Região do Jalapão foi alvo das descobertas de pesquisadores, que revelaram obras deixadas pelas civilizações que ali viviam.

Localizado ao sul da floresta amazônica, na transição entre o cerrado e a caatinga, o Jalapão abriga encantos que vão muito além das suas belezas naturais. São cerca de 34 mil quilômetros quadrados cobertos por dunas, rochas gigantescas, rios de água cristalina e cachoeiras.É a partir deste período do ano, inclusive, que o clima mais ameno favorece as visitas e dá um aspecto ainda mais belo às <a href="https://www.megacurioso.com.br/geologia/46890-como-e-que-as-dunas-se-formam.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dunas</a> de areia douradas, que podem atingir os 30 metros de altura.E graças ao trabalho de pesquisadores do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que conduziram investigações na região ao longo dos anos de 2022 e 2023, hoje sabemos que por lá também há muitas belezas dotadas de grande valor histórico e que permaneceram escondidas por milênios.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/24/24220508096073.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Descobertas no Jalapão ocorreram a partir de estudos conduzidos ao longo de anos. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure><h2>Obras rupestres reveladas no Jalapão</h2>O trabalho na região que vem se concentrando no campo arqueológico tem rendido descobertas sobre as civilizações anteriores ao período colonial que habitavam o local no passado. Mais de 16 sítios arqueológicos já foram descobertos no seu interior, dando vida a um complexo riquíssimo, situado na porção leste do estado do <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/40194-cratera-encontrada-no-tocantins-teria-sido-formada-por-meteorito.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Tocantins</a>.Gravuras rupestres feitas há cerca de 2 mil anos se destacam nas falésias que continuam sendo moldadas pelo desgaste erosivo na região e estão relativamente próximas umas das outras. Por serem semelhantes, indicam que havia alguma ligação entre as obras. Dentre os símbolos traçados, há pegadas humanas e mesmo imagens de animais selvagens, como porcos.Há ainda gravuras que remetem a corpos celestes. De certa forma, pode-se dizer que elas deixam perguntas sem respostas. Alguns locais também apresentam pinturas vermelhas, possivelmente feitas por um grupo que viveu em outro período. Vale destacar que outras evidências já coletadas no local já indicavam que as habitações humanas remontam há 12 mil anos.Ou seja, em meio a evidências mais antigas, como artefatos de cerâmica, ainda há outras estruturas moldadas mais recentemente, mas feitas antes que houvesse o contato entre os povos nativos e os europeus, durante a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120638-como-os-colonizadores-trouxeram-doencas-para-a-america.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">colonização das Américas</a>. Enquanto os estudos avançarem, pesquisadores conseguirão juntar novas pistas e fornecer mais informações sobre essas obras deixadas para trás.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/24/24221604204074.jpeg" alt="(Fonte: Rômulo Macedo/Iphan - TO/Reprodução)"><figcaption>Gravuras rupestres foram encontradas em área com falésias. (Fonte: Rômulo Macedo/Iphan - TO/Reprodução)</figcaption></figure></figure><h2>Região do Jalapão é ameaçada por diferentes fatores</h2>Apesar desse esforço ter rendido descobertas tão importantes que revelam parte de um passado desconhecido, pesquisadores entendem que é grande a necessidade de adotar medidas para conservar o local, o qual é o principal destino turístico do estado do Tocantins.Isso considerando ainda que apenas parte do território do Parque Estadual do Jalapão possui a condição de unidade de preservação. Além do desgaste da ação do vento, o desmatamento, o vandalismo e mesmo <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/125452-5-taticas-que-os-bombeiros-usam-para-combater-incendios-florestais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">incêndios florestais</a> ameaçam essa área.Vale destacar ainda que o Tocantins é tido como um local com grande potencial de descobertas para a pesquisa arqueológica, e por isso o Iphan também tem investido em ações para ampliar a conscientização sobre esse tema.

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Gravuras rupestres de 2 mil anos atrás são descobertas no Tocantins

Descubra os mistérios por trás das luxuosas tumbas de 800 anos encontradas na China, potencialmente abrigando os restos mortais das elites da dinastia Grande Jin.

Nas profundezas da província de Shanxi, na China, repousam tesouros silenciosos que contam a história de uma era esquecida. Recentemente, arqueólogos do Instituto de Relíquias Culturais e Arqueologia de Shanxi, juntamente com membros do Instituto de Pesquisa Arqueológica de Changzhi, desenterraram três <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/124451-por-que-a-tumba-do-primeiro-imperador-da-china-ainda-nao-foi-aberta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tumbas</a> impressionantes que remontam à dinastia Jurchen Jin, uma dinastia não-chinesa que governou o norte da China entre 1115 e 1234.Essas tumbas suntuosas, localizadas nos arredores da cidade de Changzhi, podem conter os restos mortais das elites, oferecendo uma visão fascinante da cultura e da sociedade da época.<h2>As tumbas de Changzhi</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/20/20204414741295.jpeg" alt="Detalhes de uma das tumbas encontradas. (Fonte: China Daily/Reprodução)"><figcaption>Detalhes de uma das tumbas encontradas. (Fonte: China Daily/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Embora tenham sofrido alguns danos, as três tumbas exibiam um notável estado de preservação, adornadas com murais, decorações e inscrições que evocavam os tempos gloriosos da dinastia Jin. Os dois primeiros túmulos compartilham semelhanças notáveis em sua estrutura e decoração, com arcos esculpidos em tijolo, portas decoradas, janelas, estatuetas e padrões florais adornando suas paredes. Inscrições detalhadas oferecem um vislumbre vívido da época em que foram construídos, fornecendo informações sobre eventos históricos, figuras importantes e características geográficas da região.Entretanto, o terceiro túmulo se destaca por sua singularidade. Suas paredes, que imitam estruturas de madeira, proporcionam uma atmosfera única e intrigante. Os murais encontrados neste túmulo exibem uma fauna e flora distintamente diferentes daquelas encontradas nos túmulos anteriores, com uma paleta de cores vibrantes e incomuns. Essas características desafiam os arqueólogos a entender melhor as crenças e práticas culturais dos ocupantes do túmulo pelas representações artísticas.<h2>A diversidade cultural sob o reinado de Jurchen Jin</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/20/20204850013296.jpeg" alt="Inscrições encontradas nos túmulos dão detalhes sobre o povo, a história e a geografia da época. (Fonte: China Daily/Reprodução)"><figcaption>Inscrições encontradas nos túmulos dão detalhes sobre o povo, a história e a geografia da época. (Fonte: China Daily/Reprodução)</figcaption></figure></figure>As diferenças culturais evidenciadas nos estilos das tumbas são de grande importância, indicando a coexistência de diferentes culturas sob o governo de Jurchen Jin. Descendentes de seminômades de língua tungusiana do nordeste da China, os governantes da dinastia Jurchen Jin administravam com dois sistemas distintos: um para os súditos chineses e outro para os próprios Jurchen.A ascensão e queda desse <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127809-granadas-de-pedra-da-dinastia-ming-sao-achadas-na-muralha-da-china.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">poder dinástico</a> foram marcadas por conflitos e alianças com outras potências regionais, como a dinastia Liao e os invasores mongóis. Além disso, essa dinastia é ancestral dos Manchus, um povo que mais tarde conquistou vastas áreas da China e da Mongólia.As descobertas arqueológicas das tumbas da dinastia Jin em Shanxi oferecem uma janela fascinante para o <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121409-escravidao-e-horror-como-era-a-vida-dos-pobres-na-china-antiga.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">passado da China</a>, revelando não apenas a grandiosidade de uma civilização antiga, mas também a complexidade de suas interações culturais e políticas. Ao preservar e estudar esses sítios históricos, podemos enriquecer nossa compreensão da história e da diversidade cultural da China e do mundo.

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Arqueólogos descobrem tumbas de 800 anos na China

Embarcações da Antiguidade até a Segunda Guerra Mundial foram descobertas após anos de pesquisa.

O Ministério da Cultura da Grécia anunciou a descoberta de um importante cemitério de navios na costa do país. O local fica no Estreito de Kassos, uma passagem de cerca de 45 km de largura que fica ao leste da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/112660-conheca-o-mito-de-europa-a-rainha-de-creta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ilha de Creta</a> e ao lado da ilha de Kasos.Ao todo, dez embarcações afundadas foram catalogadas pela equipe. O mais curioso entre os resultados encontrados no local é o fato de que todos os barcos são de épocas distintas, ajudando a contar a história da região por meio dos destroços e objetos encontrados no fundo do Mar Egeu.A pesquisa em Kasos começou em 2019 e foi concluída em outubro de 2023. O processo começou com o uso de um sonar por todo o estreito, o que ajudou a equipe a escolher locais específicos para o mergulho.<h2>Cemitério abriga quase 5 mil anos de história</h2>As escavações aconteceram entre 19 metros e 47 metros de profundidade. O navio mais antigo encontrado pelos arqueólogos gregos data de 3.000 a.C., em plena&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/127419-as-6-maiores-civilizacoes-da-idade-do-bronze.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Idade do Bronze</a>.Além disso, há barcos da Era Clássica, do período Helenístico — quando a região esteve sob o governo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/70028-conheca-10-razoes-que-explicam-porque-alexandre-e-chamado-de-o-grande.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Alexandre, o Grande</a> — e do momento após a dominação pelo Império Romano. O mais recente deles é um pequeno barco de madeira que data da <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122424-7-principais-e-datas-acontecimentos-da-segunda-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Segunda Guerra Mundial</a>.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/19/19153037369054.jpg" alt="Um dos objetos achados na escavação do Estreito de Kasos."><figcaption>Um dos objetos achados e catalogados na escavação do Estreito de Kasos. (Fonte: Ministério da Cultura da Grécia/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Segundo os pesquisadores, cada embarcação veio de um canto do planeta, identificadas de acordo com o visual do transporte e os itens que carregavam. As análises feitas até o momento citam trajetos originados da África, Ásia Menor e regiões que hoje são territórios e Espanha e Itália.Os objetos coletados ou fotografados incluem uma ânfora espanhola do ano 150 e uma âncora de pedra da Grécia Antiga. Ao detectar a presença dos itens, a pesquisa se tornou interdisciplinar e reuniu também geólogos, mergulhadores profissionais, engenheiros e historiadores.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/19/19153117809055.jpg" alt="Pesquisa multidisciplinar agora vai migrar para uma região próxima do litoral grego."><figcaption>Pesquisa multidisciplinar agora vai migrar para uma região próxima do litoral grego. (Fonte: Ministério da Cultura da Grécia/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Em momentos iniciais, o estudo envolveu até mesmo leituras detalhadas da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/111875-4-misterios-sobre-a-grecia-antiga-que-ainda-intrigam-os-historiadores.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Ilíada</a>, o clássico poema de Homero. O autor cita a região na obra como uma rota importante de circulação de barcos inclusive no período da <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/127346-a-guerra-de-troia-realmente-aconteceu.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Guerra de Troia</a>, o que indicaria a presença também de destroços.O estudo vai gerar um catálogo completo com todas as descobertas dos pesquisadores. Além disso, o grupo também divulgou um vídeo mostrando os bastidores e imagens das descobertas — <a href="https://www.youtube.com/watch?v=gGwqdEYr2WU" rel="noopener noreferrer" target="_blank">clique aqui e confira</a>.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/19/19153522007056.jpg" alt="Boias foram usadas para resgatar objetos encontrados nas embarcações."><figcaption>Boias especiais foram usadas para resgatar objetos encontrados nas embarcações. (Fonte: Kasos Project/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Os arqueólogos também vão expandir as buscas ao longo de 2024 na tentativa de achar outras embarcações afundadas em Karpathos. Essa é uma localidade vizinha e também propensa a ser um cemitério parecido, talvez com destroços datados de outros períodos históricos importantes para a região.

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Cemitério de navios antigos é encontrado no litoral da Grécia por arqueólogos

Pontas de madeira que eram usadas para proteger construções romanas foram achadas na Alemanha.

No solo úmido da colina Blöskopf, próxima a Bad Ems, <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124707-na-alemanha-pais-estressados-tem-direito-a-3-semanas-de-ferias.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">na Alemanha</a>, arqueólogos desenterraram um tesouro há muito perdido: pontas de madeira afiadas que remontam aos tempos de Júlio César. Essas pontas, semelhantes às mencionadas nas narrativas do lendário líder romano sobre suas campanhas militares, agora surgem como testemunhas vivas de estratégias defensivas antigas.&nbsp;Datadas de cerca de 47 d.C., essas descobertas reescrevem parte da história da região, revelando a presença de dois acampamentos militares romanos anteriormente desconhecidos.<h2 style="text-align:justify;">Defesa romana</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/12/12165028519399.jpg" alt="Pontas de madeira serviam como uma espécie de arame farpado. (Fonte: Frederico Auth, Smithsonian Magazine/ Divulgação)"><figcaption>Pontas de madeira serviam como uma espécie de arame farpado. (Fonte: Frederico Auth, Smithsonian Magazine/ Divulgação)</figcaption></figure></figure>As escavações lideradas pelo jovem arqueólogo Frederic Auth, da Universidade Goethe, revelaram um complexo de defesa elaborado, composto por estacas de madeira afiadas cuidadosamente dispostas para proteger os acampamentos.&nbsp;Essas estruturas, comparáveis ao arame farpado moderno, foram projetadas para dissuadir os inimigos de se aproximarem, mantendo os soldados <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127040-os-5-imperadores-romanos-mais-velhos-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">romanos</a> protegidos durante suas incursões na busca por minério de prata.Os achados, que incluem uma moeda que remonta a 43 d.C., não só desafiam suposições de décadas sobre a região, mas também levantam questões intrigantes sobre o propósito e o destino desses acampamentos.&nbsp;Apesar de projetados como construções sólidas, ambos os acampamentos nunca foram concluídos e foram incendiados alguns anos após sua construção. Obviamente que só restou aos pesquisadores perguntar o porquê dessas obras terem ficado inacabadas.&nbsp;A resposta pode estar nos relatos do historiador romano Tácito, que descreve as tentativas malsucedidas do governador romano Curtius Rufus de extrair prata na área, isso lá pelos idos de 47. d.C.&nbsp;<h2 style="text-align:justify;">À procura de prata</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/12/12165238735401.jpg" alt="Escavação revelou artefato mencionado pelo imperador Júlio César. (Fonte: Frederico Auth, Universidade Goethe/ Divulgação)"><figcaption>Escavação revelou artefato mencionado pelo imperador Júlio César. (Fonte: Frederico Auth, Universidade Goethe/ Divulgação)</figcaption></figure></figure>A presença de um sistema de túneis romanos sugere que a mineração de prata estava em andamento, mas os resultados foram decepcionantes. Os romanos, incapazes de atingir grandes quantidades de minério, podem ter abandonado os acampamentos, indo em busca de recursos mais lucrativos.Como as defesas fortes e bem elaboradas também foram deixadas para trás, é possível que os romanos tenham tido necessidade de sair rápido do local, abandonando suas construções por completo.&nbsp;Essa hipótese é reforçada pelo fato de que o verdadeiro depósito de prata estava enterrado em um túnel próximo, uma descoberta que só seria aproveitada pelos mineiros séculos depois.Essa emocionante saga arqueológica em Bad Ems não apenas ilustra a habilidade dos romanos em se adaptar ao ambiente e usar estratégias defensivas inovadoras, mas também destaca como as narrativas históricas podem ser desafiadas e enriquecidas por descobertas surpreendentes.&nbsp;À medida que as pesquisas vão se desenvolvendo na região, os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115552-arqueologo-declara-ter-achado-artefatos-com-o-rosto-de-deus.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">arqueólogos</a> acreditam que mais informações sobre o enigma desses acampamentos serão reveladas, trazendo maior conhecimento acerca dos mecanismos que os romanos utilizavam para procurar minério de prata.As pontas de madeira agora repousam no Römisch-Germanisches Zentralmuseum em Mainz, testemunhos silenciosos de um passado distante que continua a surpreender e intrigar os estudiosos modernos.&nbsp;

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Arma defensiva romana descrita por Júlio César é enfim encontrada

Arqueólogos desenterraram a metade superior da monumental estátua do faraó Ramsés II, reconstruindo um ícone perdido da antiguidade egípcia

Em um feito notável, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127800-arqueologos-encontram-a-mais-antiga-tinta-vermelha-feita-de-plantas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">arqueólogos</a> no Egito alcançaram um marco histórico ao descobrir a metade superior da colossal estátua de Ramsés II, perdida por quase um século. A escavação, realizada perto da antiga cidade de Hermópolis, revelou uma peça de pedra com aproximadamente 3,8 metros de altura, completando assim um quebra-cabeça arqueológico que captura a grandiosidade do reinado do famoso faraó.Essa descoberta ocorre quase cem anos após a localização da parte inferior da estátua em 1930, e sua restauração promete reviver um ícone da rica história egípcia. A notícia foi oficialmente confirmada pelo Ministério Egípcio de Turismo e Antiguidades, que emitiu um comunicado detalhando a importância histórica da descoberta.<h2>O resgate da metade superior</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/12/12211944638449.jpeg" alt="A metade superior da estátua encontrada. (Fonte: Ministério Egípcio de Turismo e Antiguidades/ Reprodução)"><figcaption>A metade superior da estátua encontrada. (Fonte: Ministério Egípcio de Turismo e Antiguidades/ Reprodução)</figcaption></figure></figure>A emocionante descoberta da metade superior da estátua de Ramsés II ocorreu durante uma escavação conduzida por uma equipe egípcio-americana, unindo esforços de ambas as nações na busca pela antiguidade egípcia.Sob a liderança visionária de Basem Gehad, renomado arqueólogo do Ministério Egípcio de Turismo e Antiguidades, e Yvona Trnka-Amrhein, professora assistente de clássicos da Universidade do Colorado em Boulder, a missão desvelou a grandiosidade do faraó Ramsés II.Na estátua, Ramsés é representado usando uma coroa dupla, conhecida como pschent, e um uraeus, um cocar de cobra associado à deusa Wadjet. Wadjet desempenhou um papel crucial na mitologia egípcia, sendo a protetora do Baixo Egito.Os hieróglifos na parte de trás da estátua fornecem detalhes sobre os títulos do faraó, ressaltando sua grandiosidade e influência durante o auge do Egito Antigo. Com habilidade e dedicação, a equipe agora empreende esforços para limpar e reconstruir a estátua.<h2>O legado duradouro de Ramsés II</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/12/12212139801450.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>(Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>A restauração da estátua não apenas resgata um ícone perdido, mas também destaca a importância contínua desse faraó na compreensão da história egípcia. Sua figura monumental ecoa através dos séculos, testemunhando sua influência duradoura na cultura e no poder do antigo Egito.Ramsés, o Grande, deixou um legado marcante no antigo Egito. Durante seus 66 anos de reinado, ele consolidou o Egito como um vasto império, estendendo-se do Sudão à Síria. Além das inúmeras estátuas, como as encontradas em <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/107763-abu-simbel-o-templo-construido-por-ramses-ii-que-se-moveu.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Abu Simbel</a>, Ramsés II é reverenciado por suas campanhas militares bem-sucedidas e realizações arquitetônicas, como a construção da nova capital, Pi-Ramsés.A descoberta e reunificação da estátua de Ramsés II marcam um capítulo notável na narrativa arqueológica egípcia. Esse feito histórico oferece percepções profundas sobre a cultura, a religião e o legado político do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127277-as-piramides-do-egito-existem-ha-quanto-tempo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Egito Antigo</a>. À medida que os esforços de restauração continuam, a estátua de Ramsés II permanecerá como um testemunho impressionante da grandiosidade e do impacto duradouro de um dos faraós mais célebres da história.

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Arqueólogos encontram metade perdida da grandiosa estátua de Ramsés II

Uma adaga de cobre, com mais de 4 mil anos, foi encontrada em uma floresta polonesa, revelando pistas sobre a elite guerreira do passado.

Em novembro de 2023, durante uma expedição em uma floresta polonesa, Piotr Gorlach, membro da Associação Histórica e de Exploração de Jaroslaw, fez uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128669-4-descobertas-arqueologicas-que-mudaram-como-enxergamos-a-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">descoberta arqueológica</a> extraordinária com seu detector de metais. O artefato encontrado, uma adaga de cobre de 4 mil anos, pode ter pertencido a um guerreiro de elite, revelando um período de transição crucial na história polonesa.<h2>Jornada do descobrimento</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/11/11213350017005.jpg" alt="(Fonte: Orsetti House Museum/Reprodução)"> (Fonte: Orsetti House Museum/Reprodução)</figure>Ao final de um dia de busca por artefatos militares, o detector de metais de Gorlach sinalizou algo extraordinário. O objeto, revelado como uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125247-crianca-acha-adaga-da-idade-da-pedra-na-hora-do-recreio-na-escola.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">adaga</a> de cobre, estava enterrado há milênios, coberto por uma pátina verde. Essa descoberta rara, agora pertencente ao Orsetti House Museum, em Jaroslaw, representa a adaga de metal mais antiga encontrada no sudeste da Polônia.O achado surpreendeu os arqueólogos. Ao compará-lo com artefatos da Europa Central e da estepe florestal ucraniana, os pesquisadores estimaram que foi produzido na segunda metade do terceiro milênio a.C. A adaga, anterior à era da metalurgia do bronze, oferece um vislumbre das mudanças drásticas na produção de ferramentas durante esse período. A transição da Idade da Pedra para a Idade do Bronze na Polônia é evidenciada pela substituição gradual das ferramentas de sílex por produtos metálicos.<h2>Símbolo de status e elegância</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/11/11213435890006.jpg" alt="(Fonte: Orsetti House Museum/Reprodução)"> (Fonte: Orsetti House Museum/Reprodução)</figure>Feita de cobre, um material extremamente raro naquela época, a adaga destaca-se como um símbolo de status social elevado. A arqueóloga do museu de Jaroslaw, Elzbieta Sieradzka-Burghardt, enfatiza que os artefatos de cobre eram importados da Ucrânia e Hungria, acessíveis apenas à elite. A lâmina de 10 centímetros, embora macia para padrões de combate, provavelmente servia como acessório de um guerreiro de elite. Essas adagas de cobre, mais do que armas, eram expressões de poder e prestígio na sociedade da época.Enquanto o artefato aguarda sua exposição em uma nova ala permanente do museu, os pesquisadores planejam realizar análises metalúrgicas para desvendar mais segredos sobre sua origem e fabricação. Sieradzka-Burghardt acredita que a adaga não é um produto local, mas possivelmente originária da Bacia dos Cárpatos ou da estepe ucraniana. Essa busca por respostas promete expandir nosso conhecimento sobre as antigas rotas de comércio e contatos culturais na Europa Central durante a Idade do Bronze.A adaga de cobre de 4 mil anos descoberta na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127782-o-misterio-das-arvores-deformadas-em-floresta-da-polonia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">floresta polonesa</a> não é apenas um achado arqueológico, mas uma janela para o passado intrigante da região. Sua presença indica não apenas a destreza metalúrgica da época, mas também os complexos sistemas sociais e a hierarquia que moldaram a vida na Idade do Bronze. À medida que os pesquisadores se preparam para revelar mais detalhes, essa adaga se torna uma testemunha silenciosa de uma era distante, em um capítulo único e misterioso da história polonesa.

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Adaga de cobre de 4 mil anos é encontrada em floresta polonesa

Pinturas rupestres da Amazônia Colombiana oferecem uma visão única de como seus antigos habitantes viviam durante a Idade do Gelo.

Pesquisadores estavam em busca de vestígios deixados pelas antigas civilizações que viveram em território colombiano e se depararam não apenas com restos de comida, mas também com uma espécie de tela de grandes dimensões, com quase 13 quilômetros de extensão, que ficou conhecida como a "Capela Sistina" da América do Sul. E são muitos os motivos para essa comparação.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/11/11025455375005.jpg" alt="(Fonte: Biological Sciences/Reprodução)"> Pinturas rupestres na Serranía de la Lindosa foram feitas durante o final do pleistoceno e início do holoceno. (Fonte: Philosophical Transactions of the Royal Society B/Reprodução)</figure><h2>Descobrindo antigas pinturas rupestres de 12,5 mil anos atrás</h2>Localizada numa área que faz parte da <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/106433-17-fatos-sobre-a-floresta-amazonica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Amazônia</a> colombiana, a belíssima obra de arte rupestre na Serranía de la Lindosa foi desenhada com ocre, um pigmento vermelho bastante usado antigamente. Nesses quilômetros de rochas repletas de figuras, os detalhes ganham vida e contam a história que, durante muito tempo, permaneceu oculta.Isso porque a descoberta desses desenhos só foi propiciada com o cessar da guerra civil colombiana. A região em que essa grande tela foi encontrada, inclusive, estava com acesso restrito até meados de 2016. As explorações e escavações no local ocorreram entre 2017 e 2018, somente após o acordo entre o governo colombiano e as <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/127843-5-paises-que-estao-atualmente-em-guerra-e-voce-nao-sabia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Farc</a>, grupo rebelde, ser firmado.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/11/11030403650006.jpg" alt="(Fonte: Biological Sciences/Reprodução)"> (Fonte: Philosophical Transactions of the Royal Society B/Reprodução)</figure>Os pesquisadores, que compartilharam suas descobertas no periódico Quaternary International em 2021, acreditam que essas pinturas, que datam entre 12.600 e 11.800 anos atrás, teriam sido feitas pelos primeiros povos que habitaram a Amazônia ocidental.Nesse período, essa região ainda não tinha a floresta amazônica tal como conhecemos hoje, visto que ela ainda estava se formando. A análise ainda revelou alguns detalhes sobre a dieta desses antigos povos, que consistia no consumo de jacarés, piranhas, capivaras e mesmo cobras e sapos, além de frutos de árvores.Conjuntamente, as evidências mostram que, diferente do que poderia se imaginar, esses habitantes não se adaptaram gradualmente ao ambiente, mas pelo contrário, que teria havido um manejo precoce por parte deles.Mãos, figuras geométricas, cenas de dança, caça, entre outras interações, estão as imagens que se mantiveram preservadas mesmo depois de tantos anos. Algumas delas estão em áreas tão altas que é difícil visualizar sem o auxílio de <a href="https://www.tecmundo.com.br/produto/225403-drone-iniciantes-5-modelos-entrada-para-olho.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">drones</a>.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/11/11030558958007.jpg" alt="(Fonte: Biological Sciences/Reprodução)"> Detalhes enumerados da arte rupestre dizem respeito à presença de garras enormes, cabeça grande, tórax robusto e pé invertido da preguiça-gigante, contrastando com homens em miniatura. (Fonte: Philosophical Transactions of the Royal Society B/Reprodução)</figure><h2>Reconstruindo o passado do noroeste da Amazônia Colombiana</h2>Naturalmente, houve quem questionasse a possibilidade dessas pinturas resistirem à passagem do tempo, mas estudiosos apontam que há evidências sólidas de que esses registros não são pós-colombianos e realmente remontam à <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118272-o-que-foi-a-pequena-era-do-gelo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Idade do Gelo</a>.Muitos animais aparecem representados nas pinturas. Como indica um exame minucioso delas, presente em outro estudo, publicado na Philosophical Transactions of the Royal Society B: Biological Sciences, havia animais de grande dimensão próximos aos antigos habitantes que viviam no noroeste da Amazônia colombiana.Entre eles, uma preguiça-gigante. Ilustrada na imagem acima, ela também chama a atenção pela maneira habilidosa como foi desenhada.Ao mesmo tempo em que dá uma amostra das habilidades de caça desses antigos povos, também fornece uma visão de espécies já extintas, como o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/109404-voce-sabe-a-diferenca-entre-um-mamute-e-um-mastodonte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mastodonte</a>, um ancestral dos elefantes modernos. Vale lembrar que muitos animais desapareceram justamente durante essa última era glacial, como resultado de diversos fatores, incluindo as mudanças climáticas.

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Pinturas rupestres de 12,5 mil anos atrás revelam passado colombiano

Investigadores finalmente parecem ter descoberto o que aconteceu com o Império Asteca 500 anos após o colapso da sociedade.

Em 1545, há quase cinco séculos, a nação asteca desmoronou de uma vez por todas. Seus cidadãos começaram a ter febre alta e dores de cabeça, passando a sangrar pelos olhos, boca e nariz pouco tempo depois. Com isso, eles foram morrendo aos poucos até sumirem do mundo. Em 1550, 80% da população asteca — de 15 milhões de pessoas — tinha sido exterminada.Durante os séculos, os cientistas têm lutado para compreender como um evento tão mortal pode ter acontecido e chegado ao México. Agora, quase 500 anos depois, as primeiras respostas parecem ter sido encontradas.<h2>Praga populacional</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/07/07194638186012.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)"> (Fonte: GettyImages)</figure>Os habitantes locais descreveram a doença que acabou com o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128458-5-impressionantes-invencoes-astecas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Império Asteca</a> como "cocoliztli", que na língua asteca nahuatl significa “pestilência”. Usando evidências de DNA dos dentes de vítimas mortas há muito tempo, os cientistas conseguiram concluir que a causa da peste era provavelmente uma "febre entérica" semelhante à febre tifoide causada pela Salmonella enterica, especificamente uma subespécie conhecida como&nbsp;Paratyphi C.&nbsp;Essa subespécie é um patógeno bacteriano conhecido por causar a febre entérica, que se espalha por meio de alimentos ou água infectados. Além disso, ela também é semelhante à <a href="http://megacurioso" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Salmonella</a> que hoje associamos aos ovos cruz. Para a nossa sorte, no entanto, a variação moderna dessa bactéria raramente causa infecção em seres humanos.Usando o DNA antigo de 29 esqueletos encontrados em um cemitério de Cocoliztli, os cientistas conseguiram testar a presença dos patógenos bacterianos. O único germe detectado foi justamente o Parathyphi C., levando os pesquisadores a acreditar que seja o candidato mais provável ao ter causado a "extinção" do povo asteca.&nbsp;<h2>Origem do surto</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/07/07194709991014.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)"> (Fonte: GettyImages)</figure>Apesar dos dados obtidos recentemente, a equipe de investigação deixou claro que poderia haver outros patógenos presentes nos restos mortais astecas, mas que eram indetectáveis ou desconhecidos pelos seres humanos. Esses, por sua vez, ainda não podem ser completamente descartados. Os resultados do estudo foram publicados na revista científica Nature Ecology and Evolution.&nbsp;Além da causa da peste, os pesquisadores também parecem ter encontrado a origem do surto: os <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120638-como-os-colonizadores-trouxeram-doencas-para-a-america.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">colonizadores europeus</a>. O cenário mais provável é que os animais portadores dessas doenças tenham sido levados ao México por colonos, cujo sistema imunológico já estava equipado para lidar com o germe. Os astecas, no entanto, nunca haviam sido expostos a tal doença e não conseguiram lidar com as consequências.Historicamente, isso é algo que dizimou diversos povos nativos nas Américas no período de colonização. No passado, doenças como gripe, varíola, sarampo e outros agentes patogênicos que se saiba terem sido trazidos da Europa também foram levados em consideração em tentativas de explicar o fim do Império Asteca. Porém, os dados recentes parecem descartar completamente essas hipóteses. Apesar do fim trágico, os astecas certamente deixaram para trás um legado impressionante sobre uma das sociedades antigas mais evoluídas que já existiram por essas terras.&nbsp;

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Quase 500 anos depois, cientistas confirmam o que matou os astecas

Uma antiga inscrição egípcia, datada de 238 a.C., fornece a primeira evidência da adoção do ano bissexto na história

A cada quatro anos, nós temos em nosso calendário a ocorrência de um ano bissexto, com a adição de um dia no mês de fevereiro — assim como observado neste ano de 2024. Mas você sabia que essa adaptação presente no calendário moderno, na verdade, é bastante antiga?<figure style="display:inline-block;position:relative;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/05/05120817825182.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"> (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figure><h2>Evidências percebidas pelos egípcios</h2>Não é surpresa que os antigos egípcios tinham uma relação bastante próxima com o Rio Nilo. E para que essa descoberta envolvendo a duração total do ano ocorresse, eles tiveram de recorrer à observação nas alterações da cheia do rio e do aparecimento da estrela <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123789-as-6-estrelas-mais-brilhantes-do-nosso-ceu.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Sirius</a> no solstício.Tudo isso porque, naquela região do planeta, esse astro não fica visível durante 70 dias. E após esse período, ele volta a aparecer logo que amanhece. Esse "reaparecimento" de Sirius no solstício, então, serviu de marco. Assim, ao analisar o período que levava para a estrela reaparecer nos anos seguintes, foi constatada a necessidade de incluir um quarto de ano de alguma maneira.Isso considerando, é claro, o problema que se formaria no caso de não haver um ajuste no longo prazo. Embora os egípcios julgassem estar sincronizados com o sol e utilizassem o calendário de 365 dias, com a adição de mais um dia a cada quatro anos, seria possível manter-se, portanto, mais alinhado com o movimento de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128398-quantas-vezes-o-sol-ja-deu-a-volta-na-via-lactea.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">translação da Terra</a>.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/05/05123410970200.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia/Reprodução)"> Decreto de Canopus data de 238 a.C. (Fonte: Wikimedia/Reprodução)</figure><h2>O primeiro registro de ano bissexto da história</h2>Dada a necessidade constatada naquele período, o Decreto de Canopus fornece a primeira evidência da adoção do ano bissexto entre os <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/124159-6-impressionantes-animais-mumificados-do-egito-antigo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">egípcios</a>. Escrito em hieróglifos e com tradução para o grego, esse texto disposto numa placa de pedra mostra como essa antiga civilização estava ciente da necessidade de incluir um ano bissexto há nada menos que 2.262 anos.O Decreto de Canopus apresenta claras instruções que dizem respeito ao calendário, evidenciando o expressivo conhecimento que os egípcios tinham sobre a astronomia. A inserção do ano bissexto, conforme o próprio texto aponta, visava evitar que o calendário ficasse em desacordo com a respectiva estação do ano.Esse antigo registro foi encontrado em 1866 quando alemães visitavam a cidade de Tanis. Fruto da iniciativa do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121014-6-fatos-intrigantes-sobre-cleopatra-vii-a-ultima-farao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Faraó</a> Ptolomeu III que, além de abordar outros assuntos, como impostos e a manutenção da paz, estabelece que esse novo dia seria celebrado com um grande festival para honrar aos deuses.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/05/05123453592203.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"> (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figure><h2>Aplicação do Decreto de Canopus</h2>Nessa tentativa de promover a alteração no calendário, o Decreto de Canopus teve várias cópias espalhadas durante a antiguidade, e algumas delas se preservaram até os tempos atuais. A encontrada na cidade de Tanis, mencionada anteriormente, está no Museu Egípcio do Cairo.Mas também há um detalhe curioso: apesar desse trabalho, a instrução de Ptolomeu III não perdurou e o novo calendário proposto não foi levado adiante, por motivos que desconhecemos atualmente.Isso foi constatado quando ocorreu a invasão dos romanos ao Egito, em 30 a.C., e o calendário vigente nesse período era, novamente, o de 365 dias. Foi questão de tempo para o <a href="https://www.megacurioso.com.br/acontecimentos-historicos/85355-conheca-as-10-pessoas-mais-ricas-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Imperador Augusto</a>, sucessor de Júlio César, impor a vigência do calendário juliano e restabelecer o ano bissexto no Egito.

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Egípcios fizeram o 1º registro de ano bissexto da história

Análises de restos mortais mostram que egípcios podem até ter as múmias mais famosas, mas não possuem de forma alguma as mais antigas

Quando ouvimos a palavra "múmia", a primeira imagem que temos em mente certamente é a dos restos mortais enfaixados de faraós no <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/124159-6-impressionantes-animais-mumificados-do-egito-antigo.htm#:~:text=O%20processo%20de%20mumifica%C3%A7%C3%A3o%20%C3%A9,na%20vida%20ap%C3%B3s%20a%20morte." rel="noopener noreferrer" target="_blank">Egito Antigo</a> há muito tempo preservados. Porém, apesar dessa fama, os exemplares egípcios não são as múmias mais antigas do mundo.Esse título vai para o povo chinchorro, do deserto chileno do Atacama, que mumificou seus mortos há 7 mil anos. Essa antiga cultura de caçadores-coletores marinhos foi a primeira a se estabelecer no norte do Chile e no sul do Peru, por volta de 5450 a.C. Logo após a sua chegada, os chinchorros iniciaram uma nova prática funerária de preservar seus mortos nas areias secas do deserto que os cercava.<h2>As múmias chilenas</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/21/21214006930002.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)"> (Fonte: Wikimedia Commons)</figure>Os antigos cemitérios Chinchorro agora estão inscritos na Lista do Patrimônio Mundial da UNESCO pelo seu valor arqueológico, pois não só fornecem informações sobre essa estranha forma de mumificação, mas também como funcionavam essas comunidades como estruturas sociais e de forma espiritual.É importante ressaltar que, ao contrário dos egípcios que reservavam a mumificação para a sua elite social, os chinchorros a ofereciam como um ritual para todos. E como eles mumificavam seus mortos? Para isso, o processo foi um tanto quanto diferente daquele visto no Egito. Primeiro, o corpo seria despojado de sua pele e seus órgãos seriam removidos.Assim que as cavidades do corpo estivessem secas, a pele seria costurada novamente. Às vezes, os corpos também eram embrulhados em materiais elaborados, como junco, pele de leão-marinho e lã de alpaca. Depois, os rostos eram cobertos de barro, onde era então colocada uma máscara que tinha aberturas para os olhos e a boca. Por fim, as <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128808-misterio-de-mumias-dos-pantanos-pode-ter-sido-desvendado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">múmias</a> recebiam perucas feitas de cabelo humano antes de serem enterradas no deserto, na esperança de que as condições áridas as preservassem para sempre.<h2>Pedaços da história</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/21/21214043911003.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)"> (Fonte: Wikimedia Commons)</figure>A primeira múmia chinchorro foi documentada em 1917 pelo arqueólogo alemão Max Uhle, que descobriu alguns corpos numa praia. É evidente que esses espécimes eram antigos, mas não foi possível datá-los com precisão naquela época. Então, com o desenvolvimento das técnicas de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128829-como-funciona-a-datacao-por-carbono-14-para-determinar-a-idade-de-fosseis.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">datação por radiocarbono</a>, foi possível datar as múmias com mais de 7 mil anos.Desde a primeira descoberta, há mais de 100 anos, centenas de outras múmias foram encontradas na região. Algumas delas foram encontradas durante obras ou desenterradas por animais curiosos. As comunidades que vivem em Arica, no norte do Chile, conhecem há muito tempo esses restos mortais especiais — principalmente porque os corpos estão próximos da superfície.Infelizmente, devido às alterações climáticas, muitas das sepulturas dos Chinchorros estão sendo desenterradas por eventos climáticos anormais, o que expõe os corpos aos elementos da natureza. Isso terá sérios impactos na sua conservação no futuro, à medida que os arqueólogos lutam para financiar esforços para recuperá-los e preservá-los.&nbsp;Em 2022, um novo museu climatizado perto de Arica estava sendo construído para abrigar as múmias chilenas. Espera-se que esta instalação sofisticada, avaliada em cerca de US$ 19 milhões, possa ajudar a proteger estes valiosos artefatos de um passado distante.&nbsp;

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