Imagem de Primatas pré-históricos foram da África à América do Sul de "canoa" no megacurioso

Registros descobertos no Peru indicam que um segundo grupo de macacos atravessou o Atlântico em algum tipo de plataforma marítima

Novos registros f&oacute;sseis identificados por cientistas da Keck School of Medicine, na Universidade do Sul da Calif&oacute;rnia, indicam que, ap&oacute;s a chegada dos Platyrrhines, popularmente conhecidos como "macacos do Novo Mundo", em terras sul-americanas a cerca de 36 milh&otilde;es de anos atr&aacute;s, um segundo grupo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/113742-macacos-passam-fome-na-tailandia-devido-a-influencia-do-coronavirus.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">primatas</a> tamb&eacute;m partiu rumo &agrave; Am&eacute;rica do Sul, por&eacute;m de uma maneira pouco convencional e mais instintiva do que seus primos pioneiros.
Enquanto muitos pesquisadores e estudiosos acreditam que os primeiros s&iacute;mios que surgiram no continente sul-americano apareceram ap&oacute;s a separa&ccedil;&atilde;o de peda&ccedil;os de terra, ou ilhas flutuantes, sendo levados, pelo mar, at&eacute; os litorais da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114046-nova-raca-de-superporcos-invade-varias-regioes-do-canada.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Am&eacute;rica</a>, a sugest&atilde;o sobre a segunda grande migra&ccedil;&atilde;o dos macacos pode indicar que sa&iacute;ram da &Aacute;frica em "canoas" ou fragmentos de madeira flutuantes, juntando-se ao grupo dos Platyrrhines&nbsp;anos depois.
Nomeados de Ucayalipithecus perdita, os mam&iacute;feros da segunda migra&ccedil;&atilde;o foram descobertos ap&oacute;s o achado de dentes molares fossilizados na costa do rio Yuru&aacute;, no Peru, apresentando diferen&ccedil;as entre as constitui&ccedil;&otilde;es dent&aacute;rias dos Platyrrhines, incluindo "c&uacute;spides prim&aacute;rios bulbosos e inflados basalmente, bacias trigonais muito restritas [e] regi&otilde;es pontudas bem desenvolvidas".
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/09/09194211987156.jpg" alt="(Fonte: Erik Seiffert/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Erik Seiffert/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Por&eacute;m, foi apenas ap&oacute;s a identifica&ccedil;&atilde;o de tal esp&eacute;cie que os cientistas passaram a estudar como ocorreu o processo migrat&oacute;rio para a Am&eacute;rica. Segundo Erik Seiffert, professor de anatomia da Keck School of Medicine e autor do <a href="https://science.sciencemag.org/content/368/6487/194" rel="noopener noreferrer" target="_blank">projeto</a>, os animais, que viviam em &aacute;rvores e eram extremamente &aacute;geis, al&eacute;m de se alimentar essencialmente de frutas, podem ter viajado para as terras da Am&eacute;rica do Sul em &aacute;rvores frut&iacute;feras que se tornaram canoas adaptadas para a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/113472-os-vikings-estiveram-na-america-antes-de-cristovao-colombo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">navega&ccedil;&atilde;o</a>, o que teria facilitado a sobreviv&ecirc;ncia durante a trajet&oacute;ria oce&acirc;nica e a manuten&ccedil;&atilde;o em um ambiente mar&iacute;timo.
Outra confirma&ccedil;&atilde;o que poderia fortalecer a teoria dos macacos "canoeiros" &eacute; que os U. perdita eram animais de pequeno porte, n&atilde;o encontrando dificuldades para se manter confort&aacute;veis e est&aacute;veis nas plataformas flutuantes. "Teria sido extremamente dif&iacute;cil, mesmo que animais muito pequenos, do tamanho do Ucayalipithecus, tenham vantagem em rela&ccedil;&atilde;o aos mam&iacute;feros maiores em tal situa&ccedil;&atilde;o, j&aacute; que precisariam de menos comida e &aacute;gua do que a vegeta&ccedil;&atilde;o flutuante poderia fornecer", comentou o professor, esclarecendo as possibilidades da migra&ccedil;&atilde;o dos primatas.
Apesar do autor afirmar sobre a improbabilidade do caso, ele acredita ser a explica&ccedil;&atilde;o mais plaus&iacute;vel para a migra&ccedil;&atilde;o.

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Primatas pré-históricos foram da África à América do Sul de 'canoa'

Imagem de Novo fóssil descoberto no Brasil homenageia “O Senhor dos Anéis” no megacurioso

Nova espécie ganhou o nome élfico de Aragorn, importante personagem dos livros e filmes do britânico J.R.R. Tolkien

<head></head><body>Uma descoberta recente de um <a href="https://www.megacurioso.com.br/dinossauros-e-fosseis/">fóssil de réptil</a> que viveu na Terra antes dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/dinossauros-e-fosseis/">dinossauros</a>, há cerca de 250 milhões de anos, foi batizado com um dos nomes de Aragorn, personagem que faz parte da saga <a href="https://www.megacurioso.com.br/cinema/57665-video-revisita-os-17-anos-de-producao-de-o-senhor-dos-aneis-e-o-hobbit.htm">O Senhor dos Anéis</a>, escrita pelo britânico <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/113171-christopher-tolkien-filho-do-autor-de-o-senhor-dos-aneis-morre-aos-95.htm">J.R.R. Tolkien</a>. O nome foi dado ao réptil por conta de suas longas pernas.A nova espécie, chamada&nbsp;Elessaurus gondwanoccidens, foi descoberta entre depósitos rochosos não muito longe da fronteira com a Argentina. Elessar é nome élfico do personagem de Tolkien, interpretado no cinema por Viggo Mortensen. Aragorn também era conhecido pelo apelido de Passolargo (Strider&nbsp;em inglês), justamente por conta de suas pernas compridas.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/09/09160343363008.jpg" alt="(New Line Cinema/Reprodução)">(New Line Cinema/Reprodução)Segundo as informações sobre o fóssil, ele provavelmente teve um estilo de vida sobretudo terrestre durante o período Triássico, entre 252 milhões e 201 milhões de anos atrás. O réptil também pode ser considerado como um primo próximo do misterioso tanystropheus, conhecido por seu pescoço de cerca de 3 metros de comprimento. &nbsp;Ainda de acordo com as informações divulgadas pelos pesquisadores, a presença de elessauros (que apesar do nome, não são dinossauros, mas, sim, répteis) em depósitos continentais do início do Triássico na América do Sul sugere que as origens desse grupo remontam aos continentes do Sul. Muito provavelmente seus ancestrais podem ter vivido por aqui antes que espécies posteriores se adaptassem à vida aquática.Esse novo fóssil foi descoberto em rochas da Formação Sanga do Cabral, no Rio Grande do Sul, e será extremamente útil para se descobrir um pouco mais sobre os antepassados dos dinossauros.&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/09/09161330270024.jpg" alt="(Márcio L. Castro/Divulgação)">(Márcio L. Castro/Divulgação)<h2 dir="ltr">Desvendando o passado por meio dos fósseis</h2>A <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113619-paleontologos-descobrem-na-siberia-passarinho-de-46-mil-anos.htm">paleontologia</a> é a ciência que estuda as diferentes formas de vida existentes em períodos geológicos passados e sua principal fonte de pesquisa está nos fósseis. Cerca de 251 milhões de anos atrás, um evento de extinção global, que ficou conhecido por Permiano, destruiu a maioria das espécies da Terra.Entre os primeiros grupos a aparecer após o evento de extinção do Permiano estavam os tanystropheus. A maioria de seus fósseis foram encontradas nas rochas do Triássico Médio em parte da Europa, Ásia e América do Norte, e também em sedimentos marinhos. Entretanto, seu estilo de vida permanece um mistério e a evolução inicial desse grupo é ainda pouco compreendida, pois seus restos são muito raros desde o período citado.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/09/09191800417144.jpg" alt="O elessauro exibindo toda a realeza de Aragorn (Fonte: Twitter / Toca RJ)">O elessauro exibindo toda a realeza de Aragorn (Fonte: Twitter / Toca RJ)Por meio das análises específicas dos pesquisadores, algumas conclusões foram tiradas a partir disso. Segundo eles, tamanho do pescoço do elessauro seria menor em relação ao que foi descrito para os tanystropheus. Os estudos também indicam que a presença de novas espécies na América do Sul ainda sugerem muitas informações relevantes sobre a existência deles por aqui.</body>

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Novo fóssil descoberto no Brasil homenageia “O Senhor dos Anéis”

Imagem de Pesquisadores constroem primeiro esqueleto humano digital do mundo no megacurioso

Desejo de arqueólogo britânico é realizado após sua morte com a digitalização de seu esqueleto

O arque&oacute;logo Rowan Webb faleceu em 2010 ap&oacute;s uma grandiosa batalha contra um c&acirc;ncer e um de seus maiores desejos ap&oacute;s sua morte era que seu corpo fosse usado para o benef&iacute;cio cient&iacute;fico. Sendo assim, Webb fez hist&oacute;ria ao ter seu esqueleto digitalizado.
Uma equipe de pesquisadores e especialistas t&eacute;cnicos da Universidade da Nova Inglaterra (UNE), onde Webb realizou uma boa parte de seus trabalhos e pesquisas, projetou e criou o primeiro esqueleto humano digital do mundo a partir dos ossos reais de Webb, que doou seus restos mortais &agrave; institui&ccedil;&atilde;o.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Mais conhecer&nbsp;" data-fonte-url="https://www.maisconhecer.com/tecnologia/1989/Os-pesquisadores-Universidade-da-Nova-Inglaterra-cria-o-primeiro-esqueleto-humano-on-line-do-mundo"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/09/09030630843498.jpg" alt="Rowan Webb (arquivo pessoal)." />Rowan Webb (arquivo pessoal).
<h2>Evolu&ccedil;&atilde;o digital</h2>
Ap&oacute;s alguns anos de estudos e ajustes, o esqueleto digital finalmente ficou completo e, por meio dele, a institui&ccedil;&atilde;o come&ccedil;ar&aacute; a ensinar seus alunos de anatomia com os modelos 3D online ainda nesta semana. O esqueleto digital, que apresenta diversos detalhes espec&iacute;ficos, tamb&eacute;m ficar&aacute; dispon&iacute;vel para <a href="https://une.pedestal3d.com/r/PQZbmruz05?utm_source=webtekno">visualiza&ccedil;&atilde;o online</a> de pessoas de todo o mundo.
Segundo a doutora em Zoologia da universidade, Dra. Melania Fillios, o pesquisador certamente n&atilde;o tinha ideia da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/108389-7-fatos-que-mostram-o-quanto-a-tecnologia-ja-chegou-absurdamente-longe.htm">tecnologia</a> que estaria &agrave; disposi&ccedil;&atilde;o dos pesquisadores ap&oacute;s alguns anos. "Rowan n&atilde;o fazia ideia de que poderia disponibilizar um presente para o mundo inteiro, para que qualquer um pudesse aprender com ele", disse ela, que iniciou e liderou o projeto digital diretamente para a Phys.org, um agregador de not&iacute;cias de ci&ecirc;ncia, pesquisa e tecnologia.
<h2 dir="ltr">Como tudo aconteceu</h2>
O esqueleto do arque&oacute;logo foi criado digitalmente usando uma t&eacute;cnica de fotogrametria utilizada tamb&eacute;m para documenta&ccedil;&atilde;o e produ&ccedil;&atilde;o de modelos 3D, sem que artefatos antigos tenham qualquer tipo de dano. Todos os ossos de Webb foram fotografados antes do procedimento.
O doutorando em <a href="https://www.megacurioso.com.br/dinossauros-e-fosseis/">paleontologia</a> da Universidade da Nova Inglaterra, Michael Curry disse ao Phys.org que para a realiza&ccedil;&atilde;o do projeto foi necess&aacute;rio que ele tirasse mais de 30 mil fotos do esqueleto de Webb antes que tudo pudesse come&ccedil;ar de fato. Ainda segundo o pesquisador, demorou cerca de um ano para fotografar tudo, reconstruir o esqueleto e editar todas as fotos para que digitalmente as imagens refletissem corretamente.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/09/09031208655503.jpg" alt="(Fonte: Free 3D)" />(Fonte: Free 3D)
Os pesquisadores da UNE, sobretudo a equipe de <a href="https://www.megacurioso.com.br/arqueologia/">arqueologia</a> t&ecirc;m vis&otilde;es ambiciosas com rela&ccedil;&atilde;o aos seus estudos altamente tecnol&oacute;gicos. A ideia &eacute; que seus modelos 3D online se tornem parte de um recurso mundial, que seja livre e acess&iacute;vel para ensino e a pesquisa em todo o mundo.&nbsp;
O professor associado Peter Grave ainda contou ao Phys.org que gostaria de ter um banco de dados que atravesse as fronteiras disciplinares. Para ele &eacute; importante que essa cria&ccedil;&atilde;o se concretize para que todas as universidades, institui&ccedil;&otilde;es e museus de diferentes lugares possam contribuir com modelos para serem estudados por diversos grupos e pessoas, no qual todos os objetos dentro dele pudessem ser usados em pesquisas em todo o mundo.
A semente plantada por Rowan Webb antes de falecer agora parece florescer entre seus colegas e poder&aacute; futuramente transformar ainda mais o mundo acad&ecirc;mico e cient&iacute;fico, trazendo diversas contribui&ccedil;&otilde;es para a popula&ccedil;&atilde;o.

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Pesquisadores constroem primeiro esqueleto humano digital do mundo

Imagem de Abelha metade macho, metade fêmea é encontrada no Panamá no megacurioso

O lado esquerdo da abelha é masculino e o direito é feminino!

Cientistas da Universidade de Cornell, de Nova York, descobriram uma abelha extremamente &uacute;nica durante uma pesquisa feita em florestas da ilha de Barro Colorado, no Panam&aacute;. Eles encontraram uma abelha Megalopta amoena que &eacute; metade macho e metade f&ecirc;mea.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/07/07164723459307.jpg" alt="(Fonte: Erin Krichilsky et al/Journal of Hymenoptera Research/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Erin Krichilsky et al/Journal of Hymenoptera Research/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
<h2>A pesquisa</h2>
O estudo feito pelos pesquisadores era, inicialmente, uma an&aacute;lise da vida das abelhas noturnas da regi&atilde;o do Panam&aacute;, entretanto, quando se depararam com o esp&eacute;cime de abelha ganharam um novo foco. Por ser a primeira de sua esp&eacute;cie a apresentar essas caracter&iacute;sticas, os pesquisadores relataram tudo o que descobriram em um artigo publicado no Journal of Hymenoptera Research.
A pesquisa foi liderada pela Universidade de Cornell em conjunto com outras universidades dos Estados Unidos, uma do Panam&aacute; e outra da Costa Rica. Os cientistas que participaram da elabora&ccedil;&atilde;o do trabalho foram Erin Krichilsky, &Aacute;lvaro Vega-Hidalgo, Kate Hunter, Callum Kingwell, Chelsey Ritner, William Wcislo e Adam Smith.
<h2>A descoberta</h2>
A abelha &eacute; a &uacute;nica da sua esp&eacute;cie, at&eacute; onde se sabe, e tem uma condi&ccedil;&atilde;o conhecida como ginandromorfo bilateral, que &eacute; quando cada lado do animal tem caracter&iacute;sticas sexuais diferentes. J&aacute; foram encontrados esses esp&eacute;cimes ex&oacute;ticos em v&aacute;rios animais do mundo, entretanto, &eacute; a primeira vez que uma abelha noturna apresenta essas caracter&iacute;sticas.
No caso da abelha encontrada, o lado esquerdo &eacute; macho e o direito &eacute; f&ecirc;mea. E a discrep&acirc;ncia dos dois lados &eacute; gritante. O esquerdo tem uma antena longa, uma mand&iacute;bula mais suave e uma perna traseira fina, enquanto o direito tem uma antena curta, uma mand&iacute;bula pontiaguda e uma perna traseira robusta.
Confira as diferen&ccedil;as na imagem divulgada pela pesquisa:
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/07/07163716272295.jpg" alt="(Fonte: Erin Krichilsky et al/Journal of Hymenoptera Research/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Erin Krichilsky et al/Journal of Hymenoptera Research/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Os cientistas tamb&eacute;m quiseram entender como a dualidade sexual poderia interferir no ritmo circadiano da abelha, que &eacute; o rel&oacute;gio interno que coordena os tempos de forrageamento, e descobriram que ela tende a se comportar como uma f&ecirc;mea. Por conta disso, os pesquisadores acreditam que o comportamento de forrageamento da esp&eacute;cie est&aacute; mais associado ao lado direito do c&eacute;rebro.
A abelha Megalopta amoena com ginandromorfismo bilateral faz com que a esp&eacute;cie se junte &agrave;s outras 140 esp&eacute;cies de abelhas que j&aacute; apresentaram um animal com metade macho e metade f&ecirc;mea.&nbsp;&nbsp;

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Abelha metade macho, metade fêmea é encontrada no Panamá

Imagem de Por que não é possível misturar sangues de tipos diferentes? no megacurioso

O sangue é uma parte muito importante do corpo humano, e entender a diferença entre os tipos sanguíneos pode ser essencial

O sangue &eacute; um dos tecidos conjuntivos mais importantes do corpo humano, respons&aacute;vel por fornecer nutrientes, oxig&ecirc;nio, horm&ocirc;nios, anticorpos e muito mais para as c&eacute;lulas, garantindo que funcionem de maneira eficaz e retirando delas os metab&oacute;litos e o g&aacute;s carb&ocirc;nico. Cada tipo sangu&iacute;neo tem suas pr&oacute;prias caracter&iacute;sticas, que podem causar estragos se estiverem no corpo errado, por isso &eacute; muito importante conhecer cada um deles e o motivo de n&atilde;o ser poss&iacute;vel mistur&aacute;-los.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/06/06061049984012.jpg" alt="(Fonte: Pixabay/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Pixabay)
<h2>Entendendo o sangue</h2>
Os dois principais tipos de c&eacute;lulas que comp&otilde;em o sangue s&atilde;o gl&oacute;bulos vermelhos e brancos. Os gl&oacute;bulos vermelhos representam quase 45% do volume sangu&iacute;neo, enquanto a presen&ccedil;a dos brancos chega a ser menor que 1%. Os outros aproximados 55% s&atilde;o conhecidos como plasma sangu&iacute;neo, a parte l&iacute;quida respons&aacute;vel por carregar as c&eacute;lulas para todo o corpo.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/06/06061116609013.jpg" alt="(Fonte: Pixabay/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Pixabay)
Os gl&oacute;bulos vermelhos, ou hem&aacute;cias, s&atilde;o respons&aacute;veis por transportar oxig&ecirc;nio dos pulm&otilde;es aos tecidos, mantendo a perfus&atilde;o tissular adequada, e levar o CO2 dos tecidos aos pulm&otilde;es. A hemoglobina, que constitui 95% das prote&iacute;nas das hem&aacute;cias, &eacute; a respons&aacute;vel por essas fun&ccedil;&otilde;es.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/06/06061250421014.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Shutterstock)
J&aacute; os gl&oacute;bulos brancos s&atilde;o divididos em cinco tipos principais: neutr&oacute;filos, eosin&oacute;filos, bas&oacute;filos, mon&oacute;citos e linf&oacute;citos. Cada um desempenha um papel no tipo de infec&ccedil;&atilde;o que o corpo est&aacute; tentando combater. Por exemplo, os neutr&oacute;filos matam bact&eacute;rias ao ingeri-las, no processo chamado de fagocitose. Se algu&eacute;m tiver uma infec&ccedil;&atilde;o bacteriana, a porcentagem de neutr&oacute;filos no sangue se eleva.
Normalmente, a concentra&ccedil;&atilde;o dessas c&eacute;lulas &eacute; de aproximadamente 4 mil a 10 mil por microlitro de sangue. Se esse n&uacute;mero aumentar, provavelmente significa que existe uma infec&ccedil;&atilde;o e que o corpo est&aacute; tentando combat&ecirc;-la. &Eacute; por isso que os m&eacute;dicos costumam pedir exames de sangue para entender qual &eacute; o problema do paciente, pois a contagem desses gl&oacute;bulos ajuda a diminuir as poss&iacute;veis causas da doen&ccedil;a.
<h2 dir="ltr">Por que existem tipos sangu&iacute;neos?</h2>
Existem oito tipos principais de sangue separados em quatro grupos (A, B, AB e O), com mais de 90% da popula&ccedil;&atilde;o mundial se enquadrando em um deles. Se voc&ecirc; ficou se perguntando por que O e n&atilde;o, por exemplo, C, para ficar ABC, saiba que originalmente era dessa forma, mas foi alterado para a letra O em algumas regi&otilde;es e para o n&uacute;mero 0 em outras, para significar zero ou nulo.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/06/06061350827015.png" alt="(Fonte: Pixabay/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Pixabay)
O tipo sangu&iacute;neo que herdamos normalmente est&aacute; ligado ao de nossos pais, mas pode haver exce&ccedil;&otilde;es: pacientes que receberam transplante de medula &oacute;ssea de algu&eacute;m com um tipo diferente, eventualmente, ter&atilde;o seu tipo de sangue modificado &mdash; mas ainda assim existem advert&ecirc;ncias quanto a esses casos.
O motivo pelo qual h&aacute; tantos tipos ainda n&atilde;o &eacute; totalmente compreendido, mas j&aacute; foi observado que eles desempenham um papel importante na suscetibilidade, ou na falta dela, a certas doen&ccedil;as e condi&ccedil;&otilde;es. Por exemplo, a mal&aacute;ria parece ter contribu&iacute;do muito para o tipo O ser t&atilde;o importante em lugares como a &Aacute;frica, onde cerca de 51% da popula&ccedil;&atilde;o se enquadra nessa categoria. Sendo assim, por diversos motivos, ter sangue tipo O geralmente pode significar que voc&ecirc; n&atilde;o ficar&aacute; t&atilde;o doente se tiver essa doen&ccedil;a.
De qualquer forma, os tipos sangu&iacute;neos s&atilde;o agrupados pela presen&ccedil;a ou pela aus&ecirc;ncia do que &eacute; conhecido como ant&iacute;geno, que s&atilde;o subst&acirc;ncias que fazem com que o sistema imunol&oacute;gico crie anticorpos, cuja fun&ccedil;&atilde;o essencial &eacute; reconhecer invasores. Basicamente, os anticorpos trabalham como exterminadores para o sistema imunol&oacute;gico, destruindo qualquer coisa que ele julgue ser uma amea&ccedil;a.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/06/06061701067016.jpg" alt="Seus anticorpos ao menor sinal de invas&atilde;o de um corpo estranho. (Fonte: IMDb/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Os anticorpos, ao menor sinal de invas&atilde;o por um corpo estranho. (Fonte: IMDb/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
<h2>A import&acirc;ncia dos ant&iacute;genos</h2>
Ant&iacute;genos espec&iacute;ficos que criam os diferentes tipos sangu&iacute;neos s&atilde;o encontrados na superf&iacute;cie dos gl&oacute;bulos vermelhos e conhecidos como tipo A e tipo B. Eles s&atilde;o separados pela presen&ccedil;a de outro tipo de ant&iacute;geno, conhecido como fator rH. Se uma pessoa tem esse fator, o sangue dela &eacute; considerado positivo (+); se n&atilde;o tem, &eacute; negativo (-). 
Explicando melhor: quem tem ant&iacute;genos do tipo A e fator rH tem sangue do tipo A +. Se tem os dois tipos de ant&iacute;genos (A e B) mas n&atilde;o h&aacute; presen&ccedil;a do rH, ent&atilde;o o tipo sangu&iacute;neo &eacute; AB-. Agora, se nenhum dos dois estiver presente, ent&atilde;o o sangue &eacute; do tipo O, por isso existe aquele lance de zero ou nulo que j&aacute; foi mencionado.
Essa separa&ccedil;&atilde;o toda &eacute; muito importante por causa dos anticorpos que o sistema imunol&oacute;gico cria. Pessoas com o sangue tipo A, em algum momento durante seus primeiros meses ou anos de vida, por raz&otilde;es ainda n&atilde;o bem compreendidas, desenvolvem anticorpos para o tipo B, e o reverso tamb&eacute;m acontece. J&aacute; para aqueles com o tipo O, a situa&ccedil;&atilde;o &eacute; ainda pior, pois desenvolvem anticorpos para os outros dois.
<h2 dir="ltr">Algumas combina&ccedil;&otilde;es podem ser fatais...</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/06/06062538040018.jpg" alt="Os famosos dan&ccedil;arinos de funeral de Gana, s&oacute; esperando uma mistura de tipos sangu&iacute;neos errada... (Fonte: Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Os <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/114019-coveiros-dancarinos-a-origem-do-meme-que-quer-te-levar-para-o-outro-mundo.htm" target="_blank" title="Coveiros dan&ccedil;arinos: a origem do meme que quer te levar para o outro mundo">famosos dan&ccedil;arinos de funeral de Gana</a> s&oacute; esperando uma mistura errada de tipos sangu&iacute;neos. (Fonte: BBC/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Isso ajuda a entender por que misturar tipos sangu&iacute;neos em uma pessoa, mas n&atilde;o em todas, &eacute; uma p&eacute;ssima ideia. Em poucas palavras, se algu&eacute;m com o sangue tipo B recebesse uma doa&ccedil;&atilde;o de um indiv&iacute;duo do tipo A, os anticorpos atacariam os gl&oacute;bulos vermelhos, causando efeitos colaterais indesejados, incluindo problemas s&eacute;rios como insufici&ecirc;ncia renal, porque os rins teriam uma grande dificuldade de filtrar todos os gl&oacute;bulos destru&iacute;dos.
Tirando esse tipo de agravante, ainda existe a quest&atilde;o b&aacute;sica de precisarmos de sangue suficiente para continuarmos vivendo. Se o sistema imunol&oacute;gico destruir uma porcentagem alta o suficiente do "estoque" do corpo, isso por si s&oacute; j&aacute; &eacute; um problem&atilde;o, n&atilde;o dando muito tempo para se preocupar com as outras complica&ccedil;&otilde;es.
<h2 dir="ltr">... outras podem dar certo</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/06/06062747868019.jpg" alt="(Fonte: Pixabay/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Pixabay)
Por&eacute;m, nem sempre as combina&ccedil;&otilde;es s&atilde;o m&aacute; ideia. Por exemplo, desconsiderando um pouco a advert&ecirc;ncia sobre anticorpos at&iacute;picos e similares, algu&eacute;m com o tipo AB+ pode receber sangue de qualquer outro tipo sangu&iacute;neo principal, sendo considerado o receptor universal. O motivo para isso &eacute; bem simples: essas pessoas apresentam os ant&iacute;genos A e B em seus gl&oacute;bulos vermelhos; logo, n&atilde;o t&ecirc;m anticorpos para nenhum dos dois, podendo aceitar o sangue de qualquer doador &mdash; lembrando sempre que &eacute; preciso considerar os anticorpos at&iacute;picos.
A desvantagem disso &eacute; que, devido &agrave; presen&ccedil;a dos dois ant&iacute;genos nos gl&oacute;bulos vermelhos, portadores do tipo sangu&iacute;neo AB+ s&oacute; podem doar sangue para outros com o mesmo tipo. J&aacute; aqueles do tipo AB- s&oacute; podem doar para AB+ ou AB-, mas s&atilde;o capazes de receber de qualquer um dos tipos negativos &mdash; de novo, n&atilde;o podemos esquecer a advert&ecirc;ncia mencionada, provando mais uma vez que o universo odeia simplificar as coisas.
No outro extremo desse espectro, o tipo O n&atilde;o tem ant&iacute;genos A nem B em seus gl&oacute;bulos vermelhos, mas tem anticorpos A e B em seu plasma. Sendo assim, aqueles com tipo O- podem doar para qualquer tipo sangu&iacute;neo (os famosos doadores universais), mas s&oacute; podem receber doa&ccedil;&otilde;es de indiv&iacute;duos com o mesmo tipo, pois seus anticorpos plasm&aacute;ticos atacariam qualquer outra coisa. Para entender melhor como tudo isso funciona, &eacute; s&oacute; dar uma conferida na tabela abaixo.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/08/a-08142504030136.jpg" alt="a" />
&Eacute; por isso que, com o fato de que apenas 7% dos seres humanos s&atilde;o O-, pessoas com esse tipo sangu&iacute;neo s&atilde;o altamente encorajadas a doar sangue frequentemente. Primeiro para potencialmente ajudarem a si mesmas em casos de cirurgias importantes, pois isso n&atilde;o s&oacute; solucionaria o problema de escassez como tamb&eacute;m ajudaria a evitar qualquer uma das potenciais ressalvas de compatibilidade mencionadas.
A segunda raz&atilde;o pela qual os indiv&iacute;duos com esse sangue s&atilde;o incentivados a doar com frequ&ecirc;ncia &eacute; porque isso pode beneficiar quase todo mundo, principalmente no caso de uma emerg&ecirc;ncia, na qual n&atilde;o h&aacute; tempo para descobrir qual &eacute; o tipo sangu&iacute;neo do paciente. Ent&atilde;o, se um estoque de O- estiver dispon&iacute;vel, pode ser usado imediatamente (e com uma seguran&ccedil;a razo&aacute;vel), se for absolutamente necess&aacute;rio.
<h2 dir="ltr">Doa&ccedil;&atilde;o de plasma</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/06/06063514946022.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Getty Images)
Aproximadamente 55% do sangue &eacute; composto por plasma. Ele oficialmente &eacute; a maior parte do volume sangu&iacute;neo do corpo humano, e cerca de 90% desse l&iacute;quido &eacute; apenas &aacute;gua, com os outros 8% sendo constitu&iacute;dos por prote&iacute;nas como a albumina, que ajuda a mover mol&eacute;culas como c&aacute;lcio e medicamentos pelo sangue, anticorpos que ajudam na infec&ccedil;&atilde;o e fibrinog&ecirc;nio e fatores de coagula&ccedil;&atilde;o que auxiliam na coagula&ccedil;&atilde;o. Os outros 2% cont&ecirc;m horm&ocirc;nios como a insulina, eletr&oacute;litos como s&oacute;dio e pot&aacute;ssio e nutrientes como a&ccedil;&uacute;cares e vitaminas.
E &eacute; na doa&ccedil;&atilde;o de plasma que indiv&iacute;duos do tipo AB brilham. Embora eles s&oacute; possam doar sangue para aqueles com o mesmo tipo, o inverso ocorre com o plasma. O motivo &eacute; que, novamente, eles n&atilde;o t&ecirc;m anticorpos A ou B, sendo doadores universais dessa composi&ccedil;&atilde;o sangu&iacute;nea. Temos aqui outra tabela para facilitar a compreens&atilde;o.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/08/a-08142515030138.jpg" alt="a" />
Agora que voc&ecirc; conhece a import&acirc;ncia de saber qual &eacute; o seu tipo sangu&iacute;neo, se puder, carregue sempre um papelzinho com ele na sua carteira ou o informe &agrave;s pessoas com quem mora, para o caso de uma eventualidade m&eacute;dica.

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Por que não é possível misturar sangues de tipos diferentes?

Imagem de Descoberta alga que pode ter dado origem às plantas terrestres no megacurioso

Fóssil tem 1 bilhão de anos e pode ser o ancestral comum de árvores e outras plantas da Terra

Cientistas do Instituto Polit&eacute;cnico da Universidade Estadual da Virg&iacute;nia, nos EUA, descobriram f&oacute;sseis do que pode ser o ancestral comum das plantas terrestres que existem no mundo. Trata-se de algas-verdes de absurdos 1 bilh&atilde;o de anos que foram encontradas em rochas coletadas pr&oacute;ximo da cidade de Dalian, situada na prov&iacute;ncia de Liaoning, no norte da China, em uma &aacute;rea que, no passado, era coberta pelo oceano.
As algas &ndash; que medem apenas 2 mil&iacute;metros de comprimento e t&ecirc;m o tamanho aproximado de uma pulga &ndash; foram identificadas como sendo uma forma da esp&eacute;cie Proterocladus antiquus e, ao serem os exemplares de alga-verde mais antigo j&aacute; descoberto, os cientistas acreditam que estas possam ser as plantas a partir da qual se originaram as &aacute;rvores e demais plantas terrestres que hoje se espalham pelo planeta, isso h&aacute; 450 milh&otilde;es de anos. O f&oacute;ssil mais antigo descoberto at&eacute; ent&atilde;o havia sido encontrado em amostras rochosas de 800 mil anos, mais ou menos.
<h2>Achado</h2>
As algas &ndash; que consistem em micro f&oacute;sseis incrustrados nas rochas &ndash; foram identificadas pelo time por meio de observa&ccedil;&otilde;es atrav&eacute;s de um microsc&oacute;pio eletr&ocirc;nico. Para aumentar o contraste e evidenciar os exemplares, os pesquisadores usaram gotas de &oacute;leo mineral que, por sua vez, deixaram as algas com um tom amarronzado, como voc&ecirc; pode ver na imagem a seguir:
<span class="img-fc" data-fonte=" Quantas Magazine / Virginia Tech / Reprodu&ccedil;&atilde;o" data-fonte-url="https://www.quantamagazine.org/billion-year-old-algae-and-newer-genes-hint-at-land-plants-origin-20200326/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/02/02082746524608.jpg" alt="Alga incrustada na rocha" />Alga incrustada na rocha
Segundo explicaram os cientistas, as algas viviam em &aacute;guas pouco profundas e, nas an&aacute;lises sob o microsc&oacute;pio, eles conseguiram identificar diversas ramifica&ccedil;&otilde;es, indica&ccedil;&otilde;es de que as plantas brotavam em dire&ccedil;&atilde;o &agrave; luz e que possu&iacute;am c&eacute;lulas especializadas conhecidas como acinetos. Essas estruturas, por sinal, s&atilde;o comuns de encontrar nesses tipos de f&oacute;sseis e, portanto, ajudaram os pesquisadores a identificar as algas e determinar que, j&aacute; naquela &eacute;poca, h&aacute; 1 bilh&atilde;o de anos, essas plantas consistiam em organismos multicelulares complexos inclusive parecidos com algumas esp&eacute;cies que existem hoje em dia.
No caso espec&iacute;fico das algas incrustadas nas amostras, os cientistas acreditam que elas morreram, foram depositadas sobre o leito oce&acirc;nico e acabaram ficando presas sob camadas e mais camadas de sedimentos que, com o passar do tempo e o recuo das &aacute;guas, se solidificaram e se converteram em rochas, preservando as plantas.
<h2>Ancestral</h2>
De acordo com o consenso geral, as plantas terrestres &ndash; como arbustos, gram&iacute;neas, &aacute;rvores, flores e at&eacute; as que cultivamos para obten&ccedil;&atilde;o de alimentos &ndash; evolu&iacute;ram a partir de algas-verdes, que s&atilde;o organismos aqu&aacute;ticos fotossint&eacute;ticos que migraram gradualmente dos oceanos para a superf&iacute;cie do planeta e foram se adaptando para sobreviver e se desenvolver nesse novo ambiente.
Considerando que os registros f&oacute;sseis apontam que as primeiras plantas terrestres surgiram h&aacute; 450 milh&otilde;es de anos, o processo de evolu&ccedil;&atilde;o das algas levou algumas centenas de milh&otilde;es de anos e, com a descoberta dos f&oacute;sseis, tudo indica que a data de in&iacute;cio se deu pelo menos 200 milh&otilde;es de anos antes do que se pensava.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Quantas Magazine / Dinghua Yang / Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://www.quantamagazine.org/billion-year-old-algae-and-newer-genes-hint-at-land-plants-origin-20200326/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/02/02082937367609.jpg" alt="Ilustra&ccedil;&atilde;o mostra a apar&ecirc;ncia das algas" />Ilustra&ccedil;&atilde;o mostra a apar&ecirc;ncia das algas
Mas, como &eacute; comum com descobertas desse tipo, n&atilde;o &eacute; todo mundo que concorda com o estudo apresentado pelos cientistas da Universidade Estadual da Virg&iacute;nia. H&aacute;, por exemplo, quem defenda que as algas-verdes primeiro se desenvolveram em rios e lagos antes de se proliferarem pelos oceanos e, mais tarde, se mudarem para terra-firme. Nesse sentido, um levantamento gen&eacute;tico apontou que as plantas aqu&aacute;ticas mais pr&oacute;ximas das terrestres s&atilde;o as Zygnematophyceae &ndash; que habitam ambientes de &aacute;gua doce &ndash;, e n&atilde;o se pode descartar que essa classe de algas e as plantas terrestres tenham evolu&iacute;do a partir de outro ancestral comum.
Outras pesquisas sugerem ainda que diversas esp&eacute;cies de algas foram evoluindo adapta&ccedil;&otilde;es independentemente, enquanto faziam a transi&ccedil;&atilde;o de plantas aqu&aacute;ticas a terrestres, indicando que o processo n&atilde;o foi linear, mas sim convergente. Al&eacute;m disso, pesquisadores n&atilde;o envolvidos no estudo apontaram que &eacute; bastante dif&iacute;cil interpretar registros f&oacute;sseis como esses, j&aacute; que n&atilde;o se sabe quais esp&eacute;cies ainda existem e quais realmente foram extintas. Mesmo assim, a descoberta dos f&oacute;sseis de 1 bilh&atilde;o de anos &eacute; superimportante e os trabalhos com eles deve continuar.<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/151705-descoberta-alga-ter-dado-origem-plantas-terrestres.htm">Descoberta alga que pode ter dado origem às plantas terrestres</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Descoberta alga que pode ter dado origem às plantas terrestres

Imagem de Aranha recém-descoberta lembra pintura de Van Gogh no megacurioso

Assimilada a uma obra famosa, a aranha-pavão recebeu um nome especial

Se dessa vez o pintor Van Gogh vem &agrave; mente, n&atilde;o &eacute; devido ao <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/113942-pintura-de-van-gogh-e-roubada-de-museu-na-holanda.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">caso do roubo de uma de suas obras</a> que foi noticiado recentemente no Mega Curioso, mas sim em decorr&ecirc;ncia de um feliz acaso encontrado na natureza, que em meio &agrave; descoberta de esp&eacute;cies in&eacute;ditas, nos surpreende com novas defini&ccedil;&otilde;es de beleza e singularidade.
&Eacute; o que mostra uma aranha-pav&atilde;o recentemente encontrada que tem atra&iacute;do muita aten&ccedil;&atilde;o nos &uacute;ltimos tempos. E n&atilde;o &eacute; apenas por suas cores deslumbrantes, que j&aacute; costumam caracterizar os machos da esp&eacute;cie de forma geral, mas principalmente pelos padr&otilde;es de azul e amarelo que destacam seu abd&ocirc;men e remetem a uma obra de arte conhecida mundialmente: Noite Estrelada, do pintor holand&ecirc;s Vincent Van Gogh.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/02/02162005692078.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia)" />(Fonte: Wikimedia)
Foi Joseph Schubert, taxonomista que trabalha no Museu Victoria (na Austr&aacute;lia), quem realizou a descoberta da aranha no Parque Nacional Little Desert, em meio ao seu estudo sobre a esp&eacute;cie realizado nos &uacute;ltimos anos. Esta pequenina aranha-pav&atilde;o n&atilde;o possui mais de quatro mil&iacute;metros de comprimento e &eacute; completamente inofensiva. Devido &agrave; assimila&ccedil;&atilde;o com a obra de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/111698-descubra-alguns-dos-significado-das-obras-de-van-gogh.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Van Gogh</a> que foi rapidamente estabelecida, ela ficou famosa por representar uma r&eacute;plica da obra e foi carinhosamente nomeada de Maratus constellatus.&nbsp;
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/02/02162116128081.jpg" alt="(Fonte: Twitter / @j_schubert__)" />(Fonte: Twitter / @j_schubert__)
<h2 style="text-align: justify;">Novas descobertas</h2>
A natureza dotou as aranhas-pav&atilde;o com peculiaridades que as tornam visualmente atraentes para as f&ecirc;meas. Boa parte da esp&eacute;cie, inclusive, est&aacute; na Austr&aacute;lia, pa&iacute;s rico em biodiversidade. Prova disso &eacute; que al&eacute;m da Maratus constellatus, outras sete esp&eacute;cies de aranhas-pav&atilde;o que tamb&eacute;m exibem riqueza em detalhes foram descobertas. S&atilde;o elas: Maratus azureus, Maratus inaquosus, Maratus laurenae, Maratus volpei, Maratus noggerup&nbsp;e&nbsp;Maratus suae. Confira todas na imagem abaixo:
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/02/02162801109087.jpg" alt="(Fonte: Twitter / @j_schubert__)" />(Fonte: Twitter / @j_schubert__)

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Aranha recém-descoberta lembra pintura de Van Gogh

Imagem de Hipopótamos de Pablo Escobar estão reconstruindo a natureza local no megacurioso

Adquiridos em 1981 pelo narcotraficante, os 'Hipopótamos da Cocaína', que se iniciaram como apenas quatro indivíduos, já integram um bando de mais de 80 animais em apenas poucas décadas

Identificados como problem&aacute;ticos na regi&atilde;o do rio Magdalena, o principal rio da Col&ocirc;mbia, os ic&ocirc;nicos hipop&oacute;tamos de Pablo Escobar podem estar agindo de uma maneira totalmente inesperada pelos pesquisadores, configurando uma reconstru&ccedil;&atilde;o ecossist&ecirc;mica e uma esp&eacute;cie de regresso ao per&iacute;odo Pleistoceno, onde o planeta, teoricamente, era dominado por herb&iacute;voros gigantes.
No in&iacute;cio de fevereiro, um <a href="https://www.scientificamerican.com/podcast/episode/pablo-escobars-hippos-could-endanger-colombian-ecology/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estudo</a>, iniciado em 2018 pelos pesquisadores colombianos e da Universidade da Calif&oacute;rnia, em San Diego, foi respons&aacute;vel por apresentar dados evidenciando que, com o aumento populacional dos animais e com o elevado n&iacute;vel alimentar, suas fezes poderiam estar <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113332-hipopotamos-de-pablo-escobar-estao-acabando-com-os-lagos-da-colombia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">drenando a &aacute;gua dos rios</a> e causando o surgimento de algas hostis.
Por&eacute;m, a pesquisa ter sido o pontap&eacute; inicial para a descoberta de boas not&iacute;cias, revelando que os animais tamb&eacute;m est&atilde;o relacionados com uma manuten&ccedil;&atilde;o natural local, trazendo importantes benef&iacute;cios para o ecossistema.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/03/31/31103750628053.jpg" alt="(Fonte: National Geograpic/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: National Geograpic/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Cientistas publicaram, na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, um <a href="https://www.pnas.org/content/early/2020/03/17/1915769117" rel="noopener noreferrer" target="_blank">artigo</a> sugerindo que o bando de hipop&oacute;tamos pode estar reconstruindo uma paisagem perdida h&aacute; milhares de anos pela ocupa&ccedil;&atilde;o humana, datada do per&iacute;odo Pleistoceno, que ocorreu durante o Quatern&aacute;rio da era <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112253-projecao-3d-mostra-estrutura-de-montanhas-espalhadas-pelo-planeta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Cenozoica</a>, na &uacute;ltima idade do gelo, onde o Homo sapiens surgiu e evoluiu.
O projeto teve como base a an&aacute;lise do nicho ecol&oacute;gico e morfologia de 427 herb&iacute;voros com mais de 10kg de massa, abrangendo os &uacute;ltimos 130 mil anos de hist&oacute;ria cronol&oacute;gica. &ldquo;Enquanto descobrimos que alguns herb&iacute;voros introduzidos s&atilde;o combina&ccedil;&otilde;es ecol&oacute;gicas perfeitas para os extintos, noutros casos as esp&eacute;cies introduzidas representam uma mistura de caracter&iacute;sticas observadas em esp&eacute;cies extintas&rdquo;, explicou John Rowan, co-autor do projeto, em entrevista para a <a href="https://www.newsweek.com/pablo-escobar-hippos-colombia-place-animals-humans-thousands-years-ago-1493794" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Newsweek</a>.
Rowan cita que, antes do surgimento dos grandes hipop&oacute;tamos, o animal registrado mais pr&oacute;ximo fisionomicamente ao mam&iacute;fero eram as extintas lhamas de pesco&ccedil;o largo, assim como a criatura intitulada de Trigonodops lopesi compartilhava os h&aacute;bitos semi-aqu&aacute;ticos dos enormes herb&iacute;voros. "Embora os hipop&oacute;tamos n&atilde;o substituam perfeitamente uma esp&eacute;cie extinta, restauram partes importantes da ecologia de v&aacute;rias esp&eacute;cies", conclui o pesquisador.
Eric Lundgren, da Universidade Tecnol&oacute;gica de Sydney, outro autor do estudo, afirma que os animais &ldquo;n&atilde;o est&atilde;o necessariamente relacionados entre si, mas s&atilde;o semelhantes em termos de como afetam os ecossistemas."
Apesar disso, o <a href="https://www.scientificamerican.com/podcast/episode/pablo-escobars-hippos-could-endanger-colombian-ecology/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">impacto real</a> da presen&ccedil;a dos animais ainda &eacute; desconhecido.

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Hipopótamos de Pablo Escobar estão reconstruindo a natureza local

Imagem de Quarentena: ajude a ciência na procura de pinguins e novas galáxias no megacurioso

Participar de um projeto de pesquisa pode ajudar a passar o tempo em casa, além de contribuir com a ciência

<head></head><body>As cidades estão ficando <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/151336-videos-drones-mostram-cidades-desertas-durante-quarentena-coronavirus.htm">vazias</a> por causa da quarentena e um número maior de pessoas em casa está afetando a qualidade de alguns serviços, como <a href="https://www.tecmundo.com.br/cultura-geek/151312-plena-quarentena-netflix-enfrenta-instabilidade.htm">Netflix</a>. Quem está procurando novas maneiras de passar o tempo em casa por causa do coronavírus, pode aproveitar para ajudar cientistas a identificar pinguins na Antártida ou procurar por novas galáxias, por meio de projetos de ciência cidadã.<h2>Quantos pinguins existem na Antártida?</h2>Os pinguins são os animais mais carismáticos do pólo Sul. No entanto, até recentemente, a ciência sabia pouco sobre quantas destas aves havia na Antártida e como sua população era distribuída, por causa das dificuldades de pesquisa na inóspita área.Por outro lado, os satélites comerciais oferecem dados bastante detalhados: o programa Landsat da NASA oferece uma perspectiva de 40 anos sobre as atividades dos pinguins e o Google Earth obtém dados de satélite acessíveis ao público. Estas informações podem ajudar os cientistas a localizar e mensurar o tamanho das colônias dos pássaros.Para analisar estas informações, os cientistas precisam de ajuda para localizar todos esses pássaros e recrutam o que chamam de detetives de pinguins. O projeto Penguin Watch pede que as pessoas identifiquem os pássaros em fotografias tiradas automaticamente perto de suas colônias. &nbsp;O objetivo da iniciativa é fornecer dados mais abrangentes sobre as populações deste animal aos formuladores de políticas antárticas.Com as imagens de satélite, as pessoas buscam por faixas de cocô dos pinguins, conhecido cientificamente como guano. A partir do mapeamento da área coberta por guano, é possível estimar a quantidade de pinguins da colônia.<h2>Caçadores de galáxias</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/03/30/30150200297274.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)">(Fonte: Pixabay)Outro projeto de ciência cidadã pode ser muito útil para fazer esquecer a covid-19: o programa Galaxy Zoo existe há mais de uma década, recrutando voluntários para classificar as formas das galáxias.Qualquer um pode fazer ajudar, mesmo que não saiba exatamente o que é uma galáxia. Após uma breve sessão de treinamento, os voluntários são liberados com o fornecimento de imagens pelos cientistas.A forma de uma galáxia fala sobre sua história: quando acumulou material, colidiu com outras galáxias e formou estrelas.As identificações feitas pelos voluntários do Galaxy Zoo permitiram que os cientistas determinassem que os buracos negros no centro das galáxias crescem constantemente, e não através de colisões das estruturas ao seu redor.</body>

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Quarentena: ajude a ciência na procura de pinguins e novas galáxias

Imagem de Lixo plástico: cientistas descobrem bactérias que decompõem poliuretano no megacurioso

Estudos a respeito do poder de micróbios revelam organismos capazes de se “alimentar” de determinados tipos de plástico

Bact&eacute;rias, como se sabe, guardam diversos <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/150438-virus-bacterias-ajudar-desvendar-misterios-origem-vida.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">segredos que ainda desconhecemos</a>. Afinal, s&atilde;o criaturas muito, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/85628-gif-absurdo-fazer-voce-entender-real-tamanho-bacteria.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">muito pequenas</a>. A dieta desses organismos tamb&eacute;m varia muito &ndash; havendo, inclusive, aqueles que se <a href="https://www.tecmundo.com.br/biologia/59364-bacterias-alimentam-exclusivamente-eletricidade-reais.htm">alimentam de eletricidade</a>. Agora, cientistas realizaram uma descoberta e tanto. Pesquisadores alem&atilde;es identificaram bact&eacute;rias extrem&oacute;filas capazes de decompor materiais pl&aacute;sticos &agrave; base de poliuretano.
Segundo Dr. Hermann J. Heipieper, cientista s&ecirc;nior do Centro Helmholtz de Pesquisa Ambiental e um dos autores do estudo, este achado representa um passo importante para a reutiliza&ccedil;&atilde;o de materiais dif&iacute;ceis de reciclar. E n&atilde;o &eacute; para menos: em 2015, 3,5 milh&otilde;es de toneladas de pl&aacute;stico com essa composi&ccedil;&atilde;o foram produzidas na Europa.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/03/29/29204756282004.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Por serem leves, flex&iacute;veis e isolantes, eles s&atilde;o encontrados em diversas aplica&ccedil;&otilde;es, como constru&ccedil;&otilde;es, refrigeradores, m&oacute;veis e at&eacute; cal&ccedil;ados. Entretanto, mesmo que possam ser reutilizados, n&atilde;o derretem ao serem aquecidos devido a propriedades termoendurec&iacute;veis, o que demanda muita energia para reciclar ou destruir. Ou seja, acabam descartados no <a href="http://www.tecmundo.com.br/meio-ambiente/" target="_blank" title="Meio ambiente">meio ambiente</a>, liberando subst&acirc;ncias t&oacute;xicas, inclusive cancer&iacute;genas.
Essas bact&eacute;rias, por outro lado, encontram um belo banquete nos pl&aacute;sticos &agrave; base de poliuretano, j&aacute; que, neles, encontram fonte de carbono, nitrog&ecirc;nio e energia.
<h2>O estudo</h2>
Pesquisas sobre as possibilidades de uso de bact&eacute;rias e fungos para decompor pl&aacute;sticos &agrave; base de petr&oacute;leo s&atilde;o frequentemente realizadas &ndash; <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/102211-cientistas-descobrem-nova-especie-bacteria-capaz-comer-plastico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">e n&oacute;s contamos sobre uma delas aqui no TecMundo</a>. Entretanto, poucos estudos focaram em a&ccedil;&otilde;es que inclu&iacute;ssem o poliuretano.
Organismos extrem&oacute;filos s&atilde;o aqueles que vivem, como o nome sugere, nos ambientes mais extremos, normalmente desfavor&aacute;veis &agrave; vida, podendo ser encontrados em diversas temperaturas e condi&ccedil;&otilde;es in&oacute;spitas. A amostra utilizada nos estudos &eacute; a de bact&eacute;rias Pseudomonas, sendo que algumas varia&ccedil;&otilde;es podem causar infec&ccedil;&otilde;es diversas no corpo humano. Mais do que atrapalhar, desta vez, elas podem ajudar.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/03/29/29204908813005.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
A equipe alem&atilde; conseguiu isolar um grupo desses organismos em um local com grande quantidade de lixo pl&aacute;stico e percebeu o potencial de quebra de liga&ccedil;&otilde;es qu&iacute;micas de composi&ccedil;&otilde;es com poliuretano. A resist&ecirc;ncia dos &ldquo;bichinhos&rdquo; &agrave;s subst&acirc;ncias t&oacute;xicas foi o que mais chamou a aten&ccedil;&atilde;o. &ldquo;Essa caracter&iacute;stica &eacute; tamb&eacute;m chamada de toler&acirc;ncia a solventes, inerente a certos microrganismos extrem&oacute;filos&rdquo;, explica Dr. Christian Eberlein, coordenador dos estudos.
Depois disso, os pesquisadores se dedicaram a uma an&aacute;lise gen&ocirc;mica para identificar padr&otilde;es de degrada&ccedil;&atilde;o. An&aacute;lises e experimentos, ent&atilde;o, foram realizados para que as capacidades das bact&eacute;rias pudessem ser esclarecidas. Foi a&iacute; que descobertas preliminares de propriedades metab&oacute;licas vieram &agrave; tona.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/03/29/29205222157006.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
<ul>
<li>Leia tamb&eacute;m: <a href="https://www.tecmundo.com.br/mobilidade-urbana-smart-cities/132011-pesquisadores-criam-paineis-energia-solar-funcionam-bacterias.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Pesquisadores criam pain&eacute;is de energia solar que funcionam com bact&eacute;rias</a></li>
</ul>
<h2>Um passo de cada vez</h2>
Apesar da dimens&atilde;o dos resultados, Hermann &eacute; cauteloso com as promessas. Segundo ele, &eacute; necess&aacute;rio um aprofundamento ainda maior sobre essas bact&eacute;rias para qualquer aplica&ccedil;&atilde;o comercial ou tecnol&oacute;gica. Portanto, n&atilde;o h&aacute; plano algum em andamento para a produ&ccedil;&atilde;o de biopl&aacute;stico.
Ainda assim, n&atilde;o se descarta a expectativa de convers&atilde;o gen&eacute;tica de Pseudomonas em minif&aacute;bricas capazes transformar compostos qu&iacute;micos &agrave; base de petr&oacute;leo em produtos biodegrad&aacute;veis. Para isso, ser&aacute; preciso, primeiramente, identificar os genes que codificam as enzimas extracelulares capazes de decompor poliuretanos &agrave; base de poli&eacute;ster.
Quem sabe nossas garrafinhas pl&aacute;sticas logo n&atilde;o se tornem menos nocivas ao meio ambiente?<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/151583-lixo-plastico-cientistas-descobrem-bacterias-decompoem-poliuretano.htm">Lixo plástico: cientistas descobrem bactérias que decompõem poliuretano</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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