Imagem de Afinal, sapos realmente se deixam ferver lentamente até a morte? no megacurioso

Saiba agora se a história de sapos se deixando ferver lentamente até a morte é real ou apenas mais um mito

<head></head><body>Dizem que se você colocar um <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123541-eua-pedem-que-visitantes-de-parques-parem-de-lamber-sapos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sapo</a> dentro de uma panela com água quente, o bicho rapidamente salta para fora; mas se deixá-lo dentro do recipiente e for esquentando a temperatura da água lentamente, o animal fica lá dentro até morrer fervido.Ainda que a ideia seja bastante difundida, muita gente não faz ideia de sua origem e, mais ainda, se essa história é verdadeira ou não passa de apenas mais um mito. Descubra agora!<h2>Sapos realmente se deixam ferver até a morte?</h2>A resposta para tal questionamento é, digamos, um tanto flexível. Acontece que lá atrás, no século XIX, o médico fisiologista alemão Friedrich Goltz resolveu testar se animais tinham ou não&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/111663-21-gramas-por-que-algumas-pessoas-acham-que-a-alma-tem-esse-peso.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">almas</a>. Caso as tivessem, onde elas ficavam armazenadas?Considerando o conceito de Eduard Pflüger, outro estudioso e fisiologista, de que a alma ficava na espinha dorsal, Goltz resolveu testar a ideia.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/26/26182943448187.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Seu experimento consistia em botar sapos dentro de panelas com água fria e aumentar a temperatura gradualmente. Segundo o filósofo inglês George Lewes, os sapinhos morriam quando o líquido chegava aos 40?°C, afirmando que os animais ficavam lá paradinhos enquanto a&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/fisica-e-quimica/101478-e-verdade-que-se-a-gente-colocar-sal-na-agua-ela-ferve-mais-depressa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">água fervia</a>, sem parecer sentir dor e sem tentar escapar da panela. Outros cientistas fizeram experimentos semelhantes e alcançaram resultados similares, o que parecia indicar que a teoria era real. Certo? Nem tanto.Acontece que, antes de passar pela experiência, os animais eram submetidos a um procedimento em que seus cérebros eram espetados e basicamente "desligados", para evitar sofrimento. O procedimento era bastante comum e tido como uma alternativa "mais humana" de usar bichos em experiências científicas – e Goltz queria testar se a alma salvaria o sapo da morte mesmo sem o auxílio do cérebro.Para saber se esse "desligamento" das funções cerebrais impactava no experimento, Goltz resolveu testar a teoria em sapos intactos. Segundo ele, os bichos agora mostravam certo desconforto quando a água chegava aos 25?°C, começando a ficar bastante agitados, e vindo a óbito quando a temperatura batia os 42?°C. Outros cientistas testaram o mesmo experimento e chegaram a conclusões similares.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/26/26182945353188.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Mais recentemente, estudiosos como o Dr. George R. Zug refutaram completamente a teoria de que os sapos simplesmente se deixam ferver até a morte. Segundo ele, "se o sapo tiver uma forma de sair [da panela], ele certamente vai sair." Douglas Melton, professor de Biologia na Universidade de Harvard, reafirma a ideia de que assim que a temperatura subir o sapinho vai saltar para fora do recipiente.Melton explica que o sapo não suporta água quente demais porque seus músculos param de funcionar em temperaturas muito altas, impedindo sua fuga e resultando em morte certa. Mas, em condições normais, os bichinhos certamente dariam um jeito de fugir da água quente.Embora o dito popular continue sendo muito usado até hoje, parece que a história realmente não passa de apenas mais um mito.</body>

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Afinal, sapos realmente se deixam ferver lentamente até a morte?

Imagem de Cocô de pinguins pode produzir 'gás do riso', diz estudo no megacurioso

Cientistas que passaram longos períodos estudando as fezes de pinguins relataram 'efeitos psicológicos fortes' após exposição

<head></head><body>Boa parte do trabalho dos biólogos em todo o mundo passa por estudar os ecossistemas e aprender a lidar com climas e geografias extremas existentes por ai. No entanto, um grupo de pesquisadores que estava visitando as Ilhas Geórgia do Sul, no Oceano Atlântico, não estavam preparados para lidar com os efeitos inebriantes do cocô dos pinguins que lá habitam.A Geórgia do Sul é um território ultramarino britânico ao norte da Antártica e a leste da América do Sul. Nos últimos anos, essa região se tornou um ótimo lugar para estudar os pinguins-rei e seu impacto no meio ambiente. Para a surpresa de muitos biólogos que exploraram a área, no entanto, as <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122206-por-que-alguns-animais-comem-o-proprio-coco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fezes</a> desses animais são capaz de produzir algo muito semelhante ao "gás do riso". Entenda o caso!<h2>Fezes de pinguim</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/23/23193423064331.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Uma vez que as geleiras das Ilhas Geórgia do Sul recuaram devido às mudanças climáticas nos últimos anos, foi possível observar um fluxo maior de pinguins na área recém-aberta. De acordo com estudiosos, a ilha suporta uma população de cerca de 300 mil pinguins-rei adultos reprodutores atualmente.Com mais pinguins presentes no local, isso também implica numa quantidade maior de cocô sendo gerada. Esses dejetos, porém, são responsáveis por gerar alguns dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123230-nova-zelandia-o-imposto-sobre-arrotos-e-peidos-de-vaca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">gases de efeito estufa</a> (GEE) que estão contaminando o ar e causando o derretimento das geleiras — gerando um ciclo interminável.&nbsp;Para a surpresa dos pesquisadores, o meio ambiente não é a única coisa que sofre com os gados dos excrementos dos pinguins. Recentemente, cientistas da Dinamarca e da China que estiveram na ilha começaram a se sentir mal e com fortes efeitos psicológicos. O motivo? Eles passaram o dia respirando óxido nitroso, que também é popularmente chamado de "gás do riso".&nbsp;<h2>Efeitos psicológicos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/23/23193426166332.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Em entrevista para a Agence France-Presse (AFP), o pesquisador do Centro de Permafrost da Universidade de Copenhague, Bo Elberling, falou um pouco sobre sua experiência no local. “Depois de bisbilhotar o guano (fezes de aves e morcegos) por várias horas, a pessoa fica completamente louca. Ela começa a se sentir mal e com dor de cabeça”, relatou.&nbsp;Foi então que Elberling e seus colegas publicaram um estudo sobre a relação entre o recuo glacial, atividade de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117943-pinguim-foge-de-orcas-pulando-em-barco-de-turistas-video.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pinguins</a> e gases de efeito estufa na revista Science of The Total Environment. Um dos motivos para os pinguins-rei produzirem tanto óxido nitroso acontece pelo fato de sua dieta ser composta principalmente por peixes e camarão, ambos ricos em nitrogênio.As fezes de pinguim por si só, no entanto, não contêm o mesmo tipo de gás que os dentistas costumam oferecer aos seus pacientes antes de um procedimento delicado. Quando o guano entra no solo, os micróbios da região convertem essas fezes em óxido nitroso.Esse gás não só dificulta a respiração das pessoas que visitam a área, mas também prejudica o ar daquele habitat. O efeito poluente do óxido nitroso é 300 vezes maior que o do dióxido de carbono. Segundo os cientistas, ainda não existe uma quantidade suficiente do gás nas Ilhas Geórgia do Sul para ter um impacto global. Contudo, à medida que a população de pinguins-rei cresce, também aumenta a quantidade de resíduos deixados para trás por eles.&nbsp;</body>

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Cocô de pinguins pode produzir 'gás do riso', diz estudo

Imagem de Eponychium: a estranha formação dos cascos de potros no megacurioso

Saiba o que é e para que serve a esquisita estrutura macia e mole que envolve o casco dos cavalinhos recém-nascidos

<head></head><body>Quando pensamos em cavalos, logo nos vem à mente suas belas crinas e suas fortes patas, responsáveis por sua habilidade de correr por longas distâncias de maneira veloz e elegante. E bem na extremidade da pata do equino ficam seus <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122531-por-que-cavalos-precisam-de-ferraduras-e-vacas-nao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cascos</a>, duros e resistentes.Sabendo que cavalos são <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121672-5-fatos-sobre-animais-mamiferos-que-voce-nao-conhecia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mamíferos</a> e as éguas passam por gestações, como fica a questão dos cascos dentro do útero da fêmea? A natureza, é claro, tem a solução — e ela se chama eponychium.<h2>O que é o Eponychium?</h2>Como forma de evitar quaisquer danos ao aparelho reprodutivo da égua, o eponychium ou eponíquio é uma estrutura que funciona como uma espécie de cápsula mole que reveste a parte dura e pontuda da pata do potro, o nome dado aos filhotes de cavalos. Caso você um dia veja um potrinho <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118934-6-fatos-curiosos-sobre-os-recem-nascidos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">recém-nascido</a> com coisas estranhas e rosadas na ponta das patas, não se preocupe, saiba que aquilo não é nenhum tipo de doença e é algo totalmente natural.A lógica é a seguinte: como <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122497-como-os-animais-sabem-quem-sao-seus-predadores.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">predadores</a> são atraídos pelo cheiro da placenta, tanto a mãe quanto o filhote precisam estar aptos a deixar o local do parto imediatamente após o nascimento da prole. Por isso, os potros já nascem com cascos prontos e podem andar em pouquíssimo tempo após deixar o útero de suas respectivas mães.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Quest Equine/Facebook&nbsp;" data-fonte-url="https://www.facebook.com/QuestEquine/photos/a.851998841549784.1073741831.847596261990042/869891366427198/?type=3&amp;theater"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/15/15095315806115.jpg" alt="Apesar da aparência assustadora, o eponíquio é uma forma de proteção dos cascos dos fetos e dos potros recém-nascidos">Apesar da aparência assustadora, o eponíquio é uma forma de proteção dos cascos dos fetos e dos potros recém-nascidosE justamente por já terem a parte dura na ponta da pata totalmente formada desde o nascimento, esta estrutura é revestida pelo eponíquio, que é mais mole e protege o interior do corpo da fêmea, evitando danos desde o útero até a saída do canal de parto. Segundo relatos de veterinários e criadores de cavalos, o eponíquio é bastante macio e mole.Após o parto, assim que o potro começa a andar, o eponychium vai sendo gasto até o ponto em que o casco fica totalmente exposto, ganhando o visual que estamos habituados a ver nos cavalos adultos.Um fato interessante é que o eponíquio não é exclusivo dos equinos, sendo encontrado também nos seres humanos. No nosso corpo, o equivalente ao eponychium é a nossa cutícula, a fina camada encontrada na base das unhas. Incrível!</body>

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Eponychium: a estranha formação dos cascos de potros

Imagem de Preguiças: a curiosa — e estranha — fisiologia desses animais no megacurioso

Se não bastasse serem criaturas completamente bizarras e estranhas, os órgãos das preguiças estão completamente grudados

<head></head><body>Existe um verdadeiro consenso entre pesquisadores de que as <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122207-por-que-as-preguicas-sao-tao-lentas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">preguiças</a> são uma curiosidade biológica, com comportamentos tão únicos que despertam o interesse de todos. Inclusive, essas criaturas são tão bizarras que até mesmo alguns aspectos de sua biologia básica se tornam uma grande questão — ao ponto de termos dificuldade para compreendermos como elas respiram.É sabido cientificamente que elas possuem pulmões, mas ninguém tem certeza absoluta sobre como elas conseguem colocar esses <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122145-como-alguns-peixes-desenvolveram-orgaos-eletricos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">órgãos</a> para funcionar se passam a maior parte do tempo na horizontal. Sendo assim, a fisiologia das preguiças é um dos grandes mistérios da natureza. Olha só!<h2>Vivendo de ponta cabeça</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/23/23191359981323.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Estima-se que uma preguiça passe cerca de 90% do tempo de sua vida de cabeça para baixo. Para qualquer outro mamífero na natureza, esse tipo de comportamento seria completamente desconfortável ou até mesmo letal. Elas, no entanto, parecem não ligar nem um pouco para isso. Então, como seus corpos funcionam?Ao contrário do que sua aparência e reputação indicam, as preguiças são animais bastante resistentes e ajustadas para viver de ponta cabeça em alturas que ultrapassam os 120 metros. Para se ter ideia, esses <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123173-6-animais-que-conseguem-prender-a-respiracao-por-muito-tempo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">animais</a> têm várias vértebras extras que lhes permitem virar a cabeça quase que totalmente e possuem uma musculatura densa nos membros do corpo.Como todos nós sabemos, elas são bem lentas, mas sua força é equivalente a sua lentidão. Isso é um aspecto bastante útil para sua natureza, uma vez que não é nada fora do comum que uma preguiça caia do topo de uma árvore sem sofrer muitos danos. O mais curioso de tudo, porém, é que elas também têm músculos fibrosos que parecem conectar a maioria de seus órgãos principais ao esqueleto.<h2>Órgãos interligados</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/23/23191402287324.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Recentemente, a descoberta mais marcante em torno das preguiças ajudou a explicar como elas conseguem sobreviver na natureza sem grandes problemas. Antigamente, os pesquisadores não conseguiam entender de forma alguma como um animal que mal se mexe conseguia lidar com o gasto extra de energia só para segurar seus órgãos fora de posição enquanto estavam de ponta cabeça.Contudo, a verdade é que esses órgãos simplesmente não estão se movendo o tempo todo. Através de uma série de músculos, as preguiças conseguem manter todos seus órgãos principais interligados e parados em uma mesma posição — evitando um esforço desnecessário enquanto se movimentam no topo das árvores.Logo, ancorar seus órgãos em uma determinada parte do corpo serve para que elas consigam economizar uma quantidade de energia pequena. Mesmo que a energia economizada não seja absurda, essa diminuição de esforço é bastante crítica para que elas tenham energia suficiente para realizarem todo tipo de atividade essencial para sua sobrevivência.&nbsp;As preguiças podem até ser menosprezadas e vistas como animais sedentários e entediantes, mas a realidade é que elas são muito mais complexas do que nós poderíamos imaginar e uma verdadeira obra de arte da natureza.&nbsp;</body>

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Preguiças: a curiosa — e estranha — fisiologia desses animais

Imagem de Global Seed Vault: o 'cofre do fim do mundo' no megacurioso

Qual é o bem que os cientistas decidiram preservar nessa fortaleza enraizada em uma das regiões mais desoladas da Noruega?

<head></head><body>Na cerimônia de abertura dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/119540-8-acontecimentos-bizarros-na-historia-das-olimpiadas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Jogos Olímpicos</a> Rio 2016, no estádio do Maracanã, um dos momentos mais emblemáticos exibido para mais de 2 bilhões de pessoas foi quando todos os atletas plantaram em totens sementes de 207 árvores diferentes representando cada um dos países que participaram do evento. As 13.725 sementes eram destinadas à Floresta dos Atletas, um legado olímpico e ambiental para o país.&nbsp;Essa ideia constitui parte do debate sobre o aumento do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116957-desflorestamento-da-amazonia-atinge-apice-desde-2008.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">desmatamento</a> e o medo de uma falta catastrófica dos recursos naturais da Terra — algo muito discutido entre os cientistas e ambientalistas. Em um cenário de destruição, seja por fatores naturais ou autoinfligidos, a única maneira de os seres humanos continuarem sobrevivendo é por meio do plantio.Pensando nisso, em 26 de fevereiro de 2008, foi inaugurado o Global Seed Vault, considerado o cofre mais importante da humanidade, que carrega um tesouro inestimável: sementes.<h2>A fortaleza para o futuro</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/14/14144220890230.jpg" alt="(Fonte: Time/Reprodução)">(Fonte: Time/Reprodução)Localizado em Spitsbergen, na Noruega, quase escondido na encosta de uma montanha gelada, o cofre foi projetado pelo arquiteto Peter W. Soderman e levou 3 anos para ficar pronto. O projeto foi aberto como uma parceria entre o Ministério da Agricultura e Alimentos do Governo da Noruega, o Nordic Genetic Resource Center e o Crop Trust, sendo um esforço para assegurar a não <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116729-quanto-tempo-uma-especie-leva-para-ser-extinta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">extinção</a> da raça humana pela falta de recursos.O cofre abriga mais de 1 milhão de tipos diferentes de sementes coletadas de todas as partes do mundo, entre milho, cevada, alface, berinjela, feijão e outros tipos. Existem mais variedades de sementes no Global Seed Vault do que em qualquer lugar do planeta, todas bem preservadas em temperaturas abaixo de zero e cercadas pelo permafrost para mantê-las em boas condições pelos próximos 30 anos.Apesar desse número grande, Soderman desenvolveu a instalação para conseguir armazenar até 4,5 milhões de culturas, cada uma contendo em média 500 sementes, com espaço total para 2,5 bilhões delas.<h2>Os pequenos "juízos finais"</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/14/14144313689232.jpg" alt="(Fonte: National Geographic/Reprodução)">(Fonte: National Geographic/Reprodução)Sementes preciosas foram transportadas da Síria para o Centro Internacional de Pesquisa Agrícola nas Áreas Secas, também conhecido como ICARDA, localizado ao sul de Aleppo.Quando a guerra estourou, foi iniciada uma força-tarefa de remoção das sementes para o Global Seed Vault. Até 2014, quando a instalação síria foi abandonada, mais de 80% de sua coleção estava armazenada no cofre norueguês.Marie Haga, diretora-executiva do Crop Trust, comentou que existe um motivo pelo qual o Seed Vault ganhou o apelido de "cofre do juízo final". "Existem grandes e pequenos 'dias do juízo final' acontecendo em todo o mundo todos os dias", disse ela à Time.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/14/14190759494432.jpg" alt="(Fonte: Voa News/Reprodução)">(Fonte: Voa News/Reprodução)Inclusive, a escolha de um local nevado no meio do nada para estabelecer o Seed Vault foi feita pensando no terror causado por guerra e outros tipos de agentes de conflito não chegariam em um local desolado.O vizinho mais próximo ao cofre é o Artic World Archive, uma instalação que visa preservar dados para governos e instituições privadas no mundo.A unidade de Svalbard do cofre é considerada uma fonte de armazenamento backup para as 1.700 versões do cofre espalhadas pelo mundo e denominadas "bancos de genes", operando como uma rede global de coleta, preservação e partilha das sementes para aprofundar a pesquisa agrícola e desenvolvimento de novas variedades.</body>

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Global Seed Vault: o 'cofre do fim do mundo'

Imagem de Pesquisadores acham molusco transparente 'extinto' há mais de 30 mil anos no megacurioso

Até então tido como extinguido, o pequenino molusco de apenas 10 milímetros foi encontrado na praia de Santa Barbara, nos Estados Unidos

<head></head><body>Pesquisadores dos Estados Unidos encontraram recentemente uma espécie de <a href="https://www.megacurioso.com.br/recordes/40026-criatura-mais-antiga-do-mundo-e-um-molusco-de-507-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">molusco</a>&nbsp;transparente que até então era tido como extinguido, tendo desaparecido cerca de 30 mil anos atrás. A descoberta foi uma verdadeira surpresa, já que a comunidade científica acreditava que o pequenino ser já não existia mais.Embora somente agora tenha sido confirmada, a redescoberta dos pequeninos bichinhos foi feita alguns anos atrás, em novembro de 2018. Na ocasião, o ecologista Jeff Goddard estava procurando <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/26446-os-mariscos-gostam-de-lamber-sal-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mariscos</a> na praia de Santa Barbara, nos EUA, e foi surpreendido por duas criaturinhas inesperadas.<h2>Molusco transparente extinto é encontrado nos EUA</h2>Goddard é veterano do local e conhece muito bem as espécies da região. Quando viu por acaso dois pequenos moluscos transparentes, com suas <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121336-como-as-conchas-do-mar-sao-formadas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">conchas</a> duplas medindo aproximadamente 10 milímetros cada, ele percebeu estar diante de algo novo. A confirmação veio quando as criaturas "estenderam e começaram a sacudir um pé brilhante, branco e listrado, maior do que sua concha," confirmando que o ecologista estava diante de uma espécie que jamais havia visto até então.Para não perturbar as pobres criaturinhas, Goddard apenas tirou algumas fotos e as encaminhou para Paul Valentich-Scott, ex-curador de malacologia (o ramo da biologia que estuda os moluscos) do Museu de História Natural de Santa Barbara. Ao receber as fotografias, o colega se disse intrigado com o que estava vendo, afirmando conhecer bem as famílias de moluscos bivalves (aqueles que têm duas conchas) existentes na costa das Américas. "Aquilo era algo que nunca havia visto antes," afirmou.Justamente por ser algo aparentemente novo, apenas fotos não seriam suficientes para observar melhor os espécimes encontrados. Goddard decidiu então voltar à praia em busca dos pequenos moluscos, mas não teve sucesso: entre novembro de 2018 e março de 2019, o ecologista fez nove buscas pela costa mas não achou as criaturinhas. Quando já estava quase desistindo da empreitada, ele percebeu uma conchinha escondida debaixo de uma pedra — era sua chance de levar uma amostra a Valentich-Scott.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/22/22120319431191.jpg" alt="Moluscos transparentes foram encontrados na costa dos EUA">Moluscos transparentes foram encontrados na costa dos EUAImaginando se tratar de uma nova espécie, o ex-curador começou então a pesquisar profundamente em busca de potenciais respostas, esbarrando finalmente em um livro publicado em 1937. A publicação falava sobre um tipo de molusco bivalve extinto há dezenas de milhares de anos mas que compartilhava várias características com os bichinhos encontrados na praia dos EUA.Valentich-Scott percebeu então que não se tratava de uma nova espécie, mas sim de um "fóssil vivo" da espécie conhecida como Cymatioa cooki, descoberta na década de 1930 em Baldwin Hills. Os fósseis encontrados na época foram datados entre 28 mil e 36 mil anos atrás, então especialistas presumiram que a espécie já estivesse extinta — o que na verdade não é o caso, como foi provado recentemente.Goddard acredita que o motivo de o molusco ter demorado tanto para ser encontrado tenha sido relativo a ondas de calor. Sua suspeita é de que as ondas do mar tenham trazido larvas tectônicas para as praias entre 2014 e 2016, o que explicaria o fato de só agora as criaturinhas terem sido redescobertas no local.</body>

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Pesquisadores acham molusco transparente 'extinto' há mais de 30 mil anos

Imagem de Primeiro dinossauro nadador é descoberto na Mongólia no megacurioso

Natovenator, como foi batizado, era um caçador simplificado com mandíbulas cheias de dentes minúsculos

Por mais de 150 milh&otilde;es de anos, os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123747-fossil-de-dinossauro-e-achado-por-acaso-em-rodovia-paulista.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dinossauros</a> foram os donos da Terra, preenchendo todos os habitats com diversas esp&eacute;cies bastante diversificadas. No entanto, todos eles pareciam apresentar uma &uacute;nica dificuldade: nadar. Embora algumas esp&eacute;cies tenham sido encontradas com adapta&ccedil;&otilde;es para nadar e mergulhar, demorou muito tempo para que um dinossauro verdadeiramente nadador fosse descoberto.
Agora, por&eacute;m, a hist&oacute;ria parece ter mudado. Em um estudo publicado na Communications Biology, paleont&oacute;logos da Universidade Nacional de Seul notificaram a descoberta do natovenator, um pequeno nadador de apenas 30 cent&iacute;metros de comprimento e que viveu na Mong&oacute;lia pr&eacute;-hist&oacute;rica h&aacute; cerca de 71 milh&otilde;es de anos. Conhe&ccedil;a mais sobre o caso.
<h2>Anatomia curiosa</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/15/15014604862005.png" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Apesar de ser considerado primo de predadores de dentes afiados, como o velociraptor, o novo dinossauro em quest&atilde;o tinha uma apar&ecirc;ncia aerodin&acirc;mica muito diferente de tudo que j&aacute; se viu at&eacute; hoje, com mand&iacute;bulas cheias de dentes min&uacute;sculos. Cientificamente, a esp&eacute;cie foi batizada de Natovenator polydontus, ou o &ldquo;ca&ccedil;ador nadador com muitos dentes&rdquo;.&nbsp;
A criatura foi encontrada no deserto de Gobi, em um local chamado Hermiin Tsav. Essa regi&atilde;o &eacute; famosa entre os paleont&oacute;logos por preservar v&aacute;rias esp&eacute;cies de dinossauros e outras formas de vida antiga. Uma vez que os ossos foram expostos, os pesquisadores logo perceberam que se tratava de algo especial, com cr&acirc;nio bastante preservado e pesco&ccedil;o extremamente longo.
&Agrave; medida que o f&oacute;ssil foi sendo observado mais de perto, os restos mortais pareciam compartilhar algumas caracter&iacute;sticas com outra esp&eacute;cie: o halszkaraptor, nomeado em 2017 e inicialmente interpretado como um dinossauro nadador. Apesar das evid&ecirc;ncias iniciais n&atilde;o serem totalmente conclusivas, a equipe de pesquisa acredita que alguns detalhes anat&ocirc;micos do natovenator s&atilde;o bons indicadores para dizer que ele era provavelmente aqu&aacute;tico.&nbsp;
<h2>Adapta&ccedil;&otilde;es para o nado</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/15/15014645872006.png" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Segundo os especialistas, as longas mand&iacute;bulas e os dentes min&uacute;sculos da esp&eacute;cie podem ser uma adapta&ccedil;&atilde;o para conseguir se alimentar de presas pequenas, escorregadias ou contorcidas da &aacute;gua. Al&eacute;m disso, foi poss&iacute;vel observar que as costelas preservadas desse esp&eacute;cime s&atilde;o orientadas de maneira semelhante &agrave; dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117943-pinguim-foge-de-orcas-pulando-em-barco-de-turistas-video.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pinguins</a> e dos auks.&nbsp;
Sendo assim, sup&otilde;e-se que o natovenator nadava com mais efic&aacute;cia em lagos e riachos do per&iacute;odo Cret&aacute;ceo. Esse tipo de anatomia n&atilde;o foi vista at&eacute; agora em nenhuma outra esp&eacute;cie de dinossauro. Embora existam evid&ecirc;ncias de que alguns dinossauros nadavam de vez em quando, esse exemplar &eacute; bastante &uacute;nico.
A estreita rela&ccedil;&atilde;o do natovenator com o halszkaraptor sugere que pode ter existido uma fam&iacute;lia inteira de dinossauros n&atilde;o-avi&aacute;rios que nadavam como se fossem aves aqu&aacute;ticas, utilizando seus p&eacute;s para <a href="https://www.megacurioso.com.br/dinossauros-e-fosseis/99701-os-dinossauros-podiam-nadar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nadar</a> de forma bastante primitiva. A esperan&ccedil;a &eacute; que estudos biomec&acirc;nicos futuros feitos com a esp&eacute;cie mostre como ela se movia em seus habitats cret&aacute;ceos.&nbsp;
De acordo com o grupo de estudos, &eacute; improv&aacute;vel que o natovenator seja o &uacute;ltimo dinossauro a ser relacionado com pr&aacute;ticas aqu&aacute;ticas e que aparente aus&ecirc;ncia de dinossauros nadadores est&aacute; mais conectada &agrave; natureza da descoberta e registros f&oacute;sseis incompletos.

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Primeiro dinossauro nadador é descoberto na Mongólia

Imagem de 'Black december': o ataque ambiental cometido pelo governo sul-africano no megacurioso

Em 1957, o governo achou que a melhor maneira de parar ataques de tubarões era bombardeando o oceano

Os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116498-maior-tubarao-ja-existente-tinha-18-metros-e-45-toneladas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tubar&otilde;es</a> est&atilde;o entre os predadores aqu&aacute;ticos mais temidos do mundo, sobretudo pelos seres humanos. Apesar de voc&ecirc; ter uma chance em 3,7 milh&otilde;es em ser morto por um &mdash; o que significa que &eacute; mais prov&aacute;vel morrer durante uma queda &mdash;, isso n&atilde;o diminuiu a periculosidade de um ataque. Afinal, as chances de se afogar no processo s&atilde;o bem relevantes.
Conforme um levantamento do American Ocean, para cada 100 milh&otilde;es de tubar&otilde;es mortos a cada ano, entre 6 e 8 pessoas morrem em decorr&ecirc;ncia a um ataque do animal. O International Shark Attack File (ISAF) confirmou 73 mordidas n&atilde;o provocadas de tubar&otilde;es (quando ocorre no habitat natural do animal, sem provoca&ccedil;&atilde;o humana) em 2021, sendo que os Estados Unidos lideraram o ranking com 47 ataques n&atilde;o provocados, sendo a Fl&oacute;rida o estado onde ocorrem mais incidentes.
Hoje, as praias pelo mundo, inclusive no Brasil, onde h&aacute; uma concentra&ccedil;&atilde;o maior de tubar&otilde;es s&atilde;o monitoradas e possuem avisos espalhados para alertar os banhistas sobre os perigos de entrar na &aacute;gua. Fora isso, os animais n&atilde;o causam muitos problemas, mas j&aacute; houve um epis&oacute;dio na hist&oacute;ria denominado black december ("dezembro negro" em tradu&ccedil;&atilde;o livre), quando o governo sul-africano bombardeou o oceano na tentativa de frear ataques de tubar&otilde;es.
<h2>O ciclo de v&iacute;timas</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/12/12132953443219.jpg" alt="(Fonte: Sony Alpha Universe/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Sony Alpha Universe/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O problema come&ccedil;ou quando Robert Wherley, de 16 anos, foi atacado por um tubar&atilde;o enquanto praticava bodyboard nos arredores de Durban, uma cidade sul-africana ao longo da costa de Kwazulu-Natal, na tarde de 18 de dezembro de 1957. O ferimento foi t&atilde;o extenso que custou a perna esquerda do jovem.
Apesar do teor dram&aacute;tico do acontecimento, a princ&iacute;pio, ele n&atilde;o gerou muito alarde. Afinal, esse tipo de incidente fazia parte das cr&ocirc;nicas di&aacute;rias da costa ensolarada sul-africana. Dois dias depois, por&eacute;m, quando Allan Green, de 15 anos, foi mortalmente atacado enquanto simplesmente caminhava pela &aacute;gua, isso despertou um inc&ocirc;modo nas pessoas; e o n&iacute;vel de preocupa&ccedil;&atilde;o aumentou vertiginosamente quando Vernon James Berry foi morto na praia de Margate logo em seguida.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/12/12133242208230.jpg" alt="(Fonte: The Mercury News/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: The Mercury News/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Tr&ecirc;s ataques, incluindo duas mortes, em uma semana n&atilde;o podia ser considerado algo comum da costa. O p&acirc;nico cresceu entre as pessoas, mas nem mesmo a sensa&ccedil;&atilde;o de alerta impediu que outra vida quase fosse levada, dessa vez de Donald Webster, na praia de Port Edward. O jovem saiu vivo gra&ccedil;as a um milagre ap&oacute;s levar uma mordida de um tubar&atilde;o na cabe&ccedil;a e no pesco&ccedil;o.
A ideia do "dezembro negro", como o tino de uma mar&eacute; de acontecimentos ruins, se instalou em uma &eacute;poca de sol que deveria ser marcada por divers&atilde;o, f&eacute;rias e felicidade ao longo do para&iacute;so subtropical.
Com os ataques amea&ccedil;ando todos esses aspectos, incluindo o turismo, essencial para economia local, o governo decidiu intervir com uma s&eacute;rie de solu&ccedil;&otilde;es n&atilde;o muito convencionais.
<h2>A consequ&ecirc;ncia de um erro</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/12/12133335224231.jpg" alt="(Fonte: Save Our Seas Magazine/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Save Our Seas Magazine/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O ent&atilde;o caminhar lento da ci&ecirc;ncia impediu que medidas mais seguras, tanto para as pessoas quanto para os animais &mdash; afinal, eles estavam em seu habitat &mdash; fossem tomadas, sobretudo com o capitalismo sendo, como sempre, o centro das aten&ccedil;&otilde;es.
A falta de conhecimento fez com que o governo equipasse com rifles os salva-vidas e os instru&iacute;sse a atirar em qualquer sombra assustadora que vissem pelas &aacute;guas cristalinas. Quando isso n&atilde;o funcionou &mdash; por motivos &oacute;bvios &mdash;, bombardear os tubar&otilde;es com carga de profundidade foi a segunda op&ccedil;&atilde;o. Contudo, em vez de atingir os tubar&otilde;es, o bombardeio tirou a vida de centenas de cardumes, cujos cad&aacute;veres flutuaram at&eacute; &agrave;s praias, atraindo mais tubar&otilde;es.
Enquanto o governo perdia tempo com ideias est&uacute;pidas e mirabolantes, os animais continuavam almo&ccedil;ando e jantando os banhistas com cada vez mais frequ&ecirc;ncia e ferocidade. Na &eacute;poca, as autoridades n&atilde;o conseguiram explicar o fen&ocirc;meno, mas os estudos modernos indicaram que os <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/114076-no-coracao-do-mar-a-incrivel-historia-do-navio-essex.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">navios baleeiros</a> que operavam nas proximidades da costa foram um dos fatores para atrair os tubar&otilde;es, devido &agrave; quantidade de sangue de baleia que vazava para as &aacute;guas.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/12/12133426212232.jpg" alt="(Fonte: Save Our Seas Magazine/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Save Our Seas Magazine/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Al&eacute;m disso, a temporada at&iacute;pica de chuvas que atingiu o litoral, inundando rios e riachos no entorno do Oceano &Iacute;ndico, criou um terreno ideal de ca&ccedil;a para os grandes tubar&otilde;es-brancos. A &aacute;gua turva erguida pelas chuvas se torna propicia para que os animais se escondam para que suas presas n&atilde;o saibam de sua presen&ccedil;a.
A ideia final e bem-sucedida escolhida pelo governo &mdash; apesar de ser um extenso problema atualmente &mdash; foi a rede de tubar&atilde;o. Uma vez que o bem-estar animal era o menos considerado naquele tempo, foi organizada uma s&eacute;rie de assassinatos aqu&aacute;ticos de centenas de tubar&otilde;es juvenis, diminuindo os ataques ao longo da costa. Depois disso, apenas dois incidentes ocorreram em tr&ecirc;s meses.
No final das contas, a comunidade cient&iacute;fica aprendeu muito sobre os tubar&otilde;es a partir de 1957 e tamb&eacute;m sobre o que estavam fazendo &mdash; talvez.

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'Black december': o ataque ambiental cometido pelo governo sul-africano

Imagem de Clitóris é encontrado pela 1ª vez em espécime de cobra fêmea no megacurioso

Descoberta surpreendente quebra estigma sobre os répteis que permanece há anos entre a comunidade científica

<head></head><body>Em um estudo revolucionário, cientistas da Universidade de Adelaide, na <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/123681-australia-ocidental-a-regiao-que-e-um-pesadelo-para-navegadores.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Austrália</a>, identificaram, pela primeira vez, um clitóris em um espécime de cobra fêmea. A pesquisa surge como uma destruidora de estigma e comprova que, há anos, se perpetua um entendimento equivocado sobre a genitália de répteis intersexuais.De acordo com Megan Folwell, líder e autora principal do projeto, o órgão sexual foi encontrado na cauda de uma cobra fêmea e aparece como resultado de esforços contínuos para compreender a anatomia do organismo feminino das serpentes. Isso porque, em contrapartida, os pênis desses animais rastejantes, conhecidos como hemipênis, têm um amplo foco de pesquisas científicas e já possuem suas anatomias detalhadas — invertidos, bifurcados e, em alguns casos, com espinhos.Através de uma publicação compartilhada na revista Proceedings of the Royal Society B, foi comprovado que as cobras têm dois clitóris individuais, ambos separados por tecidos e escondidos na porção inferior da cauda. Além disso, eles são compostos por nervos, colágeno e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121074-6-fatos-pouco-conhecidos-sobre-o-sangue-humano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">glóbulos vermelhos</a> e variam de tamanho, segundo dissecações realizadas em nove espécies, incluindo a píton-tapete (Morelia spilotes variegata), a biúta (Bitis arietans ou Bitis lachesis) e a cobra-cantil (Agkistrodon bilineatus).&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/18/18213520188028.jpg" alt="(Fonte: Megan Folwell — BBC / Reprodução)">(Fonte: Megan Folwell — BBC / Reprodução)"Era uma combinação de a genitália feminina ser um tabu, cientistas não serem capazes de encontrá-la e de um entendimento errôneo sobre a anatomia genital das cobras intersexuais", diz Folwell. "Sei que [o clitóris] está em muitos animais e não faz sentido que não esteja em todas as cobras. Só tinha que dar uma olhada para ver se essa estrutura estava lá ou se apenas foi perdida (com a evolução)".<h2 dir="ltr">Pesquisa contraria estudos anteriores</h2>Em comunicado, a autora do projeto revelou que se interessou em entender a anatomia das cobras por não concordar com pesquisas que supostamente ignoraram o órgão feminino em detrimento do masculino. Suas dúvidas foram impulsionadas por desconfianças sobre a literatura atual, onde textos afirmaram, sem muito embasamento prático, que esses animais não tinham <a href="https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/70080-os-misterios-do-clitoris-sera-que-voce-sabe-tudo-sobre-vagina.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">clitóris</a> ou que a estrutura simplesmente desapareceu com a evolução.Com isso, os responsáveis pelo estudo acreditam que será possível compreender como ocorrem certos comportamentos, como o estímulo e o prazer das cobras fêmeas. Pelos espécimes machos serem mais agressivos e proativos durante o <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/67261-sexo-animal-como-e-que-as-cobras-fazem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ato sexual</a>, muito era comentado sobre seu papel fundamental como pilar do acasalamento. Porém, com as novas pesquisas, é possível acreditar que há chances de haver um jogo de sedução e estímulo iniciado pelo indivíduo feminino.Folwell diz que o projeto também pode oferecer uma nova luz sobre as "preliminares". Como as cobras machos geralmente se enrolam na cauda de suas parceiras e exercem uma pressão no local, faz sentido que essa perspectiva esclareça pontos de conexão entre os sexos opostos dos répteis, destacando um comportamento fundamental para sua sobrevivência.</body>

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Clitóris é encontrado pela 1ª vez em espécime de cobra fêmea

Imagem de O comportamento homossexual surgiu antes ou depois na natureza? no megacurioso

A ciência já observou diversos animais em comportamentos homossexuais, mas há diversas teorias para explicar como isso começou

<head></head><body>Embora muitos homofóbicos insistam em dizer que o comportamento homossexual "é contra as leis da natureza", a ciência já observou relações entre animais do mesmo sexo em diversas espécies, em inúmeras ocasiões.&nbsp;É claro que o comportamento sexual em animais difere da orientação sexual em humanos, que envolve outros fatores e estímulos, mas isso é, sim, indicativo de que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/99489-20-animais-que-apresentam-comportamentos-homossexuais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">homossexualidade é natural</a>. Por outro lado, considerando que os animais sempre buscam se reproduzir e garantir a sobrevivência da espécie, que vantagem eles teriam no comportamento homossexual?<ul><li>Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/sexo/91706-5-provas-historicas-de-que-a-homossexualidade-sempre-existiu.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">5 provas históricas de que a homossexualidade sempre existiu</a></li></ul><h2>A homossexualidade como estratégia reprodutiva</h2>O <a href="https://twitter.com/DhiordanLove/status/1338950108461883396" rel="noopener noreferrer" target="_blank">biólogo e divulgador científico Dhiordan Lovestain</a> explica que, em primeiro lugar, os animais homossexuais não deixam de se reproduzir por isso. Na realidade, isso é mais uma estratégia de perpetuação da espécie.Para animais que vivem em grandes haréns, como cavalos e morsas, as fêmeas podem copular entre si para atrair a atenção dos machos alfa do bando. Enquanto isso, as leoas podem entrar em uma união homossexual para proteger seus filhotes de machos estranhos.&nbsp;Entre os machos, babuínos podem copular entre si para formar alianças e vencer inimigos em comum. Assim, ambos têm acesso a mais fêmeas para se reproduzirem. De forma parecida, os bonobos fazem sexo para estabelecer relações sociais e resolver conflitos —um contexto onde as relações homossexuais são muito comuns.&nbsp;Em algumas espécies de cabras da montanha, há uma rígida hierarquia social, onde apenas os machos no topo da estrutura têm acesso às fêmeas —e os outros precisam copular entre si se quiserem subir na hierarquia.Há ainda o caso das espécies que não sabem diferenciar fêmeas de machos. Aí é melhor fazer sexo com todos, para aumentar as chances de reprodução. Isso nos leva ao próximo tópico.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/11/11180324643002.jpg" alt="Fonte: Wikimedia Commons">Fonte: Wikimedia Commons<h2>A homossexualidade veio antes ou depois?</h2>Lovestain explica que, para ter um comportamento exclusivamente heterossexual, os animais precisam diferenciar os machos das fêmeas. E isso exige bastante do seu organismo.&nbsp;Em primeiro lugar, porque implica em diferenças corporais: forma, cor, tamanho, produção de hormônios... Além disso, é preciso ter um complexo sistema de processamento de informação para entender essas diferenças. A partir disso, a cientista Julia D. Monk e seus colaboradores publicaram um artigo na famosa revista científica Nature Ecology &amp; Evolution, com a teoria do comportamento indiscriminado.&nbsp;Pensando em uma espécie ancestral, que teria dado origem a todas as outras, a complexidade necessária para um comportamento exclusivamente heterossexual não seria possível. Logo, as espécies ancestrais teriam um comportamento sexual indiscriminado: melhor cruzar com todos os indivíduos, sejam machos ou fêmeas, para aumentar suas chances de reprodução.Esse artigo trouxe uma nova perspectiva para o estudo dos comportamentos sexuais no reino animal —e ajuda a entender a diversidade existente na natureza. Também é válido lembrar que existem animais hermafroditas e até <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/99676-7-animais-que-mudam-de-sexo-e-nao-se-enquadram-em-um-genero-especifico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aqueles que "mudam de sexo" ao longo da vida</a>.&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/11/11180414163003.jpg" alt="Fonte: Wikimedia Commons">Fonte: Wikimedia Commons<h2>A homossexualidade na evolução humana</h2>Sendo os humanos animais muito mais complexos, será que a homossexualidade teria alguma função na nossa espécie? Alguns pesquisadores acreditam que sim.&nbsp;Isso porque, entre os mamíferos, o sexo tem um papel muito além da reprodução: ele ajuda na criação de laços entre indivíduos, na resolução de conflitos, entre outras questões... O biólogo Lovestain explica que os humanos evoluíram para serem mais sociáveis — com características como uma aparência mais juvenil, desenvolvimento cognitivo prolongado, menos respostas a ameaças sociais, menos agressividade e maior capacidade de cooperação.Conforme as relações se tornavam mais complexas, o sexo também passou a ter função social — e a homossexualidade também tem seu papel. As relações entre indivíduos do mesmo sexo serviriam para criar laços, integrar-se em grupos e diminuir os conflitos.&nbsp;Além disso, o cérebro humano é único entre os primatas por sua sinalização elevada de dopamina e serotonina (hormônios ligados ao prazer). Isso está diretamente conectado aos níveis de socialização e, segundo pesquisas, seria proporcional à incidência da homossexualidade.Em vista disso, alguns estudos argumentam até que a bissexualidade seria o comportamento mais lógico, do ponto de vista evolutivo — pois permitiria gerar essa afiliação sócio sexual com indivíduos de ambos os sexos. Contudo, muitos experimentos ainda analisam essa questão de forma binária, quando é mais provável que a sexualidade seja um espectro contínuo.&nbsp;Além disso, não somos capazes de medir a incidência de comportamentos homossexuais em humanos de forma plena, por conta das visões culturais sobre a homossexualidade. Afinal, são orientações reprimidas em muitas culturas — e que continuam sendo criminalizadas em mais de 70 países. Desse modo, nem sempre as tendências homossexuais podem aflorar.&nbsp;<ul><li>Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/comportamento/99069-por-que-existem-homens-e-mulheres-homossexuais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Por que existem homens e mulheres homossexuais?</a></li></ul></body>

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