Imagem de Quanto valem as pérolas e como isso é calculado? no megacurioso

As pérolas podem valer até centenas de milhões de dólares. Para isso, as pedras precisam ter a cor, tamanho e forma adequadas. 

<head></head><body>Quando vemos uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124559-oscar-2023-5-figurinos-que-marcaram-o-cinema.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">celebridade usando um colar de pérolas</a>, sabemos que aquela peça deve ser valiosa. Mas por que exatamente as pérolas são consideradas preciosas? Quanto uma pérola pode custar?As pérolas são as únicas pedras preciosas de origem biológica no planeta. Ao contrário das <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122126-museu-portugues-expoe-pepita-de-ouro-de-20-kg-extraida-do-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">outras pedras preciosas</a>, que se formam no solo devido à ação da pressão e do calor, as pérolas surgem de uma reação natural que ocorre nas ostras.As ostras são animais que se comportam como filtros. Elas se alimentam de elementos que vêm com a água. Em alguns casos, a correnteza traz invasores que podem machucá-la, como conchas, pedras, parasitas e a areia.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/20/20131532677188.jpg" alt="Fonte: GettyImages">Fonte: GettyImagesA forma como esse animal encontrou para se defender foi isolando o invasor com camadas de nácar, uma substância rica em calcário que cria uma pedra.Acontece que nem todas as ostras produzem pérolas — de cada 10 mil ostras, apenas uma produzirá uma pedra. O processo de produção natural também é longo, contribuindo para a raridade da peça. Essa raridade é uma das características que contribuem para a valorização das pérolas.<h2>Cor, forma e tamanho também influenciam no preço</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/20/20131502381187.jpg" alt="Fonte: GettyImages">Fonte: GettyImagesSe uma pessoa encontrar uma pérola natural, ela pode se<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123905-6-supersticoes-esquisitas-de-ano-novo-pelo-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;considerar uma sortuda.</a> Agora, se essa pedra for grande ou tiver uma cor rara, essa sorte é ainda maior.Pérolas negras podem ter uma aparência metalizada e são muito apreciadas pelos joalheiros. Aliás, quanto mais redonda a pedra, melhor. Existe uma variedade de cores de pérolas naturais, sendo as douradas as mais raras e caras.As melhores pérolas do mundo são as do mar do Sul, também chamadas de pérolas australianas. Elas custam entre US$ 500 e US$ 5 mil. Já as pérolas de Akoya, no mar da Ásia, custam entre US$ 50 e US$ 300.As pérolas mais baratas são as de água doce. Custam entre US$10 e US$50 — os dados são do site Preço USA que faz levantamento de preços de diversos produtos.<h2>Qual é a pérola mais cara do mundo?</h2>Algumas pérolas já encontradas por sortudos custam milhões de dólares. Em 2021, um homem na Tailândia encontrou uma rara pérola alaranjada enquanto catava conchas com a família. A chamada pérola “Melo Melo” custa cerca de R$ 1,8 milhão.Em 2016, um filipino encontrou uma pérola gigantesca, com mais de 34 kg. Seu preço foi estimado em US$ 100 milhões na época.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/20/20131106914184.jpg" alt="Pérola gigantesca foi encontrada na Ásia em 2016. Reprodução: AILEEN CYNTHIA AMURAO/SWNS.COM">Pérola gigantesca foi encontrada na Ásia em 2016. Reprodução: AILEEN CYNTHIA AMURAO/SWNS.COMCuriosamente, o pescador guardou a pedra em sua casa por anos, pois não fazia ideia do quanto ela valia.O ser humano consegue estimular as ostras a produzirem pérolas, mas essas pedras tendem a valer menos do que as encontradas na natureza. A Ásia lidera esse mercado, com destaque para China e Japão.O processo de produção de pérolas em cativeiro pode ser estressante para o animal. Muitas ostras e mexilhões não suportam e morrem, o que tem gerado críticas ao uso da técnica. Só a China produz cerca de 800 toneladas de pérolas por ano, sendo a maior produtora. </body>

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Quanto valem as pérolas e como isso é calculado?

Imagem de "Minicérebros": o que são e como contribuem com a ciência no megacurioso

Também conhecidos como organoides cerebrais, os 'minicérebros' podem ser úteis para a criação de medicamentos e avanço em pesquisas

<head></head><body>Nos últimos anos, cientistas apresentaram ao mundo os organoides humanos conhecidos como "minicérebros" e trouxeram discussões interessantes entre entusiastas: será possível reproduzir a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118613-consciencia-do-universo-poderia-ser-provada-com-nosso-cerebro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">consciência</a> de um ser vivo e gerá-la por meio de tecidos cerebrais? Essa nova era de descobertas, além de validar pesquisas avançadas e com grande potencial na área de saúde, levaram o público a um vislumbre do futuro, supondo como esses projetos poderiam contribuir com a produção científica.Os organoides cerebrais exigem a aplicação de um processo de reversão via produtos químicos, onde as células humanas adultas são convertidas para um estado semelhante ao das <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114556-cientistas-produzem-milhoes-de-celulas-tronco-humanas-em-ratos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">células-tronco</a>. Assim, elas adquirem potencial para originar unidades estruturais do sangue, da pele, do intestino e de outros órgãos, sendo consideradas "pluripotentes induzidas" (iPSC). Além disso, os "minicérebros" também podem ser criados a partir de tecido embrionário humano.A indução combina uma matriz rica em proteínas com moléculas específicas e fatores de crescimento, onde substâncias são aplicadas em estágios específicos do desenvolvimento. Após serem colocadas em biorreatores giratórios, essas "bolhas" têm seus crescimentos suspensos em vez de esmagados contra uma superfície plana, permitindo que haja a absorção completa de nutrientes e de uma quantidade efetiva de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122243-o-que-acontecera-com-a-terra-quando-acabar-o-oxigenio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">oxigênio</a>. À medida que se desenvolvem, os organoides se tornam mais complexos e adquirem inúmeras funções.Antes de se tornarem modelos simplificados de cérebros humanos em tamanho real, eles podem imitar funções específicas de tecido cerebral, mostrar organização espacial familiar para os pesquisadores e armazenar células comumente encontradas no organismo humano. Assim, é possível usá-los em uma variedade de aplicações, incluindo os "<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119775-cerebro-humano-com-olhos-rudimentares-e-cultivado-em-laboratorio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">copos ópticos</a>", que eventualmente dá origem à retina sensível à luz na parte de trás do olho, e a criação de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ilusao-de-optica/37748-nova-ilusao-de-optica-permite-que-voce-veja-suas-ondas-cerebrais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ondas cerebrais</a> semelhantes às observadas em bebês prematuros.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/20/20114243701115.jpg" alt="(Fonte: Live Science / Reprodução)">(Fonte: Live Science / Reprodução)Segundo os estudiosos, os "minicérebros" também podem ser utilizados em pesquisas sobre defeitos congênitos e distúrbios de desenvolvimento durante a gravidez (no caso da ingestão de drogas) e no rastreamento de doenças infecciosas, tumores cerebrais e distúrbios neurodegenerativos — como <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123601-alzheimer-como-identificar-a-doenca-precocemente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Alzheimer</a> e Parkinson. Porém, até o momento, não há modelos avançados o suficiente para substituir parcial ou totalmente os modelos de doenças celulares e de animais estabelecidos.<h2>Os "minicérebros" podem se tornar sencientes?</h2>Comumente chamados de "minicérebros", os organoides não são <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124398-cerebros-humanos-vem-diminuindo-de-tamanho-ha-3-mil-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cérebros humanos</a> e consistem em bolhas esféricas capazes de simular algumas características — tanto físicas quanto funcionais. Por exemplo, eles incluem alguns tipos de células encontradas no córtex cerebral, a superfície externa enrugada do cérebro e várias camadas de tecido, além de poderem gerar mensagens químicas e ondas "neurais".Apesar disso, não há nada que garanta que eles podem se tornar estruturas "pensantes", ou seja, com uma consciência autônoma. Nessa questão em específico, como não há um consenso acadêmico sobre o que significaria, essencialmente, o termo "consciência", os cientistas são incapazes de levar em consideração os supostos padrões estabelecidos para medir o fenômeno. Assim, muito se questiona sobre os limites éticos de trabalhar com os organoides.Em 2021, o comitê formado pelas Academias Nacionais de Ciências, Engenharia e Medicina concluíram que é improvável a constituição de pensamento por parte dos organoides cerebrais e negou o surgimento de qualquer atividade vinculada à percepção, consciência, emoção ou experiência de dor. "De uma perspectiva moral, os organoides neurais não diferem atualmente de outros tecidos ou culturas neurais humanas in vitro. No entanto, à medida que os cientistas desenvolvem organoides significativamente mais complexos, a possível necessidade de fazer essa distinção deve ser revisada regularmente", concluem os pesquisadores.</body>

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'Minicérebros': o que são e como contribuem com a ciência

Imagem de Por que certos animais gostam de receber carinho? no megacurioso

Saiba por que bichos gostam tanto de ser acariciados e como isto também pode ser benéfico para os seres humanos

<head></head><body>Quem tem bichos de estimação sabe como certos animais como cachorros e gatos adoram um <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/114013-cachorro-trabalha-em-abrigo-e-faz-carinho-nos-outros-animais-video.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">carinho</a> na cabeça, no pescoço, nas costas e até na barriga.&nbsp;Mas você já se perguntou o motivo de estes bichinhos gostarem tanto de ser acariciados?<h2>Por que bichos de estimação gostam de carinho?</h2>Quando fazemos carinho no nosso <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/120643-caes-ou-gatos-descubra-qual-e-o-predileto-dos-brasileiros.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">gato ou cachorro</a> é perceptível o quanto eles gostam de ter seus pelos afagados, mas o motivo deste comportamento ainda era um mistério. Acontece que essa predileção por contato físico mais leve e carinhoso não é exclusivo de bichos de estimação, mas sim um traço compartilhado pela classe dos mamíferos — incluindo humanos.Com a intenção de descobrir um pouco mais sobre o assunto, cientistas monitoraram ratos de laboratório e descobriram que certos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121394-acredite-e-possivel-criar-novos-neuronios.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">neurônios</a> destes animais reagiam positivamente a toques mais gentis. Denominados MRGPRB4+, estes neurônios parecem causar sensações de calma e prazer e só eram ativados quando os ratinhos recebiam carinho.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/14/14124026084187.jpg" alt="Animais de estimação como cachorros e gatos adoram ser acariciados">Animais de estimação como cachorros e gatos adoram ser acariciadosAssim como nos humanos, a pele dos animais é cheia de receptores que reagem de diferentes formas aos mais variados tipos de estímulos, do mais leve ao mais forte, mas os neurônios MRGPRB4+ só eram ativados quando o toque recebido era gentil. O próximo passo do estudo foi criar ratos geneticamente modificados para que os MRGPRB4+ brilhassem quando ativados, o que levou à descoberta de que estes neurônios estão ligados aos folículos de pelo na pele dos roedores.Quando eram cutucados ou recebiam toques mais firmes, os ratinhos não demonstraram reação positiva. Porém, quando tocados de maneira mais leve e gentil, e por uma extensão maior de seu corpo, os neurônios MRGPRB4+ eram ativados, causando a diminuição de sinais de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124494-estresse-pode-causar-queda-de-cabelo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estresse</a>, acalmando os bichinhos.Segundo os pesquisadores, o mesmo princípio vale para humanos: as partes do nosso corpo cobertas por pelos e cabelos reagem da mesma forma, causando o mesmo tipo de sensação gostosa quando, por exemplo, recebemos um gostoso afago na cabeça.<h3>Acariciar animais é benéfico para humanos</h3>Além de ser muito bom para os bichinhos, fazer carinho em animais também é ótimo para seres humanos. Não apenas este ato ajuda a fortalecer os laços criados com animais de estimação como serve também para nos deixar menos <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121412-crise-de-ansiedade-x-crise-de-panico-como-diferencia-las.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ansiosos</a> e muito mais relaxados.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/14/14123909420186.jpg" alt="Fazer carinho em animais também tem efeitos benéficos nos seres humanos">Fazer carinho em animais também tem efeitos benéficos nos seres humanosNosso cérebro reage muito bem quando nossa pele entra em contato com determinadas superfícies, sendo o pelo dos animais um dos que mais causa sensações boas e tranquilizantes. Este seria um dos motivos de cachorros, gatos e hamsters serem alguns dos mais populares bichos de estimação.&nbsp;Quando fazemos carinho em animais e até em outros humanos, o contato da nossa pele com essa outra superfície "gostosa" ao toque ativa o córtex cingulado anterior, uma parte do nosso cérebro que reage a sensações agradáveis. Assim, esta ação tem efeito bastante positivo no nosso corpo, podendo diminuir a pressão sanguínea e a frequência cardíaca (ambas ligadas ao estresse) e auxiliando até mesmo na melhora da nossa saúde mental.</body>

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Por que certos animais gostam de receber carinho?

Imagem de Urso 'pré-histórico' encontrado na Sibéria não era bem o que parecia no megacurioso

Descoberto no permafrost da Sibéria, cientistas esperavam que urso 'mumificado' fosse de espécie extinta, mas resultado de exame foi um balde de água fria

<head></head><body>Pouco mais de dois anos atrás, em setembro de 2020, um filhote de urso "mumificado" foi <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116114-urso-pre-historico-e-descoberto-com-orgaos-pelo-e-focinho-intactos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">encontrado no permafrost da Sibéria</a> e deixou os cientistas bastante entusiasmados. Preservada pelo gelo, a carcaça do animal estava muito bem preservada — mas, no fim das contas, não era exatamente o que parecia.O resultado da necropsia do imenso mamífero, que a comunidade científica esperava tratar-se de uma espécie <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123858-pesquisadores-acham-molusco-transparente-extinto-ha-mais-de-30-mil-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">extinta</a>, foi um verdadeiro balde de água fria.<h2>Urso mumificado da Sibéria</h2>A carcaça, encontrada em 2020 por pastores de renas em Bolshoy Lyakhovsky, uma ilha remota no Mar Siberiano Oriental, chamou a atenção por estar muito bem preservada. Sua pele, pelos, nariz, dentes, garras e até mesmo seus órgãos internos e gordura corporal estavam em boas condições para o que acreditavam ser um Urso-das-cavernas (Ursus spelaeus), uma espécie extinta há cerca de 22 mil anos.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/13/13114319254147.jpg" alt="Cientistas acreditavam que filhote era um Urso-das-cavernas, extinto há mais de 22 mil anos">Cientistas acreditavam que filhote era um Urso-das-cavernas, extinto há mais de 22 mil anosApelidado como Etherican, em homenagem ao rio Bolshoy Etherican, onde foi encontrado, cientistas acreditavam que o filhote de urso teria morrido milhares e milhares de anos atrás e teria sido então preservado pelo extremamente frio gelo do permafrost siberiano. Na época, a descoberta de uma múmia em estado tão bem conservado foi recebida com muita empolgação, já que até então as demais carcaças de Ursos-das-cavernas eram basicamente ossadas de animais adultos.Extinto há milhares de anos, no período do Último máximo glacial, o Ursus spelaeus chegava a medir cerca de 3,5 metros de altura quando de pé sobre as patas traseiras e pesava cerca de 1.500 quilos. A espécie é parente dos ursos-pardos e dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121862-veja-5-curiosidades-incriveis-sobre-os-ursos-polares.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ursos polares</a>, que também são animais enormes.<h3>Mais "jovem" do que o esperado</h3>Uma análise mais recente feita pelo Lazarev Mammoth Museum Laboratory da North-Eastern Federal University (NEFU) em Yakutsk, no leste da Sibéria, mostrou que o urso não era bem o que esperavam. Em vez de um Urso-das-cavernas de mais de 22 mil anos atrás, o corpo seria na verdade de um Urso-pardo morto há 3.460 anos.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/13/13115839182165.jpg" alt="Carcaça encontrada na Sibéria era na verdade um Urso-pardo">Carcaça encontrada na Sibéria era na verdade um Urso-pardoO resultado da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/107757-voce-sabe-como-uma-autopsia-e-feita.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">necropsia</a> conduzida pelo time da NEFU mostrou que o Urso-pardo era uma fêmea de cerca de 1,60 metro de altura e pesava apenas 78 quilos. O animal devia ter entre 2 e 3 anos de idade quando morreu, tendo sinais de lesões na espinha dorsal que podem ter contribuído para sua morte.Graças ao bom estado de conservação da carcaça, incluindo seus órgãos internos, cientistas puderam remover seu cérebro para futuros estudos e o exame também foi capaz de identificar a dieta do animal. A ursa vinha se alimentando de diversas plantas e pássaros, já que até mesmo as penas de sua presa permaneceram preservadas em seu estômago. Como ursos-pardos são onívoros, o conteúdo encontrado na barriga do animal reafirma a descoberta.</body>

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Urso 'pré-histórico' encontrado na Sibéria não era bem o que parecia

Imagem de Por que não existem cobras na Irlanda? no megacurioso

As cobras estão em quase todos os continentes, mas em alguns lugares elas não são encontradas

<head></head><body>Mesmo aqueles que nunca tiveram contato visual com uma cobra podem descrevê-las. As cobras não possuem membros, mas contam com mandíbulas altamente flexíveis projetadas para engolir presas inteiras.&nbsp;Algumas cobras, como a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123815-clitoris-e-encontrado-pela-1-vez-em-especime-de-cobra-femea.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cobra-rei ou a cascavel</a>, são extremamente venenosas e representam grande perigo para os humanos. Outras, como a cobra jarreteira ou a cobra-capim, não têm veneno e oferecem pouco perigo.&nbsp;As cobras podem ser encontradas em quase todos os continentes da Terra, com exceção da Antártica e Irlanda. Elas podem sobreviver em quase todos os tipos de clima, desde florestas tropicais até desertos, prosperando em todo o mundo.&nbsp;Ma, por que será que não existem cobras na Irlanda, embora as cobras possam prosperar em muitos lugares e o país está longe de ser uma Antártica?&nbsp;<h2>As cobras e a Irlanda</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/17/17100152556036.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/ Reprodução)">(Fonte: GettyImages/ Reprodução)Os amantes de cobras podem se decepcionar ao saber que não existem cobras nativas na Irlanda e nunca houve. Diferentemente da Grã-Bretanha, que tem ao menos três espécies de cobras, a Ilha Esmeralda não tem nenhum tipo de cobra.&nbsp;A tradição irlandesa acredita que São Patrício perseguiu as cobras do país, jogando-as no oceano há centenas de anos. Entretanto, os registros fósseis não indicam que elas tenham habitado a Irlanda em algum momento.<h2>Entendendo a falta de cobras na Irlanda</h2>Você pode se surpreender ao saber que a Irlanda já foi conectada por terra ao resto da Europa e também foi coberta por gelo. Quando o gelo finalmente derreteu e o nível do mar subiu, a ilha acabou ficando sem uma coisa: cobras. Desde então, o clima frio e pouco propício para a vida das cobras mantêm a ilha livre desses répteis rastejantes.As cobras podem viver em muitos lugares, mas possuem necessidades básicas de sobrevivência, como luz e calor. Como são ectotérmicas, elas não conseguem manter o próprio corpo aquecido e dependem do sol para sobreviver.&nbsp;As temperaturas na Irlanda nunca ficam quentes o suficiente para sustentar uma população saudável de cobras. Portanto, mesmo que as cobras chegassem à Ilha Esmeralda, provavelmente não sobreviveriam por muito tempo sozinhas.<h2>As cobras são proibidas na Irlanda</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/17/17100239549037.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/ Reprodução)">(Fonte: GettyImages/ Reprodução)As ilhas da Nova Zelândia e a Irlanda são ambas livres de cobras. No entanto, há uma grande diferença entre os dois países quando se trata de permitir cobras em seus territórios.&nbsp;Na Nova Zelândia, as cobras são estritamente restritas devido às condições climáticas favoráveis para esses animais, o que significa que a introdução de qualquer cobra invasora pode causar um desequilíbrio no ecossistema.Por outro lado, na Irlanda, as cobras não são banidas completamente, porque não há uma população reprodutiva invasiva desses animais no país. Quando <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122686-6-habilidades-impressionantes-que-as-cobras-possuem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cobras de estimação</a> escapam ou são soltas por seus donos, elas são confrontadas por um ambiente hostil, o que impede que elas se reproduzam e se estabeleçam no país.&nbsp;Essa diferença na abordagem dos dois países destaca a importância de considerar as condições climáticas e ecológicas quando se trata de permitir ou proibir a entrada de determinadas espécies em um país. A Nova Zelândia optou por uma abordagem mais conservadora para proteger seu ecossistema único, enquanto a Irlanda se beneficia do ambiente hostil às cobras em seu território.<h2>Já se você gosta de cobras...</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/17/17100319484038.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/ Reprodução)">(Fonte: GettyImages/ Reprodução)A Ilha da Queimada Grande é uma pequena ilha localizada na costa do estado de São Paulo. Também conhecida como Ilha das Cobras, é um lugar misterioso e perigoso devido à alta concentração da espécie de cobra mais venenosa do mundo,&nbsp;a jararaca-ilhoa.&nbsp;A ilha é restrita para visitação pública por motivos óbvios e possui uma equipe de pesquisa dedicada a estudar a população de cobras que vivem por lá.&nbsp;Acredita-se que a Ilha da Queimada Grande tenha se tornado um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123406-4-especies-de-cobras-que-podem-engolir-humanos-e-como-fazem-isso.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">habitat para as cobras há milhares de anos</a>, quando o nível do mar subiu e isolou a ilha. Hoje em dia, a ilha é uma importante área de preservação ambiental para as espécies de cobra nativas e não pode ser visitada sem autorização.</body>

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Por que não existem cobras na Irlanda?

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Descubra qual a verdadeira razão por trás do fato de seu animal de estimação ficar tão feliz em receber algumas carícias

<head></head><body>Cachorros são criaturas extremamente afetivas que adoram estar por perto dos seres humanos, ao ponto que dificilmente conseguimos resistir ao ímpeto de acariciá-los o tempo todo. Porém, será que você realmente sabe por que o seu cão gosta tanto de receber carinho todas as horas?A carência canina pode ser tão grande ao ponto deles ficarem extremamente incomodados se pararmos de tocar seus pelos por um mísero segundo. Para entender mais sobre essa situação, nós reunimos algumas pesquisas científicas que tentam explicar esse comportamento. Leia os próximos parágrafos para aprender mais sobre o seu animal de estimação!<h2>Necessidade de carinho</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/07/07010621044471.jpg" alt="(Fonte: Repositório de imagens NZN)">(Fonte: Repositório de imagens NZN)Qualquer simples observador responderia que os cães adoram receber carinho humano porque amam ser nossos animais de estimação. No entanto, o que diz a ciência? De acordo com os pesquisadores, interações positivas entre humanos e cachorros, como abraços e carícias, fazem com que ambas as espécies tenham um aumento de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123186-estudo-identifica-potencial-beneficio-da-ocitocina-o-hormonio-do-amor.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ocitocina</a>, também chamado de "hormônio do amor".Além disso, os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122642-como-seu-cachorro-sabe-que-alguem-esta-chegando.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cachorros</a> são animais sociais e tendem a interpretar os carinhos no pelo como um sinal de cuidado que seu humano está tendo com ele — algo parecido com o que os macacos fazem na natureza para demonstrar afeto aos seus entes próximos. No entanto, esse carinho costuma ser uma via de mão única.Exceto pelas vezes em que eles nos lambem, é muito menos provável que o seu cão ofereça o mesmo tipo de carinho que você o fornece diariamente. E qual a razão por trás disso? Os pesquisadores acreditam que esse comportamento de higiene social tenha provavelmente evoluído junto com a domesticação canina.<h2>Lugares preferidos para carinho</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/07/07010641201473.jpg" alt="(Fonte: Repositório de imagens NZN)">(Fonte: Repositório de imagens NZN)Quando falamos sobre cães, precisamos ter em mente que cada pessoa possui um <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124458-restos-de-comida-podem-ser-bons-para-caes-afirma-pesquisa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">animal de estimação</a> singular. Isso quer dizer que todo cachorro possui uma personalidade própria, assim como os seres humanos. Sendo assim, nem todo cão gosta de receber carinho nas mesmas partes do corpo que a maioria.Dito tudo isso, existem algumas áreas que despertam mais interesse neles do que outras. E quais são elas? Nesse sentido, os pontos ideais tendem a ser aqueles que eles não conseguem alcançar sozinhos ou áreas onde não se sentem vulneráveis. Queixo, costas, ombros e peito tendem a ser os locais preferidos para receber uma carícia.Embora a barriga costume ser o ponto de maior vulnerabilidade entre os animais, um cão quando se sente muito confortável perto de um humano pode deixar essa área do corpo exposta para receber uma pequena "massagem". Porém, é necessário sempre ter cuidado e ver de perto como o animal está reagindo as suas ações. Segundo especialistas, é uma boa ideia evitar acariciar ou agarrar o rabo, pés, pernas e orelhas de um cachorro, pois essas são áreas muito sensíveis do corpo e podem trazer grande desconforto para seu pet.&nbsp;De qualquer forma, desde que você observe todos os sinais atentamente, o seu cão ficará mais do que feliz se você se mostrar disposto a acariciá-lo 24 horas por dia nos sete dias da semana!</body>

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Por que os cachorros gostam de receber carinho?

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Para adiantar, a vida como a conhecemos não existiria

<head></head><body>Também apelidada de “o cobertor da Terra”, a atmosfera do planeta é responsável por contém o oxigênio que precisamos para viver e também nos proteger da radiação solar ultravioleta nociva – que, ainda assim, causa estragos a longo prazo. A atmosfera consegue criar uma pressão inigualável sem a qual a água líquida não poderia existir na superfície do planeta, também o mantendo em temperaturas habitáveis.Com isso, surge a dúvida, como seria a temperatura da Terra se não existisse a atmosfera?<h2>Sem vida</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/10/10135248020193.jpg" alt="(Fonte: New Scientist/Reprodução)">(Fonte: New Scientist/Reprodução)Fina e contendo a massa de apenas um milionésimo do total do planeta, cerca de 80% da atmosfera está contida em sua camada mais baixa, a troposfera, que tem, em média, apenas 12 quilômetros de espessura. Os cientistas aceitam que o padrão de distância entre a atmosfera e o espaço é de cerca de 100 quilômetros acima da superfície da Terra. A cerca de 8 quilômetros de altitude, não há oxigênio suficiente para a vida humana e a 19 quilômetros, o sangue ferve se não estiver em um ambiente pressurizado.Estima-se que a atmosfera mais antiga da Terra tenha se formado há 4,6 bilhões com os gases expelidos pelos vulcões conforme a Terra ia esfriando. Essa composição incluía sulfeto de hidrogênio, metano e dez a 200 vezes mais dióxido de carbono do que a atmosfera sustenta atualmente. Após cerca de meio bilhão de anos, a superfície do planeta esfriou e solidificou o suficiente para que a água se acumulasse nela.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/10/10135507099194.jpg" alt="(Fonte: Space.com/Reprodução)">(Fonte: Space.com/Reprodução)Assim como em outros planetas, a temperatura na Terra depende muito da composição da atmosfera e da importância dos efeitos do efeito estufa. Aqui, a temperatura se mantém em um nível confortável porque a atmosfera retém parte do calor do Sol, aquecendo a superfície e sustentando a vida, proporcionado pelos gases estufa presentes em nossa atmosfera, que absorve parte da radiação infravermelha de calor e irradia parte para superfície do planeta para aquecê-lo.Sem esses gases, a temperatura média da superfície da Terra seria -18 °C. Com isso, a água congelaria e a vida como a conhecemos não seria possível.<h2>Um elemento essencial</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/10/10135639590197.jpg" alt="(Fonte: University of Toronto/Reprodução)">(Fonte: University of Toronto/Reprodução)Os gases do efeito estufa são compostos por várias moléculas que ocorrem naturalmente, como dióxido de carbono, metano e ozônio, mas o último século de atividade humana, com a queima de combustíveis fósseis, agricultura intensiva, pecuária e desmatamento –, aumentaram drasticamente essas concentrações de gases na atmosfera da Terra de maneira tão grande a ponto de mudar o clima do planeta.A Revolução Industrial foi a responsável por dar início a esse problema, a começar pelo aumento dos níveis de dióxido de carbono na atmosfera em mais de 40%, sendo que a última vez que a Terra teve concentrações semelhantes foi durante a época do Plioceno, entre 5 milhões e 2 milhões de anos atrás.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/10/10135755526198.jpg" alt="(Fonte: Stanford News/Reprodução)">(Fonte: Stanford News/Reprodução)Desde a década de 1850, a temperatura média global do ar na superfície aumentou cerca de 0,8 C, enquanto as temperaturas do oceano estão nos níveis mais altos já registrados. O ceticismo e a ideia de que a mudança climática é uma construção política não apenas não muda a situação e a direção para a qual a humanidade está caminhando, como também cresce em sua velocidade.Nas próximas décadas, é esperado que haja um aumento dos gases do efeito estufa, prejudicando ainda mais a saúde humana, causando seca generalizada, contribuindo para o aumento do nível do mar e a diminuição da segurança nacional e o bem-estar econômico.</body>

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Como seria a temperatura da Terra sem uma atmosfera?

Imagem de A mariposa que mora nos pelos dos bichos-preguiça no megacurioso

As mariposas-das-preguiças têm todo o seu ciclo de vida ligado à sua hospedeira

<head></head><body>As preguiças são conhecidas por serem animais lentos e fofos, mas você sabia que elas também são o lar de uma espécie única de mariposas? Conheça as mariposas-das-preguiças, que se abrigam no pelo <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123867-preguicas-a-curiosa-e-estranha-fisiologia-desses-animais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">desses animais tranquilos</a>.<h2>O comportamento misterioso das preguiças</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/03/03141358183451.jpg" alt="As preguiças só descem ao solo para defecar. (Fonte: Getty Images)">As preguiças só descem ao solo para defecar. (Fonte: Getty Images)Durante anos, os pesquisadores tentaram entender por que algumas espécies de preguiças descem das árvores para defecar. <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120743-evolucao-5-animais-com-pessimos-instintos-de-sobrevivencia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Não parece o comportamento mais sensato</a>, já que enquanto está no chão, a preguiça se torna um alvo fácil de onças e outros predadores. Além disso, essa ida ao banheiro custa à preguiça aproximadamente 8% de sua energia diária, ou seja, é também uma atividade cansativa.Porém, um grupo de cientistas parece ter finalmente chegado a uma resposta que explica esse comportamento e ele se deve à relação simbiótica que a preguiça tem com as mariposas e as algas que habitam os seus pelos.<h2>As mariposas que só existem no pelo da preguiça</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/03/03141507850454.jpg" alt="Os pelos das preguiças são o único lugar onde essas mariposas são encontradas. (Fonte: Getty Images)">Os pelos das preguiças são o único lugar onde essas mariposas são encontradas. (Fonte: Getty Images)As mariposas-das-preguiças têm um ciclo de vida completamente dependente das preguiças. Primeiro, uma mariposa que habita o pelo de uma preguiça desce junto com ela até a base de uma árvore e, depois que a preguiça faz as suas necessidades, a mariposa deposita seus ovos nesse esterco. As larvas se desenvolvem ali e quando são adultas voam até o topo da árvore para encontrarem parceiros no pelo da preguiça e assim reiniciar todo o ciclo de vida da sua espécie.<h2>Mas qual é o benefício disso para a preguiça?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/03/03141555332455.jpg" alt="Quanto mais algas, mais camuflada a preguiça fica. (Fonte: Getty Images)">Quanto mais algas, mais camuflada a preguiça fica. (Fonte: Getty Images)Segundo um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Wisconsin-Madison, as mariposas oferecem um importante benefício nutricional às preguiças em troca do risco que elas correm ao deixar a segurança das copas das árvores para defecar no solo. Isso porque enquanto a mariposa conclui o seu ciclo de vida, ela carrega consigo nutrientes e os deposita nos pelos da preguiça. Isso faz com que algas cresçam em meio a pelagem do animal. E, por mais estranho que possa parecer, a preguiça se alimenta dessas algas.De acordo com os pesquisadores, as algas fornecem um valioso suplemento alimentar para a preguiça, que tem uma dieta pobre em nutrientes. Além disso, eles acreditam que a coloração esverdeada das algas contribui para que a preguiça consiga se camuflar mais facilmente em meio à floresta.Esse relacionamento simbiótico é tão importante que as <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122207-por-que-as-preguicas-sao-tao-lentas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">preguiças evoluíram para um realizar essa troca</a> que exige que elas enfrentem o risco de predadores para preservar a relação entre as mariposas e as algas em seus pelos. No fim das contas, a relação entre esses animais é um exemplo incrível de como a natureza pode criar conexões surpreendentes e únicas.</body>

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Mariposa-das-preguiças: a espécie que mora nos pelos dos bichos-preguiça

Imagem de Sapo Wolverine: o sapo peludo que quebra seus ossos para se defender no megacurioso

A espécie de sapo Trichobatrachus robustus tem um dos mecanismos de defesa mais bizarros da natureza, além de criar 'pelos' para acasalar

O título desse artigo parece bem bizarro, né? Mas é isso aí que você leu: existe uma espécie de sapo que, além de ter pelos em todo o corpo, também quebra os próprios ossos como um mecanismo de defesa. A gente explica tudo para você entender.&nbsp;Mais ou menos como os felinos e outros mamíferos usam suas garras para atacar presas e se defender de inimigos, o sapo da espécie Trichobatrachus robustus usa pedaços de seus ossos, que se projetam para fora das patas. A diferença é que enquanto os felinos têm unhas naturais, o sapo precisa quebrar seus ossos para criar essas garras, quando necessário.Esse tipo de comportamento não é tão incomum assim, na classe dos anfíbios: há espécies de salamandra que projetam suas costelas para fora da pele, para criar espinhos quando se sentem ameaçadas. Ainda assim, elas não quebram os próprios ossos para isso.&nbsp;<ul><li>Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123409-9-especies-de-animais-estranhos-que-estao-ameacadas-de-extincao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">9 espécies de animais estranhos que estão ameaçadas de extinção</a></li></ul><h2>Um mecanismo único na natureza</h2>Como dito, não é sempre que o T. robustus exibe suas garras: em repouso, elas ficam sob uma camada de músculos e pele, ligadas aos ossos dos dedos com colágeno. Quando o bicho está sob ameaça, ele contrai os músculos — de modo que a ponta da garra se quebra do osso, fura a pele e se projeta para fora.&nbsp;Na prática, é como um gato que esconde suas garras pela maior parte do tempo e só mostra quando necessário. Porém, esse mecanismo de quebrar parte do osso e cortar a pele é único entre os vertebrados. Até porque a garra do T. robustus é puro osso — não tem uma cobertura de queratina, como a maioria das garras no mundo animal.&nbsp;Os cientistas ainda não sabem o que o sapo faz com o osso quebrado, quando não precisam mais dele para se defender — já que nenhum mecanismo de retração foi encontrado. Porém, a principal hipótese é que o músculo simplesmente relaxe, osso volte para dentro da pata e seus ferimentos se curem naturalmente.&nbsp;<ul><li>Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123900-sapo-de-vidro-conheca-a-especie-que-fica-quase-invisivel-ao-dormir.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Sapo-de-vidro: conheça a espécie que fica quase invisível ao dormir</a></li></ul><h2>O sapo Wolverine</h2>Como se esse mecanismo de defesa "curioso" não fosse o suficiente, o T. robustus ainda tem outra característica que o diferencia de outros sapos: durante o período de acasalamento, seu organismo produz uma cobertura que lembra pelos. Mas ela é feita de pele vascularizada — e não cabelo, como a maioria dos animais peludos. Acredita-se que isso é uma forma pro animal receber mais oxigênio pela pele e respirar melhor, enquanto cuida de sua prole.Então, sendo um bicho peludo e com garras que se projetam das patas, não fica difícil arranjar um apelido bem popular para o T. robustus: sapo-Wolverine.Só os machos exibem esses dois comportamentos — as fêmeas são mais parecidas com os anfíbios que a gente está acostumado. Aliás, essa é a única, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121376-ra-sapo-ou-perereca-qual-e-a-diferenca-entre-esses-animais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">entre as espécies da família dos sapos</a> (Arthroleptidae), em que os machos são significativamente maiores que as fêmeas: eles chegam aos 11 centímetros, enquanto elas têm no máximo nove.&nbsp;Mas essa estranheza não assusta os camaroneses: no país, é comum que os sapos Wolverine sejam caçados, cozidos e comidos. Quem caça esses sapos usa lanças compridas, para evitar as garras do bicho. Um dos povos nativos da região, os Bakossi, acreditam que os sapos caem do céu — por isso, comer um T. robustus <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121727-sapos-eram-o-melhor-teste-de-gravidez-nos-anos-70.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ajudaria casais inférteis a se reproduzir</a>.E você: tá servido?

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Sapo Wolverine: o sapo peludo que quebra seus ossos para se defender

Imagem de Mapa cerebral de inseto mostra mais de 3 mil neurônios no megacurioso

A pesquisa apontou resultados surpreendentes e pode auxiliar na criação de novas tecnologias e compreensão do cérebro humano

<head></head><body>Cientistas das Universidades de Cambridge e Johns Hopkins, na Inglaterra, divulgaram recentemente a primeira criação completa de um mapa cerebral de um inseto, também conhecido como conectoma. O extenso projeto levou 12 anos para ser construído e revela a localização de todos os 3.016 neurônios no <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124221-nosso-cerebro-e-capaz-de-apagar-memorias-ruins.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cérebro</a> de uma mosca-das-frutas em sua fase larval.&nbsp;A pesquisa pode identificar as redes através das quais os neurônios de um lado do cérebro enviam dados para o outro, além de classificar 93 tipos distintos dessas células, que diferem em sua forma, função proposta e na maneira como se conectam umas às outras.<h2>Criação e resultados</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/14/14141938161230.png" alt="Conjunto completo de neurônios do cérebro larval de mosca-das-frutas (Fonte: Universidade de Cambridge/Universidade Johns Hopkins/Reprodução)">Conjunto completo de neurônios do cérebro larval de mosca-das-frutas (Fonte: Universidade de Cambridge/Universidade Johns Hopkins/Reprodução)Mais de 80 pesquisadores trabalharam na construção do projeto, que envolveu o fatiamento fino do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124398-cerebros-humanos-vem-diminuindo-de-tamanho-ha-3-mil-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cérebro</a> de uma mosca-das-frutas em 5 mil seções e a captura de imagens microscópicas de cada fatia, que foram então transformadas um volume em 3D e, então, o constructo tridimensional foi analisado para identificar células individuais, com suas conexões sendo traçadas manualmente.Os resultados do mapeamento surpreenderam os cientistas de várias maneiras. Por exemplo, acredita-se que os neurônios enviam mensagens de saída por prolongamentos longos chamados axônios e as recebem através de outros mais curtos e ramificados chamados dendritos.Porém, a novidade provou que existem exceções a essa regra, apontando diversas conexões entre axônio-axônio e dendrito-dendrito nas sinapses cerebrais das moscas-das-frutas em sua fase larval.Além disso, o conectoma provou que as informações sensoriais recebidas passam por poucos neurônios antes de serem direcionadas a àquele envolvido no controle motor, responsável por fazer o inseto executar um comportamento físico. Esse nível de eficiência só pode ser atingindo por "atalhos" integrados entre as conexões, algo muito semelhante ao apresentado em sistemas de inteligência artificial avançados.<h2>Importância e limitações</h2>Uma melhor compreensão do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124487-como-o-nosso-cerebro-lembra-do-idioma-que-estamos-aprendendo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cérebro</a> de uma mosca pode parecer insignificante para alguns, mas as implicações da pesquisa podem se estender além do reino animal.&nbsp;O conhecimento adquirido a partir do mapeamento pode ser aplicado em futuras IAs para aumentar sua eficiência energética, afinal, insetos conseguem realizar tarefas cerebrais complexas com um nível de energia bem baixo.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/14/14142411396232.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)Além disso, o conectoma pode ser um modelo útil para estudar a aprendizagem e a memória. "Os humanos fazem coisas como tomar decisões, aprender, navegar no ambiente, comer. E as moscas também. E há boas razões para pensar que os mecanismos que as moscas têm para implementar essas funções cognitivas também estão presentes nos humanos", explicou Joshua Vogelstein, cocriador do estudo e diretor e cofundador do laboratório de NeuroData da Universidade Johns Hopkins.Infelizmente, essa novidade empolgante para o mundo da ciência também tem suas limitações. Ela ainda não é capaz de capturar quais neurônios são excitatórios, ou seja, que fazem outras células semelhantes dispararem, e quais são inibitórios, aqueles menos propensos a reagirem. E essas reações são muito importantes, pois afetam o modo como as informações fluem pelo cérebro.Porém, o novo conectoma é uma conquista notável no campo de pesquisa de neurociência, que pode ajudar a impulsionar tecnologias, além de fornecer uma base para futuras descobertas e estudos para compreender mais sobre as criaturas que nos cercam e também sobre nós mesmos.</body>

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