Estilo de vida
19/05/2024 às 13:00•3 min de leituraAtualizado em 19/05/2024 às 13:00
A natureza é bela e encantadora, mas também pode ser implacável. Eventualmente, podemos presenciar magníficos fenômenos naturais, alguns deles raros, que impactam quem vê. No entanto, esses mesmos eventos podem ser aterrorizantes, resultando em consequências devastadoras.
Megatsunamis, por exemplo, são capazes de engolir cidades inteiras com a força das águas. Um fenômeno desse gênero atingiu em 1958 a Baía de Lituya, no Golfo do Alasca, registrando o mais alto da história, com 524 metros de altura. Os danos causados são sinais de que não se pode ignorar a magnitude desses fenômenos naturais.
Ondas rebeldes não possuem ligação com tsunamis, ainda que possam parecer semelhantes. Esses fenômenos naturais costumam ocorrer sem muito aviso, levantando uma parede de água que pode atingir até 30 metros de altura, com força capaz de engolir um navio de cruzeiro por completo. Um evento ocorrido na Noruega em 1995, por exemplo, marcou 25,6 metros, medida maior do que a de um prédio de sete andares.
Ondas rebeldes foram relatadas por marinheiros durante séculos, mas apenas durante o século XX ganharam a atenção de cientistas. Especialistas no tema indicam que ventos fortes e correntes oceânicas podem ser os causadores. Atualmente, existem tecnologias capazes de prever e detectar com maior precisão onde as ondas ocorrerão, oferecendo uma oportunidade para que barcos mudem sua rota e evitem estragos.
Outro fenômeno natural raro (e belo) é o redemoinho de fogo. Também conhecido como tornado de fogo, ele possui capacidade para erguer detritos e pequenos animais no ar com seu vórtice. Esse é um tipo de evento que ocorre pela junção de alguns aspectos: calor intenso, seca e padrões de vento propícios.
Quando formados, os redemoinhos de fogo são capazes de atingir altura superior a 60 metros e girar em até 72 km/h. De acordo com especialistas, o maior fenômeno deste tipo ocorreu há mais de 100 anos, em 1923, no Japão, durante o Grande Terremoto de Kanto. Ele atingiu a marca surpreendente de 243 metros de altura.
Você já deve ter ouvido falar em buracos negros no espaço, mas sabia que existe um fenômeno natural com nome semelhante que ocorre nos oceanos? Também chamados de vórtices aquáticos ou buracos azuis por conta da aparência e cor, eles são formados quando a água salgada afunda no oceano, criando uma espécie de sucção semelhante a um vácuo, arrastando tudo que estiver próximo.
O maior buraco negro oceânico conhecido pelos cientistas é o Triângulo das Bermudas, localizado em um trecho do Oceano Atlântico, cuja fama já o fez integrar o imaginário popular. Os relatos de barcos e aviões desaparecidos ao cruzarem a região fizeram dele quase uma lenda.
Com nome e características que parecem saídos de um filme de terror, esse fenômeno natural é chamado de brinícula. Formados quando a salmoura super resfriada, subproduto da formação do gelo marinho, é removida e afunda. Conforme a salmoura atinge o oceano, que estará mais quente, ela congela e forma uma estrutura tubular, muito semelhante à estalactite.
O resultado chama atenção pela beleza hipnotizante, mas também é extremamente perigosa. A maior brinícula já registrada mediu 9 metros de comprimento e foi avistada na Antártida, em 2011.
Vistas de longe, as trombas d'água podem ser fenômenos naturais raros muito belos, mas essas colunas rotativas de vapor de água condensado podem causar sérios estragos no mar aberto, atingindo embarcações e plataformas de petróleo, por exemplo.
As maiores trombas d'água podem chegar a 160 km/h, velocidade atingida e registrada na costa de Catatumbo, na Venezuela, em 2010. Naquela ocasião, a tromba d'água chegou a incríveis 914 metros de altura, o que fez dela mais alta do que a Estátua de Liberdade.