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Por incrível que pareça, alguns animais podem desenvolver comportamentos que se assemelham a superstições

<head></head><body>Nós, humanos, costumamos desenvolver o hábito estranho de criar pequenos rituais, chamados de <a href="https://www.megacurioso.com.br/cotidiano/69440-minha-vo-ja-me-dizia-30-supersticoes-e-crendices-populares.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">superstição</a>, e que geralmente servem como uma crença usada para tentar nos proteger de alguma coisa (por exemplo, de que não devemos passar embaixo de uma escada para não ter azar, ou que deixar o chinelo virado pode matar a nossa mãe). Mas será que as criaturas irracionais, como os animais, também podem apresentar algum tipo de superstição?Por incrível que pareça, alguns biólogos e psicólogos afirmam que alguns comportamentos observados nos bichos poderiam talvez ser chamados de crendices e superstição, já que cumprem um importante papel de mecanismo de controle dentro da sua rotina.<h2>Os animais podem ser supersticiosos?</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/16/16185053205429.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)De acordo com Kevin Foster, que é professor de Biologia Evolutiva da Universidade de Oxford, responder a essa pergunta vai depender do que se chama de superstição. "Para definições baseadas na representação mental de uma superstição, é fácil argumentar que esse comportamento é uma característica apenas humana. Para uma definição comportamental, como aprender uma associação causal entre dois eventos quando, na verdade, não existe tal causalidade, qualquer espécie capaz de aprender ligações causais pode gerar uma superstição", falou para a IFL Science.Ele dá mais detalhes: “se um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125647-5-predadores-que-encaram-presas-das-mais-perigosas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">predador</a> aparecer várias vezes ao mesmo tempo que há vento nas árvores, as presas podem muito bem associar o ruído do vento a um predador, mesmo que não estejam realmente ligados”, explicou.Portanto, esses mecanismos tidos como "supersticiosos" podem ser considerados essenciais para a sobrevivência de certos animais. Eles dependem da capacidade de aprendizado a partir da identificação de relações causais entre fenômenos, como conectar a visão de nuvens com a possível presença de chuva.<h2>Os animais mais supersticiosos</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/16/16190244584438.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)De acordo com os biólogos, os pombos costumam ser citados entre os animais mais supersticiosos. Isso se deve principalmente a um experimento feito pelo psicólogo comportamental <a href="https://www.tecmundo.com.br/facebook/87092-psicologia-facebook-rede-social-tao-viciante-sucedida.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Burrhus Frederic Skinner</a> em 1948.No estudo, Skinner demonstrou haver conexões entre um ritual e um resultado comportamental observado nos pombos. Os animais eram alimentados por uma máquina em intervalos específicos. Então os pesquisadores passaram a notar que as aves agiam de forma repetitiva ao antecipar que a comida logo seria servida. Para Skinner, as aves desenvolveram superstições que as recompensariam com a entrega de alimentos. Vale lembrar que o experimento recebeu alguma contestação por seus pares.Pesquisadores também notaram comportamentos ritualísticos em outras aves, além de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117389-orangotango-mais-velha-do-mundo-morre-aos-61-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">orangotangos</a>, ratos e cachorros. Em 2014, cientistas observaram uma espécie de postura supersticiosa em certos macacos que participavam de jogos e reconheciam os padrões. Eles passaram então a acreditar que, se repetissem a mesma sequência, iriam ganhar uma recompensa em forma de comida.Contudo, não se pode cravar com total certeza de que os animais tenham o mesmo tipo de crença supersticiosa que os humanos, ou mesmo que compartilhem a ideia de sorte e azar. O mais provável é que eles apenas tenham a capacidade de aprender e reconhecer padrões que, por questões de sobrevivência ou de obtenção de alguma vantagem, são frequentemente repetidos.</body>

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Os animais também têm superstições?

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Segundo pesquisadores, raios e outras correntes elétricas da natureza podem impulsionar a reprodução das enguias na Bacia Amazônica 

<head></head><body>Após mais de uma década de análise, pesquisadores do Instituto Chico Mendes, do Brasil, desvendaram um dos maiores segredos a respeito das <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123076-a-fascinante-jornada-final-das-enguias.htm#:~:text=Todos%20os%20anos%2C%20enguias%20atravessam,mundo%20inteiro%20ainda%20esperam%20desvendar." rel="noopener noreferrer" target="_blank">enguias elétricas</a>: como seu comportamento de desova são impulsionados pelas condições ambientais. Reconhecidas por seus corpos rechonchudos e cheios de cicatrizes, bocas largas e olhos redondos, as enguias são os principais predadores aquáticos da Amazônia.Liderados por Nonato Mendes, os pesquisadores descobriram novos detalhes sobre as técnicas de caça e outros comportamentos desses animais. Anteriormente, acreditava-se que as enguias desovavam durante o pico da estação das secas, quando os casais reprodutores ocupavam poços isolados que se formavam à medida que os rios recuavam. Contudo, as análises aprofundadas demonstraram algo muito mais complexo.<h2>Comportamento das enguias elétricas</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/17/17003811984542.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Em 2005, Mendes estabeleceu-se por um ano na várzea do rio Curiau, no Amapá, para um estudo sobre a enguia elétrica de Vari (Electrophorus varii), a espécie mais primitiva das enguias elétricas. Ele recrutou pescadores locais para ajudá-lo.&nbsp;Equipados com redes de camarão, tarrafas e linhas, a equipe saía de barco a cada dois meses para capturar exemplares e coletar novas informações sobre tamanho, peso, conteúdo estomacal e desenvolvimento das gônadas — o que mostra se o animal está pronto para se reproduzir ou não.À medida que as estações chuvosas da Amazônia chegavam e a chuva enchia os rios, a equipe começou a capturar enguias com gônadas quase cheias de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121096-6-fatos-sobre-esperma-e-espermatozoides-que-voce-nao-conhecia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">espermatozoides</a> ou óvulos. Análises posteriores dos dados revelaram um possível gatinho para o acasalamento, algo particularmente adequado para um peixe elétrico.&nbsp;“Minha hipótese é que pode ser a condutividade elétrica na água causada pela chuva e pelas condições atmosféricas, talvez até mesmo pelos raios, que faz com que as enguias elétricas comecem a desova”, disse Mendes em seus estudos. Porém, para a confirmação dessas informações, seria necessário mais de uma década de novas análises meticulosas antes da publicação da descoberta, em 2016.<h2>Acasalamento 'elétrico'</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/17/17003835676545.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)A pesquisa de Mendes não só descobriu que as enguias elétricas eram favorecidas por períodos de chuvas intensas e raios, como também revelou que as fêmeas preferem parceiros grandes devido ao papel descomunal dos machos no cuidado parental da espécie. Quanto maior a enguia, mais potente é a sua descarga elétrica, dando aos machos grandes uma vantagem na competição e na defesa dos locais privilegiados de nidificação.&nbsp;Os machos tendem a cuidar dos seus filhotes por cerca de quatro meses até o momento que eles se dispersam. Nesse período, eles precisam ficar muito atentos aos seus filhotes e demonstrarão comportamentos hiperagressivos para defendê-los. Os investigadores também esperam que, em breve, os dados coletados possam ser usados para trazer alguns benefícios para esses animais.Atualmente, toda a demanda global pelas enguias elétricas é atendida pela coleta de exemplares silvestres na Amazônia peruana. Embora esse comércio permaneça sustentável e as enguias não estejam <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127764-5-animais-que-estao-vencendo-a-luta-contra-a-extincao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ameaçadas de extinção</a>, Mendes acredita que suas descobertas poderão um dia eliminar a necessidade de capturá-las na natureza.Para testar essa teoria, os pesquisadores planejam tentar replicar as condições ambientais que desencadeiam a desova selvagem num ambiente de cativeiro. No futuro, isso pode significar que as enguias poderão permanecer em seu habitat sem serem incomodadas.</body>

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A 'chocante' e misteriosa vida sexual das enguias elétricas no Brasil

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Um estudo recente desvenda a misteriosa anatomia das estrelas-do-mar, revelando que esses animais podem ser ainda mais fascinantes

<head></head><body>As <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121507-7-coisas-que-voce-nao-sabia-sobre-a-estrela-do-mar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estrelas-do-mar</a> são criaturas marinhas misteriosas. Elas são conhecidas por sua ausência de cérebro e sangue, por sua maneira peculiar de se alimentar e por sua incrível habilidade de regeneração. Por muitos anos, a anatomia desses animais intrigou os cientistas, especialmente a falta de uma cabeça discernível. No entanto, um estudo recente publicado na revista Nature está transformando nossa compreensão sobre essas criaturas e sugere que elas podem não ter exatamente um corpo, como imaginávamos.<h2>Simetria quíntupla</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/08/08231345569459.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)As estrelas-do-mar fazem parte de um grupo de animais chamados equinodermos. A característica marcante desses animais é a <a href="https://www.megacurioso.com.br/fenomenos-da-natureza/75491-19-imagens-que-provam-a-simetria-perfeita-da-natureza.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">simetria</a> quíntupla, o que significa que eles podem ser divididos em cinco seções idênticas. Isso é muito diferente da simetria bilateral comum em humanos e outros animais, onde podemos ser divididos ao meio em duas partes iguais.<h2>Reviravolta surpreendente</h2>Os pesquisadores utilizaram uma abordagem inovadora para investigar a genética das estrelas-do-mar. Tradicionalmente, os métodos de detecção de expressão genética em outros animais não funcionavam bem nelas devido às particularidades de seus tecidos. No entanto, a equipe conseguiu extrair dados de cadeias de DNA intactas e criar um mapa 3D para identificar quais genes estavam ativos em locais específicos desses animais.<h2>Descoberta impressionante</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/08/08231726918464.jpg" alt="Verme-bolota (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)">Verme-bolota (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)Comparando a expressão genética das estrelas-do-mar com uma espécie proximamente relacionada aos equinodermos, o verme-bolota, os cientistas descobriram algo surpreendente. Os genes associados ao desenvolvimento da cabeça, presentes em vermes-bolota e outros vertebrados, estavam localizados nas estrelas-do-mar, especialmente no centro e no meio de cada "braço".Por outro lado, os genes associados ao tronco ou torso de outros animais estavam em grande parte ausentes nas estrelas-do-mar. Esta descoberta sugere que, ao longo de sua evolução, as estrelas-do-mar perderam os genes associados ao tronco, embora o momento exato dessa mudança ainda seja um mistério.<h2>Implicações para a evolução</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/08/08231950590465.jpg" alt="Equinodermos (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)">Equinodermos (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)Essa pesquisa tem implicações significativas para a história evolutiva das estrelas-do-mar e outros equinodermos, como ouriços-do-mar, <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118208-pepinos-do-mar-por-que-essa-iguaria-maritima-e-tao-cara.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pepinos-do-mar</a>, entre outros. Ela pode lançar luz sobre a sequência de mudanças evolutivas que levaram à peculiar anatomia desses animais, caracterizada por uma cabeça proeminente e braços radiais.As estrelas do mar, com sua anatomia enigmática, continuam a surpreender os cientistas e a desafiar nossa compreensão sobre a evolução da vida marinha. À medida que os cientistas exploram a fundo a evolução desses animais e investigam outras espécies, podemos esperar desvendar mais segredos sobre a diversidade e a complexidade da vida no oceano. A anatomia desses animais continua a ser um enigma intrigante, e a pesquisa continua a nos mostrar que o mundo marinho está cheio de maravilhas ainda não descobertas.</body>

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O 'corpo' de uma estrela-do-mar não é realmente um corpo, conclui estudo

Imagem de 13 fatos curiosos sobre os morcegos no megacurioso

Saiba mais sobre este incrível mamífero voador

<head></head><body>O <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123282-por-que-usamos-fantasias-no-halloween.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Halloween</a> já passou, mas essa é a época do ano em que um animal que passa a maior parte do tempo nas sombras ganha os holofotes. Sim, estamos falando dos morcegos, e se você é daqueles que morre de medo do bichinho, fique atento para conhecer esses 13 fatos sobre o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120953-7-coisas-estranhas-que-os-morcegos-fazem-alem-de-beber-sangue.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">animal</a> — vamos desfazer alguns mitos e mostrar por que os morcegos são importantes para o meio ambiente e até para a saúde humana.<h2>1. Mamíferos que voam</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/10/31/31132247269228.jpg" alt="Morcegos costumam ter um filhote por gestação. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">Morcegos costumam ter um filhote por gestação. (Fonte: GettyImages/Reprodução)Os morcegos são os únicos mamíferos com voo verdadeiro. Suas asas, ao contrário das aves, são formadas por uma membrana de pele que conecta os dedos, a lateral do corpo e a pata.<h2>2. Eles enxergam bem</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/10/31/31132341339229.jpg" alt="Nem todas as espécies têm hábitos notívagos. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">Nem todas as espécies têm hábitos notívagos. (Fonte: GettyImages/Reprodução)Ao contrário do que muita gente pensa, os morcegos não são cegos — a maioria das espécies enxerga bem e usa um biossonar, ou orientação por ecos, para ajudar no deslocamento.<h2>3. Menos de 1% se alimentam de sangue</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/10/31/31132403892230.jpg" alt="O morcego-vampiro-comum (Desmodus rotundus). (Fonte: GettyImages/Reprodução)">O morcego-vampiro-comum (Desmodus rotundus). (Fonte: GettyImages/Reprodução)Existem mais de 1.200 espécies de <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/42939-7-curiosidades-surpreendentes-sobre-os-morcegos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">morcegos</a> no mundo. No Brasil, são conhecidas cerca de 180. De todas, apenas três apresentam comportamento hematófago, ou seja, se alimentam de sangue. São elas o morcego-vampiro-comum (Desmodus rotundus), o morcego-vampiro-de-asas-brancas (Diaemus youngi) e morcego-vampiro-de-pernas-peludas (Diphylla ecaudata).Essas espécies vampiras estão presentes no Brasil, mas não precisa ter medo — suas vítimas preferenciais são galinhas, gado, cavalos e suínos.<h2>4. Não são predadores</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/10/31/31132515296231.jpg" alt="Morcegos-vampiros também comem insetos e frutas. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">Morcegos-vampiros também comem insetos e frutas. (Fonte: GettyImages/Reprodução)Via de regra, morcegos não matam animais para chupar seu sangue — ao contrário, as espécies hematófagas fazem pequenos ferimentos com os dentes e lambem o sangue das vítimas. Parte da sua alimentação ainda é composta por insetos. Algumas outras espécies podem se alimentar de pequenos roedores.<h2>5. Ajudam na fabricação de medicamentos</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/10/31/31132606802232.jpg" alt="Esqueleto de um morcego-vampiro comum (Desmodus rotundus). (Fonte: WikimediaCommons/Reprodução)">Esqueleto de um morcego-vampiro comum (Desmodus rotundus). (Fonte: WikimediaCommons/Reprodução)Por mais incrível que pareça, os morcegos-vampiros são grandes aliados da saúde humana. Quando eles ferem um animal, injetam uma substância para que o sangue não coagule enquanto se alimentam. Essa substância é estudada e utilizada em medicamentos anticoagulantes usados para tratar uma série de doenças.<h2>6. Ajudam no combate de pragas</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/10/31/31132924900236.jpg" alt="Maioria dos morcegos se alimenta de insetos e plantas. (Fonte: WikimediaCommons/Reprodução)">Maioria dos morcegos se alimenta de insetos e plantas. (Fonte: WikimediaCommons/Reprodução)A maioria das espécies de morcegos se alimenta de insetos. É normal que eles consigam consumir uma quantidade de insetos equivalente ao seu peso por dia. Por isso, eles são muito importantes no controle de pragas, seja no campo ou na cidade.<h2>7. Morcegos e raiva</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/10/31/31133010769240.jpg" alt="Morcegos podem transmitir raiva se estiverem contaminados. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">Morcegos podem transmitir raiva se estiverem contaminados. (Fonte: GettyImages/Reprodução)Apesar de serem muito relacionados a doenças, os morcegos têm menos chances de transmitir raiva para um ser humano do que animais domésticos nas cidades, como cachorros e gatos. Porém, em áreas rurais, a proximidade com morcegos pode ser mais comum. Caso exista contato com um animal silvestre é fundamental procurar assistência médica e tomar a vacina antirrábica para evitar o desenvolvimento de sintomas.<h2>8. Não atacam humanos</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/10/31/31133146961246.jpg" alt="Ataque a humanos são raros. (Fonte: WikimediaCommons/Reprodução)">Ataque a humanos são raros. (Fonte: WikimediaCommons/Reprodução)Normalmente, morcegos não atacam humanos. Caso eles voem baixo perto de você é mais comum que estejam atacando insetos que estão por perto.<h2>9. Habitat</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/10/31/31133239161251.jpg" alt="Localizada em San Antonio, no Texas, a Bracken Cave é considerada a maior colônia de morcegos do mundo, com cerca de 20 milhões de indivíduos.(Fonte: WikimediaCommons/Reprodução)">Localizada em San Antonio, no Texas, a Bracken Cave é considerada a maior colônia de morcegos do mundo, com cerca de 20 milhões de indivíduos.(Fonte: WikimediaCommons/Reprodução)Nem todos os morcegos vivem em colônias e em cavernas. A maioria das espécies vive solitária ou em pequenos grupos, principalmente em árvores ou outros lugares reservados.<h2>10. Importância para o meio ambiente</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/10/31/31133354316256.jpg" alt="Morcegos polinizam e espalham sementes. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">Morcegos polinizam e espalham sementes. (Fonte: GettyImages/Reprodução)Os morcegos cumprem uma função fundamental para o meio ambiente, assim como as borboletas e outras aves, eles são responsáveis por polinizar algumas plantas e por dispersar sementes de outras árvores.<h2>11. Morcegos e nutrição</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/10/31/31133433380261.jpg" alt="Fezes do morcego são nutritivas. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">Fezes do morcego são nutritivas. (Fonte: GettyImages/Reprodução)As fezes de morcegos são amplamente utilizadas como adubo natural, chamado guano. Nas espécies que vivem em cavernas, o guano costuma ser uma das principais fontes de nutrientes que sustenta todo o ecossistema local.<h2>12. Grande variedade de formatos</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/10/31/31133624759262.jpg" alt="Esqueleto de um Megachiroptera.">Esqueleto de um Megachiroptera.Existem espécies com os formatos mais distintos, entre elas morcegos com envergadura de 5 cm e outras espécies com 2 metros.<h2>13. Estão em todos os lugares</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/10/31/31133723925263.jpg" alt="Morcegos se adaptam muito bem a diferentes ambientes. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">Morcegos se adaptam muito bem a diferentes ambientes. (Fonte: GettyImages/Reprodução)Os morcegos são altamente adaptáveis e ocorrem em quase todo o planeta, exceto nos polos.</body>

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13 fatos curiosos sobre os morcegos

Imagem de 6 insetos e outros animais com nomes de origem curiosa no megacurioso

Conheça a origem do nome de alguns insetos e outros animais que sempre são confundidos com insetos

<head></head><body>Descobrir a origem das palavras é uma tarefa curiosa e, às vezes, surpreendente. O termo inseto, por exemplo, vem do latim insectum, que significa "cortar em partes". Ao contrário do que podemos imaginar, isso não acontece por que alguns desses seres cortam folhas, mas porque têm o corpo dividido, segmentado em partes.Conheça, a seguir, a curiosa origem do nome de 6 animais, alguns que são <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120282-os-7-insetos-mais-surpreendentemente-irados-do-reino-animal.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">insetos</a> e outros que são comumente confundidos com eles.<h2>1. Mosca, mosquito, butuca</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/01/01115553304185.jpg" alt="Palavra mosquito pode ter derivado do irritante barulho das asas do inseto. (Fonte: Getty Images / Reprodução)">Palavra mosquito pode ter derivado do irritante barulho das asas do inseto. (Fonte: Getty Images / Reprodução)A palavra "mosca", que depois derivou para "mosquito" em português, tem origem no latim musca. Acredita-se que o termo tenha derivado apenas do sufixo mu, que pode ter vindo do da imitação do zumbido das asas do inseto.Já os termos "mutuca", "butuca" ou "motuca" são mais próximos, vêm do tupi mu’tuka, que significa "picar, furar ou cutucar".<h2>2. Mariposa</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/01/01115655824188.jpg" alt="Mariposas são experts na arte da camuflagem. (Fonte: Getty Images / Reprodução)">Mariposas são experts na arte da camuflagem. (Fonte: Getty Images / Reprodução)O termo mariposa tem origem castelhana e é composto pelo sufixo mari, de Maria, e o imperativo posa, que significa "pousa". Em Portugal, a palavra é usada indistintamente para mariposas e borboletas; já no Brasil criou-se essa distinção entre os insetos da ordem dos lepidópteros.As borboletas têm hábitos diurnos, antenas e quando pousam deixam suas asas em sentido vertical. Já as <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais-sinistros/71861-5-curiosidades-bizarras-sobre-as-mariposas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mariposas</a> têm hábitos noturnos, antenas diferenciadas, muitas vezes arredondadas e quando pousam deixam suas asas na direção horizontal.<h2>3. Aranha</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/01/01115753628189.jpg" alt="Aranhas são animais artrópodes. (Fonte: Getty Images / Reprodução)">Aranhas são animais artrópodes. (Fonte: Getty Images / Reprodução)A aranha não é um inseto — pela classificação biológica ela é considerada um animal invertebrado artrópode, aqueles que possuem exoesqueleto e apêndices articulados. Porém, no imaginário popular é difícil separar a aranha de outros insetos.&nbsp;A palavra aranha deriva do latim aranea, termo aplicado inicialmente para designar a teia do animal. Com o tempo, a palavra passou a ser aplicada para definir toda a classe desses bichos. Sua possível origem seria uma derivação do termo arak, que significa "tecer".Atualmente, são conhecidas mais de 44 mil espécies de aranhas pelo mundo, a maioria delas com hábitos solitários. Poucas espécies vivem em colônias e utilizam estratégias de grupo para capturar e dividir alimentos.<h2>4. Lagarto e lagartixa</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/01/01115907237192.jpg" alt="Comuns nas casas e quintais dos brasileiros, as lagartixas são originárias do continente africano. (Fonte: Getty Images / Reprodução)">Comuns nas casas e quintais dos brasileiros, as lagartixas são originárias do continente africano. (Fonte: Getty Images / Reprodução)Lagartos e lagartixas também não são insetos, nem artrópodes, mas répteis com o corpo coberto de escamas e quatro patas. Tanto o termo lagarto quanto lagartixa vêm do latim lacertus, que deriva do termo protoindo-europeu leq, que significa “dobrar ou torcer”. O termo foi aplicado devido à grande flexibilidade dos bichinhos.<h2>5. Gafanhotos</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/01/01120000396194.jpg" alt="Gafanhotos vivem em grupos. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">Gafanhotos vivem em grupos. (Fonte: GettyImages/Reprodução)Os gafanhotos são insetos da ordem Orthoptera, caracterizados por terem o fêmur das pernas posteriores muito grandes e fortes, o que lhes confere a capacidade de saltar longas distâncias. O termo gafanhoto vem do árabe gaf’a, que significa "contraído, com os dedos encolhidos", uma possível referência à aparência das pernas dos insetos.Os gafanhotos são comumente conhecidos como pragas, principalmente para produtores rurais. Um enxame desses insetos pode ser composto por mais de 50 milhões de indivíduos, que podem comer o mesmo que 2.500 pessoas.<h2>6. Escorpião</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/01/01120106331195.jpg" alt="Escorpiões menores tendem a ser os mais venenosos. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">Escorpiões menores tendem a ser os mais venenosos. (Fonte: GettyImages/Reprodução)Assim como a aranha, o escorpião não é um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120936-os-6-insetos-mais-violentos-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">inseto</a>, mas um animal artrópode invertebrado. A palavra escorpião vem do latim scorpio, e do grego skorpios, possivelmente derivados do termo sker, que significa "cortar".&nbsp;Acredita-se que os escorpiões foram os primeiros artrópodes a conquistar o ambiente terrestre e muito disso deve-se a seu exoesqueleto de quitina, que evita a transpiração excessiva. Existem evidências da existência de escorpiões há mais de 400 milhões de anos e estima-se que existam entre 1600 a 2 mil espécies espalhadas pelo mundo.</body>

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6 insetos e outros animais com nomes de origem curiosa

Imagem de Ratos dão 'gritos' de felicidade ao se encontrarem com os amigos no megacurioso

Os sons, inaudíveis ao ouvido humano, expressam a alegria dos roedores ao estarem na companhia de outros

<head></head><body>Assim como os humanos, os <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122814-6-curiosidades-insanas-sobre-ratos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ratos</a> também se sentem felizes ao estarem na companhia de seus amigos, chegando a emitir sons de alta frequência para refletir o seu sentimento de alegria. É o que revela um novo estudo, publicado na revista Cell Reports Methods, no dia 7 de novembro.Conduzida por cientistas da Universidade de Haifa, em Israel, os pesquisadores desenvolveram um novo método para registrar a vocalização dos roedores durante as <a href="https://www.megacurioso.com.br/comportamento/99725-voce-nao-se-da-bem-com-interacoes-sociais-culpe-seu-sistema-imunologico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">interações sociais</a>. Para tanto, eles acoplaram uma miniatura de microfone à narina de cada um dos animais, na tentativa de identificar qual estava emitindo o som e averiguar seu estado emocional.Os participantes foram então colocados em gaiolas, em pares, podendo estar em contato direto com o amigo ou separados por uma malha. A partir daí, as interações entre eles foram acompanhadas de perto pelos autores, com a tecnologia permitindo gravar as “conversas” entre os animais.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/11/11171717485014.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Conforme o artigo, os resultados mostraram que os ratos emitiam vocalizações ultrassônicas para expressar a alegria de estarem na companhia de outros da mesma&nbsp;espécie. Mas, curiosamente, os <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/262512-microfones-ultrassonicos-comprovam-plantas-emitem-sons.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sons não eram ouvidos</a> quando os camundongos se comunicavam ou respondiam às ações dos demais.<h2>Inaudíveis ao ouvido humano</h2>Ao acompanhar os animais durante o experimento, os pesquisadores descobriram que os ratos emitiam vocalizações de 50 Hz em determinados momentos. O som surgia quando aconteciam interações próximas entre eles, mas a emissão não estava ligada a nenhum comportamento específico dos participantes.Para os pesquisadores, isso significa que os roedores não estavam tentando se comunicar com os demais, nem responder a algum estímulo. Eles “gritavam” apenas para expressarem o seu sentimento de alegria por estarem acompanhados de seus semelhantes.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/11/11172019319015.jpg" alt="Esquema de gravação dos sons usado pelos pesquisadores. (Fonte: Cell Reports Methods/Divulgação)">Esquema de gravação dos sons usado pelos pesquisadores. (Fonte: Cell Reports Methods/Divulgação)“Achamos que esta não é uma linguagem, mas, na verdade,&nbsp;outra forma de pronunciar a felicidade em geral”, explicou o autor principal do artigo, Shai Netser, em entrevista à NewScientist. Estudos anteriores já haviam detectado este tipo de som, porém sem identificar quais dos camundongos envolvidos estavam se expressando.Vale destacar que os guinchos agudos emitidos pelos ratos quando eles estão felizes pela companhia de seus amigos são imperceptíveis ao ouvido humano — a <a href="https://www.megacurioso.com.br/corpo-humano/37655-teste-sua-audicao-e-descubra-se-voce-e-seu-ouvido-tem-a-mesma-idade-video-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nossa faixa auditiva</a> atinge o máximo em torno de 17 Hz. Por outro lado, as pessoas conseguem ouvir os sons de alarme que os roedores emitem quando estão angustiados.<h2>Sons inéditos identificados</h2>Esta nova pesquisa detectou, ainda, outros tipos de vocalizações dos ratos até então desconhecidos. Trata-se de ruídos de baixa frequência, variando entre as faixas de 4 Hz e 10 Hz, estes audíveis aos humanos, que ainda não tiveram seu significado determinado.Os cientistas acreditam que o estudo abrirá o caminho para que novos experimentos tragam mais esclarecimentos a respeito das emoções dos roedores, bem como sobre os seus comportamentos sociais.</body>

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Ratos dão 'gritos' de felicidade ao se encontrarem com os amigos

Imagem de Morcegos-vampiros portadores da raiva ameaçam a saúde humana no megacurioso

O aquecimento global e a indústria pecuária são os fatores responsáveis por aproximar cada vez mais os humanos dos morcegos

<head></head><body>Se a Índia enfrenta atualmente o quarto surto de infecção pelo <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/127598-nipah-o-virus-letal-que-assombra-a-india-pode-causar-uma-pandemia.htm#:~:text=O%20que%20%C3%A9%20o%20v%C3%ADrus%20Nipah%3F&amp;text=%22Raro%20e%20intrat%C3%A1vel%22%20%C3%A9%20como,em%20maio%20do%20ano%20anterior." rel="noopener noreferrer" target="_blank">vírus Nipah</a>, conhecido por causar um quadro agudo intratável e mortal de encefalite febril, é culpa do excesso de interação do homem com animais contaminados. As condições que favorecem o contato humano com alimento ou água contaminada por excrementos desses animais envolve a destruição de florestas, do seu habitat natural e das mudanças climáticas, associadas à <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/127722-proxima-pandemia-deve-acontecer-no-setor-da-agricultura.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">expansão desenfreada da agricultura</a> que, ao desmatar para a criação de plantações, altera os padrões de uso da terra e causa ondas migratórias dos morcegos para mais perto dos humanos e de outros animais, como o gado ou os suínos.Desde a segunda metade do século XX, quando aconteceram os surtos de doenças mais relevantes dos tempos modernos, os humanos nunca estiveram tão próximos de patógenos e doenças zoonóticas de outras espécies. Agora, o morcego-vampiro, transmissor da raiva, está cada vez mais próximo das áreas urbanas.<h2>Paciente zero</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/10/10104217151084.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)No final de julho de 2010, um jovem migrante de 19 anos foi hospitalizado em Louisiana com um quadro de inflamação cerebral, pouco depois de chegar aos EUA vindo do México, como notificou o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) em seu Relatório Semanal de Morbidade e Mortalidade.Ele chegou a trabalhar por um dia em uma plantação de cana-de-açúcar antes de procurar atendimento médico se queixando de fadiga, dor no ombro esquerdo e dormência na mão esquerda. A princípio, os sintomas foram atribuídos ao excesso de esforço físico, mas os sintomas prevaleceram e ele acabou sendo encaminhado para um hospital em Nova Orleans. Lá, os exames revelaram hipersensibilidade do ombro esquerdo, fraqueza da mão esquerda, reflexos hipoativos e queda da pálpebra esquerda. Tudo levava os médicos a suspeitaram da síndrome de Guillain-Barré, em que o sistema imunológico do corpo ataca os nervos; e de meningite, uma inflamação nas membranas que cobrem o cérebro.No entanto, à medida que o estado do paciente foi se deteriorando, os médicos começaram a suspeitar de que ele havia contraído raiva. Em 20 de agosto, o diagnóstico foi confirmado por meio de exames. No dia seguinte, o paciente estava morto. A autópsia e os testes revelaram que ele havia sido infectado pelo vírus da raiva transmitido por morcegos hematófagos, mais conhecidos como morcegos-vampiro.Ao CDC, a mãe do jovem disse que ele havia sido mordido por um morcego em julho no México, mas não procurou tratamento. Apesar de os morcegos serem a principal fonte de raiva humana, essa foi a primeira morte relatada por um vírus da raiva transmitido por morcegos-vampiros nos EUA.<h2>A origem dos morcegos-vampiros</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/10/10104259302086.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Por meio do vírus do gênero Lyssavirus, responsável por causar uma encefalomielite aguda, a raiva provavelmente se originou em três tipos de morcegos-vampiros da subfamília Desmodontinae da família Phyllostomidae: o Desmodus rotundus (morcego-vampiro-comum), Diphylla ecaudata (morcego-vampiro-de-pernas-peludas) e Diaemus youngi (morcego-vampiro-de-asas-brancas). Todas as três espécies são mais comuns nas regiões neotropicais, como o Brasil e o Chile.As teorias concordam que esses morcegos, que são reservatórios confirmados para 14 das 16 espécies virais conhecidas da raiva, são frutos do Velho Mundo. Está por todo planeta o lissavírus da raiva (RABLV) encontrado em cães, mas aquele associado aos morcegos só é encontrado na América Latina. Estudos filogenéticos baseados na diversidade existente de RABLV em morcegos e gambás no Novo Mundo sugerem que a presença da raiva no hemisfério ocidental é anterior ao início das viagens transoceânicas europeias do século XV.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/10/10104346241087.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Os primeiros achados arqueológicos indicam que cães asiáticos trazidos por humanos colonizaram o hemisfério ocidental de 8 a 10 mil anos atrás, sendo que as culturas americanas pré-colombianas frequentemente retratavam morcegos e cães em códices e monólitos. No início do século XVI, documentos publicados por colonizadores espanhóis, como Petrus Martyr D’Aghera e Francisco Montejo, indicam a presença de raiva associada a morcegos-vampiros nas Américas. Em suas narrativas, eles discutem como as pessoas e o gado eram furiosamente atacados por morcegos sugadores de sangue assim que o sol se punha, e como frequentemente esses ataques resultavam em morte.Os morcegos-vampiros vivem em colônias em lugares isolados, completamente escuros, como cavernas, poços antigos, árvores ocas e edifícios abandonados; em regiões áridas a úmidas, tropicais a subtropicais. O aquecimento global e a destruição do seu habitat pelo avanço da agricultura têm mudado isso cada vez mais. O relatório do CDC observou que o vírus da raiva de morcegos tem sido associado à maioria dos casos de raiva humana adquiridos nos EUA nas últimas duas décadas.<h2>Um problema necessário</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/10/10104443745088.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Acredita-se que em 20 anos, haverá um deslocamento massivo do Desmodus rotundus em direção ao sul dos EUA, como indicou um novo estudo publicado na revista Ecography,&nbsp;que relaciona a expansão gradual dos morcegos-vampiros para o hemisfério norte e as mudanças climáticas dos últimos 100 anos.O problema disso é que, conforme o território do morcego se espalha, também aumenta a variante da raiva que ele carrega. Por um lado, a raiva ajuda a controlar a quantidade de morcegos, beneficiando o ecossistema em geral ao reduzir as populações de 10% a 80%, mas isso significa também que ela nunca os elimina, tampouco desaparece. E piora, pois isso significa que o vírus se espalha para animais domésticos e depois para os humanos.Apesar de os morcegos morderem apenas quando se sentem ameaçados, o contato com a raiva que transmitem se tornou uma questão para os humanos, visto que os morcegos podem se alimentar do sangue de outros animais. Sua vítima habitual costuma ser o gado, que o setor da pecuária facilita seu contato ao invadir territórios para fazer de pastagem. Alguns especialistas, como o biólogo Toni Piaggio, do Centro Nacional de Pesquisa da Vida Selvagem do Departamento de Agricultura dos EUA, acreditam que os morcegos-vampiros conseguiram sobreviver em áreas onde não conseguiam porque os humanos colocaram gados demais. Essa proximidade aumenta o risco de humanos sendo expostos à raiva por meio do contato direto com o gado infectado.Um relatório de 2020 do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) aponta que a raiva dos morcegos custa à indústria pecuária mais de US$ 46,7 milhões por ano. Segundo um relatório divulgado em setembro, desde 2016, as autoridades inspecionaram mais de 500 mil bovinos em vendas de gado e fazendas leiteiras nas áreas mais propensas a terem populações de morcegos-vampiros. Até o momento, nenhuma mordida foi encontrada. Desde então, o USDA realiza uma campanha em ambos os lados da fronteira para educar os pecuaristas sobre como detectar picadas e sinais de raiva em seu gado.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/10/10104528508089.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Mas nada adianta se a indústria continuar avançando para estreitar os laços entre os morcegos-vampiros, os animais à espera do abate e os humanos. Alguns governos acreditam que vão parar a disseminação da raiva usando veneno para abater os morcegos ou até mesmo vaciná-los contra a doença. A vacina pode significar que haverá mais deles, porque a raiva não diminuirá suas populações. E mesmo que não contraiam, ainda poderão transmitir outras doenças.Apesar de os morcegos-vampiros não estarem ameaçados de extinção, outras espécies estão, como os morcegos que comem mosquitos e outras pragas agrícolas, ou atuam como polinizadores e espalhadores de sementes. A vacinação de uma espécie pode significar o declínio de outra, desestabilizando o ciclo do ecossistema.“Os morcegos-vampiros têm um papel importante, quer representem um risco para a saúde humana ou não”, diz Piaggio à Wired. “Se nos livrássemos de tudo o que representa um risco para a saúde humana, não sobraria nada.”</body>

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Morcegos-vampiros portadores da raiva ameaçam a saúde humana

Imagem de Pássaro que vomita é eleito "ave do século" com ajuda do comediante John Oliver no megacurioso

Entenda por que John Oliver fez campanha para eleger um pássaro desconhecido como ave do século

Todo ano, a institui&ccedil;&atilde;o de conserva&ccedil;&atilde;o animal Forest and Bird, da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118796-10-curiosidades-sobre-a-nova-zelandia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Nova Zel&acirc;ndia</a>, realiza um concurso para eleger a ave do ano. A disputa tem a inten&ccedil;&atilde;o de chamar a aten&ccedil;&atilde;o da popula&ccedil;&atilde;o para a necessidade da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127546-6-especies-que-foram-extintas-por-razoes-evitaveis.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">conserva&ccedil;&atilde;o das aves</a> nativas do pa&iacute;s. Neste ano, a institui&ccedil;&atilde;o completou cem anos e fez o concurso mais importante para eleger a ave do s&eacute;culo.
A not&iacute;cia poderia passar despercebida n&atilde;o fosse pela intromiss&atilde;o do&nbsp;comediante John Oliver, que decidiu fazer campanha por um p&aacute;ssaro desconhecido e de h&aacute;bitos estranhos. Gra&ccedil;as ao seu envolvimento, o concurso recebeu uma vota&ccedil;&atilde;o recorde e elegeu o puteketeke, tamb&eacute;m conhecido como mergulh&atilde;o-de-crista ou mergulh&atilde;o-de-poupa, como a ave do s&eacute;culo!
<h2>Interven&ccedil;&atilde;o de John Oliver</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/17/17021935087567.jpg" alt="O programa Last Week Tonight de John Oliver j&aacute; recebeu 26 Emmys em 10 temporadas. (Fonte: Getty Images / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />O programa Last Week Tonight de John Oliver j&aacute; recebeu 26 Emmys em 10 temporadas. (Fonte: Getty Images / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O concurso foi pol&ecirc;mico e o recorde de vota&ccedil;&atilde;o fez com que a divulga&ccedil;&atilde;o do resultado fosse atrasado em dois dias. O p&aacute;ssaro favorito para receber o pr&ecirc;mio era o quiu&iacute;, ave s&iacute;mbolo da Nova Zel&acirc;ndia. Por&eacute;m, o comediante John Oliver se apaixonou por alguns h&aacute;bitos incomuns do mergulh&atilde;o-de-crista e decidiu intervir. Ap&oacute;s contactar a institui&ccedil;&atilde;o e se certificar de que votos internacionais eram v&aacute;lidos, Oliver fez campanha pelo p&aacute;ssaro em seu talk show, o Last Week Tonight with John Oliver.&nbsp;
O pedido de votos para o puteketeke incluiu uma visita de Oliver fantasiado de p&aacute;ssaro ao talk show de Jimmy Fallon e outdoors em diversas cidades do mundo, entre elas T&oacute;quio, Paris, Londres e Mumbai. Al&eacute;m disso, a produ&ccedil;&atilde;o se encarregou de fazer faixas de propaganda em avi&otilde;es nas praias do Rio de Janeiro e cartazes nos pontos de &ocirc;nibus da capital da Nova Zel&acirc;ndia. Com toda essa movimenta&ccedil;&atilde;o, o concurso, que geralmente recebe cerca de 60 mil votos, recebeu 350 mil &mdash; 290 mil foram para o puteketeke, que se sagrou campe&atilde;o.
Os motivos que levaram o comediante a se apaixonar pela ave s&atilde;o curiosos: o mergulh&atilde;o-de-crista &eacute; uma ave similar a um pato, mas com um visual &uacute;nico, com uma crista que parece um mullet alaranjado. Eles emitem um som descrito como uma mistura de latido com grunhidos e t&ecirc;m o h&aacute;bito de comer as pr&oacute;prias penas para vomitar e expelir eventuais parasitas.
<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/17/17030318698568.jpg" alt="Podiceps cristatus australis Gould,&nbsp;o puteketeke.&nbsp;(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Podiceps cristatus australis Gould,&nbsp;o puteketeke.&nbsp;(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Al&eacute;m disso, o comediante fez piada ao se identificar com o h&aacute;bito da dan&ccedil;a de acasalamento da esp&eacute;cie, onde o macho e a f&ecirc;mea agarram peda&ccedil;os de grama e batem no peito um do outro. Depois disso, ficam parados, como se n&atilde;o soubessem o que fazer.
Apesar do atraso na contagem, os organizadores do evento acharam gra&ccedil;a e agradeceram a aten&ccedil;&atilde;o mundial que puteketeke ganhou. A subesp&eacute;cie&nbsp;Podiceps cristatus australis, que habita a Nova Zel&acirc;ndia, Tasm&acirc;nia e partes da Austr&aacute;lia, corre <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127546-6-especies-que-foram-extintas-por-razoes-evitaveis.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">risco de extin&ccedil;&atilde;o</a>. Um projeto de conserva&ccedil;&atilde;o ajudou o n&uacute;mero de indiv&iacute;duos a subir de 200 em 2013, para pouco mais de mil atualmente.

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Pássaro que vomita é eleito 'ave do século' com ajuda do comediante John Oliver

Imagem de 13 curiosidade sobre o takin, o mamífero dourado que inspirou lendas no megacurioso

Saiba mais sobre este animal notável que habita algumas regiões da Ásia

<head></head><body>O takin-dourado, também chamado de boi-de-camurça ou cabra-gnu, é um curioso mamífero que habita algumas regiões da Ásia. Uma aparente mistura de boi com alce, o takin pode ter sido responsável até por uma lenda da mitologia grega.Descubra 13 curiosidade sobre o animal.<h2>1. Parente de ovelhas</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/10/25/25140157890166.jpg" alt="Takins têm hábitos de rebanho. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">Takins têm hábitos de rebanho. (Fonte: GettyImages/Reprodução)Apesar de ser considerado o antepassado de outro animal interessante, o boi-almiscarado, estudos mais recentes do DNA do takin mostram que ele é um parente mais próximo das ovelhas.<h2>2. Tamanho e peso</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/14/14232001496328.jpg" alt="Takin na natureza. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">Takin na natureza. (Fonte: GettyImages/Reprodução)As semelhanças com ovelhas param na alimentação e no DNA, porque o takin é muito maior. Eles têm, em média, entre 97 e 140 cm de altura no ombro e entre 1,60 m e 2,2 m de comprimento, sem contar a cauda de aproximadamente 21 cm. Os machos chegam a pesar entre 300 kg e 350 kg, enquanto as fêmeas ficam de 250 kg a 300 kg. Raros casos já foram registrados de animais com até 600 kg.<h2>3. Alimentação</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/10/25/25135510661161.jpg" alt="Takins chegam, em média, aos 350 kg. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">Takins chegam, em média, aos 350 kg. (Fonte: GettyImages/Reprodução)Os takins são animais herbívoros, sua dieta consiste da vegetação disponível na estação, principalmente ervas e grama. No inverno eles podem até consumir galhos de árvores e arbustos.<h2>4. Casco adaptado</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/14/14232219337329.jpg" alt="Takin tem casco adaptado para as rochas. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">Takin tem casco adaptado para as rochas. (Fonte: GettyImages/Reprodução)Os takins vivem em ambientes montanhosos, em altitudes entre 1 mil e 4 mil metros. Para ajudar no deslocamento pelos terrenos rochosos e inclinados, seu casco é adaptado e a partição serve como um tipo de trava nas subidas e descidas.<h2>5. Hábitos de rebanho</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/14/14232340567330.jpg" alt="Rebanho de takins. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">Rebanho de takins. (Fonte: GettyImages/Reprodução)No verão, os animais podem se unir em rebanhos de até 300 indivíduos, porém, no inverno, quando a comida é escassa, eles se dividem em grupos menores de 15 a 30 animais. Os machos têm comportamento solitário e só participam dos rebanhos na época de acasalamento.<h2>6. Macho territorialista</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/10/25/25135617776162.jpg" alt="Takin em terreno rochoso. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">Takin em terreno rochoso. (Fonte: GettyImages/Reprodução)Outro comportamento questionável dos machos é que eles costumam urinar nas pernas, peito e até na face. Pesquisadores apontam que isso pode indicar um comportamento de dominação territorial, como uma alerta para os outros animais que aquele pedaço tem dono.<h2>7. Takin e o velo de ouro</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/14/14232441968331.jpg" alt="Takin e seu chifre incomum. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">Takin e seu chifre incomum. (Fonte: GettyImages/Reprodução)Dependendo da subespécie, o pelo do takin pode variar de uma coloração marrom, cinza até a mais famosa, dourado. Este pelo na cor de ouro foi provavelmente a inspiração para a origem da lenda grega do velo dourado. Na história, Jasão precisa recuperar o velo cortado de um carneiro alado para devolver o reino a seu pai.<h2>8. Predadores</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/14/14232559083332.jpg" alt="Takim com pelagem marrom. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">Takim com pelagem marrom. (Fonte: GettyImages/Reprodução)Os takins têm poucos predadores naturais, entre eles o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120405-leopardos-da-neve-morrem-de-covid-19-em-zoologico-nos-eua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">leopardo-da-neve</a>, cães selvagens indianos e lobos. Estes, porém, costumam atacar apenas os filhotes. O urso-negro-asiático é o único animal com hábito de atacar takins adultos.<h2>9. Tempo de vida</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/10/25/25135702819163.jpg" alt="Takin de pelagem escura em zoológicos da Alemanha. (Fonte: WikimediaComons/Reprodução)">Takin de pelagem escura em zoológicos da Alemanha. (Fonte: WikimediaComons/Reprodução)Os takins passam por uma gestação de 8 meses. O desmame ocorre aos 2 meses e aos dois anos e meio eles já podem se reproduzir. Sua estimativa de vida é de cerca de 20 anos.<h2>10. Ótimos em saltos</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/14/14232828657333.jpg" alt="Takin dourado. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">Takin dourado. (Fonte: GettyImages/Reprodução)Apesar do peso e da perna curta, os takins podem saltar uma altura de cerca de dois metros.<h2>11. Chifre singular</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/14/14232908859334.jpg" alt="Perfil do takin e seu chifre. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">Perfil do takin e seu chifre. (Fonte: GettyImages/Reprodução)Machos e fêmeas compartilham o chifre característico da espécie. São dois chifres que emergem do meio do crânio e se dobram apontando para cima.<h2>12. Habitat</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/10/25/25135803939164.jpg" alt="Takin-dourado em zoológico da China. (Fonte: WikimediaCommons/Reprodução)">Takin-dourado em zoológico da China. (Fonte: WikimediaCommons/Reprodução)Os takins são comuns em vales, florestas e principalmente nos terrenos rochosos e montanhosos do Butão — de onde o takin é o animal-símbolo. Além disso, eles habitam o Mianmar, o norte da Índia, o centro e o sul da China e o Tibet.<h2>13. Ameaça de extinção</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/14/14233037095335.jpg" alt="Takins estão ameaçados de extinção. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">Takins estão ameaçados de extinção. (Fonte: GettyImages/Reprodução)Em razão da caça e da diminuição do seu habitat natural, todas as espécies de takin são consideradas vulneráveis na escala de ameaça de extinção da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês).</body>

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13 curiosidade sobre o takin, o mamífero dourado que inspirou lendas

Imagem de Mamífero que põe ovos é registrado em câmera pela primeira vez no megacurioso

Redescoberta após 60 anos, a intrigante criatura recebeu o nome do Sir Richard Attenborough e é uma das cinco espécies de monotremados restantes na Terra

<head></head><body>Pela primeira vez em mais de 60 anos, um mamífero muito raro que põe ovos foi avistado por cientistas. A equidna-de-bico-longo-de-attenborough (Zaglossus attenboroughi) foi capturada pelas câmeras durante uma grande expedição nas montanhas Ciclope, na província de Papua, na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127939-piramide-localizada-na-indonesia-pode-ser-a-mais-antiga-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Indonésia</a>.Esse animal recebeu o nome do documentarista e conservacionista da vida selvagem Sir David Attenborough e só foi registrada por cientistas uma vez em 1961 — até então. Essas equidnas são consideradas monotremadas, o que significa que fazem parte do grupo exclusivo de mamíferos que botam ovos. Existem apenas cinco espécies restantes de monotremados na Terra, entre elas os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116784-ornitorrincos-brilham-na-luz-negra-e-ninguem-sabe-o-porque.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ornitorrincos</a>.<h2>Características das equidnas</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/16/16135251893238.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)A equidna-de-bico-longo-de-attenborough costuma viver em tocas e comer principalmente insetos, minhocas e cupins. Essas criaturas estão listadas como criticamente ameaçadas na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN e só podem ser encontradas nas montanhas Ciclope.&nbsp;O animal é caracterizado pelos espinhos de ouriço ao longo do seu corpo, focinho de tamanduá e pés de toupeira. Por conta da sua aparência híbrida, as <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/111728-saiba-mais-sobre-a-equidna-o-mamifero-que-bota-ovos-como-o-ornitorrinco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">equidnas</a> compartilham seu nome com uma criatura mitológica grega que é metade humana e metade serpente. O fato delas serem monotremadas, inclusive, é justamente o motivo de serem tão diferentes de outros mamíferos.Os monotremados se separaram do resto dos mamíferos há cerca de 200 milhões de anos. A equidna também tem um significado cultural para as pessoas da aldeia de Yongsu Sapari. Esse povo viveu nas encostas norte das montanhas Ciclope por 18 gerações. Em épocas de conflitos, a tradição do povo é que as duas partes brigadas deveriam buscar por uma equidna no topo da montanha e por um marlim no oceano. Uma vez encontrados, os animais simbolizariam o fim do conflito.&nbsp;<h2>Busca por equidnas</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/16/16135305614240.jpg" alt="(Fonte: Expedição Ciclope/Divulgação)">(Fonte: Expedição Ciclope/Divulgação)Durante uma expedição iniciada em 2019, um grupo de pesquisadores de instituições de vários países montou mais de 80 câmeras nas trilhas da montanha Ciclope. Em quatro semanas de caminhada pelo local, os investigadores não avistaram nenhum sinal da existência das equidnas naquela região. Um terremoto repentino, então, forçou a equipe a evacuar a área. Um membro quebrou seu braço em dois lugares, outro contraiu malária e um terceiro teve uma sanguessuga presa ao olho por um dia e meio.No último dia de expedição, os cientistas finalmente foram agraciados com a visita de uma equidna-de-bico-longo-de-attenborough. A identificação da espécie foi posteriormente conformada pelo mamologista Kristofer Helgen, do Australian Museum Research Institute.&nbsp;Além do registro feito sobre o incrível mamífero que põe ovos, a expedição também marcou a primeira avaliação abrangente da vida de diversas espécies naquela região. Entre as novas descobertas, os investigadores encontraram diversas novas espécies de insetos e um gênero inteiramente novo de camarões terrestres e arbóreos.&nbsp;Agora, os pesquisadores esperam que a redescoberta da equidna-de-bico-longo-de-attenborough e de todas essas novas espécies ajude a chamar a atenção para as necessidades de conservação das montanhas Ciclope e de Nova Guiné. Caso o contrário, é possível que essas incríveis criaturas desapareçam da Terra em um futuro breve.</body>

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