouco recomendável realizar cortes drásticos de sódio.

Gordura saturada eleva o colesterol ruim e causa doenças

Eis outro campeão entre os mitos. Reza o senso comum que ingerir gorduras saturadas vai colocá-lo vários passos mais próximo de algum problema cardiovascular. Essa ideia nasceu de algumas observações pouco confiáveis feitas durante as décadas de 1960 e 1980, conforme lembrou o site Popsci.

Entretanto, não há qualquer associação concreta entre o consumo de gorduras saturadas e problemas de coração. Gorduras saturadas aumentam o colesterol HDL (o “bom”) e alteram o LDL (o “mau”), transformando-o em uma versão benigna. Dessa forma, não parece haver qualquer motivo para limar do cardápio alguns bons pratos com gorduras saturadas — desde que com o devido controle, naturalmente.

Café faz mal

O café é sem sombra de dúvida um dos vilões mais tradicionais de uma dieta entendida como “saudável”. É verdade que a cafeína — o componente estimulante do café — acaba por aumentar consideravelmente a pressão sanguínea no curto prazo. Entretanto, diversos estudos têm mostrado que a ingestão dessa substância diminui consideravelmente o risco de desenvolvimento de diversas doenças.

O café ajuda no desempenho cerebral, faz queimar calorias mais rapidamente e reduz o risco de diabetes (em até 67%, de acordo com alguns estudos). Também provou-se que a ingestão periódica de cafeína ajuda a prevenir os males de Alzheimer e de Parkinson, além de proteger o fígado contra a cirrose e câncer.

Além disso, o café é também um poderoso antioxidante, sendo, inclusive, mais efetivo do que frutas e vegetais.

Ovos são cheios de colesterol e causam doenças

Eis aqui um vilão mais tradicional que o café. Desde sempre diz-se que ovos são abarrotados de colesterol e que, portanto, são altamente perigosos para o equilíbrio alimentar. Entretanto, embora realmente tragam quantias elevadas de colesterol, isso não significa, automaticamente, que haverá um aumento dessa substância no sangue.

Ovos realmente são nocivos para a saúde? Não é o que parece. Fonte da imagem: Reprodução/Popsci

Na verdade, jamais foi provado que os ovos realmente fazem mal à saúde. De acordo com diversos nutricionistas, trata-se mesmo de um dos alimentos mais saudáveis que podemos comer, já que são ricos em vitaminas, minerais e antioxidantes.

Dietas com poucos carboidratos não funcionam e são perigosas

As dietas com baixos níveis de carboidratos são consideradas perigosas em razão da respeitável quantia de gordura saturada que é ingerida. Isso levou à crença de que se aumentariam os riscos de problemas cardiovasculares e também de outras doenças crônicas. Ainda, desde 2002 são efetuados diversas avaliações a fim de comparar os resultados de uma dieta “normal” àqueles obtidos com baixa ingestão de carboidratos.

Em praticamente todos esses estudos, concluiu-se que dietas com restrição de carboidratos provocam mais perda de peso do que aquelas que reduzem calorias. Também observou-se uma baixa drástica no nível de triglicerídeos — um dos grandes responsáveis por problemas cardíacos. Por fim, a dieta também fez aumentar o nível do colesterol HDL (o “bom” colesterol) e representou melhorias no nível de açúcar e insulina do sangue (sobretudo em diabéticos).

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