E se tudo o que você vê, toca e conhece fosse formado por apenas um elétron errante? Conheça o experimento mental de Wheeler.

<p style="text-align:justify;">O Universo guarda em si diversas similaridades construcionais provocadoras, como a identidade das <a href="https://www.megacurioso.com.br/fisica-e-quimica/45421-cientistas-pretendem-observar-novas-particulas-elementares-no-lhc-em-2015.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">partículas elementares</a>. <strong>Essas partículas formadoras de átomos são tão idênticas que fica difícil não pensar que são a mesma.</strong></p><p style="text-align:justify;">Quando olhamos para os elétrons, notamos que são exatamente iguais: mesmo spin, mesma massa e, claro, carga negativa. Isso também acontece com o pósitron, antipartícula do elétron, cuja única diferença é a carga positiva.</p><p style="text-align:justify;">Pensando em uma escala maior, os elétrons são tão iguais que seria como se você pudesse ir à concessionária trocar seu carro batido por um exatamente igual, incluindo os defeitos de mecânica, a bagunça no banco de trás e o arranhado na lataria. Ninguém notaria a diferença — nem você.</p><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/06/06100616743028.jpg" alt="Tudo no universo é formado à partir dos átomos. (Fonte: GettyImages/Reprodução)"><figcaption>Tudo no Universo é formado a partir dos átomos. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p style="text-align:justify;">Estima-se que existam ao menos 10<sup>82</sup> átomos espalhados pelo Universo, formando tudo o que conhecemos e o que ainda não descobrimos. Mas diante das possibilidades que esse número imenso traz consigo, um físico não se intimidou em dizer que <strong>talvez exista apenas um único elétron em todo o Universo</strong>. Para ele, o que vemos repetidamente são apenas pontos de sua trajetória errante, rompendo os limites e viajando no tempo.</p><h2 style="text-align:justify;">Um experimento mental, um telefonema e um roubo</h2><p style="text-align:justify;">John Archibald Wheeler (1911–2008) foi um físico americano com bastante prestígio nas áreas de cosmologia e no nascimento da física quântica. Alguns historiadores da ciência creditam a ele o nome dos buracos negros.</p><p style="text-align:justify;">Wheeler levou a igualdade das partículas elementares tão a sério que em uma ligação telefônica com seu ex-aluno, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/237186-richard-feynman-pioneiro-eletrodinamica-quantica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Richard Feynman</a>, propôs que<strong>&nbsp;esses múltiplos elétrons, na verdade, são apenas um</strong>.</p><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/06/06104014213048.jpg" alt="Um grande nó quântico viajando pelo tempo. (Fonte: GettyImages/Reprodução)"><figcaption>Um grande nó quântico viajando pelo tempo. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p style="text-align:justify;">Para ele, o elétron é capaz de ir e voltar no tempo, gerando um grande emaranhado, similar a um nó. <strong>Quando observamos, fazemos um recorte nesse nó e somos capazes apenas de ver as inúmeras trajetórias espaço-temporais feitas por esse elétron errante.</strong></p><p style="text-align:justify;">Além disso, quando esse elétron "<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122635-viagem-no-tempo-fisico-explica-2-possiveis-tipos-de-viajar-ao-futuro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">volta no tempo</a>", sua carga pode parecer modificada, gerando o que conhecemos como pósitron. Porém, apesar do experimento mental de Wheeler ser bastante interessante, e até plausível, algumas lacunas ainda permaneciam em aberto.</p><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/06/06105140738054.jpg" alt="Existem menos pósitrons do que elétrons no universo. (Fonte: GettyImages/Reprodução)"><figcaption>Existem menos pósitrons do que elétrons no Universo. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p style="text-align:justify;">Existem menos pósitrons do que elétrons detectados no Universo. Quando questionado sobre essa diferença, o físico apenas respondeu que eles poderiam estar escondidos nos elétrons.</p><p style="text-align:justify;">Mas a ideia não foi completamente descartada. Feynman achou interessante a relação de movimento dos pósitrons, estudando e desenvolvendo a eletrodinâmica quântica, o que lhe rendeu um prêmio Nobel em 1965. Em seu discurso de agradecimento, ele confessou "o roubo".</p>

large_teoria-curiosa-diz-que-existe-so-um-eletron-em-todo-o-universo-isso-e-possivel-banner.png

medium_teoria-curiosa-diz-que-existe-so-um-eletron-em-todo-o-universo-isso-e-possivel-banner.png

small_teoria-curiosa-diz-que-existe-so-um-eletron-em-todo-o-universo-isso-e-possivel-banner.png

thumbnail_teoria-curiosa-diz-que-existe-so-um-eletron-em-todo-o-universo-isso-e-possivel-banner.png

teoria-curiosa-diz-que-existe-so-um-eletron-em-todo-o-universo-isso-e-possivel-banner.png

Teoria curiosa diz que existe só um elétron em todo o Universo. Isso é possível?

Análises feitas nos últimos 12 meses reforçam ideia de que o planeta nunca esteve tão quente.

<p>Um novo estudo publicado pelo <strong>Instituto Goddard de Estudos Espaciais</strong>, que é parte da NASA, é mais uma prova das mudanças climáticas encaradas pela Terra. Dados obtidos pelos pesquisadores mostram que o planeta <strong>bateu nos últimos 12 meses&nbsp;</strong><a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/127223-quao-perigoso-e-o-calor-extremo-para-os-humanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><strong>o recorde mensal de temperaturas</strong></a><strong>&nbsp;mais altas</strong> já registradas.</p><p>Na prática, isso significa que <strong>junho de 2023 foi o mês de junho mais quente da história — e isso se repetiu até maio de 2024&nbsp;</strong>no planeta. Isso registra a quebra consecutiva mais longa do recorde de temperatura, sendo que esse período ainda pode ser de maior duração.</p><ul><li><strong>Leia também:</strong> <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/128381-o-que-aconteceria-se-os-danos-climaticos-pudessem-ser-revertidos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><strong>O que aconteceria se os danos climáticos pudessem ser revertidos?</strong></a></li></ul><p>Para se ter uma ideia da aceleração do fenômeno, <strong>a temperatura média dos últimos 12 meses foi 1,3 °C maior do que a registrada entre as décadas de 1950 e 1980</strong>. A NASA mantém registros desde antes mesmo da sua criação, com comparativos médios de temperatura da superfície do planeta desde o século XIX.&nbsp;</p><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/12/12230026060000.jpg" alt="A temperatura média dos últimos 12 meses em comparação com anos anteriores. (Fonte da imagem: NASA)"><figcaption>A temperatura média dos últimos 12 meses em comparação com anos anteriores. (Fonte da imagem: NASA/Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>O último recorde com temperaturas consecutivas tão altas foi entre 2015 e 2016, em um período de sete meses. Porém, ainda não é certeza de que 2024 será o ano mais quente da história, título <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128550-se-2023-quebrou-recordes-como-serao-as-temperaturas-em-2024.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">que é atualmente mantido por 2023</a>.</p><h2>Crise climática é realidade</h2><p>O cálculo médio da temperatura do planeta é feito com base em diversas estações meteorológicas espalhadas pelo globo, além de instrumentos de medição em boias e navios. Uma série de cálculos adicionais são feitos em cima da temperatura "bruta" registrada para evitar erros, como o aquecimento natural de áreas urbanas, por exemplo.</p><ul><li><span style="background-color:initial;"><strong>Saiba mais:&nbsp;</strong></span><a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/128677-guerras-mudancas-climaticas-e-ia-relogio-do-fim-do-mundo-nunca-esteve-mais-perto-da-meia-noite.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><strong>Guerras, mudanças climáticas e IA: relógio do fim do mundo nunca esteve mais perto da meia-noite</strong></a></li></ul><p>Segundo o administrador da NASA, Bill Nelson, já é bastante evidente que <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128324-a-civilizacao-humana-esta-a-beira-do-colapso.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estamos vivendo uma crise climática</a>. Junto do governo dos Estados Unidos, que controla a agência, Nelson diz que há agora uma<strong>&nbsp;"urgência de proteger o planeta natal"</strong>.</p><p>O motivo está nas altas emissões de gases poluentes na atmosfera que contribuem para o efeito estufa. Eles seriam o principal fator que contribui para esses recordes, mas seguem em altas concentrações em quase todo o planeta.</p><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/12/12230058192001.jpg" alt="A tendência de aumento na temperatura média global subiu em especial  nos últimos 40 anos. (Fonte da imagem: NASA)"><figcaption>A tendência de aumento na temperatura média global subiu em especial nos últimos 40 anos. (Fonte da imagem: NASA/Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Os efeitos práticos do aumento na temperatura da superfície da Terra incluem a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/refugiados-climaticos-uma-crise-global-negligenciada-internacionalmente" rel="noopener noreferrer" target="_blank">elevação do nível do mar em algumas localidades</a>, maior intensidade nas chuvas em determinadas regiões e invernos menos rigorosos, além de outras mudanças em ecossistemas.</p><p>Ainda segundo a NASA, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128897-apos-super-el-nino-nova-ocorrencia-da-la-nina-e-esperada-a-partir-de-junho.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a formação do fenômeno La Niña</a> no segundo semestre de 2024 pode resfriar o planeta temporariamente a partir do Oceano Pacífico e acabar com a sequência de recordes. Mesmo assim, esse é um fator que não contribui a longo prazo, já que ele age apenas durante alguns meses.</p>

large_terra-bateu-recordes-de-temperatura-em-todos-os-meses-do-ultimo-ano-confirma-nasa-thumb.png

medium_terra-bateu-recordes-de-temperatura-em-todos-os-meses-do-ultimo-ano-confirma-nasa-thumb.png

small_terra-bateu-recordes-de-temperatura-em-todos-os-meses-do-ultimo-ano-confirma-nasa-thumb.png

thumbnail_terra-bateu-recordes-de-temperatura-em-todos-os-meses-do-ultimo-ano-confirma-nasa-thumb.png

terra-bateu-recordes-de-temperatura-em-todos-os-meses-do-ultimo-ano-confirma-nasa-thumb.png

Terra bateu recordes de temperatura em todos os meses do último ano, confirma NASA

Ilustração sobre evolução da espécie humana desde o macaco é bastante criticada por cientistas.

<p>Você provavelmente já viu em muitos lugares e contextos a clássica ilustração da "<strong>Marcha do Progresso"</strong>. Em uma progressão da esquerda para a direita, ela mostra a cadeia evolutiva da humanidade e como as espécies se sucederam até nosso estado atual.</p><p>Ela começa com um primata, o <i>Dryopithecus</i>, e passa por figuras desde <a href="http://homem%20de%20Neandertal" rel="noopener noreferrer" target="_blank">os neandertais</a> até os <i>Homo sapiens</i> modernos. Ao longo da "evolução", a figura retratada ganha postura, feições humanas e até uma clava para simbolizar a criação de armas.</p><ul><li><strong>Leia também:&nbsp;</strong><a href="https://www.megacurioso.com.br/evolucao/40008-8-fatos-que-voce-ainda-nao-sabia-sobre-a-evolucao-humana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><strong>8 fatos que você ainda não sabia sobre a evolução humana</strong></a></li></ul><p>&nbsp;</p><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/09/09102848196000.jpg" alt="Uma das modificações feitas na imagem original. (Fonte da imagem: DepositPhotos)"><figcaption>Uma das modificações feitas na imagem original. (Fonte da imagem: DepositPhotos/Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>A fama dessa imagem é tamanha que, além da replicação no formato original, ela já ganhou paródias, adaptações e reinterpretações — a ideia é usada há décadas em comerciais, propagandas anti-guerra e memes nas redes sociais.</p><p>Só que, cientificamente falando, essa retratação é imprecisa. Pesquisadores da área criticam frequentemente a sua fama, em especial por propagar uma ideia incorreta sobre a evolução.</p><h2>A origem da Marcha do Progresso</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/09/09102924344001.jpg" alt="A ilustração original de Huxley. (Fonte da imagem: Wikimedia Commons)"><figcaption>A ilustração original de Huxley. (Fonte da imagem: Wikimedia Commons)</figcaption></figure></figure><p>O primeiro desenho que teria inspirado a Marcha do Progresso foi registrado em 1863, na obra <i>Evidências sobre o lugar do Homem na Natureza</i>, de Thomas Henry Huxley. A ideia dele era simplesmente comparar a estrutura óssea de primatas e humanos, usando as ideias de Darwin publicadas em <i>A Origem das Espécies</i> meia década antes. A organização, porém, serviu de inspiração para futuras ilustrações.</p><p>Já <strong>o criador da Marcha do Progresso é Rudolph Zallinger</strong>. Em 1965, ele desenhou a sequência originalmente chamada de <i>O Caminho para o Homo sapiens</i> para a Life Nature Library, uma série de livros da Time-Life Books.</p><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/09/09103210904002.jpg" alt="A ilustração completa. (Fonte da imagem: Washington University)"><figcaption>A ilustração completa de Zallinger. (Fonte da imagem: Washington University/Reprodução)</figcaption></figure></figure><p><strong>O desenho original é composto de 15 espécies diferentes</strong>, cada uma acompanhada de um texto descritivo. Porém, o que ficou mais famoso é uma versão "resumida", com as páginas dobradas para trazer apenas seis integrantes: <i>Dryopithecus</i>, <i>Oreopithecus, Ramapithecus,&nbsp;</i>os neandertais, os<i>&nbsp;</i>Cro-Magnon<i>&nbsp;</i>e o<i>&nbsp;Homo sapiens</i>.</p><h2>Por que a Marcha do Progresso é considerada imprecisa?</h2><p>O problema de acadêmicos com a Marcha do Progresso envolve <strong>a interpretação mais básica da imagem isolada,</strong> sem o acompanhamento de um texto. A evolução humana é, na verdade, muito mais complexa do que o representado pelo desenho.</p><p>A ilustração seria <strong>uma ideia simplista — e hoje já tida como equivocada — sobre a evolução da humanidade ser linear</strong>, com espécies transitando para novos estágios com mudanças bastante radicais entre si.</p><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/09/09105611915005.jpg" alt="A linhagem evolutiva é mais complexa do que a Marcha do Progresso. (Fonte da imagem: Britannica)"><figcaption>A linhagem evolutiva é mais complexa do que a Marcha do Progresso. (Fonte: Encyclopedia Britannica/Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Além disso, <strong>ela passa uma noção direta de "transformação" do primata em humano</strong> que data de séculos atrás e hoje já é superada — inclusive pela ideia de linhagens e a descoberta de espécies que conviviam entre si e não eram de uma mesma cadeia evolutiva.</p><ul><li>Saiba mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120570-darwin-realmente-disse-que-o-homem-veio-do-macaco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><strong>Darwin realmente disse que o homem veio do macaco?</strong></a></li></ul><p>Por fim, a Marcha do Progresso passa uma certa hierarquização que também não é verdadeira. Apesar de hoje ser usada como símbolo de melhoria e até <strong>ser um elemento da cultura pop</strong>, a imagem original, na verdade, só comprovava a complexidade da Biologia e a adaptação das espécies ao longo de milhares de anos na Terra.</p>

large_Huxley_-_Mans_Place_in_Nature.jpg

medium_Huxley_-_Mans_Place_in_Nature.jpg

small_Huxley_-_Mans_Place_in_Nature.jpg

thumbnail_Huxley_-_Mans_Place_in_Nature.jpg

Huxley_-_Mans_Place_in_Nature.jpg

Marcha do Progresso: por que a clássica imagem está cientificamente errada?

Elementos são difíceis de serem quantificados dessa forma, mas existem algumas respostas possíveis.

<p>Quando você pensa em algo pesado, o que vem à cabeça? Normalmente, é algo de grandes proporções, difícil de ser movido e feito de algum material específico. Porém, elementos químicos encontrados na natureza também podem ser quantificados dessa forma e existe um integrante da tabela periódica no topo do ranking.</p><ul><li><strong>Leia também:&nbsp;</strong><a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128008-os-7-elementos-mais-mortais-da-tabela-periodica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><strong>Os 7 elementos mais mortais da tabela periódica</strong></a></li></ul><p>Para deixar a questão ainda mais complexa, até mesmo a palavra "peso" é relativa e cheia de significados na Química. Dessa forma, antes de definir qual é o metal que ocupa o lugar mais alto desse pódio, é preciso primeiro estabelecer alguns conceitos e regras para os concorrentes.</p><h2>Metais são densos, não pesados</h2><p>Quando nos referimos a peso de forma cotidiana, estamos falando sobre massa — a quantidade de gramas ou quilos de um material, por exemplo. Porém, o cálculo aqui é feito com base em outro aspecto, a <strong>densidade</strong>.</p><p>A densidade é o resultado do cálculo entre massa e volume — ou seja, <strong>quanto de uma substância fica concentrada em um determinado espaço</strong>. Quanto mais denso o material, mais átomos dele ficam juntos em uma área pequena.</p><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/05/05094448632031.jpg" alt="A densidade leva em conta a união de átomos de um elemento em um determinado espaço. (Fonte da imagem: ACS)"><figcaption>A densidade leva em conta a união de átomos de um elemento em um determinado espaço. (Fonte: ACS/Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Esse conceito <strong>é diferente também de peso atômico ou massa atômica relativa</strong>. Apesar da confusão de nomes, esse é o valor médio da massa dos átomos de um elemento, calculado a partir do equivalente a 1/12 da massa do isótopo 12 do elemento carbono.</p><p>Para responder ao questionamento em questão, portanto, o mais comum é olhar para os metais mais densos. Mesmo assim, não há uma resposta definitiva e absoluta.</p><h2>Qual é o metal mais denso?</h2><p>Levando em conta elementos químicos presentes na natureza e já devidamente estudados, <strong>o ósmio (Or) é o metal mais denso</strong>. Ele tem<strong>&nbsp;22,6 g/cm³</strong> — o dobro do chumbo, que é um elemento mais comum na natureza e já considerado de densidade elevada.</p><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/05/05093729852024.jpg" alt="O ósmio na Tabela Periódica."><figcaption>O ósmio na Tabela Periódica. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>O ósmio é raramente usado na forma pura, mais encontrado misturado com outros metais para criar ligas metálicas usadas em equipamentos cirúrgicos. Ele é seguido na lista pelo irídio, com 22,4 g/cm³.</p><p>Já o elemento sintético mais denso — ou seja, o produzido em laboratório e não encontrado na natureza é um empate. Os candidatos em questão são o <strong>meitnério&nbsp;</strong>e o <strong>hássio</strong>, com uma densidade relativa que chega até a 29 g/cm³. Como ambos se formam durante poucos segundos, entretanto, eles não chegam a ser considerados.</p><ul><li><strong>Saiba mais:&nbsp;</strong><a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127763-por-que-metais-como-o-ouro-nao-foram-parar-totalmente-no-nucleo-da-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><strong>Por que metais como o ouro não foram parar totalmente no núcleo da Terra?</strong></a></li></ul><p>Por fim, outra resposta inclui fatores adicionais no cálculo, como o elemento químico com o núcleo mais pesado. Nesse caso, a resposta é o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113000-tabela-periodica-dos-elementos-completa-seu-150-aniversario.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><strong>oganesson</strong></a>, uma das inclusões mais recentes da tabela períodica. Esse elemento sintético só teve um isótopo produzido e é bastante instável, o que significa que essa não costuma ser a resposta mais precisa.</p>

large_qual-e-o-metal-mais-pesado-que-existe-na-terra-thumb.png

medium_qual-e-o-metal-mais-pesado-que-existe-na-terra-thumb.png

small_qual-e-o-metal-mais-pesado-que-existe-na-terra-thumb.png

thumbnail_qual-e-o-metal-mais-pesado-que-existe-na-terra-thumb.png

qual-e-o-metal-mais-pesado-que-existe-na-terra-thumb.png

Qual é o metal mais "pesado" que existe na Terra?

Crateras e rachaduras em ruas e estradas trazem riscos para motoristas, ciclistas e pedestres.

<p>Dependendo da quantidade e do tamanho dos buracos existentes, passar por determinadas ruas e estradas pode se tornar uma tarefa complicada e perigosa, trazendo riscos para motoristas, <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119697-dia-do-ciclista-as-6-melhores-cidades-no-mundo-para-pedalar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ciclistas</a> e pedestres. Mas, o que causa tantos buracos no asfalto?</p><p>Segundo o professor do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental da Universidade do Missouri (Estados Unidos), Punya Rath, <strong>o surgimento dos buracos tem relação principalmente com a drenagem mal feita</strong>, possibilitando o acúmulo de água sob o pavimento. Com o excesso, a base sólida é impactada, ficando instável.</p><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/03/03210108195007.jpg" alt="Em alguns casos, a camada de asfalto é totalmente destruída. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Em alguns casos, a camada de asfalto é totalmente destruída. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>Além da falha na vedação, <strong>o tráfego frequente contribui para a formação das crateras</strong>, especialmente em locais utilizados constantemente por caminhões e ônibus. A combinação desses dois fatores leva ao desgaste do pavimento, que pode ser completamente destruído se não reparado rapidamente.</p><p>E a situação é ainda pior nos locais com <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123908-conheca-o-inverno-de-marte-com-neve-e-temperaturas-de-123-c-negativos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">invernos rigorosos</a>, já que os <strong>ciclos de congelamento e degelo causam rachaduras na superfície do asfalto</strong>, permitindo o acúmulo de água da chuva ou neve derretida. Quando há um novo congelamento, a água se expande e leva o pavimento a inchar, facilitando a erosão.</p><h2>Como evitar e consertar os buracos?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/03/03210745954014.jpg" alt="As soluções de curto prazo podem sair mais caras. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>As soluções de curto prazo podem sair mais caras. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>A melhor maneira de evitar a formação de buracos no <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115945-por-que-o-asfalto-pode-poluir-mais-que-os-automoveis.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">asfalto</a> é <strong>cuidar da drenagem de ruas e estradas</strong>, garantindo uma vedação eficiente do pavimento. Dessa forma, diminui-se a quantidade de água acumulada na superfície, reduzindo os riscos mesmo nos locais com grandes quantidades de chuva ao longo do ano.</p><p>Mas quando eles surgem, uma das opções de reparo é o <strong>remendo temporário</strong>, que consiste em preencher as crateras com uma mistura de asfalto frio, compactando-a com <a href="https://www.tecmundo.com.br/mercado/221324-rolo-compressor-destroi-mil-maquinas-bitcoin-malasia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">máquina de rolo compressor</a>. Já a solução mais eficiente a longo prazo é a <strong>reconstrução da camada danificada</strong>, refazendo a base antes de aplicar uma nova mistura asfáltica.</p><p>Cabe ressaltar que os reparos de curto prazo são mais baratos, porém <strong>realizá-los seguidamente pode sair mais caro do que um único remendo duradouro</strong>. O reparo de longo prazo, por sua vez, exige uma intervenção maior.</p><h2>Asfalto ou concreto?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/03/03210354419011.jpg" alt="O uso de concreto é mais comum em viadutos. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>O uso de concreto é mais comum em viadutos. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>Outra opção para reduzir os buracos em ruas e estradas é a <strong>troca da pavimentação asfáltica pelo concreto</strong>. Este último utiliza <a href="https://www.megacurioso.com.br/arquitetura-e-engenharia/42541-voce-sabe-qual-e-a-diferenca-entre-cimento-e-concreto-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cimento</a> para unir a brita e a areia, apresentando o dobro da vida útil e surgindo como a escolha ideal para vias com grande circulação de veículos pesados.</p><p>A pavimentação rígida é mais simples de fazer e aplicar, porém, depende de materiais não tão flexíveis, o que aumenta a intensidade dos impactos sofridos. Ela também pode sofrer com a dilatação sob altas temperaturas, exigindo o uso de juntas para evitar o problema, tornando o seu <strong>custo mais elevado</strong>.</p>

large_como-surgem-os-buracos-no-asfalto-e-o-que-pode-ser-feito-para-evita-los-thumb.png

medium_como-surgem-os-buracos-no-asfalto-e-o-que-pode-ser-feito-para-evita-los-thumb.png

small_como-surgem-os-buracos-no-asfalto-e-o-que-pode-ser-feito-para-evita-los-thumb.png

thumbnail_como-surgem-os-buracos-no-asfalto-e-o-que-pode-ser-feito-para-evita-los-thumb.png

como-surgem-os-buracos-no-asfalto-e-o-que-pode-ser-feito-para-evita-los-thumb.png

Como surgem os buracos no asfalto e o que pode ser feito para evitá-los?

Imagem de Embriões de galinha com 'rosto de dinossauro' são criados pela primeira vez em laboratório no megacurioso

Usando métodos para atrasar o relógio evolutivo dessas aves, cientistas tentam descobrir como as galinhas obtiveram seus bicos

<p>Através de apenas alguns ajustes genéticos, cientistas recentemente deram a alguns embriões de galinha uma grande transformação facial — devolvendo a eles focinhos semelhantes aos de dinossauros em vez de bicos semelhantes aos dos pássaros.&nbsp;</p><p>O estudo, publicado na revista Nature, não faz parte de um esquema para ajudar os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127882-milhares-de-fosseis-de-dinossauros-foram-destruidos-nos-eua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dinossauros</a> a caminhar pela Terra novamente, mas sim uma maneira peculiar encontrada pelos cientistas para tentar <strong>entender melhor como os "grandes lagartos" que um dia dominaram nosso planeta evoluíram para as pequeninas criaturas cheias de penas</strong> que estão presentes em fazendas pelo mundo todo.&nbsp;</p><h2>Formação dos bicos</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Bhart-Anjan Bhullar/Divulgação&nbsp;" data-fonte-url="https://th-thumbnailer.cdn-si-edu.com/Hdf8gSmwQDdPIPJTYIF5eQrRZNA=/1000x750/filters:no_upscale()/https://tf-cmsv2-smithsonianmag-media.s3.amazonaws.com/filer/a0/c7/a0c713ab-971f-41ce-af2b-d5946ad3cb4b/nature-three-skull.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/11/06/06165211257262.jpg" alt="(Fonte: Bhart-Anjan Bhullar/Divulgação)"></span><span class="img-fc desc" data-fonte="&nbsp;Bhart-Anjan Bhullar/Divulgação&nbsp;" data-fonte-url="https://th-thumbnailer.cdn-si-edu.com/Hdf8gSmwQDdPIPJTYIF5eQrRZNA=/1000x750/filters:no_upscale()/https://tf-cmsv2-smithsonianmag-media.s3.amazonaws.com/filer/a0/c7/a0c713ab-971f-41ce-af2b-d5946ad3cb4b/nature-three-skull.jpg">(Fonte: Bhart-Anjan Bhullar/Divulgação)</span></p><p>Em termos simplificados, a transição dos dinossauros para pássaros foi algo bem complicado. Afinal, nenhuma característica anatômica específica distinguiu as primeiras aves de seus ancestrais dinossauros carnívoros.</p><p>Porém, nos estágios iniciais da evolução dos pássaros, os ossos que formavam o focinho dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/48007-9-dos-repteis-mais-incriveis-e-bizarros-do-planeta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">répteis</a> — chamados de pré-maxila — cresceram e se uniram para produzir o que hoje chamamos de bico. “Em vez de dois pequenos ossos nas laterais do focinho, como todos os outros vertebrados, ele foi fundido em uma única estrutura”, diz Bhart-Anjan Bhullar, paleontólogo atualmente na Universidade de Chicago e coautor do novo estudo.</p><p>De acordo com Bhullar, as aves vivas oferecem algumas das melhores pistas que os investigadores têm sobre como os dinossauros podem ter vivido, se movido, comido e criado seus filhotes. Além disso, a transição do focinho para o bico é uma das partes mais radicalmente diferentes dentro do esqueleto aviário.</p><h2>Voltando no tempo</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;GettyImages&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/11/06/06165314234265.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)"></span><span class="img-fc desc" data-fonte="&nbsp;GettyImages&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/">(Fonte: Getty Images)</span></p><p>Antes de se aprofundarem a respeito da vida dos dinossauros, os pesquisadores tiveram que descobrir o que realmente é um bico. Para isso, a equipe de estudo analisou o desenvolvimento embrionário do bico em <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/126801-galinhas-eram-animais-de-estimacao-exoticos-segundo-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">galinhas</a> e emas, além do desenvolvimento do focinho em crocodilos, lagartos e tartarugas.</p><p>Eles identificaram duas proteínas que direcionam o desenvolvimento do rosto dessas espécies. Enquanto as proteínas FGF e Wnt eram mais presentes em duas pequenas partes na evolução da face embrionária dos répteis, essas mesmas proteínas foram ativadas em uma grande faixa de tecido no desenvolvimento das aves.</p><p><strong>Leia também:&nbsp;</strong><a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122823-6-explicacoes-por-que-as-galinhas-sao-dinossauros.htm" target="_blank" rel="sponsored"><strong>6 explicações por que as galinhas são dinossauros</strong></a></p><p><span style="background-color:transparent;">Para testar se essa diferença na atividade proteica era realmente fundamental no desenvolvimento do bico, os cientistas passaram a restringir as proteínas aos dois pontos vistos no desenvolvimento da face dos répteis em embriões de galinha. Os filhotes nunca eclodiram, mas as diferenças vistas em laboratório eram perceptíveis.</span></p><p>Essas galinhas haviam desenvolvido uma aba de pele no lugar dos bicos, além de ossos mais curtos e redondos do que os bicos longos e fundidos das aves. Na visão dos estudiosos envolvidos na pesquisa, isso prova que <strong>os bicos são o resultado de uma adaptação real causada pela natureza, e não apenas um formato de nariz ligeiramente diferente</strong>.</p><p>No futuro, os pesquisadores deverão analisar cuidadosamente o ponto de vista ético para saber até que ponto eles poderão retroceder no relógio biológico dos pássaros para entender mais sobre seus antepassados.</p>

thumb-image-2024-02-29T14:07:16.518Z

Embriões de galinha com 'rosto de dinossauro' são criados pela primeira vez em laboratório

O máximo solar, momento em que o sol atinge o seu pico de atividades durante o ciclo solar, pode já estar acontecendo.

<p><strong>Desde que uma violenta erupção solar ocorreu no dia 8 de maio</strong>, observada na Terra em comprimentos de onda de radiação ultravioleta extrema (EUV), partículas carregadas começaram aqui. Parcialmente desviada pelo nosso campo magnético, essa radiação solar gerou, felizmente, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128776-cachos-de-aurora-fotografo-capta-evento-raro-no-ceu-da-islandia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">apenas auroras boreais e astrais, até mesmo em latitudes improváveis</a>.&nbsp;</p><p>Se o que vemos aqui são apenas brilhos e luzes espetaculares, lá no sol o cenário é bem diferente: uma série de explosões de "classe X" (as mais poderosas e raras), além de um aumento de manchas solares, que são áreas escuras causadas por fortes concentrações de campo magnético, <strong>são fortes indicadores de que o pico de um ciclo solar está em curso</strong>.</p><p>Embora essa mudança periódica de cerca de 11 anos seja previsível quanto à sua duração, a intensidade das explosões e erupções solares, <strong>principalmente as que ocorrem durante o pico de atividades, como os eventos atuais,</strong> adiciona elementos de imprevisibilidade e caos em todo o Sistema Solar.&nbsp;</p><h2>Por que a atividade solar está aumentando?</h2><p style="text-align:center;"><iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/m0adW6mkEwg" title="X8.7! Huge sunspot blasts biggest flare of solar cycle - Spacecraft sees it and more" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe></p><p>Na terça-feira (14), <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/283011-monstro-solar-sol-explode-erupcao-x8-7-maior-ciclo-atual.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a NASA divulgou um vídeo da erupção solar mais potente dos últimos anos</a> e certamente a maior do atual ciclo solar, o de número 25, que começou em dezembro de 2019.&nbsp;</p><p>Embora prevista para ocorrer somente em 2025, segundo o Centro de Previsão do Clima Espacial (SWPC), administrado pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA), <strong>a fase mais ativa e perigosa do ciclo solar pode já estar acontecendo sobre nossas cabeças.&nbsp;</strong></p><p>A afirmação foi feita ao site <i>WordsSideKick.com</i> pelo vice-diretor do Centro Nacional de Pesquisa Atmosférica do Colorado, Scott McIntosh. A partir da descoberta de uma anomalia magnética conhecida como eventos do terminador solar, <strong>a equipe do físico solar contestou as previsões da NOAA e previu a ocorrência do pico solar do atual ciclo para o início deste ano</strong>.</p><h2>Quais os riscos de um pico do ciclo solar para a Terra?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/15/15223314184000.jpg" alt="x"><figcaption>A nossa atmosfera absorve a maior parte da radiação ionizante. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>Tanto as erupções solares (flares) quanto as ejeções de massa coronal (CME) lançam radiação e partículas carregadas, <strong>que viajam com o vento solar, a velocidades próximas da luz, por todo o Sistema Solar, e muito além de Plutão.</strong> As CMEs, em particular, são temidas pelo efeito devastador que podem ter em satélites, viajantes espaciais e na lua.&nbsp;</p><p><strong>A princípio, não há motivos para pânico:</strong> não só nossa atmosfera absorve a maioria da radiação ionizante prejudicial e desvia partículas potencialmente perigosas, como a NASA, a NOAA e a AFWA (Agência Meteorológica da Força Aérea dos EUA) vigiam constantemente o sol e monitoram as explosões de classe X com suas tempestades magnéticas.&nbsp;</p><p>No entanto, apesar de todas essas tentativas de controle, continuamos sem entender <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128858-o-sol-esta-passando-por-uma-inversao-de-polos-magneticos-e-agora.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">por que o sol continua atuando em escalas de tempo mais ou menos previsíveis</a>. <strong>E nem saber como ele funciona exatamente.</strong></p>

large_X_Flare_May_8_2024_131-171_crop.jpg

medium_X_Flare_May_8_2024_131-171_crop.jpg

small_X_Flare_May_8_2024_131-171_crop.jpg

thumbnail_X_Flare_May_8_2024_131-171_crop.jpg

X_Flare_May_8_2024_131-171_crop.jpg

Por que o sol está tão agitado ultimamente?

Certos fenômenos naturais chamam a atenção em virtude da raridade com que acontecem, mas também por conta de seu poder destrutivo.

<p>A natureza é bela e encantadora, mas também pode ser implacável. Eventualmente, podemos presenciar magníficos <a href="https://www.megacurioso.com.br/fenomenos-da-natureza/37950-13-fenomenos-naturais-espetaculares-pouco-conhecidos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fenômenos naturais</a>, alguns deles raros, que impactam quem vê. No entanto, esses mesmos eventos podem ser aterrorizantes, resultando em consequências devastadoras.</p><p>Megatsunamis, por exemplo, são capazes de engolir cidades inteiras com a força das águas. Um fenômeno desse gênero atingiu em 1958 a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128524-megatsunami-da-baia-de-lituya-a-maior-onda-da-historia-que-atingiu-o-alasca-em-1958.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Baía de Lituya</a>, no Golfo do Alasca, registrando o mais alto da história, com 524 metros de altura. Os danos causados são sinais de que não se pode ignorar a magnitude desses fenômenos naturais.</p><h2>1. Ondas rebeldes</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/09/09171707847312.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)"><figcaption>Ondas rebeldes mostram que o mar pode ser traiçoeiro. (Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption></figure></figure><p>Ondas rebeldes não possuem ligação com <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120090-os-6-maiores-tsunamis-ja-registrados-na-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tsunamis</a>, ainda que possam parecer semelhantes. Esses fenômenos naturais costumam ocorrer sem muito aviso, levantando uma parede de água que pode atingir até 30 metros de altura, com força capaz de engolir um navio de cruzeiro por completo. Um evento ocorrido na Noruega em 1995, por exemplo, marcou 25,6 metros, medida maior do que a de um prédio de sete andares.</p><p>Ondas rebeldes foram relatadas por marinheiros durante séculos, mas apenas durante o século XX ganharam a atenção de cientistas. Especialistas no tema indicam que ventos fortes e correntes oceânicas podem ser os causadores. Atualmente, existem tecnologias capazes de prever e detectar com maior precisão onde as ondas ocorrerão, oferecendo uma oportunidade para que barcos mudem sua rota e evitem estragos.</p><h2>2. Redemoinhos de fogo</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/09/09172636725319.jpg" alt="(Fonte: Chris Tangey/YouTube/Reprodução)"><figcaption>Maior redemoinho de fogo da história marcou 243 metros de altura. (Fonte: Chris Tangey/YouTube/Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Outro fenômeno natural raro (e belo) é o redemoinho de fogo. Também conhecido como tornado de fogo, ele possui capacidade para erguer detritos e pequenos animais no ar com seu vórtice. Esse é um tipo de evento que ocorre pela junção de alguns aspectos: calor intenso, seca e padrões de vento propícios.</p><p>Quando formados, os redemoinhos de fogo são capazes de atingir altura superior a 60 metros e girar em até 72 km/h. De acordo com especialistas, o maior fenômeno deste tipo ocorreu há mais de 100 anos, em 1923, no Japão, durante o <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/127484-grande-terremoto-de-kanto-o-dia-que-mudou-a-historia-do-japao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Grande Terremoto de Kanto</a>. Ele atingiu a marca surpreendente de 243 metros de altura.</p><h2>3. Vórtices aquáticos</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/13/13154211195193.jpg" alt="Afundamento da água salgada nos oceanos causa buracos negros no mar. (Fonte: Tourism Teacher/Reprodução) "><figcaption>Afundamento da água salgada nos oceanos causa buracos negros no mar. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>Você já deve ter ouvido falar em buracos negros no espaço, mas sabia que existe um fenômeno natural com nome semelhante que ocorre nos oceanos? Também chamados de vórtices aquáticos ou buracos azuis por conta da aparência e cor, eles são formados quando a água salgada afunda no oceano, criando uma espécie de sucção semelhante a um vácuo, arrastando tudo que estiver próximo.</p><p>O maior buraco negro oceânico conhecido pelos cientistas é o <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122104-como-a-midia-criou-o-mito-do-triangulo-das-bermudas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Triângulo das Bermudas</a>, localizado em um trecho do Oceano Atlântico, cuja fama já o fez integrar o imaginário popular. Os relatos de barcos e aviões desaparecidos ao cruzarem a região fizeram dele quase uma lenda.</p><h2>4. Brinículas</h2><p style="text-align:center;">&nbsp;</p><blockquote class="instagram-media" style="background-color:#FFF;border-radius:3px;border-width:0;box-shadow:0 0 1px 0 rgba(0,0,0,0.5),0 1px 10px 0 rgba(0,0,0,0.15);margin:1px;max-width:540px;min-width:326px;padding:0;width:calc(100% - 2px);" data-instgrm-permalink="https://www.instagram.com/p/BcXfnWAllsO/?utm_source=ig_embed&amp;utm_campaign=loading" data-instgrm-version="14"><div style="padding:16px;"><div style="align-items:center;display:flex;flex-direction:row;"><div style="background-color:#F4F4F4;border-radius:50%;flex-grow:0;height:40px;margin-right:14px;width:40px;">&nbsp;</div><div style="display:flex;flex-direction:column;flex-grow:1;justify-content:center;"><div style="background-color:#F4F4F4;border-radius:4px;flex-grow:0;height:14px;margin-bottom:6px;width:100px;">&nbsp;</div><div style="background-color:#F4F4F4;border-radius:4px;flex-grow:0;height:14px;width:60px;">&nbsp;</div></div></div><div style="padding:19% 0;">&nbsp;</div><div style="display:block;height:50px;margin:0 auto 12px;width:50px;">&nbsp;</div><div style="padding-top:8px;"><div style="color:#3897f0;font-family:Arial,sans-serif;font-size:14px;font-style:normal;font-weight:550;line-height:18px;"><a style="background-color:#FFFFFF;line-height:0;padding:0;text-align:center;text-decoration:none;width:100%;" href="https://www.instagram.com/p/BcXfnWAllsO/?utm_source=ig_embed&amp;utm_campaign=loading" target="_blank">Ver essa foto no Instagram</a></div></div><div style="padding:12.5% 0;">&nbsp;</div><div style="align-items:center;display:flex;flex-direction:row;margin-bottom:14px;"><div><div style="background-color:#F4F4F4;border-radius:50%;height:12.5px;transform:translateX(0px) translateY(7px);width:12.5px;">&nbsp;</div><div style="background-color:#F4F4F4;flex-grow:0;height:12.5px;margin-left:2px;margin-right:14px;transform:rotate(-45deg) translateX(3px) translateY(1px);width:12.5px;">&nbsp;</div><div style="background-color:#F4F4F4;border-radius:50%;height:12.5px;transform:translateX(9px) translateY(-18px);width:12.5px;">&nbsp;</div></div><div style="margin-left:8px;"><div style="background-color:#F4F4F4;border-radius:50%;flex-grow:0;height:20px;width:20px;">&nbsp;</div><div style="border-bottom:2px solid transparent;border-left:6px solid #f4f4f4;border-top:2px solid transparent;height:0;transform:translateX(16px) translateY(-4px) rotate(30deg);width:0;">&nbsp;</div></div><div style="margin-left:auto;"><div style="border-right:8px solid transparent;border-top:8px solid #F4F4F4;transform:translateY(16px);width:0px;">&nbsp;</div><div style="background-color:#F4F4F4;flex-grow:0;height:12px;transform:translateY(-4px);width:16px;">&nbsp;</div><div style="border-left:8px solid transparent;border-top:8px solid #F4F4F4;height:0;transform:translateY(-4px) translateX(8px);width:0;">&nbsp;</div></div></div><div style="display:flex;flex-direction:column;flex-grow:1;justify-content:center;margin-bottom:24px;"><div style="background-color:#F4F4F4;border-radius:4px;flex-grow:0;height:14px;margin-bottom:6px;width:224px;">&nbsp;</div><div style="background-color:#F4F4F4;border-radius:4px;flex-grow:0;height:14px;width:144px;">&nbsp;</div></div><p style="color:#c9c8cd;font-family:Arial,sans-serif;font-size:14px;line-height:17px;margin-bottom:0;margin-top:8px;overflow:hidden;padding:8px 0 7px;text-align:center;text-overflow:ellipsis;white-space:nowrap;"><a style="color:#c9c8cd;font-family:Arial,sans-serif;font-size:14px;font-style:normal;font-weight:normal;line-height:17px;text-decoration:none;" href="https://www.instagram.com/p/BcXfnWAllsO/?utm_source=ig_embed&amp;utm_campaign=loading" target="_blank">Uma publicação compartilhada por Weather from the Met Office (@metoffice)</a></p></div></blockquote><p>Com nome e características que parecem saídos de um <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121834-6-filmes-de-terror-que-aterrorizaram-as-salas-de-cinemas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">filme de terror</a>, esse fenômeno natural é chamado de brinícula. Formados quando a salmoura super resfriada, subproduto da formação do gelo marinho, é removida e afunda. Conforme a salmoura atinge o oceano, que estará mais quente, ela congela e forma uma estrutura tubular, muito semelhante à estalactite.</p><p>O resultado chama atenção pela beleza hipnotizante, mas também é extremamente perigosa. A maior brinícula já registrada mediu 9 metros de comprimento e foi avistada na Antártida, em 2011.</p><h2>5. Trombas-d'água</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/09/09172008496315.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)"><figcaption>Trombas d'água podem atingir até 160 km/h. (Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption></figure></figure><p>Vistas de longe, as trombas d'água podem ser fenômenos naturais raros muito belos, mas essas colunas rotativas de vapor de água condensado podem causar sérios estragos no mar aberto, atingindo embarcações e plataformas de petróleo, por exemplo.</p><p>As maiores trombas d'água podem chegar a 160 km/h, velocidade atingida e registrada na costa de Catatumbo, na Venezuela, em 2010. Naquela ocasião, a tromba d'água chegou a incríveis 914 metros de altura, o que fez dela mais alta do que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/fisica-e-quimica/103109-voce-sabia-que-a-estatua-da-liberdade-nao-era-originalmente-azul.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Estátua de Liberdade</a>.</p>

large_2560px-Winter-Nordatlantik_-_Sturm,_Wasser_über_Deck_und_Luken.png

medium_2560px-Winter-Nordatlantik_-_Sturm,_Wasser_über_Deck_und_Luken.png

small_2560px-Winter-Nordatlantik_-_Sturm,_Wasser_über_Deck_und_Luken.png

thumbnail_2560px-Winter-Nordatlantik_-_Sturm,_Wasser_über_Deck_und_Luken.png

2560px-Winter-Nordatlantik_-_Sturm,_Wasser_über_Deck_und_Luken.png

Os 5 fenômenos naturais mais raros e destrutivos do planeta

De acordo com estudo, fêmea conseguiu percorrer todo o Oceano Índico em apenas 9 meses, uma marca nunca registrada por outro animal marinho.

<p style="text-align:justify;">Você já se perguntou quanto tempo levaria para um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128764-primeiro-avistamento-de-um-filhote-de-tubarao-branco-da-historia-e-registrado-na-california.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">grande tubarão-branco</a> atravessar um oceano inteiro? Talvez você nem soubesse que os tubarões fizessem esse trajeto, não é mesmo? Pois então se prepare para conhecer <strong>Nicole</strong>, uma fêmea de tubarão-branco que não só atravessou o Oceano Índico e voltou, mas o fez em um tempo recorde.</p><p style="text-align:justify;">A estrela dessa história, Nicole, ganhou esse nome em homenagem à atriz australiana Nicole Kidman que, segundo os pesquisadores, é uma grande fã de tubarões-brancos.&nbsp;</p><p style="text-align:justify;">Em 7 de novembro de 2003, ainda na África do Sul, Nicole foi marcada com um <strong>rastreador eletrônico</strong> na sua barbatana dorsal. Esta pequena etiqueta tornou-se a chave para desvendar a incrível jornada que ela empreendeu, pois <strong>transmitiu informações cruciais sobre sua localização, profundidade e temperatura da água durante toda a sua travessia</strong>.</p><h2 style="text-align:justify;">Longa travessia</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/13/13211701726005.jpg" alt="Nicole fez duas viagens longas. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Nicole virou uma recordista de travessia. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p style="text-align:justify;">No começo, a pesquisa pareceu que seria frustrada, pois Nicole perdeu a etiqueta rastreadora ao chegar na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128825-peixe-com-presas-de-380-milhoes-de-anos-e-encontrado-na-australia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Austráli</a>a. Contudo, pra sorte de todos, o equipamento conseguiu transmitir os dados da travessia da nossa estrela — e eles eram impressionantes.&nbsp;</p><p style="text-align:justify;">Durante a primeira parte da sua viagem, <strong>Nicole&nbsp;nadou uma incrível distância de cerca de 11.100 quilômetros da África do Sul até à Austrália</strong>, tudo isso em <strong>99 dias</strong>, o que é surpreendente. &nbsp;</p><p style="text-align:justify;">Os cientistas ficaram ainda mais alarmados no ano seguinte, mais precisamente em 20 de agosto de 2004, quando avistaram Nicole de volta na África do Sul. Ou seja, nessa aventura de ida e volta, <strong>ela completou mais de 20 mil quilômetros em aproximadamente 9 meses</strong>.&nbsp;</p><p style="text-align:justify;">Para se ter uma ideia, a distância em linha reta entre São Paulo e Seul, capital da Coreia do Sul, é de pouco mais de 18 mil quilômetros.&nbsp;</p><p style="text-align:justify;">Essa jornada colocou Nicole no topo, estabelecendo um <strong>novo recorde para a travessia mais longa já realizada por um animal marinho</strong> que se tem registro, um feito tão notável que <strong>lhe garantiu um lugar de destaque no Guinness Book</strong>.</p><p style="text-align:justify;">Os cientistas ainda estão tentando entender completamente os motivos por trás das <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/128691-conheca-essas-6-espetaculares-migracoes-de-animais-pelo-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">migrações</a> dos grandes tubarões-brancos. Pode ser que eles estejam seguindo padrões de alimentação ou talvez queiram apenas conseguir parceiros para reprodução. Contudo, algumas questões começam a ganhar espaço.</p><h2 style="text-align:justify;">Novas perspectivas</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/13/13212012362007.jpg" alt="Nicole mostrou que tubarões brancos são ótimos viajantes. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Nicole mostrou que tubarões-brancos podem alcançar grandes profundidades. (Fonte: GettyImages / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p style="text-align:justify;">Um ponto destacado da pesquisa é que a viagem de Nicole provou que os grandes tubarões-brancos não são apenas nadadores rápidos, mas também <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127950-mergulhadores-recuperam-tesouro-de-30-mil-moedas-de-bronze-na-italia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mergulhadores</a> habilidosos. Durante sua trajetória, ela atingiu profundidades impressionantes, mergulhando até <strong>980 metros abaixo da superfície</strong>. ,</p><p style="text-align:justify;"><strong>Essa habilidade de mergulho profundo é crucial para sua sobrevivência</strong> e pode desempenhar um papel importante em sua capacidade de navegar em águas desconhecidas.</p><p style="text-align:justify;">Além disso, a pesquisa demonstrou que esses majestosos predadores estão mais conectados do que imaginávamos. Isso porque, como esses animais conseguem fazer grandes travessias, <strong>eles podem se conectar com diferentes grupos distribuídos pelo globo, interagindo e procriando com tubarões de outras áreas</strong>.</p><p style="text-align:justify;">Dessa maneira, fica claro para os pesquisadores a importância de proteger os tubarões-brancos em todo o mundo, já que não adianta salvá-los em um lugar se eles podem migrar para outro que não tem proteção. &nbsp;</p><p style="text-align:justify;">Como a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123685-pulsos-eletricos-evitam-a-pesca-acidental-de-tubaroes-e-arraias.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pesca</a> vem representando uma ameaça crescente para os tubarões-brancos em oceanos abertos, é fundamental entender seus padrões de migração e comportamento para implementar medidas eficazes de conservação.</p>

large_GettyImages-533130811.jpg

medium_GettyImages-533130811.jpg

small_GettyImages-533130811.jpg

thumbnail_GettyImages-533130811.jpg

GettyImages-533130811.jpg

Tubarão-branco, um recordista em travessia oceânica!

Novas descobertas da datação por radiocarbono reforçam a veracidade de eventos-chave na história de Jerusalém conforme descritos na Bíblia.

<p>A aplicação da datação por radiocarbono em sítios arqueológicos é uma ferramenta poderosa para estabelecer cronologias precisas e confirmar eventos históricos importantes. Recentemente, estudos em <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118794-por-que-jerusalem-nao-e-a-capital-de-israel.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Jerusalém</a> têm empregado essa técnica para validar acontecimentos bíblicos cruciais, como a colonização e a destruição da cidade.</p><p>Combinando métodos de datação avançados com análises detalhadas de sedimentos, pesquisadores liderados por Elisabetta Boaretto, do Instituto Weizmann de Ciência em Rehovot, Israel, obtiveram uma visão sem precedentes da história urbana antiga da cidade sagrada. O estudo foi publicado na revista <i>Proceedings of the National Academy of Sciences</i> (PNAS).</p><h2>Colonização e expansão urbana</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/06/06230517871046.jpg" alt="Cidade de Davi. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Cidade de Davi. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>A pesquisa empregou uma abordagem multidisciplinar para investigar a cronologia da Jerusalém antiga. Uma análise minuciosa de 103 amostras de sementes e restos em cinco locais na Cidade de Davi revelou que a colonização da cidade remonta aos séculos XII e X a.C.</p><p>Além disso, evidências indicam uma expansão significativa para o oeste durante o século IX a.C. Esses dados concretizam relatos históricos e confirmam a presença urbana na Jerusalém antiga em períodos cruciais descritos na narrativa bíblica.</p><p>A equipe também identificou marcas de um terremoto no meio do século VIII a.C., evento mencionado nas escrituras, mas anteriormente não datado com precisão. Camadas de pedras desabadas e materiais de construção danificados, seguidos por um período de reconstrução, corroboram relatos históricos e oferecem uma linha do tempo concreta para esses eventos.</p><h2>Destruição babilônica e estabilidade política</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/06/06231518277052.jpg" alt="Cerco de Jerusalém em 587 a.C. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Cerco de Jerusalém, em 586 a.C. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>A datação por radiocarbono permitiu ancorar eventos cruciais na história de Jerusalém. O estudo revelou que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/103507-historiadores-comprovam-passagem-biblica-sobre-o-incendio-de-jerusalem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">destruição babilônica</a> ocorreu em 586 a.C., como descrito tanto na Bíblia quanto em registros neobabilônicos. Esse evento catastrófico pôs fim a um período de estabilidade econômica e política, marcando o término da fase de colonização e crescimento urbano na antiga Jerusalém.</p><p>Além disso, a análise detalhada das camadas de sedimentos indicou períodos de uso prolongado dos sítios arqueológicos entre o terremoto do século VIII a.C. e a destruição babilônica. Essa continuidade de ocupação e atividade econômica oferece detalhes valiosos sobre a vida urbana durante esse período turbulento da história da cidade.</p><p>A pesquisa utilizando datação por radiocarbono e análises micro arqueológicas forneceu uma cronologia detalhada dos principais eventos históricos em Jerusalém, confirmando relatos bíblicos e lançando luz sobre o desenvolvimento urbano da cidade antiga.</p><p>Embora algumas controvérsias persistam, essas descobertas representam um avanço significativo na compreensão da história da região e destacam a importância da aplicação de métodos avançados de datação para validar <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123147-4-evidencias-historicas-que-comprovam-passagens-da-biblia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">narrativas históricas antigas</a>. Esse estudo é um exemplo marcante de como a ciência moderna pode iluminar os eventos do passado, enriquecendo nossa compreensão da história mundial.</p>

Ciência

Novidades