Artes/cultura
09/06/2024 às 15:00•2 min de leituraAtualizado em 09/06/2024 às 15:00
Dependendo da quantidade e do tamanho dos buracos existentes, passar por determinadas ruas e estradas pode se tornar uma tarefa complicada e perigosa, trazendo riscos para motoristas, ciclistas e pedestres. Mas, o que causa tantos buracos no asfalto?
Segundo o professor do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental da Universidade do Missouri (Estados Unidos), Punya Rath, o surgimento dos buracos tem relação principalmente com a drenagem mal feita, possibilitando o acúmulo de água sob o pavimento. Com o excesso, a base sólida é impactada, ficando instável.
Além da falha na vedação, o tráfego frequente contribui para a formação das crateras, especialmente em locais utilizados constantemente por caminhões e ônibus. A combinação desses dois fatores leva ao desgaste do pavimento, que pode ser completamente destruído se não reparado rapidamente.
E a situação é ainda pior nos locais com invernos rigorosos, já que os ciclos de congelamento e degelo causam rachaduras na superfície do asfalto, permitindo o acúmulo de água da chuva ou neve derretida. Quando há um novo congelamento, a água se expande e leva o pavimento a inchar, facilitando a erosão.
A melhor maneira de evitar a formação de buracos no asfalto é cuidar da drenagem de ruas e estradas, garantindo uma vedação eficiente do pavimento. Dessa forma, diminui-se a quantidade de água acumulada na superfície, reduzindo os riscos mesmo nos locais com grandes quantidades de chuva ao longo do ano.
Mas quando eles surgem, uma das opções de reparo é o remendo temporário, que consiste em preencher as crateras com uma mistura de asfalto frio, compactando-a com máquina de rolo compressor. Já a solução mais eficiente a longo prazo é a reconstrução da camada danificada, refazendo a base antes de aplicar uma nova mistura asfáltica.
Cabe ressaltar que os reparos de curto prazo são mais baratos, porém realizá-los seguidamente pode sair mais caro do que um único remendo duradouro. O reparo de longo prazo, por sua vez, exige uma intervenção maior.
Outra opção para reduzir os buracos em ruas e estradas é a troca da pavimentação asfáltica pelo concreto. Este último utiliza cimento para unir a brita e a areia, apresentando o dobro da vida útil e surgindo como a escolha ideal para vias com grande circulação de veículos pesados.
A pavimentação rígida é mais simples de fazer e aplicar, porém, depende de materiais não tão flexíveis, o que aumenta a intensidade dos impactos sofridos. Ela também pode sofrer com a dilatação sob altas temperaturas, exigindo o uso de juntas para evitar o problema, tornando o seu custo mais elevado.