Preguiças: a curiosa — e estranha — fisiologia desses animais

24/12/2022 às 13:002 min de leitura

Existe um verdadeiro consenso entre pesquisadores de que as preguiças são uma curiosidade biológica, com comportamentos tão únicos que despertam o interesse de todos. Inclusive, essas criaturas são tão bizarras que até mesmo alguns aspectos de sua biologia básica se tornam uma grande questão — ao ponto de termos dificuldade para compreendermos como elas respiram.

É sabido cientificamente que elas possuem pulmões, mas ninguém tem certeza absoluta sobre como elas conseguem colocar esses órgãos para funcionar se passam a maior parte do tempo na horizontal. Sendo assim, a fisiologia das preguiças é um dos grandes mistérios da natureza. Olha só!

Vivendo de ponta cabeça

(Fonte: Shutterstock)(Fonte: Shutterstock)

Estima-se que uma preguiça passe cerca de 90% do tempo de sua vida de cabeça para baixo. Para qualquer outro mamífero na natureza, esse tipo de comportamento seria completamente desconfortável ou até mesmo letal. Elas, no entanto, parecem não ligar nem um pouco para isso. Então, como seus corpos funcionam?

Ao contrário do que sua aparência e reputação indicam, as preguiças são animais bastante resistentes e ajustadas para viver de ponta cabeça em alturas que ultrapassam os 120 metros. Para se ter ideia, esses animais têm várias vértebras extras que lhes permitem virar a cabeça quase que totalmente e possuem uma musculatura densa nos membros do corpo.

Como todos nós sabemos, elas são bem lentas, mas sua força é equivalente a sua lentidão. Isso é um aspecto bastante útil para sua natureza, uma vez que não é nada fora do comum que uma preguiça caia do topo de uma árvore sem sofrer muitos danos. O mais curioso de tudo, porém, é que elas também têm músculos fibrosos que parecem conectar a maioria de seus órgãos principais ao esqueleto.

Órgãos interligados

(Fonte: Shutterstock)(Fonte: Shutterstock)

Recentemente, a descoberta mais marcante em torno das preguiças ajudou a explicar como elas conseguem sobreviver na natureza sem grandes problemas. Antigamente, os pesquisadores não conseguiam entender de forma alguma como um animal que mal se mexe conseguia lidar com o gasto extra de energia só para segurar seus órgãos fora de posição enquanto estavam de ponta cabeça.

Contudo, a verdade é que esses órgãos simplesmente não estão se movendo o tempo todo. Através de uma série de músculos, as preguiças conseguem manter todos seus órgãos principais interligados e parados em uma mesma posição — evitando um esforço desnecessário enquanto se movimentam no topo das árvores.

Logo, ancorar seus órgãos em uma determinada parte do corpo serve para que elas consigam economizar uma quantidade de energia pequena. Mesmo que a energia economizada não seja absurda, essa diminuição de esforço é bastante crítica para que elas tenham energia suficiente para realizarem todo tipo de atividade essencial para sua sobrevivência. 

As preguiças podem até ser menosprezadas e vistas como animais sedentários e entediantes, mas a realidade é que elas são muito mais complexas do que nós poderíamos imaginar e uma verdadeira obra de arte da natureza. 

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