Commotio Cordis: como um único soco pode matar até o mais forte dos homens

06/12/2013 às 10:462 min de leitura

Assim como a corrente mais resistente do mundo possui seu elo mais fraco, até os mais brutos dos homens podem ser subjugados por outros menores, desde que os pequenos tenham o conhecimento necessário para fazer isso. A própria história traz passagens famosas de confrontos cujo desfecho foi o inverso do esperado, como a batalha de Davi contra Golias.

Mas, diferentemente do que houve no conto do pequeno desafiante e do filisteu, não será preciso ajuda divina ou mesmo nenhum truque sobre-humano para que o final seja paritário. Para ser mais preciso, um único soco infligido no local correto deve bastar para derrubar qualquer homem no mundo. E essa capacidade é possibilitada por um fenômeno extremamente raro que causa parada cardíaca em qualquer pessoa, conhecido como Commotio Cordis.

Fonte da imagem: Reprodução/circepDe acordo com o respeitado Dr. Dráuzio Varella, Commotio Cordis é “a morte súbita por arritmia cardíaca provocada pelo impacto de um objeto contra o lado esquerdo do tórax, sem haver fratura de costelas ou do esterno e sem ferir diretamente o coração”. Em outras palavras, a situação é semelhante à daquelas pessoas que conseguem quebrar pedregulhos imensos com apenas uma marretada no ponto exato da falha estrutural do sólido.

Super-homens de mentira

Vale frisar que esse fenômeno não é resultado de um quadro clínico específico ou de uma predisposição genética previsível, mas um simples fruto do acaso. Então, basta que a pessoa leve algum tipo de impacto diretamente sobre o coração (não importa se forte ou fraco) durante um momento específico do ciclo de batimentos cardíacos para que a parada aconteça.

Assim, podemos deduzir que o fenômeno Commotio Cordis ocorre com muito mais frequência em pessoas que praticam esportes de grande contato ou artes marciais — cuidado, Anderson Silva! De acordo com um artigo publicado pela Associação Americana do Coração (AHA), anualmente é registrada uma média de 10 a 20 casos, aproximadamente.

Fonte da imagem: Reprodução/WikimediaCommonsAinda de acordo com a AHA, o fenômeno afeta principalmente indivíduos mais jovens, em geral que estejam na fase da adolescência. Nos casos registrados pela associação desde a década de 1990, a idade mais crítica é em torno de 15 anos, sendo que a incidência vai diminuindo quando os indivíduos vão se aproximando dos 20.

E para o Dr. Drauzio isso faz muito sentido, pois “os adultos correm risco menor, porque os músculos e o arcabouço ósseo da parede torácica são mais desenvolvidos e resistentes às pancadas”. Portanto, a melhor tática para não fazer parte das estatísticas geradas por essa síndrome é evitar levar pancadas no lado esquerdo do peito. Que medo!

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