Pequeno, arisco e "zoiudo", o tubarão-lanterna-anão é pouco conhecido e fofinho, mas tem a tradicional bocarra com 60 dentes.

O que nos assusta no jovem tubarão-branco do filme de Steven Spielberg, além dos seus 300 dentões organizados em fileiras, é certamente o seu peso de quase uma tonelada, o que o torna uma espécie de torpedo cartilaginoso. Mas, e se esse predador tivesse apenas 20 centímetros de comprimento e não quatro metros como no filme?Saiba que esse bicho existe. Entre as cerca de 500 espécie de tubarão conhecidas no mundo, o tubarão-lanterna-anão (Etmopterus perryi) tem, em média, 20 centímetros de comprimento e peso de 200 gramas. No entanto, um estudo de 2021 conseguiu capturar, entre 153 indivíduos pesquisados, um "gigante" com 28,9 centímetros.&nbsp;<ul><li>Confira: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128764-primeiro-avistamento-de-um-filhote-de-tubarao-branco-da-historia-e-registrado-na-california.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Primeiro avistamento de um filhote de tubarão-branco da história é registrado na Califórnia</a></li></ul>Entre esses 500 dentuços, menos de dez são consideradas perigosos para os seres humanos, mas é bom ter certeza antes de cair na água do que ser surpreendido. Embora a maioria deles viva em água salgada, alguns tipos, como o tubarão-de-água-doce do Mississípi e o tubarão-do-rio-Ganges, habitam tranquilamente em água doce ou salobra.<h2>Como é um tubarão-lanterna-anão?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/25/25171303665210.jpg" alt="x. (Fonte: Scubaversity/Divulgação)"><figcaption>O olho grande desse tubarão é para melhor captar a luz das profundezas do oceano. (Fonte: Scubaversity/Divulgação)</figcaption></figure></figure>Os lanterna-anões são membros raros e altamente ariscos do gênero Etmopterus (tubarões-lanterna) conhecidos por habitarem águas profundas e brilharem no escuro, pois possuem órgãos luminescentes, chamados fotóforos, geralmente na barriga, laterais do corpo, região da cauda e nas bordas das nadadeiras. Mas, "apagado", é marrom-escuro com manchas pretas.Diferentes dos seus "primos", que podem chegar a 80 cm de comprimento, os anões são raramente avistados e só capturados acidentalmente, pois habitam em profundidades entre 283 e 439 metros, na costa da Colômbia e da Venezuela.&nbsp;Estima-se que a cabeça do tubarão-lanterna-anão tenha cerca de um quinto a um quarto do comprimento do corpo e, para honrar a espécie, suas bocas possuem impressionantes 60 dentinhos afiados. Além de polifiodontes, pois regeneram os dentes, os E. perryi são também "zoiudos", com olhos muito grandes projetados para aumentar a quantidade de luz nas profundezas do mar.<h2>Ecologia desconhecida e capturas acidentais</h2><iframe width="315" height="560" src="https://www.youtube.com/embed/hrT08WSomJI" title="Dwarf Lanternshark in Vibrant Coral Reef #bioluminescence #underwater #coralreef" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Como a maioria dos tubarões, o lanterna-anão é ovovivíparo. Isso significa que os embriões se desenvolvem dentro de um saco vitelino no corpo da fêmea, que alimenta uma ninhada de dois ou três filhotes, que já nascem formados, e sem dependência de uma placenta.Na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN na sigla em inglês), o tubarão-lanterna-anão é classificado como "pouco preocupante", o mais baixo na escala de risco de extinção.&nbsp;<ul><li>Leia também: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127965-femea-de-tubarao-deu-a-luz-um-filhote-sem-fecundacao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Fêmea de tubarão deu à luz um filhote sem fecundação</a></li></ul>No entanto, como não há dados precisos sobre o comportamento da espécie e sua ecologia seja praticamente desconhecida (porque habita regiões extremas de difícil acesso), ele corre o risco de ser apanhado em capturas acidentais nos arrastões de pesca em alto-mar.

medium_Etmopterus_perryi_SI.jpg

small_Etmopterus_perryi_SI.jpg

thumbnail_Etmopterus_perryi_SI.jpg

Etmopterus_perryi_SI.jpg

Tubarão-lanterna-anão tem 20 centímetros e é o menor e mais fofo dos mares

Certos animais parecem resistir ao envelhecimento e ao tempo, revelando segredos biológicos fascinantes e intrigantes.

No mundo natural, envelhecer e morrer parece um destino inevitável para qualquer criatura. Mas, como em toda regra, há exceções — animais que, de alguma forma, escapam da senescência, o processo de envelhecimento biológico. Curiosamente, esses animais têm características diversas, sendo uns bastante pequenos enquanto outros são gigantescos. É a natureza mostrando todas as suas cartas.<h2 style="text-align:justify;">Os reis do antienvelhecimento</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/03/03144502783019.jpg" alt="Hydra vulgaris, uma pequena mestra na arte da "><figcaption>Hydra vulgaris, uma pequena mestra na arte da "imortalidade". (Fonte: GettyImages/ Reprodução)</figcaption></figure></figure>A Hydra vulgaris, com apenas um centímetro, é um mistério biológico. Suas células-tronco se renovam constantemente, reconstruindo o organismo a cada vinte dias e evitando o envelhecimento. Embora possam morrer de doenças, fome ou predação, essa ausência de envelhecimento as torna quase "imortais".Diferente das células humanas, que eventualmente param de se dividir, as células da hidra são renovadas sem qualquer sinal de desgaste, o que permite ao animal evitar os efeitos do envelhecimento. Após diversos estudos, alguns cientistas chegaram à surpreendente conclusão de que, na ausência de fatores externos, elas realmente poderiam viver indefinidamente.<ul><li style="text-align:justify;">Leia mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/cientistas-descobrem-criaturas-imortais-que-podem-transmitir-cancer" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Cientistas descobrem criaturas imortais que podem transmitir câncer</a></li></ul>Outro fascinante exemplo vindo das águas é o tubarão-da-Groenlândia (Somniosus microcephalus), o vertebrado mais longevo conhecido. Este gigantesco tubarão, que pode viver até 400 anos, habita as águas frias do Ártico e tem um metabolismo incrivelmente lento. Esse ritmo reduzido de vida pode ser um dos motivos de sua longa existência.&nbsp;<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/03/03145130881021.jpg" alt="O tubarão-da-groelândia é um rei do antienvelhecimento. (Fonte: Hemming1952, Wikimedia Commons/ Divulgação)"><figcaption>O tubarão-da-groelândia é um rei do antienvelhecimento. (Fonte: Hemming1952, Wikimedia Commons/ Reprodução)</figcaption></figure></figure>Junto ao metabolismo lento, os cientistas descobriram que o DNA desses tubarões possui uma capacidade notável de autorreparação, com genes duplicados que ajudam a evitar mutações que, em outros animais, causariam doenças ou envelhecimento. Mas eles não se limitam a viver muito tempo — esses tubarões demoram 150 anos para atingir a maturidade sexual, prolongando sua juventude por um período que equivale a várias gerações humanas.<ul><li style="text-align:justify;">Saiba também: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/analise-genetica-pode-explicar-como-tubarao-vive-400-anos" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Análise genética pode explicar como tubarão vive 400 anos!</a></li></ul>Além desses animais, algumas tartarugas e cágados podem quase interromper o envelhecimento, vivendo muito além do esperado para seu tamanho. No entanto, esse efeito depende do ambiente: em cativeiro, envelhecem lentamente, enquanto na natureza enfrentam desafios que limitam sua longevidade.<h2 style="text-align:justify;">Outros mecanismos</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/03/03150929449025.jpg" alt="(Fonte: Takashi Murai, The New York Time Magazine/ Divulgação)"><figcaption>A Turritopsis dohrnii é quase uma "viajante no tempo", capaz de voltar à juventude. (Fonte: Takashi Murai, The New York Time Magazine/ Divulgação)</figcaption></figure></figure>Alguns dos “imortais” da natureza vivem suas longas vidas de maneira peculiar. A “água-viva imortal”, conhecida como Turritopsis dohrnii, tem a capacidade única de reverter seu ciclo de vida. Quando encontra uma condição desfavorável, esse pequeno cnidário é capaz de retornar ao estágio juvenil, reiniciando o ciclo e evitando, assim, o fim da vida. É como se, em vez de envelhecer, a Turritopsis tivesse a habilidade de “voltar no tempo”.&nbsp;Embora essa regeneração cíclica seja um tipo de reprodução assexuada e não exatamente a sobrevivência contínua de um único indivíduo, é uma estratégia impressionante para escapar da morte.<ul><li style="text-align:justify;">Veja mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124928-ameacados-de-extincao-tubaroes-zebra-se-reproduzem-sem-macho.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Ameaçados de extinção, tubarões-zebra se reproduzem sem macho</a></li></ul>Entre os invertebrados, as lagostas são outro exemplo curioso. Elas continuam crescendo ao longo da vida e parecem não apresentar envelhecimento celular nos moldes tradicionais. Sua resistência, no entanto, tem um limite. Com o tempo, a troca de carapaça se torna exaustiva, e o crescimento contínuo leva ao desgaste físico, causando a morte sem deterioração celular.Esses animais mostram que a biologia pode ser mais flexível do que imaginamos. Embora não sejam “imortais” no sentido literal, sua resistência ao envelhecimento sugere possibilidades que desafiam nossa compreensão da vida. Se a natureza criou esses mecanismos, o estudo desses seres pode revelar novas pistas sobre longevidade e cura para o envelhecimento humano.

large_a-imortalidade-na-natureza-conheca-alguns-animais-que-desafiam-o-tempo-thumb.png

medium_a-imortalidade-na-natureza-conheca-alguns-animais-que-desafiam-o-tempo-thumb.png

small_a-imortalidade-na-natureza-conheca-alguns-animais-que-desafiam-o-tempo-thumb.png

thumbnail_a-imortalidade-na-natureza-conheca-alguns-animais-que-desafiam-o-tempo-thumb.png

a-imortalidade-na-natureza-conheca-alguns-animais-que-desafiam-o-tempo-thumb.png

A imortalidade na natureza: conheça alguns animais que desafiam o tempo

Equação de movimento felino aproxima física de curiosos e explica padrões de comportamento de forma divertida.

Gatos, além de misteriosos e donos da internet, agora têm um lugar também na física. Foi o pesquisador espanhol Dr. Anxo Biasi, do Instituto Galego de Física de Altas Enerxías (IGFAE), quem propôs uma equação capaz de descrever como os felinos se movem ao redor dos humanos.&nbsp;Inspirado pelo comportamento do próprio gato, Eme, Biasi desenvolveu um modelo matemático que traduz o cotidiano de convivência com gatos em conceitos de mecânica clássica. Sua intenção era clara: tornar a física mais acessível e cativante para o público leigo, usando a curiosidade natural que os felinos despertam para explicar uma disciplina que costuma intimidar.<h2 style="text-align:justify;">Cálculo felino</h2>A ideia, curiosamente, nasceu como uma brincadeira para o Dia da Mentira, mas Biasi logo viu o potencial didático da proposta. Partindo da hipótese de que os gatos "sentem" uma força ao redor das pessoas, ele identificou sete padrões no comportamento de Eme para criar um modelo que descreve como os gatos reagem à presença humana.&nbsp;Segundo Biasi, o gato, como uma "partícula pontual", interage com o campo "induzido" pelo humano, modelado em termos de forças e atritos, seguindo as leis da física de Newton. Ele define a posição do humano como x=0 e a posição do gato como variável ao longo do tempo, formando a base da primeira equação.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/07/07090508794015.png" alt="x=0 quando a posição do gato é x. Se m é a massa do gato, e ? o coeficiente de atrito criado pela fadiga do gato, Biasi começa com uma fórmula básica. (Fonte: IGFAE/ Divulgação)"><figcaption>Na fórmula proposta por Biasi, m é a massa do gato e ? o coeficiente de atrito criado pela fadiga do gato. (Fonte: IGFAE/ Divulgação)</figcaption></figure></figure>O físico abordou desde o movimento relaxado dos gatos ao se aninharem no colo do dono até os famosos "zoomies" — aqueles momentos de frenesi em que correm pela casa sem aparente motivo. No modelo de Biasi, a ação de se acomodar no colo se encaixa em uma dinâmica de "baixa energia", enquanto os zoomies exigem um componente de aleatoriedade para refletir o comportamento imprevisível dos felinos.&nbsp;<ul><li style="text-align:justify;">Leia mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/6-fatos-confirmando-que-seu-gato-e-de-fato-estranho" rel="noopener noreferrer" target="_blank">6 fatos confirmando que seu gato é, de fato, estranho</a></li></ul>Para modelar isso, ele incluiu um termo extra na fórmula, simulando uma força aleatória que dita a direção dos zoomies, já que nem o próprio gato parece saber para onde está indo.Outro aspecto interessante é o ronronar que, segundo Biasi, funciona como um "autoreforço": ao ronronar, o gato estimula o humano a acariciá-lo mais, criando uma estabilidade temporária entre ambos — previsível até o momento em que o gato, sem aviso, decide partir.Em termos físicos, isso demonstra a aplicação de forças repetidas e reforçadas, ajudando a criar o que Biasi chama de "sistema estável".<h2 style="text-align:justify;">Física do cotidiano</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/07/07092638896021.jpeg" alt="A imagem é uma interpretação da interação gato-humano. Em (a), o gato está apegado à pessoa, enquanto em (b) a pessoa é um completo estranho para o gato. Em ambos os casos, o gato é ilustrado em repouso em três pontos de equilíbrio? .(Fonte: Anxo Biasi/ Divulgação)"><figcaption>A imagem é uma interpretação da interação gato-humano. Em (a), o gato está apegado à pessoa, enquanto em (b) a pessoa é um completo estranho para o gato. Nas duas situações, o gato é ilustrado em repouso em três locais, que são algumas das possibilidades. (Fonte: Anxo Biasi/ Divulgação)</figcaption></figure></figure>Biasi reconhece as limitações do modelo, afirmando que ele não se aplica a todos os gatos, cada um com suas particularidades. Além disso, ele deixa de lado comportamentos "quânticos", como o "desaparecimento" de um gato. A mecânica clássica foi escolhida por ser a forma mais prática de trazer seu estudo para o cotidiano e ilustrar, de forma divertida, a construção de modelos físicos.<ul><li style="text-align:justify;">Veja também: <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118759-15-fatos-curiosos-sobre-os-gatos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">15 fatos curiosos sobre os gatos</a></li></ul>Publicada no American Journal of Physics, a equação de Biasi visa atrair novos estudantes ao apresentar conceitos complexos de forma acessível. Em vez de explorar grandes mistérios do universo, ele usa a física para explicar o comportamento cotidiano dos gatos, ressaltando que “às vezes podemos relaxar e aplicar a física ao dia a dia – e isso pode ser muito divertido!”Por trás de toda a leveza do artigo, há também uma ferramenta didática poderosa, especialmente para cursos introdutórios de física, onde muitas vezes faltam exemplos visuais e intuitivos. A partir dos comportamentos de Eme, Biasi conseguiu demonstrar como até movimentos imprevisíveis podem ser abordados pela física, ilustrando aos alunos o pensamento por trás da construção de modelos.&nbsp;<ul><li style="text-align:justify;">Saiba mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128695-sera-que-caes-e-gatos-tambem-podem-ter-alergia-a-humanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Será que cães e gatos também podem ter alergia a humanos?</a></li></ul>O uso da equação felina como um recurso de ensino traz uma nova perspectiva sobre a mecânica clássica, mostrando que o processo de modelagem não precisa ser exclusivo de laboratórios e estudos complexos, mas pode também surgir no sofá, enquanto um gato cochila ao lado.Ao modelar o comportamento de Eme, o Dr. Biasi não apenas desvendou um pouco mais do mistério felino, mas também criou um exemplo encantador do poder da física para explicar o mundo ao nosso redor – mesmo quando esse mundo inclui ronronares, espreguiçadelas e, claro, as escapadas imprevisíveis de nossos companheiros peludos.

large_a-matematica-dos-gatos-fisico-diz-ter-decifrado-movimentos-felinos-thumb.png

medium_a-matematica-dos-gatos-fisico-diz-ter-decifrado-movimentos-felinos-thumb.png

small_a-matematica-dos-gatos-fisico-diz-ter-decifrado-movimentos-felinos-thumb.png

thumbnail_a-matematica-dos-gatos-fisico-diz-ter-decifrado-movimentos-felinos-thumb.png

a-matematica-dos-gatos-fisico-diz-ter-decifrado-movimentos-felinos-thumb.png

A matemática dos gatos: físico diz ter decifrado movimentos felinos

Descubra maneiras eficazes de proteger seus móveis enquanto mantém seu gato feliz e saudável.

Os gatos são criaturas adoráveis e, por vezes, enigmáticas. Eles trazem alegria e carinho para nossas vidas, mas também podem ser um pouco travessos — especialmente quando se trata de arranhar nossos móveis! Você já se perguntou por que eles fazem isso? E, mais importante, como podemos evitar que eles destruam nossos estofados?<h2>Por que meu gato está arranhando os móveis?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/01/01163805060250.jpg" alt="Arranhar serve para cuidar das unhas, marcar território e se exercitar. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Arranhar serve para cuidar das unhas, marcar território e se exercitar. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Você sabia que os gatos, assim como nós, precisam cuidar de suas unhas? Eles arranham para remover a camada morta de suas garras, mantendo-as afiadas para a caça. Então, esse é um comportamento instintivo essencial para a saúde e a sobrevivência deles.<ul><li>Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/por-que-os-gatos-fazem-sons-estranhos-ao-verem-passaros-ou-outras-presas" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Por que os gatos fazem sons estranhos ao verem pássaros ou outras presas?</a></li></ul>Além disso, arranhar é uma maneira de marcar território. Quando fazem isso, os felinos deixam marcas visuais e depositam seu cheiro, graças às glândulas odoríferas localizadas entre as garras. Essa ação ajuda a demarcar seu espaço e a se sentir mais seguro no ambiente.Por fim, arranhar é uma forma de alongamento e exercício, que proporciona satisfação e alívio do estresse. Assim como nós apreciamos uma boa alongada ou um momento de relaxamento, os bichanos também encontram conforto nessa prática.<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124870-por-que-os-gatos-ficam-tao-agitados-do-nada.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Por que os gatos ficam tão agitados do nada?</a></li></ul><h2>Como mudar esse comportamento do meu gato?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/01/01164116505252.jpg" alt="Usar arranhadores é uma excelente forma de ajustar o comportamento. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Usar arranhadores é uma excelente forma de ajustar o comportamento. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Embora arranhar seja uma parte natural do comportamento felino, existem maneiras de redirecionar essa atividade para preservar seus móveis e manter seu pet feliz. Confira algumas dicas eficazes.<h3>Forneça arranhadores adequados</h3>Oferecer arranhadores é uma das melhores maneiras de resolver o problema. Escolha postes que sejam altos e estáveis o suficiente para suportar a força do seu gato. Assim ele pode arranhar de maneira satisfatória, sem precisar recorrer ao sofá ou à cadeira, por exemplo.<h3>Utilize spray repelente</h3>Borrifar sprays repelentes nos móveis pode ajudar a desencorajar o comportamento de arranhar. A ideia é fazer com que o bichano associe o cheiro desagradável ao local que não deve ser arranhado.<h3>Adote técnicas de proteção</h3>Para proteger os móveis, considere usar fita adesiva ou painéis de vinil transparentes. A fita adesiva cria uma textura que os gatos não gostam, enquanto o vinil protege a superfície sem comprometer a estética do seu móvel.<ul><li>Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118759-15-fatos-curiosos-sobre-os-gatos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">15 fatos curiosos sobre os gatos</a></li></ul>Arranhar é um comportamento natural e saudável para os gatos, por isso, punir seu pet por arranhar não é uma boa ideia e pode aumentar o estresse, levando a mais arranhões. Lembre-se de que a paciência e a consistência são fundamentais.Com o tempo, você verá resultados positivos e terá um lar mais harmonioso, onde tanto você quanto seu gato se sentirão confortáveis e felizes.

large_seu-gato-esta-arranhando-os-moveis-saiba-como-evitar-esse-comportamento-thumb.png

medium_seu-gato-esta-arranhando-os-moveis-saiba-como-evitar-esse-comportamento-thumb.png

small_seu-gato-esta-arranhando-os-moveis-saiba-como-evitar-esse-comportamento-thumb.png

thumbnail_seu-gato-esta-arranhando-os-moveis-saiba-como-evitar-esse-comportamento-thumb.png

seu-gato-esta-arranhando-os-moveis-saiba-como-evitar-esse-comportamento-thumb.png

Como evitar que gatos arranhem os móveis da sua casa

A frase de que "os gatos têm sete vidas" (ou mesmo nove) remete a várias possíveis explicações.

Todo mundo já ouviu a história de que "os gatos têm sete vidas". Ou seja, eles teriam seis chances de se dar mal antes de, finalmente, baterem as botas (curiosidade: os americanos e os ingleses falam que os felinos têm nove vidas).Mas de onde será que surgiu esse curioso ditado? E não: diferente do que podem pensar as crianças, os gatos só morrem uma vez, sem direito a novas chances.<h2>O costume das "nove" ou "sete vidas"</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/04/04103721782086.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Os americanos e os ingleses dizem que os bichanos têm nove vidas. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Primeiro de tudo, foi divulgada a ideia de que os gatos teriam nove vidas. Essa frase surgiu por conta de um antigo provérbio inglês que diz: "Um gato tem nove vidas. Por três ele brinca, por três ele se desvia, e pelas últimas três ele fica". Como se trata de uma tradição da cultura oral, não há como precisar quem disse pela primeira vez essa frase.Obviamente, isto não pode ser entendido de maneira literal. A frase, na verdade, faz referência às personalidades únicas dos gatos, e não necessariamente sobre a sua possibilidade de sobreviver ou viver muito tempo.<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/6-fatos-confirmando-que-seu-gato-e-de-fato-estranho" rel="noopener noreferrer" target="_blank">6 fatos confirmando que seu gato é, de fato, estranho</a></li></ul>Mas a ideia se difundiu justamente porque foi apropriada pela cultura. William Shakespeare, por exemplo, menciona as “nove vidas” em um verso contido em Romeu e Julieta: “Bom rei dos gatos, nada além de uma de suas nove vidas”. Muito antes disso, na mitologia egípcia, há a história do deus do sol Atum-Ra, que deu origem a todos os deuses. Ele teria dado à luz a outros oito deuses e também assumiu a forma de um gato. Daí viria a conexão com as nove vidas.<h2>&nbsp;Por que dizemos que os gatos têm sete vidas?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/04/04103451149083.jpg" alt="Egípcios acreditavam que os gatos reencarnavam seis vezes em sua espécie e, na sétima, voltavam como humanos. (Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Egípcios acreditavam que os gatos reencarnavam seis vezes em sua espécie e, na sétima, voltavam como humanos. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Aqui no Brasil, assim como em outros países (como na Alemanha), afirmamos que os gatos, na verdade, teriam sete vidas. Essa crença parte de uma herança cultural árabe e turca. Isso porque os países dessas regiões também são muito ligados aos felinos: o islamismo, por exemplo, acredita que Maomé vivia cercado por esses animais.<ul><li>Conheça mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128724-os-6-felinos-mais-mortais-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">os 6 felinos mais mortais do mundo</a></li></ul>O caminho percorrido de lá até aqui veio por meio da colonização portuguesa e espanhola. Foi determinante nesse sentido a ocupação da Península Ibérica pelos mouros, que começou no século VIII e se estendeu por 800 anos, fundindo as culturas e fazendo chegar até aqui a lenda das sete vidas.Mas, curiosamente, há ainda outra versão dessa história, que remete ao Antigo Egito. Nesta cultura, que era extremamente religiosa e ligada à morte, dizia-se que, a cada reencarnação, um espírito poderia passar para outro corpo em uma nova vida. Dependendo da alma, ela poderia fazer isso por diversas vezes.<ul><li>Leia mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/afinal-os-gatos-suam-descubra-como-eles-se-refrescam-no-calor" rel="noopener noreferrer" target="_blank">afinal, os gatos suam?</a></li></ul>Os gatos teriam essa mesma capacidade. Acreditava-se que os bichanos reencarnavam em sua própria espécie seis vezes até que, na sétima, voltariam como humanos. Independente de qual versão se resolva acreditar, o fato é que os gatos realmente são animais incríveis – e, claro, muito resilientes.

large_por-que-dizem-que-os-gatos-tem-7-vidas-thumb.png

medium_por-que-dizem-que-os-gatos-tem-7-vidas-thumb.png

small_por-que-dizem-que-os-gatos-tem-7-vidas-thumb.png

thumbnail_por-que-dizem-que-os-gatos-tem-7-vidas-thumb.png

por-que-dizem-que-os-gatos-tem-7-vidas-thumb.png

Por que dizem que os gatos têm 7 vidas?

O concurso de beleza de morcegos desmistifica alguns de nossos medos e preconceitos em relação a esses úteis (e bonitinhos) mamíferos.

Terminado o Halloween, e também a Semana do Morcego (comemorada entre 24 e 31 de outubro), chegou a hora de conhecer os vencedores do "Batconcurso de Beleza 2024", promovido anualmente pela Agência de Administração de Terras dos EUA (BLM). A competição envolve escolher o morcego mais fofo do ano, em fotos tiradas por técnicos de vida selvagem.Entre os oito finalistas deste ano, o vencedor absoluto foi o morcego-de-pelo-escuro-do-oregon chamado Hoary Potter and the Guano of Fire, uma brincadeira com o filme de Harry Potter e o cálice de fogo (aqui substituído por “cocô de morcego de fogo”). Em seu site, a Bat Conservation International chama o morcego cinzento (Hoary) de “o George Clooney do mundo dos morcegos”.<ul><li>Saiba mais:<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128022-13-fatos-curiosos-sobre-os-morcegos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;13 fatos curiosos sobre os morcegos</a></li></ul>Para ganhar o prêmio máximo, Hoary teve que derrotar um morcego-de-patas-pequenas-do-oeste-do-idaho chamado Lestat, em homenagem a um personagem do filme Entrevista com o vampiro, além de outros pesos-pesados como Robert Battinson, Batt Damon e Batlor Swift.<h2>Esses adoráveis morcegos</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/03/03130513783001.jpg" alt="Morcego myotis-de-orelhas-longas chamada Honey Bunches of MyOtis. (Fonte: Emma Busk/BLM Oregon/Divulgação)"><figcaption>Morcego myotis-de-orelhas-longas chamada Honey Bunches of MyOtis. (Fonte: Emma Busk/BLM Oregon/Divulgação)</figcaption></figure></figure>Poucos sabem que os morcegos, com 1,4 mil espécies já identificadas, são uma das ordens mais diversas entre os mamíferos, representando aproximadamente 20% delas, nós incluídos. Sua impressionante capacidade de adaptação permitiu que esses quirópteros conseguissem colonizar praticamente todos os ambientes da Terra.&nbsp;De desertos a regiões polares, esses bichos são grandes aliados do equilíbrio ecológico. Com uma dieta incrivelmente eclética, eles comem principalmente insetos (conseguem comer o equivalente ao seu peso em uma só noite), além de frutas e até sangue. Na verdade, são apenas três espécies hematófagas, sendo que duas delas só chupam sangue de aves. &nbsp;Os demais morcegos se alimentam de pólen e néctar, o que os coloca como excelentes polinizares e dispersores de sementes na natureza.&nbsp;<h2>Superando preconceitos e medo de morcego</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/03/03131606174002.jpg" alt="x"><figcaption>Será que esse Lestat se chama Bat Pitt? (Fonte: Bat Beauty Context/Divulgação)</figcaption></figure></figure>Para a técnica de vida selvagem da BLM, Emma Busk, sempre houve muitos medos e equívocos envolvidos em nossa percepção dos morcegos, geralmente apontados como bodes expiatórios de doenças, como a covid-19.&nbsp;No entanto, "Menos de 1% de todas as populações de morcegos realmente carregam raiva, e a transmissão da doença de morcego para humano é, na verdade, muito baixa", explica Busk à AP.<ul><li>Leia também: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128099-morcegos-de-penis-gigantes-fazem-sexo-por-ate-12-horas-sem-parar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Morcegos de pênis gigantes fazem sexo por até 12 horas sem parar</a></li></ul>Esses preconceitos, na maioria das vezes infundados, acabam escondendo alguns sérios perrengues que esses mamíferos voadores têm enfrentado, desde a crescente perda de seus habitats e caça, até as consequências das alterações climáticas. Com o certo nojinho que temos, acabamos sabendo muito menos sobre esses odiados peludos do que sobre o resto das populações de mamíferos e pássaros do planeta.&nbsp;

large_batconcurso-de-beleza-premia-morcego-mais-fofo-thumb.png

medium_batconcurso-de-beleza-premia-morcego-mais-fofo-thumb.png

small_batconcurso-de-beleza-premia-morcego-mais-fofo-thumb.png

thumbnail_batconcurso-de-beleza-premia-morcego-mais-fofo-thumb.png

batconcurso-de-beleza-premia-morcego-mais-fofo-thumb.png

"Batconcurso" de beleza premia morcego mais fofo

Cientistas planejam examinar ossos de Cassius, criado em cativeiro por quase 40 anos, para decifrar qual era realmente a sua idade quando faleceu. 

Em 2023, o Mega Curioso trouxe uma reportagem sobre Cassius, um dos crocodilos mais impressionantes do planeta, destacando que ele continuava a crescer mesmo com sua idade estimada em mais de 120 anos. No entanto, recentemente o gigante do mundo dos crocodilos cativos — que tinha um comprimento de 5,48 metros — morreu na Austrália após complicações de saúde.&nbsp;<ul><li>Relembre:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127065-conheca-cassius-o-crocodilo-de-120-anos-que-e-o-maior-do-mundo-e-continua-a-crescer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Conheça Cassius, o crocodilo de 120 anos que é o maior do mundo e continua a crescer</a></li></ul>Cassius era uma verdadeira lenda no Marineland Melanesia Crocodile Habitat, onde viveu por 37 anos como parte da “família” do local. Segundo o parque, o crocodilo era mais que um simples animal. Ele ganhou fama internacional ao receber o título de maior crocodilo em cativeiro pelo Guinness World Records em 2011. Na época, ele já tinha conquistado corações e despertado a curiosidade de pessoas ao redor do mundo, especialmente pelo tamanho impressionante e por suas muitas cicatrizes, evidências de batalhas em sua vida selvagem.&nbsp;<h2>A vida de um predador lendário</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/07/07180609892363.jpeg" alt="Segundo locais, Cassius tinha laços de amizade com seu cuidador George Craig. (Fonte: Australian Associated Press)"><figcaption>Segundo locais, Cassius tinha laços de amizade com seu cuidador George Craig. (Fonte: Australian Associated Press)</figcaption></figure></figure>Cassius nasceu em um ambiente completamente selvagem e foi capturado no rio Finniss, próximo a Darwin, em 1984. Segundo o parque, ele causava problemas e era um verdadeiro “predador incansável”, caçando gado e até atacando hélices de barcos. Foi durante essas “aventuras” que ele teria perdido parte do focinho, a perna dianteira esquerda e cerca de 15 centímetros do rabo.<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121785-5-fatos-sobre-o-crocodilo-do-nilo-o-maior-predador-africano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">5 fatos sobre o crocodilo do Nilo, o maior predador africano</a></li></ul>Essas marcas de batalha eram sinais de sua resiliência, que lhe garantiram um espaço em Green Island, onde passou a viver em cativeiro três anos após sua captura. No parque, Cassius continuou a impressionar. De acordo com Toody Scott, uma das cuidadoras do Marineland, embora não fosse possível determinar sua idade exata, estima-se que ele tivesse entre 30 e 80 anos quando foi capturado, e sua idade ao falecer poderia ultrapassar os 120 anos.&nbsp;<h2>A busca pela idade de Cassius</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/07/07180718750364.jpeg" alt="Análise dos ossos de Cassius podem) fornecer informações sobre sua idade. (Fonte: Australian Associated Press)"><figcaption>Análise dos ossos de Cassius podem) fornecer informações sobre sua idade. (Fonte: Australian Associated Press)</figcaption></figure></figure>Após a morte de Cassius, cientistas australianos estão prontos para tentar desvendar o mistério de sua verdadeira idade. Embora o imenso crocodilo de água salgada tenha vivido por cerca de 40 anos em cativeiro, ninguém sabe ao certo quantos anos ele tinha quando foi capturado. Sally Isberg, fundadora do Centre for Crocodile Research, comentou em entrevista à ABC News que todos os sinais indicam que Cassius morreu de velhice, mas uma necropsia detalhada pode fornecer uma resposta mais precisa.A única forma de determinar a idade exata de Cassius é por meio de um exame em seus ossos. Cientistas planejam coletar amostras de seu fêmur e costas para contar os anéis de crescimento — método semelhante ao que se faz em árvores. Esses anéis podem revelar a idade do animal, mas o processo é complexo e não garante resultados precisos.&nbsp;Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/128168-por-que-existem-tantos-animais-venenosos-na-australia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Por que existem tantos animais venenosos na Austrália?</a>Para Grahame Webb, um pesquisador de crocodilos que ajudou a capturar Cassius em 1984, a expectativa em torno da necropsia é grande, mas ele adverte que o processo pode não ser totalmente conclusivo. Webb ressaltou que crocodilos, após atingirem a idade adulta, param de crescer visivelmente, o que torna desafiador estimar a idade exata apenas pelos anéis de crescimento.<h2>Recordes e um legado impressionante&nbsp;</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/07/07180813783368.jpeg" alt="Cassius foi o maior crocodilo cativo do mundo até sua morte em novembro. (Fonte: Marineland Melanesia Crocodile Habitat)"><figcaption>Cassius foi o maior crocodilo cativo do mundo até sua morte em novembro. (Fonte: Marineland Melanesia Crocodile Habitat)</figcaption></figure></figure>Apesar de seu tamanho extraordinário, Cassius não chegou a ser o maior crocodilo em cativeiro já registrado: esse título pertence a Lolong, um crocodilo também da espécie de água salgada, capturado nas Filipinas em 2011 e que media impressionantes 6,17 metros.&nbsp;No entanto, a história de Cassius o torna único, não só pelo tamanho, mas pela convivência que teve com os humanos e pela forma como se tornou parte do parque e do imaginário de quem visitava o local. Em seus últimos dias, Cassius foi transferido para um “residencial de cuidados” em Cairns, quando sua saúde começou a declinar. Ele morreu no dia 2 de novembro, deixando um legado que permanecerá na memória de seus cuidadores e dos admiradores do mundo todo.&nbsp;&nbsp;

medium_cassius-crocodilo-gigante-de-mais-de-120-anos-morre-na-australia-thumb.png

small_cassius-crocodilo-gigante-de-mais-de-120-anos-morre-na-australia-thumb.png

thumbnail_cassius-crocodilo-gigante-de-mais-de-120-anos-morre-na-australia-thumb.png

cassius-crocodilo-gigante-de-mais-de-120-anos-morre-na-australia-thumb.png

Cassius: crocodilo gigante de mais de 120 anos morre na Austrália

O luto não é apenas uma experiência humana. Os animais também passam por ele.

A morte é a única certeza que temos. Todos os seres que estão vivos encararão, inevitavelmente, o fim de sua trajetória por aqui. Por mais que essa seja uma experiência natural, nem sempre é fácil passar por ela – especialmente para os que ficam, e sofrem pela perda de seus amados.Os humanos desenvolveram suas estratégias para enfrentar esse fato da vida. Mas o resto do reino animal também procura as suas maneiras para lidar com a morte.<h2>Como os animais lidam com a morte?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/04/04094635318027.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Os macacos costumam carregar seus filhotes mortos. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Dependendo da espécie e das circunstâncias, os animais vão reagir de formas diferentes à morte. “Há uma grande variedade de respostas animais a um companheiro ou membro do grupo morto”, afirma a antropóloga Barbara J. King, que é autora do livro How Animals Grieve.Essas demonstrações emocionais podem variar muito, indo da visível tristeza a respostas mais pragmáticas. Esse é o objeto de estudo da tanatologia evolucionária ou comparativa, que investiga cientificamente a morte e o morrer em animais não humanos.<ul><li>Conheça mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118673-quais-sao-as-fases-do-luto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Quais são as fases do luto?</a></li></ul>Ainda há muito o que se descobrir, mas também há muitos pesquisadores dedicados a esse tema. É o caso da professora de antropologia Alecia Carter, da University College London, que passou anos estudando babuínos e testemunhou muitas vezes mães da espécie carregando os cadáveres de seus filhotes falecidos.&nbsp;Inicialmente, ela estranhou quando viu outros babuínos carregando filhotes mortos que não eram de sua família. Ao observar mais de perto, ela descobriu que esse comportamento de “carregar cadáveres infantis” é muito comum entre os primatas. “Há apenas alguns grupos de espécies onde isso não foi relatado acontecendo”, afirmou Carter.<ul><li>Leia mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/99735-os-animais-sentem-a-morte-de-seus-entes-queridos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Os animais sentem a morte de seus entes queridos?</a></li></ul>Ela também constatou que o transporte de cadáveres é mais prevalente em grandes símios e primatas maiores, e mais comum quando os animais perdem seus filhotes por mortes não violentas (como por doenças).O transporte de cadáveres de bebês também foi documentado em elefantes e até mesmo cetáceos, como foi observado no caso de uma mãe orca que apoiou e segurou seu filhote morto por 17 dias.<h2>Por que os animais cuidam de seus mortos?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/04/04092758539015.jpg" alt="(Font: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Os elefantes preparam "funerais" para os seus mortos. (Fonte: GettyImages / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Ainda não se sabe exatamente por que os animais carregam os seus mortos, mas há várias teorias. Uma delas cogita que os pais dos animais não têm certeza que seus filhotes estão mortos. King e Carter, no entanto, dizem que isso é improvável, pois afirmam que as mães parecem "tratar o cadáver de forma muito diferente" de um bebê vivo.Carter defende a ideia de que carregar seus filhos mortos é um ato que deriva diretamente da força dos laços entre mães e bebês. Ela afirma que levar os cadáveres constitui uma grande mudança comportamental e, portanto, não é uma decisão aleatória. "A tristeza não é apenas uma coisa humana — nem alegria, tristeza ou medo. Nós, humanos, estamos cercados por outras espécies que pensam e sentem", completa King.<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/gatos-sofrem-pela-morte-de-outros-animais-de-estimacao-segundo-estudo" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Gatos sofrem pela morte de outros animais de estimação, segundo estudo</a></li></ul>Mas carregar um cadáver não é a única demonstração de cuidados com os mortos. Há animais que foram observados enquanto ficavam perto de seus familiares falecidos, fazendo uma vigília que provavelmente se relacionava a um esforço de proteger o corpo de presas.Já os elefantes são conhecidos por seus "funerais" realizados para seus parentes falecidos, praticando rituais específicos, além de seguir visitando o cadáver por um longo período. Houve até registros de elefantes que enterraram seus mortos, embora isso não seja uma prática comum.Mas outros animais têm reações muito pragmáticas. É o caso das formigas, dos cupins e das abelhas, que entram em ação muito rapidamente quando estão diante dos mortos. Na maioria dos casos, os membros de uma colmeia ou ninho separam o cadáver da colônia, movendo-o para outro lugar, enterrando-o e até o comendo. Os cientistas acreditam que essa prática tem a ver com questões sanitárias, pois assim eles protegeriam o resto do grupo de doenças.São muitas as formas de encarar a morte – certamente, mais plurais do que as usadas por nós, seres humanos. O que não se pode dizer é que os animais passam imunes ao falecimento dos seus entes queridos.&nbsp;

large_05160908531129.jpeg

medium_05160908531129.jpeg

small_05160908531129.jpeg

thumbnail_05160908531129.jpeg

05160908531129.jpeg

Como os animais reagem à morte?

Em Jerusalém, foi achado um jarro de 1200 com as marcas de um felino que provavelmente brincou com ele por acaso.

Quem cuida de gatos ou tem familiaridade com os bichanos certamente conhece um comportamento bastante peculiar que eles possuem: o chamado "amassar pãozinho". É algo que eles fazem quando se sentem seguros e confortáveis e, agora, há fortes pistas de que os gatos da antiguidade também tinham esse hábito.Descoberto recentemente em Jerusalém, um jarro de 1200 anos é a evidência mais antiga de um objeto que foi marcado por um gato enquanto ele "amassava pãozinho" — provavelmente o animal encostou nele antes de a cerâmica secar e ser queimada.<h2>A descoberta felina</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/25/25190406965371.jpg" alt="(Fonte: All That's Interesting / Reprodução)"><figcaption>A marca do gato mede cerca de 3 centímetros. (Fonte: All That's Interesting / Reprodução)</figcaption></figure></figure>As marcas foram achadas durante um exame em fragmentos de cerâmica encontrados do lado de fora dos muros da Cidade Velha de Jerusalém. O mais curioso é que os pesquisadores envolvidos encontraram a peça por acidente: a diretora do laboratório, a arqueóloga Gretchen Cotter, examinava artefatos coletados durante um projeto de escavação no Monte Sião quando algo chamou a sua atenção.<ul><li>Leia mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121608-gato-egipcio-porque-o-felino-era-idolatrado-no-antigo-egito.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Por que o felino era idolatrado no Antigo Egito?</a></li></ul>Foi um fragmento de cerâmica que parecia apresentar marcas de garras. Verificou-se que o pedaço de argila tinha uma marca da pata dianteira e das "almofadinhas" dos dedos do gatuno, bem como um sulco que parece evidenciar um ato de extensão e retração das garras.“A pegada em si tinha uma medida de cerca de 3 centímetros e as marcas das garras ainda eram evidentes, cortadas profundamente na argila”, afirmou o professor de arqueologia Shimon Gibson, da Universidade da Carolina do Norte, que também participou do projeto.&nbsp;<ul><li>Conheça mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/124333-fosso-milenar-em-jerusalem-esconde-marca-de-mao-misteriosa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Fosso milenar em Jerusalém esconde marca de mão misteriosa</a></li></ul>Os estudiosos não acreditam que o animal escolheu de propósito o barro, mas sim que se aproximou dele enquanto ele ainda estava secando, provavelmente após pular de uma janela ou algo alto."A pegada indica que o pequeno gato provavelmente estava reclinado na borda curva do jarro, provavelmente tomando sol. Só podemos imaginar que ele estava ronronando enquanto curtia o sol de Jerusalém", complementou Gibson.<h2>As marcas de cães e gatos em objetos antigos</h2><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/9WwcbG5hTPI?si=hLF33kwLjUQ5amcR" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Não é a primeira vez que se encontra marcas de animais domésticos em objetos da antiguidade. Em 2014, foram achadas pegadas e marcas de cascos em cima de telhas da era romana na Inglaterra. Mais recentemente, em 2023, outros arqueólogos encontraram pegadas de cães em um assentamento romano de 1.900 anos, localizado na Romênia.<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/104708-desenhos-rupestres-de-8-mil-anos-podem-ser-os-mais-antigos-mostrando-caes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Desenhos rupestres de 8 mil anos podem ser os mais antigos mostrando cães</a></li></ul>Mas os pesquisadores acreditam que as novas marcas encontradas em Jerusalém têm sua particularidade. Aparentemente, elas não foram deixadas por um animal correndo por um telhado ou por um quintal, mas sim por um bichano que estaria relaxando de maneira prazerosa. No mínimo, isso prova que, pelo menos nos últimos mil anos, os gatos não mudaram tanto assim.

large_pesquisadores-encontram-a-marca-mais-antiga-de-um-gato-amassando-paozinho-thumb.png

medium_pesquisadores-encontram-a-marca-mais-antiga-de-um-gato-amassando-paozinho-thumb.png

small_pesquisadores-encontram-a-marca-mais-antiga-de-um-gato-amassando-paozinho-thumb.png

thumbnail_pesquisadores-encontram-a-marca-mais-antiga-de-um-gato-amassando-paozinho-thumb.png

pesquisadores-encontram-a-marca-mais-antiga-de-um-gato-amassando-paozinho-thumb.png

Pesquisadores encontram a marca mais antiga de um gato "amassando pãozinho"

Os bichanos, além de serem bons companheiros, podem trazer benefícios à saúde mental e física dos humanos.

Nós, seres humanos, convivemos com os gatos há milhares de anos. Por mais que haja alguma controvérsia sobre isso, eles sempre foram bons parceiros, nos fazendo companhia com seus ronronados e com a sua presença nas nossas vidas.Mas agora os pesquisadores estão mapeando quais são os efeitos dos felinos para a nossa saúde. E descobriram que ter esses bichinhos por perto pode ser altamente benéfico para nós, tanto para o nosso bem-estar físico quanto mental. Mesmo assim, há alguns riscos nessa convivência.<h2>A relação dos gatos com as famílias humanas</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/24/24200119630380.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Gatos realmente se apegam à família humana. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Existe uma piadinha recorrente de que os gatos não pertencem realmente aos seus tutores, e que, ao invés de donos, eles teriam "funcionários". Isso sugere que, no fundo, eles não se conectam aos seus parceiros humanos.<ul><li>Descubra mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123144-por-que-animais-selvagens-nao-sao-bons-animais-de-estimacao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">por que animais não são bons animais de estimação?</a></li></ul>Porém, vários estudos já mostraram que as pessoas que convivem com gatos se sentem mais amadas. Em um estudo feito na Holanda com 1.800 donos de gatos, metade dos entrevistados disse que considera seu o gato como parte de sua família. Um em cada três enxergava o seu animal como um filho ou melhor amigo.Já um estudo feito nos Estados Unidos desenvolveu uma escala de "vínculo familiar", constatando por fim que os gatos eram uma parte tão importante das famílias quanto os cães – o que contraria o que muita gente pensa (especialmente os que têm cachorros, claro).<h2>Eles nos tiram do isolamento</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/24/24201355885382.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Tutores de gatos se sentem menos isolados socialmente. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Já é sabido que ter um animal de estimação está associado a sentir um menor isolamento social. Os tutores dos felinos relatam que cuidar deles aumenta seus sentimentos de prazer e senso de propósito.Mas estudos comprovaram que esses benefícios se conectam à relação que a pessoa mantém com os seus bichos. Um deles analisou diferentes estilos de relacionamento entre humanos e gatos, a partir de categorias como "remoto", "casual" e "codependente". Por fim, a pesquisa descobriu que pessoas cujo relacionamento com seu gato era codependente ou como um amigo tinham uma conexão emocional bem maior com ele.<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118759-15-fatos-curiosos-sobre-os-gatos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">conheça 15 fatos curiosos sobre os gatos</a></li></ul>Essa parceira pode trazer benefícios à saúde física: vários estudos pontuaram que as pessoas que cuidam de gatos podem ter menor risco de morrer de doenças cardiovasculares, como derrame ou infarto. Ter um bichano também já foi associado a mudanças positivas na microbiota intestinal, especialmente nas mulheres.<h2>Benefícios à saúde mental</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/24/24201311404381.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>A curto prazo, os gatos podem reduzir sintomas de depressão. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>E há, claro, os benefícios psicológicos. Ter um gatinho pode reduzir os sintomas de depressão. Vale lembrar, porém, que esse resultado foi verificado em um período curto de tempo, e não é possível afirmar que esse contato causa efeitos a longo prazo.Em pesquisas qualitativas, pessoas relataram que cuidar de seus felinos pode se tornar sua principal objetivo na vida. Isso foi evidenciado, por exemplo, em um estudo feito com veteranos de guerra, que mostraram que os gatos trouxeram melhorias na ansiedade, depressão e insônia.<ul><li>Leia mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/ter-um-gato-poderia-dobrar-as-chances-de-desenvolver-esquizofrenia" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Ter um gato poderia dobrar as chances de desenvolver esquizofrenia</a></li></ul>Contudo, essa relação pode trazer alguns revezes – como tudo na vida, afinal. Caso o seu gato fique doente, o fardo de cuidar dele pode ter um impacto negativo em sua saúde mental. Um estudo realizado com tutores de gatos com epilepsia mostrou que um terço deles experimentava um nível clínico de sobrecarga de estresse que os atrapalhava diariamente.&nbsp;E, claro, vale por fim lembrar que os gatinhos podem transmitir algumas doenças. Eles são os principais hospedeiros da toxoplasmose, doença causado por um parasita excretado nas suas fezes. Essa doença pode ser perigosíssima para mulheres grávidas, podendo levar ao aborto espontâneo ou natimorto, além de causar problemas para o bebê, como cegueira e convulsões.Mesmo assim, não se pode dizer que, no saldo, a convivência com eles é mais positiva que negativa. Por isso, se você vive com o seu gatinho, fique tranquilo e desfrute dessa parceria.

Animais

Novidades